Manual Básico - Segurança do Trabalho em Prevenção de Acidentes em Alturas



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Transcrição:

A

Prefeitura Municipal de Curitiba Instituto Municipal de Administração Pública - IMAP Plano de Desenvolvimento de Competências Manual Básico - Segurança do Trabalho em Prevenção de Acidentes em Alturas Curitiba 2009

N. K. Mendes

SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 1 1. RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO... 3 1.1. Comunicação... 3 1.1.1. Processo de Comunicação... 3 1.2. Regras Básicas de Relações Humanas... 3 1.2.1. Sorria... 3 1.2.2. Evite críticas e condenações diretas... 4 1.2.3. Elogie honesta e sinceramente todo e qualquer progresso... 4 1.2.4. Chame as pessoas pelos nomes que eles gostam... 5 1.2.5. Escute ativamente, interesse-se pelas pessoas... 5 1.2.6. Mostre Simpatia pelas idéias das outras pessoas... 5/6 1.2.7. Obtenha um Sim imediato... 6 1.2.8. Evite todas as discussões, respeite a opinião alheias... 7 1.2.9. Reconheça seus erros imediatamente e com ênfase... 7 1.2.10. Lance Desafio... 7 2. PROGRAMA 5 S EM TRABALHOS EM ALTURAS... 8 2.1. O que é 5 S... 8 2.1.1. Porque fazer 5 S... 8 2.1.2. Origem dos 5 S... 8/9 2.1.3. Adaptação no Brasil... 9 2.2. Senso de Utilização... 9 2.2.1. Comportamentos ao iniciar o Senso de Utilização... 9 2.2.2. Como Praticar o Senso de Utilização... 9 2.2.3. Verificação do Senso de Utilização... 10 2.2.4. Benefícios do Senso de Utilização... 11 2.3. Senso de Ordem... 11 2.3.1. Como Promover a Ordem... 11 2.3.2. Padronizar os Nomes e a Localização dos Objetos... 11 2.3.3. Padronização Visual... 11 2.3.4. Como buscar e Guardar de modo Fácil... 11/12 2.3.5. Análise de Ordem... 12 2.3.6. Verificação da Ordem... 12 2.3.7. Benefícios da Ordem... 12 2.3.8. Pontos Importantes para guardar objetos... 12/13 2.4. Senso de Limpeza... 13 2.4.1. O que é Limpeza... 13 2.4.2. Como Proceder...13/14 2.4.3. Procedimentos... 14 2.4.4. Mapa da Limpeza... 14 2.4.5. Campanhas da Limpeza... 14 2.4.5.1.Alguns Exemplos...14/15 2.4.6. Como está a Limpeza em seu local de trabalho... 15

2.4.7. Verificação da Limpeza... 15 2.4.8. Benefícios da Limpeza... 15/16 2.5. Senso de Saúde (Padronização)... 16 2.5.1. Manual de Procedimentos... 16 2.5.2. Recursos Visuais... 16 2.5.3. Verificação da Padronização...16/17 2.5.4. Benefícios do Senso de Saúde... 17 2.6. Senso de Disciplina (Autodisciplina)... 17 2.6.1. Verificação de Disciplina...17/18 2.6.2. Benefícios de Autodisciplina... 18 3. PROCEDIMENTOS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES, EM ALTURAS... 19 3.1. Objetivos...... 19 3.2. Trabalho em Altura... 19 3.2.1. Para a Realização de Atividades em Altura... 19 3.2.2. Campo de Aplicação... 20 3.2.3. Procedimentos... 20/21 3.3. Locais de Trabalho... 21 3.3.1. Telhado... 21 3.3.2. Andaimes... 22/23 3.3.3. Escadas... 23 3.3.3.1. Classificação das Escadas... 24 3.3.3.2. Requisitos Gerais para uso de Escadas...24/25 3.3.3.3. As Escadas portáteis não devem ser posicionadas nas proximidades de:... 25/26 3.3.3.4. Amarração de Escadas... 26/28 3.4. Equipamentos de Segurança Utilizados... 28 3.4.1. Cinturão de Segurança Tipo Pára-Quedista... 28 3.4.2. Talabarte de Segurança Tipo Regulável... 28 3.4.3. Talabarte de Segurança Tipo Y com absorvedor de Energia. 29 3.4.4. Dispositivos Trava Quedas... 29 3.4.5. Dispositivos Complementares para Trabalho em Altura... 29 3.4.4.1. Fitas de Ancoragem... 29/30 3.4.4.2. Mosquetão... 30 3.4.4.3. Corda de Segurança (Linha de Vida)... 30/31 3.4.4.4. Kit para Trabalho em Altura... 32 3.4.4.5. Sistema de Ancoragem... 33 3.4.4.6. Resgate...33/34 3.4.6. Máquina Plataforma Elevadora...34/35 3.4.7. Uso de Cesta Aérea...35/36 3.4.7.1. Quanto ao veículo o Servidor... 36 3.4.7.2. Uso de Andaime...36/37 3.4.7.3. Ambiente Confinados... 37/38 3.5. Programa de Entrada em Espaço Confinado... 38 3.5.1. Equipamentos... 39 3.5.2. Procedimentos Gerais... 39

3.5.2.1. Circunstâncias que requerem a revisão da permissão de entrada em espaços confinados... 40 4. RESPONSABILIDADES... 40 4.1. Servidores e Mão-de-Obra Contratadas... 40 4.2. Gerentes/Coordenadores... 40 4.3. Segurança do Trabalho... 40 4.4. Solicitante do Serviço... 40 5. RECOMENDAÇÕES GERAIS... 40/41 5.1. Registros... 41 5.2. Sistema de Proteção em Alturas... 42 5.2.1. Substituição de... 42 6. SINALIZAÇÃO... 43/44 6.1. Cuidados com tráfego de Veículos... 45 6.1.1. Distância Total de Parada... 45 6.2. Tabela Prática de distancia para inicio da Sinalização Detran. 45 7. SITUAÇÕES DE EMERGENCIA (Noções Básicas)... 46 7.1. Primeiros Socorros... 46 7.2. Aspecto Legal... 46 7.3. Prevenção de Acidentes Leves e Graves...46/47 7.4. Ferimentos... 47 7.4.1. Inciso... 47 7.4.2. Contuso... 47 7.4.3. Puntiforme...47/48 7.4.4. Escoriantes... 48 7.4.5. Cuidados... 48 7.5. Abordagem Inicial do Acidentado... 49 7.5.1. Avaliação do Estado Neurológico... 49 7.5.1.1. Pergunta-lhes... 49 7.5.2. Verificação da Respiração... 49 7.6. RCP Reanimação Cárdio-Pulmonar... 49/50 7.6.1. Primeira Providencia... 50/51 7.6.2. Ressuscitação com 1 (um) ou 2 (dois) Socorristas... 51/52 8. ANIMAIS PEÇONHENTOS... 53 8.1. Escorpião... 53/54 8.2. Aranhas...54/56 8.3. Como evitar Acidentes por Aranhas e Escorpiões... 56 8.4. Cobras... 56 8.4.1. Jararaca... 56 8.4.1.1. O veneno da Jararaca provoca...56/57 8.4.2. Cascavel... 57 8.4.3. Coral... 58

8.4.3.1. Sinais e Sintomas... 58 8.5. Medidas a Serem tomadas em caso de Acidentes com Cobras... 48/59 8.6. Prevenção de Acidentes Ofídicos... 59 8.7. Marimbondos... 60 8.7.1. O que fazer depois de uma picada... 61 8.7.2. Para aliviar a dor você pode... 61 8.7.3. Quais os Sintomas e Sinais de Alerta da Anafilaxia... 61 8.7.4. Aviso Importante... 62 8.7.5. Algumas Maneiras Recomendadas para Exterminar um Enxame... 62/63 8.8. Emergências Chame... 63 9. CORPO DOCENTE... 64 10. REFERÊNCIA... 65 11. ANEXOS... 66 11.1. Segurança em Manutenção de Iluminação Pública... 66 11.2. Segurança em Manutenção de Iluminação Pública... 67 12. ANOTAÇÕES... 68

APRESENTAÇÃO a) Objetivos: O Instituto Municipal de Administração Pública - IMAP da Prefeitura Municipal de Curitiba, tem em alta a saúde e a segurança pessoal de cada um de seus funcionários. Por isso, em parceria com a TQS - Tecnologia em Qualidade e Segurança Ltda., elaborou este Manual Básico atendendo a NR-18 do M.T.E - Ministério do Trabalho e Emprego, visando atender ao máximo a Segurança com Qualidade na execução dos trabalhos de manutenção em drenagens. Considerando que a execução do trabalho nas condições técnicas exigidas em suas Normas e Regulamentos oferece o meio mais seguro para evitar que seus funcionários se acidentem, a Instituição considera a Segurança do Trabalho como parte integrante de suas operações. Compete pois, a cada funcionário, em seu próprio interesse e no de seus companheiros, trabalhar na forma de assegurar: SEGURANÇA PESSOAL E PATRIMONIAL; SEGURANÇA AOS COLEGAS DE TRABALHO; SEGURANÇA AO PÚBLICO EM GERAL. b. Carga Horária: A carga horária é de 20 horas. c. Clientela: Este treinamento destina-se aos funcionários que atuam na manutenção e recuperação de drenagem em áreas urbanas. d. Temas a serem tratados: Relações Humanas no Trabalho; Programa 5s em Trabalhos de Drenagem; Sensos de Utilização, Ordem, Limpeza, Padronização e Disciplina; Procedimentos de Serviços;

Equipamentos, Ferramentais, Uniformes; Inspeção dos meios de transporte e outros; Equipes de Trabalho; Análise de Riscos Conversa com o Dreno; Uso dos EPI s e EPC s; Encerramento dos Trabalhos; Procedimentos de Prevenção de Acidentes em Escavações/Escoramentos; Sinalizações; Sistema de Proteções em Escavações; Situações de Emergência / Noções Básicas; Primeiros Socorros; Prevenção e Combate à Princípios de Incêndio; Animais Peçonhentos. e. Desenvolvimento dos Temas: Teórico e Prático, através de Manual Básico, dinâmica de grupo, formulários; slides, avaliação e equipamentos didáticos.

1. RELAÇÕES HUMANAS NO TRABALHO 1.1- Comunicação A comunicação compreende uma infinidade de formas de transmitir e receber idéias, impressões e imagens de toda ordem. Seu grande objetivo é o entendimento, para o qual é necessário que as pessoas se compreendam mutuamente. 1.1.1. Processo da Comunicação EMISSOR RECEPTOR MENSAGEM a) Emissor: É aquele que transmite a mensagem. Se uma pessoa fala e ninguém a ouve, o processo da comunicação não se completou. b) Mensagem: É tudo aquilo que se deseja transmitir. c) Receptor: É quem recebe a mensagem e interpreta internamente, mani festando externamente essa interpretação. d) Retorno: completa-se o processo de comunicação quando se observa, na volta, a reação do receptor. É tão importante ser compreendido quanto compreender. 1.2. Regras Básicas de Relações Humanas 1.2.1 Sorria: Comece de um modo amistoso; treine um sorriso, olhe bem nos olhos de todas as pessoas sorrindo, inicie com uma amistosa e saudosa saudação. Por exemplo: BOM-DIA. 3

1.2.2. Evite as críticas e condenações diretas. Não seja um queixoso. Uma crítica direta sempre causa na outra pessoa uma reação de se explicar e, às vezes, se transformará numa discussão, mo que é lamentável. Transforme as críticas em sugestões; Faça sugestões em lugar de dá ordens diretas O outro lado da crítica é a queixa, pois ela é uma crítica de nós mesmos. Ela nos destrói perante os outros, além da autodestruição, tornamo -nos pessoas chatas e lamuriosas, afastamo-nos dos outros. 1.2.3. Elogie honesta e sinceramente todo e qualquer progresso. O elogio gera motivação, pois a pessoa sente que foi reconhecida pelas boas coisas que vem praticando. O elogio aos nossos progressos são os incentivos da nossa vida. Quanto custa para elogiar ou ser elogiado? Comece com um elogio para depois chamar a atenção 4

1.2.4. Chame as pessoas pelos nomes que elas gostam O nome é o som que as pessoas mais prezam e ao trocá -lo, modificá-lo, apelidá-lo, você poderá estar ofendendo a pessoa. Por isto evite é bom evitar o chamamento de pessoas por apelido, a não ser que a pessoa demonstre que gosta de assim ser chamada. Utilize o crachá de identificação. Cuidado com os renomes 1.2.5. Escute ativamente, Interesse-se pelas pessoas. Deixe os outros falarem e participarem da conversa. Escutar é ouvir com atenção. Ouvir é identificar ruídos. Infelizmente na maioria das vezes, nós ouvimos e não escutamos e assim inicia a nossa perda de tempo, seremos obrigados a escutar uma segunda vez. A natureza é muito sábia e não foi sem motivos que Deus nos deu dois ouvidos e uma só boca. 1.2.6. Mostre simpatia pelas idéias das outras pessoas, veja as coisas pelo ponto de vista dos outros. 5

Mostrar simpatia pelas idéias dos outros é estimular a criatividade, o espírito e colaboração, gerando motivação. Para conseguirmos ver as coisas pelo lado do outro, primeiramente temos que aplicar a regra anterior; em segundo, deslocamo-nos da nossa maneira de pensar e nos colocamos na posição do outro, só assim teremos oportunidade de argumentar os pontos de vista. Dessa maneira criamos soluções e não deixamos as pessoas temerosas de nos dar novas idéias. 1.2.7. Obtenha um sim imediato Uma boa sugestão é iniciarmos toda e qualquer conversação fazendo perguntas das quais temos certeza absoluta (ou quase absoluta) de obtermos um sim; claro, falando de assuntos que interessam às pessoas para depois entrarmos no que pretendemos do diálogo. O sim é definitivo em uma aprovação. Por exemplo: Dia do casamento. 6

1.2.8. Evite todas as discussões, respeite a opinião alheia A melhor maneira de evitarmos uma discussão é respeitar a opinião alheia e depois deixar que a pessoa esvazie, falando de tudo o que ela deseje e pensa. Depois que a pessoa esvaziou, estará enfraquecida com seus argumentos, além de mais leve e acessível; aí sim é o momento de falarmos, começando sempre das partes comuns para chegarmos a um acordo. 1.2.9. Reconheça seus erros imediatamente e com ênfase Em principio é uma das atitudes mais difíceis das pessoas, porém o ser humano sempre deseja acertar. Errar é humano, persistir no erro é... e reconhecer os nossos próprios erros é divino. Claro que possuímos uma resistência inconsciente em tomar esta atitude, porém se o fizermos imediatamente, começamos a acertar, angariamos mais amigos e lideramos com maior facilidade. Fale de seus erros, antes de falar dos erros das outra pessoas Não humilhe as pessoas, note os erros de uma maneira reservada 1.2.10. Lance Desafios Quanto às suas possibilidades de melhorias, de conhecimento, de boas conquistas e assim os resultados serão positivos. 7

2. PROGRAMA 5 S EM TRABALHOS DE DRENAGEM. 2.1. O Que é 5 S? É um Programa de Educação que tem como objetivo a prática de hábitos saudáveis, permite uma mudança de mentalidade e comportamento com a organização e recursos empresariais. 2.1.1. Porque fazer o 5 S? Para promover a imediata mudança do ambiente físico em torno da pessoa. 2.1.2. Origem dos 5 S JAPÃO - 1950 SEIRI SEITON SEISOU SEIKETSU SHITSUKE 2.1.3. Adaptação no Brasil SENSO DE UTILIZAÇÃO SENSO DE ORDEM SENSO DE LIMPEZA 8

SENSO DE SAÚDE (Padronização) SENSO DE AUTODISPLINA 2.2. Senso de Utilização: É separar o útil do inútil, (desnecessário), deixando no local de trabalho somente aquilo que é necessário e dar um destino para as coisas que deixaram de ser úteis para aquele ambiente. Se refere a identificação, classificação e descarte dos recursos que não são úteis, e também a eliminação de tarefas desnecessárias, desperdícios de recursos, excesso de burocracia, utilização correta das máquinas, equipamentos e ferramentas, etc. 2.2.1. Comportamentos ao iniciar o Senso de Utilização Sentimentalismo; Algum dia posso precisar disso; Fico triste de ter que jogar fora; É uma recordação antiga; 2.2.2. Como Praticar o Senso de Utilização Criar uma área de descarte; Realizar uma inspeção avaliando o necessário do desnecessário Seguir o quadro abaixo 9

OBJETOS E DADOS NECESSÁRIOS USADOS CONSTANTEMENTE USADOS OCASIONALMENTE USADOS RARAMENTE, MAS NECESSÁRIOS COLOCAR MAIS PRÓXIMO POSSÍVEL DO LOCAL DE TRABALHO COLOCAR UM POUCO AFASTADO DO LOCAL DE TRABALHO COLOCAR SEPARADO NUM LOCAL DETERMINADO CLASSIFICAÇÃO OBJETOS E DADOS DESNECESSÁRIOS SEM USO POTENCIAL POTENCIALMENTE ÚTEIS OU VALIOSOS VENDER OU DISPOR IMEDIATAMENTE TRANSFERIR PARA ONDE FOREM ÚTEIS QUE REQUEREM OUTRO LOCAL DETERMINAR OUTRO LOCAL 2.2.3. Verificação do Senso de Utilização Há coisas desnecessárias em seu local de trabalho? Existem objetos pessoais em seu local de trabalho? Estão guardados objetos sem utilização? Somente objetos de uso estão a disposição? Na área de descarte os objetos estão separados, classificados, identificados? Existe muita burocracia? Retrabalho? Desperdícios? 2.2.4. Benefícios do Senso de Utilização Liberação de espaços; Reaproveitamento de recursos; Facilidade em distribuição o pessoal; Combate a Burocracia; Diminuição de custos. 10

2.3. Senso de Ordem É COLOCAR EM ORDEM TUDO QUE É NECESSÁRIO. (Pegou, usou, levar para o mesmo lugar de onde pegou) 2.3.1- Como promover a ordem Defina um lugar para cada coisa; Defina como guardar as coisas; Obedeça ao que foi definido. 2.3.2- Padronizar os nomes e a localização dos objetos Todas as coisas devem ter um nome e uma localização; O nome deve ser aceito e conhecido por todos; Não podem ficar coisas sem nomes; Nem coisas diferentes com o mesmo nome; Mesma coisa com dois nomes; Utilizar cores para identificação; 2.3.3- Padronização visual Os avisos não devem estar amassados ou com rasuras; Todos os avisos devem indicar a data que foi colocado e até quando ficará em exposição; Não colocar em qualquer lugar, nas paredes, corredores, e sim num quadro de avisos; Os avisos, cartazes, nomes ou sinais devem ser alinhados em cima para se ter uma noção de ordem; As mensagens podem ser manuscritas, porem devem estar limpas e legíveis. Os avisos não podem conter borrões; Os cartazes devem ser fixados firmemente; Devem ser definidos três ou quatro tamanhos de padrões. 2.3.4. Como Buscar e Guardar de Modo Fácil (Armazenagem) Colocar as coisas pesadas nas partes baixas; Pense nas tarefas, as pessoas pegam com maior facilidade as coisas que estão entre a altura dos joelhos e dos ombros; Colocar em uma área específica cada objeto; 11

uma é demais. Objetos pequenos colocar em caixas; Nunca manter mais que o necessário, Algumas vezes qualquer coisa mais de 2.3.5. Análise da Ordem Todos sabem o nome e onde estão os objetos?; Os locais de armazenagem estão disseminados por todo lado?; É difícil de encontrar porque tem muitas coisas no local?; Necessita ser preparado ou montado antes de transportar?; É difícil de pegar, ou muito grande par transportar?. 2.3.6. Verificação da Ordem Existem locais definidos paras as coisas?; Há facilidade de acesso?; Todos os objetos estão identificados?; Existem critérios estabelecidos para o ordenamento dos objetos?; A identificação e sinalização são facilmente compreendidas. 2.3.7. Benefícios da Ordem Economia de tempo; Diminuição do cansaço físico por movimentos desnecessários; Saída rápida em caso de emergência; Melhoria visual; Facilita o trabalho; 2.3.8. Pontos Importantes para Guardar os Objetos 12

DESORDEM: Coisas guardadas de qualquer Forma. Espaços Ineficientes. ORDEM: Coisas colocadas em ângulos e linhas restas. O Espaço é usado de forma eficiente. CURVAS: Todas as curvas são perigosas. Possibilidade de colisão por desaceleração RETAS: Retas são seguras. Objetos poderão ser distribuídos de forma mais rápida. 2.4. Senso de Limpeza 2.4.1. O Que é Limpeza? (mais importante do que limpar é não sujar) Limpar é eliminar a sujeira, inspecionando para descobrir e neutralizar as fontes do problema. A limpeza deve ser encarda como uma oportunidade de inspeção e de reconhecimento do ambiente. Portanto, é de fundamental importância que a limpeza seja realizada pelo próprio usuário do ambiente, ou pelo operador das máquinas e equipamentos. A limpeza é o monitoramento do ambiente, equipamentos e das pessoas. 13

2.4.2. Como Proceder: Compreende três etapas: Geral : Limpar tudo e tratar as causas; Individual: Limpar tudo que está dentro da área de sua responsabilidade; Específica: Micro limpeza de peças, ferramentas, equipamentos etc. 2.4.3. Procedimentos Dividir a área em setores; Definir as responsabilidades; Definir o que deve ser limpo; Definir um plano de limpeza 2.4.4. Mapa Da Limpeza a) Semanal; b) Quinzenal; c) Mensal. EQUIPE ALMOXARIFADO Responsável EQUIPE ADMINISTRATIVO Responsável EQUIPE ELÉTRICA Responsável EQUIPE MECÂNICA/ MÁQUINAS/ VEÍCULOS Responsável 14

EQUIPE RECEPÇÃO Responsável 2.4.5. Campanhas de Limpeza São campanhas de conscientização para todos os funcionários, sendo de muita valia pois além de demonstrar o real interesse da instituição, cria um padrão de conhecimento de todos. 2.4.5.1- Alguns exemplos: a) Cinco minutos diários: Cinco minutos pode parecer muito pouco para realizar alguma coisa que vale a pena. Mais se a limpeza for lançada de forma eficiente pode surpreender. Lançada a campanha, todos devem participar, porém sem que haja imposição. É importante que todos realizem a mesma coisa ao mesmo tempo, como marcar um horário para realizar a limpeza. b) Operação pano branco: É uma campanha para que todos participem da limpeza e polimento. Se for realizada com panos brancos, servirá para indicar os locais com excelência de limpeza e os locais onde necessitam de melhorias. c) Divulgação Visual Frases, cartazes, faixas se possível coloridos são úteis nas campanhas. As mensagens com os temas das campanhas devem ter a participação dos funcionários, até familiares. Distribuir panfletos da campanha de limpeza se possível no final do expediente para serem levados para casa. A Educação é fundamental. d) Dia da Grande Limpeza É um evento de grande importância para a Implementação do Programa 5S Ambiente da Qualidade. Deve ser escolhido um dia que não provoque transtornos na instituição. Deve ser elaborado um plano de ação e participação deve ser de todos. 15

2.4.6. Como está a Limpeza em seu Local de Trabalho? a) A que classe corresponde: Classe A Não existe sujeira. Todos ajudam a manter limpo o local; Classe B Tem sujeira, porém tem pessoas encarregadas de limpar tudo; Classe C Tem sujeira e ninguém se encarrega de limpar; 2.4.7. Verificação da Limpeza As paredes, teto, pátios, máquinas, veículos, ferramentas, equipamentos etc. estão limpos. Isento de Poluição?; As instalações estão pintadas, identificadas?; Existe poluição atrás ou debaixo dos objetos?; Existem vazamentos?; O Ambiente é livre de inveja, traições e intrigas?; 2.4.8. Benefícios da Limpeza Bem estar pessoal; Conservação dos equipamentos; Prevenção de acidentes; Causa boa impressão nos clientes, 2.5. Senso de Saúde (Padronização) Cada um é responsável por manter um ambiente saudável. Busca atender a conservação implantada nos três primeiros sensos, e a constante melhoria de vida de todos que freqüentam a instituição. Por exemplo: O banheiro dos funcionários devem estar em permanente condições de ser utilizado pelos diretores ou clientes. 2.5.1. Manual de Procedimentos A prática do sentido de padronização exige que a empresa adote manuais de procedimentos dos trabalhos elaborados com a participação dos funcionários. A colocação em prática desses procedimentos, levam ao correto desempenho das tarefas, evitando-se o retrabalho, desperdícios, acidentes, doenças ocupacionais, e custos desnecessários. 16

2.5.2. Recursos Visuais: Aviso para ajudar as pessoas a evitar erros de operação; Aviso de perigos; inclusive para comunidade Indicadores de equipamentos e ferramentas; Aviso de advertência; inclusive para a comunidade; Avisos de manutenção preventiva; Avisos de prevenção de acidentes;(exigência do uso de EPI s e EPC s) Instruções técnicas padronizadas. 2.5.3. Verificação da Padronização Existem procedimentos para as diversas atividades?; Os procedimentos são conhecidos por todas as pessoas? (treinamentos); Os processos estão definidos?; As normas são respeitadas por todas as pessoas?; Existe melhoria nos procedimentos?; Os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes estão sob Controle?. 2.5.4. Benefícios do Senso de Saúde Preservação e melhoria da qualidade de vida; Evita faltas no trabalho; Transformação da energia física e mental em serviços e bens. 2.6. Senso de Disciplina (Autodisciplina) Autodomínio, controle sobre si mesmo. Adquirir hábitos corretos de trabalho. Sempre deve existir disciplina e prática para que as pessoas possam realizar suas 17

atividades com naturalidade. Em geral, a disciplina significa treinamento e capacitação (Educação), com o objetivo de se transformar os maus hábitos em bons hábitos. Se uma pessoa pretende realizar seu trabalho de forma eficiente e sem erros, precisam dedicar-se todos os dias. Necessita prestar atenção, ter paciência e desenvolver os bons hábitos. O trabalho coletivo fortalece a equipe e a instituição. 2.6.1- Verificação da Disciplina: Os funcionários são pontuais e atendem os compromissos assumidos? Os objetos e documentos se guardam em locais determinados depois do uso? A relacionamento entre as pessoas são agradáveis? Os equipamentos de proteção individuais e coletivos são utilizados? As ordens de trabalho são executadas devidamente e no tempo previsto? Aquilo que se busca se encontra sem perda de tempo? Existe asseio pessoal após a realização dos trabalhos? A manutenção, limpeza e condição dos veículos, máquinas e equipamentos são atendidas? Fica material sobre a mesa, piso etc após encerramento do expediente? 2.6.2- Benefícios da Autodisciplina RESPEITO, DEFESA E VALORIZAÇÃO DA VIDA. 18

3.PROCEDIMENTOS DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES, EM ALTURAS. 3.1. Objetivo. Estabelecer os procedimentos necessários para a realização de trabalhos em altura, visando garantir segurança e integridade física dos Servidores da Prefeitura Municipal de Curitiba e Empresas de terceiros (contradas) que realizaram este tipo de trabalho e a proteção dos que transitam nas áreas próximas. 3.2. Trabalho em Altura Considerando que trabalho em altura é qualquer atividade que o trabalhador atue acima do nível do solo Para trabalhos em altura acima de 2 metros é obrigatório, além dos EPI S básicos a utilização do cinturão de segurança tipo pára-quedista. 3.2.1. Para a realização de atividades em altura os trabalhadores devem: a) Possuir os exames específicos das funções comprovados (as) no ASO Atestado de Saúde Ocupacional. O ASO deve indicar explicitamente que a pessoa está apta a executar trabalho em local elevado. b) Estar em perfeitas condições físicas e psicológicas, paralisando a atividade caso sinta qualquer alteração em suas condições; c) Estar treinado e orientado sobre todos os riscos envolvidos. Durante vários anos os serviços executados em estruturas elevadas eram realizados com o cinturão de segurança abdominal e toda a movimentação era feita sem um ponto de conexão, isto é, o trabalhador só teria segurança quando estivesse amarrado à estrutura, estando susceptível a quedas. Este tipo de equipamento, devido a sua constituição não permitia que fossem adotados novos procedimentos quanto à escalada, movimentação e resgate dos trabalhadores. Com a preocupação constante em relação à segurança dos trabalhadores, a legislação atual exigiu a aplicação de um novo sistema de segurança para trabalhos em estruturas elevadas que possibilitam outros métodos de escalada, movimentação e resgate. 19

A filosofia de trabalho adotada é de que em nenhum momento, nas movimentações durante a execução das tarefas, o trabalhador não poderá ficar desamarrado da estrutura. Considerando que este processo é altamente dinâmico, a busca de novas soluções e tecnologia deve ser uma constante meta a ser atingida para que a técnica e os procedimentos adotados não fiquem ultrapassados. 3.2.2. Campo de aplicação: Aplica-se o disposto nesta Instrução de Segurança do Trabalho, a todos os serviços em altura, realizados por colaboradores internos ou terceiros, especialmente naqueles relativos às operações de: a) Manutenção em telhados (telhas, rufos, chaminés, exaustores etc); b) Trocas de Telhas; c) Pintura, limpeza, lavagem e serviços de alvenaria nas fachadas e estruturas; d) Instalação e manutenção elétrica; Iluminação pública; e) Manutenção de redes hidráulicas. 3.2.3. Procedimentos: a) O trabalhador deverá possuir Atestado de Saúde Ocupacional (ASO), constando exame de Eletroencefalograma, emitido pelo médico coordenador do PCMSO acusando que o trabalhador esteja apto para executar trabalhos em altura. b) Poderão ser necessários outros exames a critério do médico. c) A validade do ASO para trabalho em altura será de 6 meses. A data do vencimento do ASO e anotação de apto para altura deverá constar no crachá do funcionário. d) O trabalhador deverá possuir idade e bio-tipo adequado. e) Ser especializado no trabalho em que for executar, bem como estar familiarizado com os equipamentos inerentes ao serviço. f) Utilizar os EPI s (Equipamentos de Proteção Individual) conforme dispost o na NR 6 e NR 18 da Portaria n.º 3.214/78 do Ministério do Trabalho, vigente e os indicados pela Segurança do Trabalho. g) Os trabalhos em altura só poderão ser executados por pessoas devidamente 20

treinadas e orientadas pelas chefias responsáveis pelo serviço. h) Todos os trabalhadores em serviço em altura devem utilizar-se de capacete com jugular. i) Utilizar roupas adequadas ao trabalho executado, não sendo permitido o uso de sandálias e chinelo. j) Não é permitido brincadeiras, ou jogar ferramentas do local elevado. k) Utilizar cinto porta-ferramenta com ou bolsa própria para guardar e transportar ferramentas manuais. l) Antes do início da realização de qualquer trabalho em altura deverá ser feita previamente, rigorosa inspeção pelo encarregado do setor onde vão ser realizados os trabalhos, pelo responsável dos trabalhos e pela Segurança do Trabalho. m) O local deverá ser sinalizado através de placas indicativas e/ou cones, deverá ser feito um isolamento para prevenir acidentes com transeuntes ou pessoas que estejam trabalhando embaixo. n) É obrigatório o uso do cinto de segurança tipo pára-quedista com dois talabartes, para trabalhos em altura superior a 2 (dois) metros. o) O transporte de materiais para cima ou para baixo, deverá ser feito preferencialmente com a utilização de cordas em cestos especiais ou de forma mais adequada. p) Materiais e ferramentas não podem ser deixados desordenadamente nos locais de trabalho sobre andaimes, plataformas ou qualquer estrutura elevada, para evitar acidentes com pessoas que estejam trabalhando ou transitando sob as mesmas. q) As ferramentas não podem ser transportadas em bolsos; utilizar sacolas especiais ou cintos apropriados. r) Instalações elétricas provisórias só devem ser realizadas exclusivamente por eletricista autorizados. s) Todo trabalho em altura deverá ser previamente autorizado pela área de Prevenção de Acidentes, através da emissão de Autorização para Trabalho em Altura. t) Somente poderão trabalhar em alturas os empregados que possuírem a Autorização para Trabalho para o referido trabalho. 21

3.3. Locais de Trabalhos: 3.3.1.Telhado: a) Comunicar ao setor usuário sobre a realização do serviço; b) Isolar e sinalizar a área localizada abaixo do local de trabalho; c) Não pisar diretamente sobre as telhas, mas sim sempre nas tábuas que devem ser dispostas como passarelas; peso; d) Não sobrecarregar o beiral do telhado, pois esse não foi projetado para suportar e) Para içar telhas, deve-se suspendê-las até a altura desejada, uma a uma, devidamente amarrada, por meio de talhas ou outros meios igualmente seguros; f) Nunca armazenar telhas sobre o telhado; g) Não deixar sobras de material sobre o telhado após a execução do serviço; h) Em dias de chuva ou de muito vento, ou enquanto as telhas estiverem úmidas, não executar serviços sobre o telhado, mesmo com o uso de passarela de madeira; i) O cinto de segurança tipo pára-quedista deverá ser utilizado, providenciando-se previamente os meios necessários á sua fixação de forma a possibilitar a locomoção do usuário sobre o telhado. 3.3.2 Andaimes: a) Os andaimes devem ser dimensionados e montados de modo a suportarem, com segurança, as cargas de trabalho (pessoas e materiais), a que estarão sujeitos; b) Os montantes devem ser apoiados sobre calços ou sapatas, capazes de resistir aos esforços e ás cargas; c) A cada dois lances de cavalete, colocar as travas de reforço no andaime; d) Os andaimes devem ser fixados a estruturas rígidas durante sua utilização; e) Devem possuir guarda-corpo, com travessas horizontais colocadas respectivamente a 0,45 m e 1,00 m acima do estrado de trabalho, para evitar queda de pessoas; f) As pranchas usadas para piso devem fechar toda a área do andaime, de maneira a formar um piso contínuo; g) As pranchas devem ser dotadas de travas nas extremidades, para evitar seu deslocamento lateral e serem isentas de trincas, emendas ou nós; h) Os andaimes com altura superior a 1,50 m de altura devem ser providos de escadas de acesso; 22