REGULAMENTO MUNICIPAL DA PUBLICIDADE E PROPAGANDA



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Transcrição:

REGULAMENTO MUNICIPAL DA PUBLICIDADE E PROPAGANDA - Nota justificativa - A Lei n.º 97/88, de 17 de Agosto, alterada pela Lei n.º 23/2000, de 23 de Agosto e pelo Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de Abril, define os critérios essenciais no que respeita à afixação e inscrição de mensagens de publicidade e de propaganda. O referido diploma legal, no seu artigo 11.º, atribui à Assembleia Municipal, por iniciativa própria ou mediante proposta da Câmara Municipal, a competência da elaboração dos regulamentos necessários à sua execução. Assim, no respeito pelo artigo 4.º do referido diploma legal é elaborado o presente regulamento. Com o presente regulamento procura-se regular as novas formas de publicidade e propaganda e instituir um regime de licenciamento completo, assumindo a crescente preocupação pela defesa do ambiente, da estética dos lugares e pela segurança e conforto dos munícipes. Entretanto, com a publicação do Decreto-lei n.º 48/2011, de 1 de Abril, foi eliminada a necessidade de licenciamento ou autorização administrativa relativamente a algumas formas de afixação e inscrição de mensagens publicitárias de natureza comercial, competindo às câmaras municipais a definição dos critérios que devem ser observados na afixação e inscrição de mensagens publicitárias não sujeitas a licenciamento. Outro aspecto de relevo prende-se com a necessidade de previsão regulamentar dos critérios adicionais de afixação ou inscrição de mensagens publicitárias, de acordo com o disposto no artigo 3º-A da Lei n.º 97/88, de 17 de Agosto, com a nova redacção que lhe foi introduzida pelo Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de Abril. Finalmente são introduzidas algumas alterações de pormenor na definição de conceitos e na sistemática do regulamento.

Assim, nos termos do disposto no artigo 241.º da Constituição da República Portuguesa, da alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º e da alínea a) do n.º 6 do artigo 64º, ambos a Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro e do artigo 11.º da lei nº 97/88, de 17 de Agosto, alterada pela Lei n.º 23/2000, de 23 de Agosto e pelo Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de Abril propõe-se submeter à aprovação da Câmara Municipal o Projecto do Regulamento Municipal de Publicidade e Propaganda. TITULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1º (Lei habilitante) O presente regulamento tem como lei habilitante a Lei n.º 97/88, de 17 de Agosto, alterada pela Lei n.º 23/2000, de 23 de Agosto e pelo Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de Abril. Artigo 2.º (Âmbito material) O presente regulamento aplica-se a toda a publicidade, bem como ao exercício da actividade de propaganda, dentro dos limites territoriais do Concelho de Carrazeda de Ansiães. TITULO II PUBLICIDADE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 3.º (Definições) Para efeitos do presente regulamento são adoptadas as seguintes definições:

1. Publicidade: qualquer forma de comunicação feita por entidades de natureza pública ou privada, no âmbito de uma actividade comercial, industrial, artesanal ou liberal, com o objecto directo ou indirecto de: a) Promover, com vista à sua comercialização ou alienação, quaisquer bens ou serviços; b) Promover ideias, princípios, iniciativas ou instituições; 2. Considera-se, também, publicidade qualquer forma de comunicação da Administração Pública, não prevista no número anterior, que tenha por objectivo directo ou indirecto, promover o fornecimento de bens ou serviços. 3. Actividade publicitária: conjunto de operações relacionadas com a difusão de uma mensagem publicitária junto dos seus destinatários, bem como as relações jurídicas e técnicas daí emergentes entre anunciantes, profissionais, agências de publicidade e entidades que explorem os suportes publicitários ou que efectuem as referidas operações. 4. Entre as operações referidas no número anterior incluem-se, designadamente, as de concepção, criação, produção, planificação e distribuição publicitárias. 5. Suporte publicitário: o meio utilizado para a transmissão da mensagem publicitária. Artigo 4.º (Exclusões) 1. Para efeitos do presente regulamento, não é considerado publicidade: b) A divulgação de mensagens publicitárias sem interesse comercial, por parte de instituições sociais e outras entidades ou colectividades sem fim comercial. c) A sensibilização feita através de éditos, anúncios, notificações e demais formas de informação que se relacionem, directa ou indirectamente, com o cumprimento de prescrições legais ou com a utilização de serviços públicos. d) A difusão de comunicados, notas oficiosas e demais esclarecimentos que se prendam com a actividade de órgãos de soberania e da Administração Central e Local. e) A propaganda.

2. O presente regulamento não se aplica à publicidade afixada ou inscrita ao abrigo de contratos de concessão de exploração de publicidade celebrados pela Câmara Municipal de Carrazeda de Ansiães, a qual se regerá pelo respectivo contrato. Artigo 5º (Licenciamento prévio) 1. A afixação ou inscrição de mensagens publicitárias em bens ou espaços afectos ao domínio público ou deles visíveis carece de licenciamento prévio da Câmara Municipal. 2. Exceptuam-se do número anterior as seguintes situações: a) A afixação de propaganda política e sindical; b) A publicidade adjudicada em concurso público; c) Os anúncios colocados ou afixados em prédios urbanos com a simples indicação de venda ou arrendamento; d) Os anúncios ou reclamos colocados ou afixados dentro dos estabelecimentos e no interior das montras da exposição destes, se respeitarem a produtos ali comercializados; e) A publicidade de espectáculos públicos, devidamente autorizados pelas autoridades competentes; f) As referências a patrocinadores de actividades promovidas pela Câmara Municipal ou que esta considere de interesse público, desde que o valor do patrocínio seja superior ao da taxa que seria aplicável. Artigo 6º (Isenções) 1. Sem prejuízo das regras sobre a utilização do espaço público e do regime jurídico da conservação da natureza e da biodiversidade, a afixação e a inscrição de mensagens publicitárias de natureza comercial não estão sujeitas a licenciamento, autorização ou a qualquer outro acto permissivo nos seguintes casos: a) Quando as mensagens publicitárias de natureza comercial são afixadas ou inscritas em bens de que são proprietárias ou legítimas possuidoras ou detentoras entidades privadas e não são visíveis ou audíveis a partir do espaço público;

b) Quando as mensagens publicitárias de natureza comercial são afixadas ou inscritas em bens de que são proprietárias ou legítimas possuidoras ou detentoras entidades privadas e a mensagem publicita os sinais distintivos do comércio do estabelecimento ou do respectivo titular da exploração ou está relacionada com bens ou serviços comercializados no prédio em que se situam, ainda que sejam visíveis ou audíveis a partir do espaço público. c) Quando as mensagens publicitárias de natureza comercial ocupam o espaço público contíguo à fachada do estabelecimento e publicitam os sinais distintivos do comércio do estabelecimento ou do respectivo titular da exploração ou estão relacionadas com bens ou serviços comercializados no estabelecimento. 2. No caso dos bens imóveis, a afixação ou inscrição de mensagens publicitárias no próprio bem consideram-se abrangidas pelo disposto na alínea b) do número anterior. Artigo 7.º (Critérios de licenciamento da publicidade e de afixação ou inscrição da publicidade comercial não sujeita a licenciamento) 1. O licenciamento de publicidade prossegue os seguintes objectivos: a) Não provocar obstrução de perspectivas panorâmicas ou afectar a estética ou a ambiente dos lugares e da paisagem; b) Não prejudicar a beleza ou o enquadramento de monumentos nacionais, de edifícios de interesse público ou outros susceptíveis de ser classificados pelas entidades públicas; c) Não causar prejuízos a terceiros; d) Não afectar a segurança das pessoas ou das coisas, nomeadamente na circulação rodoviária e ferroviária; e) Não apresentar disposições, formatos ou cores que possam confundir-se com as da sinalização de tráfego; f) Não prejudicar a circulação dos peões, designadamente dos deficientes. 2. É proibida a utilização, em qualquer caso, de materiais não biodegradáveis na afixação e inscrição de mensagens de publicidade. 3. É absolutamente proibida a realização de inscrições ou pinturas murais nos seguintes casos:

a) Em monumentos nacionais ou edifícios religiosos; b) Nas sedes dos Órgãos de Soberania ou de Autarquias Locais; c) Em sinais de trânsito e placas de sinalização rodoviária; d) No interior de quaisquer repartições e edifícios públicos ou franqueados ao público; e) Em estabelecimentos comerciais e áreas protegidas (centros históricos), quando o seu interesse patrimonial, histórico ou cultural o justifique. 4. Entende-se por estabelecimentos ou áreas protegidas os que sejam com tal declarados pela competente regulamentação urbanística. 5. É, ainda, proibido promover a publicidade: a) Em edifícios, muros, vedações e tapumes, não autorizados pelos seus proprietários ou locatários; b) Em recipientes de recolha de lixo; c) Em candeeiros de iluminação pública, armários de distribuição de energia eléctrica e restante mobiliário urbano; d) Em faixas de pano, de plástico, de papel ou de outro material semelhante, que atravessem a via pública, salvo se devidamente autorizada, para determinado fim, a apreciar caso a caso; e) Em locais que impeçam a conveniente visibilidade das placas toponímicas e dos sinais de trânsito. CAPÍTULO II PROCESSO DE LICENCIAMENTO Artigo 8º (Licenciamento cumulativo) 1. Nos casos em que a afixação ou inscrição de mensagens publicitárias exija, a execução de obras de construção sujeitas a licença, comunicação prévia ou autorização administrativa, têm estas de ser requeridas cumulativamente.

2. Os restantes meios de suporte ficam apenas sujeitos ao pagamento da taxa cumulativa, sempre que exista outra efectiva utilização do domínio público. Artigo 9.º (Requerimento inicial) 1. A licença para a afixação ou inscrição de mensagens publicitárias depende de requerimento dirigido ao Presidente da Câmara municipal. 2. Está isenta de licenciamento municipal a afixação e a inscrição de mensagens publicitárias de natureza comercial mencionada no artigo 6º. Artigo 10.º (Elementos obrigatórios) 1. O requerimento deve conter obrigatoriamente: a) A identificação e residência ou sede do requerente; b) Indicação exacta do local pretendido; c) O período de utilização pretendido; d) Outros elementos exigíveis para cada meio ou suporte de acordo com o disposto nos artigos 11.º e 18.º a 39º. 2. Com o requerimento, deve, igualmente ser junto ao processo, documento comprovativo de que o requerente é proprietário, locatário ou possuidor de outros direitos sobre os bens onde pretenda afixar ou inscrever a mensagem publicitária, ou juntar autorização escrita do respectivo proprietário ou locatário, com a respectiva assinatura autenticada. 3. Quando os elementos publicitários se destinarem a ser instalados em prédio que esteja submetido ao regime de propriedade horizontal deverá o requerente apresentar, também, cópia autenticada da acta de assembleia do condomínio autorizando a instalação dos elementos publicitários que se pretende instalar. 4. A autorização referida no número anterior é dispensada relativamente às fracções autónomas licenciadas para o comércio, desde que os elementos publicitários sejam instalados na área correspondente ao estabelecimento.

5. O pedido será submetido a despacho com a informação e pareceres das divisões respectivas e pareceres das entidades com jurisdição sobre os locais onde se pretende afixar a publicidade. Artigo 11.º (Elementos complementares) 1. Posteriormente à entrada do requerimento, sempre que se verifiquem dúvidas susceptíveis de uma deficiente apreciação do pedido, pode ser exigida ao requerente através de comunicação escrita, a indicação de outros elementos, designadamente: a) A junção de termo de responsabilidade de celebração de seguro de responsabilidade civil para meio ou suporte que possa, eventualmente, representar um perigo para a segurança das pessoas ou coisas; b) Autorização de outros proprietários, possuidores, locatários ou outros detentores legais, que possam vir a sofrer danos com a afixação pretendida. 2. O não envio dos elementos referidos, bem como de outras informações complementares nos 20 dias seguintes à comunicação referida no número anterior, constitui fundamento para o indeferimento. Artigo 12.º (Notificação da decisão) A decisão sobre o pedido de licenciamento é sempre comunicada ao requerente por escrito, num prazo não superior a 10 dias, contados a partir do momento em que o respectivo processo disponha de todos os elementos necessários à decisão. Artigo 13.º (Deferimento) 1. Em caso de deferimento, deve incluir-se na comunicação referida no artigo anterior, a indicação do prazo de três meses para levantamento da licença e pagamento da taxa respectiva. 2. O titular da licença só pode exercer os direitos a que se refere a mesma depois de levantar o alvará de licença e pagar a respectiva taxa. 3. A licença é sempre concedida a título precário, por prazo não superior a um ano civil.

4. A viabilidade da deliberação ou decisão municipal caduca se não for cumprido o prazo referido no número um. 5. A renovação da licença deverá ser solicitada com pelo menos 15 dias de antecedência, relativamente ao termo do seu prazo de validade. Artigo 14.º (Indeferimento) O indeferimento do pedido de licenciamento ou renovação será devidamente fundamentado e comunicado ao requerente. Artigo 15.º (Locais sujeitos a jurisdição de outras entidades) Sempre que o local onde o requerente pretenda afixar ou inscrever a mensagem publicitária estiver sujeito a jurisdição de outras entidades, deve a Câmara Municipal solicitar parecer sobre o pedido de licenciamento, nos termos gerais. Artigo 16.º (Revogação) A licença, para a afixação ou inscrição de mensagens publicitárias, pode ser revogada sempre que: a) Situações excepcionais de imperioso interesse público assim o exigirem; b) O seu titular não cumpra as normas legais nem regulamentares a que está sujeito ou quaisquer obrigações a que se tenha vinculado no licenciamento. Artigo 17.º (Remoção) 1. Em caso de caducidade da licença, deve o respectivo titular proceder à eliminação da mensagem através da remoção dos meios ou suportes até ao termo do prazo de validade. 2. Nas situações previstas no artigo 16.º, a remoção dos meios utilizados deve ocorrer no prazo fixado na notificação.

3. Caso o titular da licença não cumpra o disposto nos números anteriores, pode a Câmara proceder à remoção dos meios ou suportes utilizados, independentemente da coima ou sanções acessórias a que haja lugar. CAPÍTULO III SUPORTES DE PUBLICIDADE Secção I Condições de afixação de publicidade Subsecção I Responsabilização dos titulares dos suportes publicitários Artigo 18º (Deveres dos titulares dos suportes publicitários) 1. Constituem deveres do titular do suporte publicitário: a) Cumprir as condições gerias e específicas a que a afixação e a inscrição de mensagens publicitárias estão sujeitas; b) Conservar o suporte, bem como a mensagem, em boas condições de conservação e segurança; c) Eliminar quaisquer danos em bens públicos resultantes da afixação ou inscrição da mensagem publicitária.

Subsecção II Publicidade de natureza comercial na proximidade das estradas nacionais e regionais Artigo 19º (Publicidade em espaço do domínio público rodoviário) Na proximidade da rede de estradas nacionais e regionais, na afixação ou inscrição de mensagens publicitárias de natureza comercial, deverão ser observados os seguintes critérios suplementares: a) A mensagem ou os seus suportes não poderão ocupar a zona da estrada que constitui domínio público rodoviário do Estado; b) A ocupação temporária da zona da estrada para instalação ou manutenção das mensagens ou dos seus suportes está sujeita ao prévio licenciamento da Estradas de Portugal, SA; c) A mensagem ou os seus suportes não deverão interferir com as normais condições de visibilidade da estrada e/ou com os equipamentos de sinalização e segurança; d) A mensagem ou os seus suportes não deverão constituir obstáculos rígidos em locais que se encontrem na direcção expectável de despiste de veículos; e) A mensagem ou os seus suportes não deverão possuir qualquer fonte de iluminação direccionada para a estrada capaz de provocar encandeamento; f) A luminosidade das mensagens publicitárias não deverá ultrapassar as 4 candelas por m2; g) Não deverão ser inscritas ou afixadas quaisquer mensagens nos equipamentos de sinalização e segurança da estrada, h) A afixação ou inscrição das mensagens publicitárias não poderá obstruir os órgãos de drenagem ou condicionar de qualquer forma o livre escoamento das águas pluviais; i) Deverá ser garantida a circulação de peões em segurança, nomeadamente os de mobilidade reduzida; para tal, a zona de circulação pedonal livre de qualquer mensagem ou suporte publicitário não deverá ser inferior a 1,5 m;

Subsecção III Chapas, placas, tabuletas, letras soltas ou símbolos e semelhantes Artigo 20º (Definições) Para efeitos deste regulamento entende-se por: a) Chapa: suporte não luminoso aplicado ou pintado em paramento visível e liso, cuja maior dimensão não excede 0,60 m e a máxima saliência não excede 0,05 m; b) Placa: suporte não luminoso aplicado em paramento visível, com ou sem emolduramento, cuja maior dimensão não excede 1,5 m; c) Tabuleta: suporte não luminoso, afixado perpendicularmente às fachadas dos edifícios, que permite a afixação de mensagens publicitárias em ambas as faces; d) Letras soltas ou símbolos: a mensagem publicitária não luminosa, directamente aplicada nas fachadas dos edifícios, nas montras, nas portas ou janelas. Artigo 21º Estética dos edifícios Em cada edifício, as chapas, placas ou tabuletas devem apresentar dimensão, cores, materiais e alinhamentos adequados à estética do edifício. Artigo 22.º (Condições de aplicação das chapas) 1. Não poderão sobrepor gradeamentos ou outras zonas vazadas em varandas. 2. Não poderão ocultar elementos decorativos ou outros com interesse na composição arquitectónica das fachadas. Artigo 23º (Condições de aplicação das placas) 1. Não poderão sobrepor gradeamentos ou outras zonas vazadas em varandas; 2. Não poderão ocultar elementos decorativos ou outros com interesse na composição arquitectónica das fachadas. 3. Poderão ser instaladas apenas ao nível do rés-do-chão dos edifícios.

Artigo 24º (Condições de aplicação das tabuletas) 1. As tabuletas não podem distar menos de 2,50 m do solo. 2. Não pode ser excedido o balanço de 1,30 m em relação ao plano marginal do edifício. 3. Nas ruas sem passeio ou com passeio inferior a 1 m, o balanço não poderá exceder 0,20 m. Artigo 25º (Condições de aplicação das letras soltas ou símbolos) 1. Não deverão ocultar elementos decorativos ou outros com interesse na composição arquitectónica das fachadas. 2. Não poderão exceder 0,40 m de altura e 0,10 m de saliência. Subsecção IV Painéis Artigo 26.º (Definição) Para efeitos deste regulamento, painel é todo o suporte constituído por moldura e respectiva estrutura fixada directamente no solo. Artigo 27.º (Dimensões) 1. Os painéis deverão ter uma das seguintes dimensões: a) 2,40 m de largura por 1,75 m de altura; b) 4 m de largura por 3 m de altura; c) 8 m de largura por 3 m de altura. 2. Podem ser licenciados, a título excepcional devidamente fundamentados, painéis com dimensões diversas das referidas no número anterior desde que não ponham em causa o ambiente nem a estética dos locais pretendidos.

Artigo 28.º (Colocação de painéis) 1. A distância entre a parte inferior da moldura dos painéis e o solo não pode ser inferior a 2,30 m; 2. Os painéis devem ser colocados de modo a não constituírem elemento perturbador aos utentes da via pública. 3. Não é permitida a colocação de painéis no passeio. 4. Os painéis deverão ser implantados em postes metálicos e devidamente pintados, de cor adequada ao local. 5. As molduras dos painéis não poderão permanecer sem publicidade, por um período superior a dez dias. Subsecção V Bandeirolas Artigo 29º (Condições de instalação) As bandeirolas devem ser oscilantes e, preferencialmente, orientadas para o interior do passeio, devendo ser colocadas de modo perpendicular em relação à via mais próxima. Artigo 30º (Dimensões e colocação) 1. As bandeirolas têm como limite máximo as dimensões de 1,20 m de altura por 0,80 m de largura. 2. Poderão ser licenciadas, a título excepcional, devidamente fundamentado, bandeirolas com outras dimensões, desde que não fique posta em causa a visibilidade de sinalização de trânsito, nem o ambiente e a estética dos locais pretendidos. 3. A afixação de bandeirolas deverá ter as seguintes distâncias mínimas: a) 3,50 m entre a sua parte inferior e o solo; b) 1 m entre a fachada do edifício mais próximo e a parte mais saliente da bandeirola;

Subsecção VI Anúncios luminosos, iluminados, electrónicos e semelhantes Artigo 31.º (Definições) Para efeitos deste regulamento entende-se por: a) Anúncio luminoso: todo o suporte que emita luz própria. b) Anúncio iluminado: todo o suporte sobre o qual se faça incidir intencionalmente uma fonte de luz. c) Anúncio electrónico: sistema computorizado de emissão de mensagens e imagens, com possibilidade de ligação a circuitos de TV e vídeo e similares. Artigo 32º (Balanço e altura) 1. Os anúncios a que se refere o número anterior, colocados em saliência sobre as fachadas, estão sujeitos às seguintes limitações: a) Não podem exceder o balanço total de 1,50 m e devem ficar afastados, no mínimo, 0,50 m do limite exterior do passeio; b) A distância entre o solo e o limite inferior do anúncio não pode ser inferior a 2,50 m, nem superior a 4 m; c) Caso o balanço não exceda 0,20 m, a distância entre a parte inferior do anúncio e o solo não pode ser inferior a 2m, nem superior a 4m; d) Nas ruas sem passeio, o balanço não pode ser superior a 0,20 m, devendo o anúncio ser colocado a uma distância de 4 m do solo, medida da sua parte inferior. 2. As estruturas dos anúncios luminosos, iluminados, sistemas electrónicos ou semelhantes instalados nas coberturas ou fachadas de edifícios e em espaços afectos ao domínio público devem ficar, tanto quanto possível, encobertas e ser pintadas em cor que lhes dê o menor destaque.

Subsecção VII Mobiliário urbano (toldos, guarda-sóis, expositores e vitrinas) e cartazes Artigo 33º (Mobiliário urbano e cartazes) 1. É permitida a afixação ou inscrição de mensagens publicitárias em mobiliário urbano e em cartazes. 2. Para efeitos do presente artigo entende-se por mobiliário urbano os toldos, as esplanadas abertas, os guarda-sóis, guarda-ventos, vitrinas e expositores. Artigo 34.º (Cartazes) 1. Poderão ser afixados cartazes nas vedações muros e tapumes, uma vez obtida a autorização dos respectivos proprietários. 2. A publicidade licenciada nos locais a que se refere o número anterior, com excepção da afixada em tapumes, deverá ser removida pelos seus promotores ou beneficiários, no prazo de cinco dias, após a beneficiação do evento ou da notificação feita pelos serviços. 3. Quando a remoção e limpeza do respectivo local, não sejam efectuadas no prazo previsto no nº 2 deste artigo, ficarão os beneficiários da publicidade sujeitos para além da contra-ordenação aplicável, ao pagamento das despesas correspondentes. 4. Para garantia da remoção da publicidade, será exigido aos interessados um depósito de caução, pelo menos igual ao dobro da licença. Em caso de isenção, aquele depósito será de montante igual ao valor da taxa a que haveria lugar. 5. A prestação da garantia prevista no número anterior deve fazer-se simultaneamente com o pagamento da licença, ou, não sendo devida esta, até dois dias antes da afixação. 6. A caução prestada, será restituída ao interessado após a verificação pelos serviços competentes de que a remoção da publicidade e limpeza da área ocupada, já foi efectuada.

Subsecção VIII Publicidade em veículos automóveis e outros meios de locomoção Artigo 35.º (Licenciamento) 1. A inscrição ou afixação de mensagens publicitárias, em veículos automóveis, transportes públicos e outros meios de locomoção, carecem de licenciamento prévio, sempre que a actividade publicitária seja exercida na área do Município. 2. Não está sujeita ao licenciamento referido no número anterior, a publicidade feita em veículos de proprietários com sede noutros municípios e por estes devidamente licenciada. Subsecção IX Publicidade sonora Artigo 36.º (Condições) É permitida a publicidade sonora, desde que respeite os limites impostos pela legislação aplicável a actividades ruidosas. Subsecção X Balões, zepelins, insufláveis e semelhantes no ar Artigo 37.º (Definição) Para efeitos deste Regulamento, entende-se por balão, zepelim, insuflável e semelhante, todos os suportes que, para a sua exposição ao ar, careçam de gás, podendo estabelecer-se a ligação ao solo por elementos de fixação.

Artigo 38.º (Servidões militares ou aeronáuticas) Não pode ser licenciada a afixação de mensagens publicitárias em meios de suportes aéreos que invadam zonas sujeitas a servidões militares ou aeronáuticas, nomeadamente aquelas a que se refere o Decreto-lei n.º 48542, de 24 de Agosto de 1968, excepto se o requerimento for prévia e expressamente autorizado pela entidade com jurisdição sobre esses espaços. Artigo 39.º (Seguro) Após o deferimento do pedido, o levantamento da licença será condicionado à entrega do contrato de seguro de responsabilidade civil. TITULO III PROPAGANDA Artigo 40.º (Objectivos) O exercício das actividades de propaganda deve prosseguir os seguintes objectivos: a) Não provocar obstrução de perspectivas panorâmicas ou afectar a estética ou o ambiente dos lugares ou da paisagem; b) Não prejudicar a beleza ou o enquadramento de monumentos nacionais, de edifícios do interesse público ou outros susceptíveis de ser classificados pelas entidades públicas; c) Não causar prejuízos a terceiros; d) Não afectar a segurança de pessoas e bens, nomeadamente a circulação rodoviária e ferroviária; e) Não apresentar disposições, formatos ou cores que possam confundir-se com os da sinalização de tráfego.

Artigo 41.º (Locais de afixação) A Câmara Municipal, até ao dia 31 de Dezembro de cada ano, mediante edital, publica uma lista dos espaços e lugares públicos onde, no ano seguinte, podem ser afixadas ou inscritas mensagens de propaganda. Artigo 42.º (Utilização dos locais disponibilizados) 1. Os locais disponibilizados nos termos do artigo anterior podem ser livremente utilizados para o fim a que se destinam. 2. De modo a poder garantir-se uma utilização equitativa dos locais, devem ser observadas pelos utentes as seguintes regras: a) O período de duração da afixação ou inscrição das mensagens não pode ultrapassar 30 dias, devendo as mesmas ser removidas no termo desse prazo; b) A mensagem que anuncie um determinado evento deve ser removida nos cinco dias seguintes à sua realização; c) Não podem ser ocupados, simultaneamente, mais de 50% dos bens, espaços ou lugares com propaganda proveniente da mesma entidade. Artigo 43.º (Meios amovíveis de propaganda) 1. Os meios amovíveis de propaganda afixados em locais públicos, devem respeitar o disposto no artigo 38º do presente Regulamento. 2. Os responsáveis pelos meios amovíveis de propagada em lugares públicos devem comunicar previamente à Câmara Municipal, por escrito, quais os prazos e as condições de remoção desses meios amovíveis que pretendem cumprir. 3. A Câmara Municipal define os prazos e as condições de remoção e informa os interessados da sua deliberação, por escrito.

Artigo 44.º (Propaganda em campanha eleitoral) 1. Nos períodos de campanha eleitoral, de uma forma equitativa, a Câmara Municipal coloca à disposição dos partidos políticos ou forças concorrentes espaços especialmente destinados à afixação da sua propaganda. 2. A Câmara Municipal publica, até 30 dias antes do início de cada campanha eleitoral, através de edital, uma lista com a enumeração e localização dos meios ou suportes especialmente postos à disposição dos partidos ou forças concorrentes para afixação ou inscrição de mensagens de propaganda nesses períodos. 3. É garantido o respeito da Lei n.º 26/99, de 3 de Maio e demais legislação aplicável à propaganda política em campanha eleitoral. Artigo 45.º (Remoção pela Câmara Municipal) Findos os prazos previstos no presente Título ou concedidos pela Câmara Municipal, sem que a entidade responsável pela afixação ou inscrição proceda à remoção da propaganda ou dos seus meios, ou verificando-se a afixação ou inscrição de mensagens de propaganda, ou a realização desta, em violação das normas da Lei n.º 97/88, de 17 de Agosto, na sua redacção actual, ou do presente regulamento, a Câmara Municipal pode exigir, após audiência prévia, a remoção dos referidos meios ou mensagens no prazo máximo de quarenta e oito horas e, decorrido o prazo fixado, que começa a contar da notificação da referida intimação, a Câmara Municipal poderá proceder a essa remoção à custa do transgressor. Artigo 46.º (Materiais não biodegradáveis) É proibida a utilização, em qualquer caso, de materiais não biodegradáveis na afixação e inscrição de mensagens de propaganda.

Artigo 47.º (Obras de construção civil) Se a afixação ou inscrição de formas de propaganda exigir a execução de obras de construção civil sujeitas a licença, tem esta de ser obtida nos termos da legislação aplicável. TÍTULO IV DISPOSIÇÕES FINAIS Artigo 48.º (Publicidade na proximidade das estradas nacionais fora dos aglomerados urbanos) À afixação ou inscrição de publicidade na proximidades das estradas nacionais constantes do Plano Rodoviário Nacional fora dos aglomerados urbanos é aplicável a legislação específica em vigor, nomeadamente, o Decreto-lei n.º 105/98, de 24 de Abril, alterada pelo Decreto-lei n.º 166/99, de 13 de Maio. Artigo 49.º (Licenças em vigor) Não podem ser renovadas as licenças relativas a publicidade que, a partir da data de entrada em vigor do presente regulamento, não estejam conformes com as disposições e princípios aqui contidos. Artigo 50.º (Regime de contra-ordenações) 1. Constituem contra-ordenação, punível com coima, as seguintes violações do disposto no presente Regulamento: a) A afixação, inscrição de mensagens publicitárias que não tenha sido precedida de licenciamento constitui contra-ordenação punível com coima de 150 a 1.500 para as pessoas singulares e de 300 a 3.000 para as pessoas colectivas.