Cartilha. Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal - CCAF. Conciliar é a Solução.



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Transcrição:

ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO Consultoria-Geral da União Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal - CCAF Cartilha Conciliar é a Solução.

Cartilha

Copyright 2008 - Advocacia-Geral da União Advogado-Geral da União José Antonio Dias Toffoli Consultor-Geral da União Ronaldo Jorge Araújo Vieira Júnior Diretora da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal Helia Maria de Oliveira Bettero Diretora Substituta Vera Inês Werle Coordenadora-Geral Sávia Maria Leite Rodrigues Gonçalves Conciliadores Adriana Aghinoni Fantin Fábio Conrado Loula Maurício Braga Torres Patricia Batista Bertolo Thaís Helena Ferrinho Pássaro Consultoras da União - Conciliadoras Célia Maria Cavalcanti Ribeiro Alda Freire de Carvalho Servidores Elen Cristina Lacerda Mesquita Marcos Gomes de Oliveira Maria Auxiliadora de Oliveira Lopes Paulo Roberto Vasconcelos Renata Coelho Ferreira Bartos Matos Estagiários Denison Ataíde Diogo Bergmann George Duarte Capa e Editoração: Escola da AGU Disponível no sítio: www.agu.gov.br Permitida a Reprodução parcial ou total desta publicação, desde que citada a fonte. Brasil. Advocacia-Geral da União. Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal - CCAF: cartilha. - Brasília: AGU, Consultoria-Geral da União, 2008 14 p.: il.

O QUE É CCAF? A Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal - CCAF, órgão da Consultoria-Geral da União, foi criada pelo Ato Regimental nº 05, de 27 de setembro de 2007, e tem sua forma de atuação regulamentada pela Portaria AGU nº 1.281, de 27 de setembro de 2007, cujo objetivo principal é evitar litígios entre Órgãos e Entidades da Administração Federal. Publicado no Diário Oficial da União, seção 1, do dia 28/09/2007. 1

FINALIDADE: a CCAF foi concebida para dar continuidade às atividades conciliatórias já desenvolvidas com sucesso pelas câmaras de conciliação ad hoc, instaladas pelo Advogado-Geral da União, conforme Medida Provisória n 2.180-35, de 24 de agosto de 2001. NORMATIVOS: - art. 4, incisos I, X, XI, XIII, XVIII e 2, da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de 1993; - art. 8 - C da Lei n 9.028, de 12 de abril de 1995; - art. 11 da Medida Provisória n 2.180-35/2001; - Ato Regimental AGU nº 5/2007; e - Portaria nº 1.281/2007. COMPETÊNCIA: - identificar os litígios entre órgãos e entidades da Administração Federal; - manifestar-se quanto ao cabimento e à possibilidade de conciliação; - buscar a conciliação entre órgãos e entidades da Administração Federal; - supervisionar as atividades conciliatórias no âmbito de outros órgãos da Advocacia-Geral da União. OBJETIVOS: APRESENTAÇÃO - conciliar os interesses divergentes dos diversos órgãos e entidades da Administração Federal; - evitar a judicialização de demandas envolvendo órgãos e entidades da Administração Federal; - encerrar processos já judicializados, harmonizando os interesses dos órgãos envolvidos, por meio de conciliações. 2

MISSÃO Solucionar, em âmbito nacional, por conciliação ou arbitragem, mediante cooperação e diálogo, controvérsias entre órgãos e entidades públicas federais, visando ao atendimento do interesse público, com observância dos princípios da Administração Pública. VISÃO DE FUTURO Tornar-se o marco e a referência na cultura da conciliação da Administração Pública, promovendo a sua disseminação em todo o Brasil. VALORES - interesse público; - pacificação; - eficiência; - imparcialidade; - ética. 3

CONCEITOS BÁSICOS CONCILIAÇÃO: mecanismo de solução de conflitos mediante o qual terceiro(s), nomeado(s) pelas partes, interfere(m) no conflito existente, apresentando sugestões, propostas, modos e formas de dirimi-lo. MEDIAÇÃO: meio extrajudicial de solução de conflitos, em que a função do terceiro é basicamente direcionada à aproximação e à orientação das partes para que alcancem entre si a melhor solução para suas divergências. CONCEITOS UTILIZADOS NA CCAF CONCILIAÇÃO HÍBRIDA: o Conciliador utiliza técnicas de mediação no primeiro momento da reunião, ou seja, aproxima os interessados sem qualquer intervenção decisória, podendo da atuação resultar em solução da controvérsia. Caso não se obtenha conciliação espontânea, o Conciliador sugere alternativas cabíveis ao caso, segundo seus conhecimentos específicos. As reuniões de conciliação são restritas aos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, pois se busca a solução de conflitos internos. 4

Artigo 9, da Portaria n 1.281, de 27 de setembro de 2007: O conciliador e os representantes dos órgãos e entidades em conflito deverão, utilizando-se dos meios legais e observados os princípios da Administração Pública, envidar esforços para que a conciliação se realize. INTERESSADOS: na CCAF, não há partes, todos são interessados, pois todos os entes ou órgãos envolvidos atuam no mesmo sentido, ou seja, visam ao interesse público. Artigo 1º, da Portaria n 1.281, de 27 de setembro de 2007: O deslinde, em sede administrativa, de controvérsias jurídicas entre órgãos e entidades da Administração Federal, por meio de conciliação ou arbitramento, no âmbito da Advocacia-Geral da União, far-se-á nos termos desta Portaria. CONCILIADORES: são integrantes das carreiras jurídicas da Advocacia-Geral da União... Artigo 13, da Portaria n 1.281, de 27 de setembro de 2007: Poderão ser designados conciliadores: I - Os integrantes da Consultoria-Geral da União, por ato do Consultor-Geral da União; II - Os integrantes da Advocacia-Geral da União, por ato do Advogado-Geral da União. 5

TERMO DE REUNIÃO: registro das deliberações ocorridas nas reuniões realizadas no curso das atividades conciliatórias. TERMO DE CONCILIAÇÃO: instrumento para registrar a conciliação firmada pelos representantes dos órgãos e entidades envolvidos. Os efeitos jurídicos da conciliação passam a vincular os interessados após a homologação do Advogado-Geral da União. Artigo 10, da Portaria n 1.281, de 27 de setembro de 2007: Havendo a conciliação, será lavrado o respectivo termo, que será submetido à homologação do Advogado-Geral da União. Parágrafo único. O termo de conciliação lavrado pelos órgãos referidos nos incisos II e III do art. 1º e homologado pelo Advogado- Geral da União será encaminhado à CCAF. ARBITRAGEM: quando não ocorrer a conciliação, será elaborado parecer no âmbito da CCAF ou da Consultoria da União, que, após aprovação do Advogado-Geral da União, vinculará os interessados. Artigo 11, da Portaria n 1.281,de 27 de setembro de 2007: A Consultoria-Geral da União, quando cabível, elaborará parecer para dirimir a controvérsia, submetendo-o ao Advogado-Geral da União nos termos dos arts. 40 e 41 da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993. 6

PROCEDIMENTOS DE CONCILIAÇÃO Inicia-se por solicitação do órgão ou entidade federal interessado em solucionar um conflito estabelecido com outro ente da Administração, direta ou indireta, por intermédio dos Ministros de Estado, dos dirigentes de entidades da Administração Federal indireta, do Procurador-Geral da União, do Procurador-Geral da Fazenda Nacional, do Procurador-Geral Federal e dos Secretários-Gerais de Contencioso e de Consultoria... A solicitação deverá ser acompanhada dos seguintes documentos: - indicação de representante(s) para participar de reuniões e trabalhos; - manifestação conclusiva que externe a controvérsia e o entendimento jurídico do órgão ou entidade; e - cópias dos documentos necessários ao deslinde da controvérsia.... Caberá ao conciliador designado analisar preliminarmente a pertinência do procedimento conciliatório... Na hipótese de cabimento, será dada ciência da controvérsia ao orgão ou entidade apontada pelo solicitante, para que apresente sua manifestação e documentos (Art. 4º, da Portaria nº 1.281/2007). Recebida(s) a(s) resposta(s), se o Conciliador entender possível a conciliação, os representantes indicados serão convidados a participar de reunião conciliatória. 7

Em qualquer fase do procedimento, poderão ser realizadas outras reuniões conciliatórias e solicitados novos documentos aos interessados, visando à solução do conflito. Quando o conflito for local/setorial, as atividades conciliatórias poderão ser deslocadas para os Núcleos de Assessoramento Jurídico (NAJs), que integram a Consultoria-Geral da União, ou para outra unidade da AGU, sob supervisão da CCAF. Frustrada a conciliação, passa-se ao arbitramento, que é a submissão ao crivo do Advogado-Geral da União, nos moldes do artigo 40, da LC 73/90, de um parecer elaborado no âmbito da CCAF ou da Consultoria da União, para dirimir o conflito. 8

PORTARIA Nº 1.281, DE 27 DE SETEMBRO DE 2007 Dispõe sobre o deslinde, em sede administrativa, de controvérsias de natureza jurídica entre órgãos e entidades da Administração Federal, no âmbito da Advocacia-Geral da União. O ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 4, incisos I, X, XI, XIII, XVIII e 2 da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de 1993, no art. 8 -C da Lei n 9.028, de 12 de abril de 1995, e no art. 11 da Medida Provisória n 2.180-35, de 24 de agosto de 2001, resolve:. Art. 1º O deslinde, em sede administrativa, de controvérsias de natureza jurídica entre órgãos e entidades da Administração Federal, por meio de conciliação ou arbitramento, no âmbito da Advocacia-Geral da União, far-se-á nos termos desta Portaria. Art. 2º Estabelecida controvérsia de natureza jurídica entre órgãos e entidades da Administração Federal, poderá ser solicitado seu deslinde por meio de conciliação a ser realizada: I - pela Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal - CCAF; II - pelos Núcleos de Assessoramento Jurídico quando determinado pelo Consultor-Geral da União; III - por outros órgãos da Advocacia-Geral da União quando determinado pelo Advogado-Geral da União. Parágrafo único. Na hipótese dos incisos II e III do caput, as atividades conciliatórias serão supervisionadas pela CCAF. 9

Art. 3 A solicitação poderá ser apresentada pelas seguintes autoridades: I - Ministros de Estado, II - dirigentes de entidades da Administração Federal indireta, III - Procurador-Geral da União, Procurador-Geral da Fazenda Nacional, Procurador-Geral Federal e Secretários-Gerais de Contencioso e de Consultoria. Art. 4º A solicitação deverá ser instruída com os seguintes elementos:... I - indicação de representante(s) para participar de reuniões e trabalhos;... II - entendimento jurídico do órgão ou entidade, com a análise dos pontos controvertidos; e... III - cópia dos documentos necessários ao deslinde da controvérsia... Art. 5º Recebida a solicitação pela CCAF, será designado conciliador para atuar no feito... Art. 6 O conciliador procederá ao exame preliminar da solicitação... Parágrafo único. Na hipótese de cabimento, será dada ciência da controvérsia ao órgão ou entidade apontado pelo solicitante, para que apresente os elementos constantes do art. 4º. Art. 7º Instruído o procedimento, o conciliador manifestar-se-á sobre a possibilidade de conciliação... Parágrafo único. Aprovada a manifestação, o conciliador, se for o caso, designará data para o início das atividades conciliatórias, cientificando os representantes indicados...... 10

Art. 8º O conciliador poderá, em qualquer fase do procedimento: I - solicitar informações ou documentos complementares necessários ao esclarecimento da controvérsia;... II - solicitar a participação de representantes de outros órgãos ou entidades interessadas;... III - sugerir que as atividades conciliatórias sejam realizadas por Núcleo de Assessoramento Jurídico ou por outros órgãos da Advocacia-Geral da União... Art. 9º O conciliador e os representantes dos órgãos e entidades em conflito deverão, utilizando-se dos meios legais e observados os princípios da Administração Pública, envidar esforços para que a conciliação se realize... Art. 10. Havendo a conciliação, será lavrado o respectivo termo, que será submetido à homologação do Advogado-Geral da União. Parágrafo Único. O termo de conciliação lavrado pelos órgãos referidos nos incisos II e III do art. 1º e homologado pelo Advogado- Geral da União será encaminhado à CCAF.. Art. 11. A Consultoria-Geral da União, quando cabível, elaborará parecer para dirimir a controvérsia, submetendo-o ao Advogado- Geral da União nos termos dos arts. 40 e 41 da Lei Complementar nº 73, de 10 de fevereiro de 1993.. Art. 12. A Escola da Advocacia-Geral da União promoverá cursos objetivando capacitar integrantes da Instituição e de seus órgãos vinculados a participarem de atividades conciliatórias. Art. 13. Poderão ser designados conciliadores: I - os integrantes da Consultoria-Geral da União, por ato do Consultor-Geral da União; II - os integrantes da Advocacia-Geral da União, por ato do Advogado-Geral da União. 11

Art. 14. O Consultor-Geral da União poderá expedir normas complementares para o desempenho das atividades conciliatórias. Art. 15. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. Art. 16. Fica revogada a Portaria nº 118, de 1º de fevereiro de 2007. JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI Publicado no Diário Oficial da União, seção 1, do dia 28/09/2007. 12

PORTARIA Nº 1.099, DE 28 DE JULHO DE 2008 Dispõe sobre a conciliação, em sede administrativa e no âmbito da Advocacia-Geral da União, das controvérsias de natureza jurídica entre a Administração Pública Federal e a Administração Pública dos Estados ou do Distrito Federal. O ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO, no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 4, incisos I, VI, X, XI, XIII, XVIII e 2 da Lei Complementar n 73, de 10 de fevereiro de 1993, e no art. 8 -C da Lei n 9.028, de 12 de abril de 1995, resolve: Art. 1 O deslinde, em sede administrativa, de controvérsias de natureza jurídica entre a Administração Pública Federal e a Administração Pública dos Estados ou do Distrito Federal, por meio de conciliação, no âmbito da Advocacia-Geral da União, far-se-á nos termos desta Portaria. Art. 2 O pedido de atuação da Advocacia-Geral da União, para início das atividades conciliatórias, poderá ser apresentado ao Advogado- Geral da União pelas seguintes autoridades: I - Ministros de Estado; II - dirigentes de entidades da Administração Federal Indireta; III - Consultor-Geral da União, Procurador-Geral da União, Procurador- Geral da Fazenda Nacional, Procurador-Geral Federal e Secretários- Gerais de Contencioso e de Consultoria; IV - Governadores ou Procuradores-Gerais dos Estados e do Distrito Federal. Art. 3 A solicitação deverá ser instruída com os seguintes elementos: I - indicação de representante(s) para participar de reuniões e trabalhos; II - entendimento jurídico do órgão ou entidade, com a análise dos pontos controvertidos, e III - cópia dos documentos necessários ao deslinde da controvérsia. 13

Art. 4 O Advogado-Geral da União poderá determinar, excepcionalmente, que a atividade conciliatória seja promovida por órgão da Advocacia- Geral da União ou vinculado, cuja chefia designará o conciliador. Art. 5 Quando couber o procedimento conciliatório, o conciliador dará ciência da controvérsia ao órgão ou entidade apontado pelo solicitante para que apresente os elementos constantes do art. 3. Art. 6 Instruído o procedimento e confirmada a possibilidade de conciliação, o conciliador designará reunião, cientificando os representantes indicados. Art. 7 O conciliador poderá, em qualquer fase do procedimento: I - solicitar informações ou documentos complementares necessários ao esclarecimento da controvérsia; II - solicitar a participação de representantes de outros órgãos ou entidades interessadas; III - sugerir que as atividades conciliatórias sejam realizadas por outros órgãos da Advocacia-Geral da União. Art. 8 O conciliador e os representantes dos órgãos e entidades em conflito deverão, utilizando-se dos meios legais e observados os princípios da Administração Pública, envidar esforços para que a conciliação se realize. Art. 9 Ultimada a conciliação, será elaborado termo subscrito pelo Advogado-Geral da União e pelos representantes jurídicos máximos dos entes federados envolvidos. Art. 10. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. JOSÉ ANTONIO DIAS TOFFOLI Publicada no Diário Oficial da União, Seção: 1, do dia 29/07/2008 14

Esta Cartilha foi elaborada pelos Conciliadores da Câmara de Conciliação e Arbitragem da Administração Federal CCAF, Vera Inês Werle, Sávia Maria Leite Rodrigues Gonçalves, Adriana Aghinoni Fantin, Fábio Conrado Loula, Maurício Braga Torres e Patrícia Batista Bertolo. Colaboraram com este trabalho Fabiana Marangoni Costa do Amaral, Marcos Gomes de Oliveira, Janete Miranda Torres, Arthur Conde Ewert, Diogo Santos Bergmann e Vitor Brandizzi de Oliveira. Caso tenha sugestões para aprimorar e contribuir com o aperfeiçoamento deste trabalho, solicitamos nos contatar por email ou por telefone. Os integrantes da CCAF agradecem e se colocam à disposição para quaisquer esclarecimentos.

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