Artigo 1º CRIAÇÃO Os cursos de formação ministrados pela, entidade instituidora do ISLA-Lisboa, doravante designada por ENSILIS, são criados no âmbito do Departamento de Formação e podem resultar de protocolos de colaboração firmados entre a ENSILIS e outras entidades. A actividade formativa da ENSILIS constitui um complemento da formação inicial que ministra (licenciaturas), resultando igualmente das alterações ao sistema de ensino e de formação que conduziram a uma reorientação estratégia conjunta para a qualificação e escolarização da população. Artigo 2º OBJECTIVO Os cursos de formação visam fornecer a preparação teórica e prática necessária à formação/actualização de técnicos especializados para o exercício das funções nas quais estão a obter conhecimentos específicos. Artigo 3º PLANOS DE ESTUDOS Os planos de estudo são aprovados pelo Departamento de Formação do ISLA-Lisboa, de acordo com os princípios orientadores para as áreas profissionais em causa. Artigo 4º DURAÇÃO NORMAL A duração mínima dos cursos será estipulada pelo Departamento de Formação, de acordo com normativos legais que regulamentam a actividade formativa. Artigo 5º HABILITAÇÕES DE ACESSO As habilitações de acesso serão fixadas e divulgadas especificamente para cada tipo de acção de formação, de acordo com as características científicas e pedagógicas do curso, bem como os objectivos específicos da acção em causa. Artigo 6º LIMITAÇÕES QUANTITATIVAS A frequência das acções de formação é objecto de limitações quantitativas, sendo de 25 o número máximo de formandos, não obstante possa ser imposto outro tipo de limitação quantitativa de acordo com a situação específica de cada curso. Artigo 7º SELECÇÃO DOS CANDIDATOS A inscrição dos candidatos será efectuada dentro de um período estipulado e em formulário próprio, de acordo com os requisitos de frequência estabelecidos. A selecção dos candidatos é realizada pela Direcção do Departamento de Formação, em colaboração com os Coordenadores de cada curso, com base nos seguintes critérios: a) Curricula profissionais, académicos e científicos; b) Pré-requisitos para frequência do curso em causa, quando exigidos, a determinar por meio de avaliação diagnóstica de conhecimentos ou por outro adequado a este objectivo; c) Formação nas áreas de maior incidência das matérias leccionadas; 1/5
d) Exercício da actividade profissional relacionada com os conhecimentos ministrados no curso. A apreciação das candidaturas pode ser complementada através de uma entrevista individual, no sentido de se aferir qual o percurso formativo mais adequado ao perfil de cada candidato. Artigo 8º COORDENAÇÃO CIENTÍFICO-PEDAGÓGICA Cada curso disporá de uma equipa científico-pedagógica constituída por formadores e por um ou mais coordenadores pedagógicos, que podem ou não ser formadores, e que assumem a responsabilidade técnica por áreas de formação ou pela globalidade do curso. A equipa científico-pedagógica deverá estar em contacto permanente de forma a: 1. Assegurar a interacção necessária ao planeamento das actividades pedagógicas e à avaliação dos formandos; 2. Proceder à apreciação sistemática do desenvolvimento da formação e analisar os percursos formativos individuais; 3. Caracterizar as situações-problema diagnosticadas, procurando soluções mais ajustadas aos perfis dos formandos, com vista à concretização dos procedimentos de avaliação de aprendizagens, no caso de cursos que a prevejam. Artigo 9º CORPO DOCENTE 1. Os formadores devem demonstrar, através dos seus curricula, possuir qualidades técnicas e pedagógicas e experiência formativa que garanta a qualidade da formação a desenvolver. 2. Os formadores que intervêm em acções de formação terão de possuir o Certificado de Aptidão Pedagógica de Formador, excepto nas situações em que a regulamentação em vigor permitir a sua falta. Artigo 10º DISPENSA DE FREQUÊNCIA DE MÓDULOS/UNIDADES DE FORMAÇÃO Mediante solicitação do candidato ou constatação da entidade formadora, e para efeitos de dispensa de frequência de conteúdos de formação, a ENSILIS poderá considerar formações parciais ou incompletas, designadamente no caso em que o candidato possua qualificação, a nível escolar ou obtida pela via da formação profissional, que implique conhecimento de algumas das matérias constantes dos conteúdos programáticos do curso de formação a que se candidata. Artigo 11º PRAZOS Os prazos em que têm lugar as candidaturas, a divulgação dos candidatos seleccionados e a inscrição, bem como o cronograma, são fixados pelo Departamento de Formação, sob proposta da Coordenação Pedagógica. Artigo 12º PRÉ-INSCRIÇÕES A pré-inscrição é o acto de apresentação de candidatura à frequência dos cursos e depende do preenchimento dos requisitos específicos fixados, pela ENSILIS, para cada curso. 2/5
Artigo 13º INSCRIÇÕES DEFINITIVAS A inscrição definitiva é o acto que faculta ao formando a frequência do curso, dependendo do resultado do processo de selecção dos candidatos e do cumprimento de um conjunto de procedimentos estipulados pela ENSILIS para o efeito. Artigo 14º PROPINAS 1. A inscrição definitiva está sujeita ao pagamento de um montante, que variará consoante o curso em causa, a realizar no respectivo acto. 2. Este valor será liquidado de uma só vez, antes do início do curso, se a duração da formação for inferior a 30 horas e a um mês. Caso contrário, o pagamento poderá ainda ser feito em mensalidades, em datas pré-estabelecidas pela ENSILIS. 3. Os valores a pagar pelos Formandos, bem como os respectivos prazos, são fixados pela ENSILIS. 4. As reduções de propinas serão devidamente autorizadas e despachadas casuisticamente pela Administração da ENSILIS. 5. Em caso de desistência, os formandos poderão ser ressarcidos, total ou parcialmente, dos valores liquidados, em função do prazo e motivo que fundamente apresentado para a sua justificação. As penalizações ou devoluções, consoante o caso, serão obrigatoriamente autorizadas e despachadas casuisticamente pela Administração da ENSILIS. 6. Não haverá pagamento de propinas em casos devidamente autorizados pela Administração da ENSILIS ou em acções de formação financiadas através de fundos públicos ou privados em que a contratualização obrigue a essa isenção. Artigo 15º REGIME DE FALTAS 1. A frequência da formação é obrigatória na situação de regime presencial. 2. O limite máximo de faltas, caso outro não se encontre legalmente estipulado, é de 40% da carga horária do curso. 3. Os formandos que ultrapassarem o limite previsto no n 2 não obterão aprovação no curso e não lhes será emitido certificado de frequência de formação profissional. 4. Poderá haver alterações ao regime previsto, desde que as mesmas sejam devidamente sustentadas em regulamentação específica para os cursos ou acções em causa. 5. O cronograma da acção será divulgado junto de formandos e formadores, podendo o mesmo ser alterado com a anuência de ambos, caso exista disponibilidade de meios para o efeito por parte da ENSILIS. 6. Em casos excepcionais e devidamente fundamentados, verificando-se prejuízos evidentes ao nível pedagógico e científico para os participantes, o Departamento de Formação poderá optar pela repetição do curso ou módulo de formação. 7. Qualquer pedido de alteração ou reclamação deverá ser dirigido, por escrito, ao Director do Departamento de Formação, devendo este acusar a sua recepção e pronunciar-se no prazo de oito dias, excepto se a instrução do processo requerer um período mais longo. Nesse caso, o requerente será mantido informado, por escrito, 3/5
dos desenvolvimentos do processo. 8. Da decisão do Director do Departamento de Formação poderá haver recurso para o Director Pedagógico do CEFA Centro de Formação Avançada do ISLA-Lisboa, o qual deverá pronunciar-se no prazo de cinco dias. Artigo 16º FORMADORES E OUTROS AGENTES 1. Aos formadores compete desenvolver a sua actividade, fixando os objectivos da sua prestação e a orientação pedagógica, tendo em consideração o diagnóstico de partida, os objectivos da acção e os destinatários da mesma. 2. Os formadores devem cooperar com a entidade formadora, bem como com todos os restantes elementos intervenientes no processo formativo, no sentido de assegurar a eficiência e eficácia da acção de formação. 3. Compete, ainda, aos formadores desenvolver o planeamento, intervenção e avaliação, de acordo com os objectivos estipulados, sendo remunerados de acordo com o que se encontrar estabelecido nas acções financiadas ou com o que for contratado com a ENSILIS nas acções não financiadas. 4. Cabe ao coordenador desenvolver uma actividade de gestão pedagógica e científica de todo o processo formativo, de forma a que sejam atingidos os objectivos propostos. Tendo em vista a prossecução destes objectivos, o coordenador deve interagir com toda a equipa formativa, formandos e formadores, detectando e relatando ao Departamento de Formação, em tempo útil, quaisquer situações susceptíveis de prejudicar o normal funcionamento das acções de formação. 5. A ENSILIS disponibiliza uma equipa que providenciará a gestão administrativa do processo, a quem cabe ainda alertar para as anomalias que verifique estarem a prejudicar o bom funcionamento de toda a actividade formativa. Artigo 17º AVALIAÇÃO 1. A ENSILIS poderá proceder a uma avaliação inicial diagnóstica com o objectivo de identificar os conhecimentos iniciais dos candidatos e verificar a existência dos requisitos estipulados para a frequência de cada acção de formação, ou para uma mais correcta constituição dos grupos face aos objectivos propostos. Esta avaliação pode ainda servir para avaliar se o candidato domina conhecimentos fundamentais, nomeadamente ao nível de saberes nas áreas científicas, no sentido do encaminhamento para a frequência de uma unidade de integração formativa prévia ou para que os formadores tenham em atenção as debilidades do grupo aquando da leccionação dos módulos que tenham por base esses conhecimentos. 2. A avaliação da aprendizagem dos formandos processar-se-á no âmbito de cada unidade lectiva ou acção de formação, dela devendo resultar uma avaliação qualitativa e/ou quantitativa, consoante o que tiver sido considerado no seu desenho, para o que constitui encargo dos formadores desencadear o processo avaliativo que sustente, com transparência e rigor, o resultado final expresso. 3. Os formadores deverão, ainda, preencher documentação entregue pela instituição que permita fazer uma avaliação acerca da participação/evolução do formando durante o processo formativo, quando for o caso, e sobre o desenvolvimento da própria acção. 4/5
Artigo 18º CERTIFICADO 1. Aos formandos aprovados em todos os módulos do curso frequentado é passado certificado no qual é indicada a classificação final obtida, no caso de formação que preveja a avaliação das aprendizagens, e de frequência de formação profissional, se tal não acontecer. 2. Os certificados, gratuitos quando a formação tiver uma duração inferior a 100 horas, serão emitidos de acordo com a legislação de enquadramento, nomeadamente o Decreto-Lei 95/92, de 23 de Maio, e os Decretos-Regulamentares n 68/94, de 26 de Novembro, e n 35/02, de 23 de Abril. Artigo 19º DISPOSIÇÕES FINAIS As dúvidas suscitadas na interpretação deste Regulamento serão resolvidas por despacho do Director Pedagógico do CEFA Centro de Formação Avançada do ISLA-Lisboa, ouvidos os órgãos competentes, quando for caso disso. Lisboa, 19 de Agosto de 2008 A Direcção do CEFA Centro de Formação Avançada do ISLA-Lisboa 5/5