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1 de 7 OA1 N.º 12-20 de Março de 2013 Anexo F PAA 2 (D) III ------- Despacho do Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, n.º 13/13, de 20 de março: MEDIDAS DE PROTEÇÃO NA PARENTALIDADE. Considerando que a condição militar, caracterizada essencialmente por uma permanente disponibilidade para o serviço (conforme Bases Gerais do Estatuto da Condição Militar, aprovadas pela Lei n.º 11/89, de 1 de junho), contém especialidades que não se encontram reguladas e que importa enquadrar com o regime da proteção da parentalidade, o que foi concretizado, na Marinha, através dos Despachos do Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada n.º 57/03, de 16 de outubro e n.º 54/05, de 12 de agosto. Considerando que a revisão dos mecanismos de proteção específica que resultam dos referidos despachos tem lugar através de um processo dinâmico em que a prática reclama o aperfeiçoamento contínuo. Considerando que a Lei, n.º 4/2009, de 29 de janeiro, definiu a proteção social dos trabalhadores que exercem funções públicas e que a proteção na parentalidade foi regulamentada, no âmbito da eventualidade maternidade, paternidade e adoção, pelo Decreto- Lei n.º 89/2009, de 9 de abril (regime de proteção social convergente) e pelo Decreto-Lei n.º 91/2009, de 9 de abril (sistema previdencial e subsistema de solidariedade). Considerando que a entrada em vigor da Lei n.º 7/2009, de 12 de fevereiro, que aprovou o Código do Trabalho, estabeleceu o regime de proteção na parentalidade, concretizado através da atribuição de um conjunto de direitos específicos. Determino: 1. São aprovadas as Medidas de Proteção na Parentalidade dos Militares da Marinha, em anexo ao presente despacho e que dele fazem parte integrante. 2. É revogado o Despacho do Almirante Chefe do Estado-Maior da Armada n.º 54/05, de 12 de agosto. ANEXO AO DESPACHO N.º 13/13 MEDIDAS DE PROTEÇÃO NA PARENTALIDADE DOS MILITARES E MILITARIZADOS DA MARINHA 1. Definições Para efeitos deste despacho, entende-se por: a. Grávida quem estiver em estado de gestação e informe o comando do seu estado

2 de 7 apresentando atestado do médico que dá apoio à respetiva unidade; b. Puérpera durante os 120 dias imediatamente posteriores ao parto, quem informe o comando do seu estado apresentando atestado do médico que dá apoio à respetiva unidade ou certidão de nascimento do filho; c. Lactante quem amamenta o filho e informe o comando do seu estado apresentando atestado do médico que dá apoio à respetiva unidade; Após o filho completar 1 ano de idade, a condição de lactante depende da apresentação trimestral de atestado do médico que dá apoio à respetiva unidade; No caso de não haver lugar a amamentação e de ambos os progenitores exercerem atividade profissional, a aleitação do filho, até que este perfaça 1 ano de idade, é equiparada à amamentação e o conceito de lactante extensível ao pai, para os efeitos previstos no n.º 11. do presente despacho; d. Pais os progenitores, assim como quem seja adotante, tutor, pessoa a quem for deferida a confiança judicial ou administrativa do menor, bem como cônjuge ou pessoa em união de facto com qualquer daqueles ou com o progenitor, desde que viva em comunhão de mesa e habitação com o menor, para efeitos de: (1) Dispensa para aleitação; (2) Licença parental complementar em qualquer das modalidades, licença para assistência a filho e licença para assistência a filho com deficiência ou doença crónica; (3) Falta para assistência a filho ou a neto; (4) Redução do tempo de trabalho para assistência a filho menor com deficiência ou doença crónica; (5) Trabalho a tempo parcial ou em regime de horário flexível. e. Falta toda a dispensa de comparência ao serviço admitida de acordo com o disposto na legislação sobre proteção na parentalidade, embora o regime estatutário dos militares e militarizados não preveja a existência de faltas. 2. Âmbito O presente despacho aplica-se a todos os militares, independentemente da forma de prestação de serviço, e militarizados do quadro de pessoal militarizado da Marinha. 3. Formação sobre perspetiva de género Durante a sua formação para ingresso na Marinha os militares ou militarizados devem frequentar uma palestra sobre perspetiva de género, onde são informados, designadamente: a. Da necessidade de deteção precoce da gravidez; b. Do procedimento a adotar em caso de suspeita ou diagnóstico de gravidez pela militar ou militarizada sempre que estes ocorram; c. Da importância de um adequado planeamento familiar numa perspetiva de conciliação entre a vida familiar e profissional. 4. Procedimento a adotar em caso de suspeita ou diagnóstico de gravidez a. A suspeita e promoção do diagnóstico da gravidez são da responsabilidade da militar ou militarizada, que pode solicitar ao médico que dá apoio à respetiva unidade que lhe seja facultado o respetivo diagnóstico imunológico da gravidez (DIG); b. Sem prejuízo do previsto na alínea anterior, por razões médicas ou de missão, o médico que dá apoio à respetiva unidade pode recomendar a realização do DIG;

3 de 7 c. A militar ou militarizada pode optar por fazer o DIG num laboratório civil, responsabilizando-se pela entrega do resultado ao médico que dá apoio à respetiva unidade; d. A militar ou militarizada deve, assim que obtenha um diagnóstico de gravidez, informar o seu Comandante, Diretor ou Chefe, bem como o médico que dá apoio à respetiva unidade da respetiva unidade, podendo este mandar efetuar uma repetição para confirmação do resultado. 5. Outras comunicações a. O pai às 20 semanas de gravidez ou assim que tenha conhecimento desta deve informar o seu Comandante, Diretor ou Chefe apresentando uma previsão dos períodos de licença que pretende gozar para efeitos de planeamento interno; b. Compete ao Comandante, Diretor ou Chefe comunicar as situações de gravidez diagnosticadas, os planeamentos e o gozo dos direitos no âmbito da proteção na parentalidade à Direção do Serviço de Pessoal e à Direção dos Serviços Administrativos e Financeiros Centrais (DSAFC); c. É obrigatória a comunicação ao Comandante, Diretor ou Chefe de todas as alterações de circunstâncias relevantes para a aplicação deste despacho, nomeadamente: alteração do estado civil, término da situação de aleitação, término do embarque do cônjuge. 6. Tarefas vedadas a. É proibida a realização pelas grávidas das seguintes tarefas: (1) Atividade aérea operacional, independentemente do tipo de aeronave; (2) Combate a incêndios; (3) Condução de veículos pesados; (4) Condução de veículos ligeiros a partir das 20 semanas; (5) Embarque; (6) Mergulho; (7) Atividades em atmosferas com sobrepressão elevada ou subpressão, nomeadamente câmaras hiperbáricas, hipobáricas ou de mergulho submarino; (8) Realização de testes de pressurização; (9) Paraquedismo; (10) Participação oficial em cerimónias militares; (11) Participação em forças operacionais; (12) Serviços que impliquem a guarda, a posse e o uso de armas de fogo; (13) Segurança militar, quer de instalações, quer de forças; (14) Trabalhos efetuados em locais perigosos; (15) Trabalhos que exijam a exposição a ruído intenso; (16) Trabalhos que exijam a exposição a temperaturas extremas; (17) Trabalhos que exijam exposição a choques, vibrações mecânicas ou trepidações frequentes; (18) Trabalhos que exijam a manipulação de combustíveis, explosivos ou material nuclear; (19) Trabalhos que exijam a manipulação de material biológico ou químico perigoso; (20) Trabalhos que exijam movimentação manual de cargas que comportem riscos, nomeadamente dorso-lombares, ou cujo peso exceda 10 kg; (21) Treino físico-militar e provas físicas; (22) Utilização e manipulação frequente e regular de substâncias tóxicas; (23) Atividades que exijam a exposição a radiações ionizantes ou não ionizantes. b. É proibida a realização pelas puérperas ou lactantes das seguintes tarefas:

4 de 7 (1) Trabalhos que exijam a manipulação de material nuclear; (2) Trabalhos que exijam a manipulação de material biológico ou químico perigoso; (3) Utilização e manipulação frequente e regular de substâncias tóxicas; (4) Treinos com extintores que impliquem a sua descarga; (5) Atividades que exijam a exposição a radiações ionizantes. c. Enquanto durarem as proibições referidas nas alíneas anteriores, devem desempenhar outras tarefas compatíveis com o seu estado; d. No caso do desempenho de outras tarefas não ser possível, são dispensadas do serviço durante todo o período necessário para evitar a exposição a riscos; e. O Comandante, Diretor ou Chefe, se necessário pedindo parecer ao médico que dá apoio à respetiva unidade, deve proceder à avaliação da natureza, grau e duração da exposição a atividades suscetíveis de apresentarem um risco específico de exposição a agentes, processos ou condições de trabalho que não se encontrem incluídas nas alíneas a. e b., de modo a determinar qualquer risco para a sua segurança e saúde e as repercussões sobre a gravidez ou a amamentação, bem como as medidas a tomar. 7. Dispensa de serviço a grávida, puérpera ou lactante a. A grávida pode requerer a dispensa, ao Comandante, Diretor ou Chefe, de trabalhar entre as 20 horas e as 7 horas do dia seguinte a partir das 20 semanas de gravidez, que lhe é concedida; b. O Comandante, Diretor ou Chefe, mediante proposta do serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Polo de Lisboa do Hospital das Forças Armadas, do Centro de Medicina Naval ou do médico que dá apoio à respetiva unidade, que considere que tal é necessário para a saúde da mãe ou da criança, pode dispensar do serviço as grávidas, puérperas ou lactantes; c. No atestado em que propõe a concessão da dispensa de serviço, o médico deve especificar: (1) O tipo de dispensa a conceder: total ou parcial; (2) Proposta uma dispensa parcial, as tarefas e atividades que extravasem o âmbito de 6. a. e b. que não deve executar; (3) O tempo de duração da dispensa. 8. Dispensa de uso de uniformes a. As militares grávidas estão dispensadas do uso dos uniformes n.º 3-A, 3-B, 4-A, 4-B e 5 quando o uso do seu uniforme habitual deixar de ser possível; b. O disposto na alínea anterior aplica-se com as devidas adaptações às militarizadas grávidas até à entrada em vigor do regulamento de uniformes dos militarizados da Marinha. 9. Situações em que ambos os pais são militares ou militarizados da Marinha com filhos até aos 12 anos de idade ou, independentemente da idade, com filho com deficiência ou doença crónica que com eles viva em comunhão de mesa e habitação: a. No caso de ambos os pais serem movimentados para unidades navais em estado de armamento normal ou completo ou seja de prever que tal venha a verificar-se, um deles pode requerer o seu condicionamento temporário do embarque ao almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, sendo o requerimento reencaminhado para a entidade competente pelo Comandante, Diretor ou Chefe;

5 de 7 b. Enquanto um dos pais se encontrar embarcado em unidade naval com missão atribuída ou com prontidão inferior a 24 horas, o outro fica dispensado da escala de serviço; c. No caso de ambos os pais serem escalados para prestar serviço num mesmo período de 48 horas, um deles, preferencialmente o que presta serviço na unidade, estabelecimento ou órgão que esteja a maior número de divisões, pode requerer ao Comandante, Diretor ou Chefe, que lhe seja permitido prestar serviço noutro dia, nos 15 dias seguintes, o que lhe é concedido, desde que apresente documento de que conste que o outro também está escalado para prestar serviço nesse período de 48 horas e que não requereu que o mesmo fosse trocado; d. Sempre que um dos pais se encontrar alojado a mais de 50 km da sua residência habitual pelo percurso mais curto que possa ser utilizado, por estar: (1) Temporariamente ausente da sua unidade por razões de serviço, em cumprimento de uma determinação superior; (2) Em comissão, missão ou curso determinado superiormente, no território nacional ou no estrangeiro; o outro, caso viva em comunhão de mesa e habitação com o filho, pode, mediante a apresentação de documento comprovativo dessa ausência, requerer a dispensa da escala de serviço ao Comandante, Diretor ou Chefe, bem como requerer o condicionamento temporário do embarque em navios em estado de armamento completo ou normal ao almirante Chefe do Estado- Maior da Armada, sendo o requerimento reencaminhado para a entidade competente pelo Comandante, Diretor ou Chefe. 10. Situações de famílias monoparentais com filhos até aos 12 anos de idade ou, independentemente da idade, com filho com deficiência ou doença crónica que com ele viva em comunhão de mesa e habitação: a. Quem tenha que cuidar pessoalmente do(s) seu(s) filho(s) em virtude do outro progenitor ter falecido, não exercer as responsabilidades parentais, sofrer de deficiência profunda ou doença crónica incapacitante, pode requerer: (1) Dispensa temporária da escala de serviço diário; (2) Condicionamento temporário do embarque em navios em estado de armamento normal ou completo; (3) Condicionamento temporário para participação em missões no estrangeiro; (4) Condicionamento temporário para desempenho de cargos que possam determinar a permanência, ainda que temporária, numa missão fora do território nacional (cargos deployable). b. Para os efeitos das dispensas referidas em a., o militar ou militarizado deve entregar requerimento dirigido ao almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, juntamente com os seguintes documentos probatórios, no aplicável, sendo o requerimento reencaminhado para a entidade competente pelo Comandante, Diretor ou Chefe: (1) Certidão de nascimento do (s) filho (s); (2) Atestado médico comprovativo da deficiência ou doença crónica do filho; (3) Documento de que conste a confiança judicial ou administrativa do menor; (4) Certidão de óbito ou documento comprovativo do impedimento ou da inibição do exercício das responsabilidades parentais do outro progenitor; (5) Atestado médico comprovativo da deficiência profunda ou doença crónica incapacitante do outro progenitor; (6) Outros documentos que o militar ou militarizado considere relevantes. c. Na avaliação do caso concreto e subsistindo dúvidas quanto à concessão da dispensa requerida, pode a DSP mandar entrevistar o militar ou militarizado, podendo, ainda, solicitar um relatório a psicólogo da Marinha quando julgue conveniente;

6 de 7 d. A quem for concedida a dispensa a que se refere a alínea a. recai a obrigação de comunicar à DSP qualquer alteração das circunstâncias que possa pôr fim à situação de dispensa, nomeadamente a circunstância de ter alterado o estado civil ou ter deixado de exercer as responsabilidades parentais, nos termos das comunicações previstas no ponto 5. c.. 11. Condicionamento temporário do embarque e dispensa da escala de serviço Sem prejuízo do referido em 6. e 7., existem situações que determinam o condicionamento temporário do embarque e a dispensa da escala de serviço. a. As situações que determinam o condicionamento temporário do embarque em navios em estado de armamento completo ou normal são as seguintes: (1) Gravidez, puerperalidade ou lactância conforme definidos neste despacho; (2) Licença por interrupção da gravidez; (3) Licença parental quando superior a 90 dias; (4) Licença por adoção; (5) Licença parental complementar; (6) Licença para assistência a filho quando superior a 90 dias; (7) Licença para assistência a filho com deficiência ou doença crónica; (8) Redução do período normal de trabalho para assistência a filho menor com deficiência ou doença crónica; b. As situações que determinam a dispensa da escala de serviço diário são as seguintes: (1) Gravidez, puerperalidade ou lactância conforme definidos neste despacho; (2) Licença por interrupção da gravidez; (3) Licença parental; (4) Licença por adoção; (5) Licença parental complementar; (6) Faltas para assistência a filho; (7) Licença para assistência a filho; (8) Faltas para assistência a neto; (9) Licença para assistência a filho com deficiência ou doença crónica; (10) Redução do período normal de trabalho para assistência a filho menor com deficiência ou doença crónica; (11) Faltas para assistência a membros do agregado familiar. c. Para além das situações anteriormente enunciadas, as situações de trabalho em tempo parcial ou em regime de horário flexível podem determinar, igualmente, o condicionamento temporário do embarque, mediante análise casuística, após requerimento fundamentado, dirigido ao almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, com informação do respetivo Comandante, Diretor ou Chefe sobre a conveniência para o serviço, que o remete à entidade competente para decisão. d. Quem pretenda trabalhar em tempo parcial ou em regime de horário flexível, com ou sem prejuízo para a escala de serviço diário, deve entregar requerimento, dirigido ao almirante Chefe do Estado-Maior da Armada, com informação do respetivo Comandante, Diretor ou Chefe sobre a conveniência para o serviço, que o remete à entidade competente para decisão. A eventual dispensa da escala de serviço diário é apenas válida para a unidade, estabelecimento ou órgão em que o militar presta serviço. 12. Situações em que podem não ser concedidas algumas licenças a. Podem não ser concedidas licenças a quem se encontre em situação de campanha, integrado em forças fora das unidades ou bases, ou embarcado em unidades navais

7 de 7 ou aéreas, a navegar ou em voo, bem como no desempenho de missões temporárias de serviço fora do território nacional, por razões de grave ameaça ou perturbação da operacionalidade das Forças Armadas ou quando for imprescindível à prossecução das missões das Forças Armadas e na estrita medida do necessário; b. Terminado o condicionalismo que impôs a limitação ao exercício do direito a essas licenças, estas devem ser concedidas, se ainda estiverem em tempo útil. 13. Candidato a concurso com provas físicas ou médicas ou em frequência de tirocínio, estágio, curso ou ação de formação a. Quem por motivo de gravidez ou puerperalidade não frequente provas, curso, tirocínio, estágio, ou ação de formação, para progressão na carreira, para o qual tenha sido nomeada, admitida ou ordenada dentro do número de vagas existentes, ingressa na primeira edição a realizar após cessação do impedimento. b. Quem não termine estágio, curso ou ação de formação devido ao gozo de licença por: situação de risco clínico durante a gravidez, interrupção da gravidez, adoção ou licença parental, ingressa na edição seguinte do mesmo, exceto se apresentar requerimento de desistência, podendo requerer ser dispensado das disciplinas ou módulos que tenha concluído com aproveitamento, de acordo com o normativo aplicável para a validação da formação.