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Transcrição:

DECRETO Nº 13.842, DE 11 DE JANEIRO DE 2010 Regulamenta a Lei n 9.725/09, que contém o Código de Edificações do Município de Belo Horizonte. CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º - A aplicação da Lei n 9.725, de 15 de julho de 2009, que institui o Código de Edificações do Município de Belo Horizonte, observará o disposto neste Decreto. CAPÍTULO II DAS RESPONSABILIDADES Seção I Das Responsabilidades do Profissional e do Proprietário Art. 2º - Para fins da aplicação deste Decreto, e nos termos do art. 3º da Lei nº 9.725/09, fica estabelecido o que segue: I - profissional legalmente habilitado é a pessoa física com registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CREA, nos termos da legislação específica. II - pessoas jurídicas legalmente habilitadas são as sociedades, associações, companhias, cooperativas e empresas em geral, que se organizem para executar obras ou serviços relacionados na forma da lei, com registro no CREA. 1º - O profissional legalmente habilitado poderá atuar individual ou coletivamente, como responsável técnico pela elaboração do projeto de edificação ou pela direção técnica da obra, assumindo sua responsabilidade no momento do protocolo do pedido de licença ou do início da obra. 2º - Para os fins deste Decreto, considera-se: I - responsável técnico pelo projeto de edificação o responsável pelo conteúdo das peças gráficas, descritivas, especificações e exeqüibilidade de seu trabalho; II - responsável técnico da obra o profissional encarregado pela direção técnica das obras, desde seu início até sua total conclusão, respondendo por sua correta execução e adequado emprego dos materiais, conforme a legislação municipal, sem prejuízo da responsabilidade prevista no Código Civil. 3º - A responsabilidade sobre projetos, instalações e execuções cabe aos profissionais, nos termos da Anotação de Responsabilidade Técnica ART. 4º - O responsável técnico pelo projeto arquitetônico e o responsável técnico pela obra, cuja estrutura seja constituída por madeira e/ou materiais não convencionais, responsabilizam-se pelo uso do material, sua segurança estrutural, sua capacidade de isolamento térmico e acústico, respondendo técnica e civilmente pela edificação, nos termos do art. 5º da Lei nº 9.725, de 15 de julho de 2009. 4º acrescentado pelo Decreto nº 14.408, de 9/5/2011 (Art. 1º) Art. 3º - O responsável técnico pelo projeto de edificação ou pela direção técnica das obras declarará sua responsabilidade em formulário próprio, conforme modelo constante no Anexo Único deste Decreto. Parágrafo único - A declaração do responsável técnico pela direção da obra, se não anexada no ato da solicitação de aprovação do projeto de edificação, deverá ser apresentada na SMARU em até 10 (dez) dias antes do início efetivo da obra, sob pena de embargo, nos termos do inciso III, do art. 77 da Lei n 9.725/09. Art. 3º - O responsável técnico pelo projeto de edificação declarará sua responsabilidade em formulário próprio, conforme modelo constante no Anexo Único deste Decreto. Art. 3º com redação dada pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 1º) Art. 3º A - O responsável técnico pela execução da obra deverá ser identificado na solicitação do Alvará de Construção consolidado ou das licenças complementares.

Parágrafo único - As Secretarias de Administração Regional Municipal deverão informar à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana os dados do responsável técnico pela execução da obra, quando identificado na expedição de licença complementar. Art. 3ºA acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 2º) Art. 4º - A substituição ou a transferência de responsabilidade técnica deverá ser comunicada em formulário próprio, segundo os procedimentos estabelecidos neste Regulamento. 1º- Tratando-se de comunicação efetivada pelo proprietário, a mesma deverá: I - indicar o nome do novo responsável técnico; II - estar acompanhada do Termo de Compromisso constante no Anexo Único deste Decreto. 2º - Tratando-se de comunicação efetivada pelo responsável técnico, a SMARU deverá notificar o proprietário para apresentação de novo responsável técnico, nos seguintes termos: I - tratando-se de responsável pelo projeto de edificação, o proprietário deverá apresentar novo RT no prazo máximo de 05 (cinco) dias, sob pena de indeferimento do processo de licenciamento; II - tratando-se de responsável pela direção técnica de obra, o proprietário deverá apresentar novo responsável técnico no prazo máximo de 10 (dez) dias, sob pena de embargo da obra, conforme previsto no inciso III do art. 77 da Lei n 9.725/09. Art. 5º - O responsável técnico pelo projeto de edificação ou pela direção técnica da obra poderá designar, mediante formulário próprio e justificativa escrita, outro responsável técnico para acompanhar a tramitação do processo na SMARU, nos casos previstos neste Decreto. Art. 6º - Deverá ser mantida na obra: I - cópia do Alvará de Construção e das demais Licenças previstas no 1º do art. 12 da Lei n 9.725/09, quando pertinentes, todas dentro do prazo de validade; II - cópia do projeto arquitetônico aprovado pela SMARU. Art. 7º - O laudo técnico referente às condições de risco e estabilidade do imóvel deverá ser elaborado por profissional com habilitação expedida pelo CREA. Parágrafo único - O laudo mencionado no caput deste artigo deverá ser acompanhado da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica - ART. Art. 8º - As informações, declarações e Termos de Compromissos prestados e firmados pelos Responsáveis Técnicos, pelos proprietários e por terceiros envolvidos no processo de licenciamento sujeitam os mesmos a responsabilização por sinistros, acidentes, danos causados a terceiros, falsidade ideológica e falsificação de documento público Art. 8º-A - O proprietário será responsável por: I - zelar pelas condições de estabilidade e de segurança de seu imóvel por meio de obras ou outras medidas preventivas contra a erosão do solo, o desmoronamento e o carreamento de terra, detritos e lixo; II - impedir o início das obras da edificação antes que sejam realizadas as obras necessárias para garantir a segurança e estabilização do terreno. 1º - O proprietário do imóvel que causar instabilidade em imóveis vizinhos fica responsável por efetuar as devidas medidas corretivas. 2º - As obras de que trata este artigo deverão garantir a estabilização integral dos terrenos. Art. 8º-A acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 1º). Seção II Da Responsabilidade do Executivo Art. 9º - A aprovação de projeto por parte do Executivo contemplará: I - o atendimento à legislação e às normas técnicas vigentes; II - as declarações do responsável técnico e do proprietário, conforme disposto neste Decreto. 1º - Não compete ao Executivo verificar o atendimento das exigências decorrentes do exercício legal da profissão.

2º - Não compete ao Executivo verificar o recolhimento dos valores referentes às ARTs. CAPÍTULO III DO FECHAMENTO DOS LOTES E TERRENOS Art. 10 - Para efeito do disposto no caput do art. 10 da Lei n 9.725/09, entende-se por lote ou terreno: I - roçado: aquele que apresenta desgaste da vegetação herbácea, mesmo sem a remoção de tocos ou de raízes, sendo vedada a utilização de fogo; II - limpo: aquele livre de lixo ou entulho de qualquer natureza; III - drenado: aquele que apresenta: a) condições adequadas de escoamento de águas pluviais; b) sistema de drenagem, preservadas as eventuais nascentes e cursos d água existentes e suas condições naturais de escoamento. Art. 11 - Fica proibida a utilização de arame farpado, chapiscos e vegetação com espinhos, bem como outras formas de fechamento que causem danos ou incômodos aos transeuntes. Art. 12 - A exigência constante do 5 do art. 10 da Lei n 9.725/09 será considerada atendida caso haja permeabilidade visual em pelo menos 1,00 m² (um metro quadrado) da extensão do fechamento, pela qual seja possível a visualização de todo o lote ou terreno. Art. 13 - O fechamento frontal de lote ou terreno edificado com altura superior a 1,80m (um metro e oitenta centímetros) do passeio deverá ser dotado de elementos construtivos que garantam permeabilidade visual em área equivalente a 50% (cinquenta por cento) daquela acima desta altura. Parágrafo único - Poderão ser dispensadas da exigência do caput deste artigo as edificações regularizadas nos termos da Lei n 9.074, de 18 de janeiro de 2005 e da Lei n 9.725/09. CAPÍTULO IV DO LICENCIAMENTO Seção I Das Disposições Gerais Art. 14 - Para efeito da aplicação do disposto no 2º do art. 5º da Lei n 9.725/09, caberá ao Executivo apenas o licenciamento do projeto arquitetônico. Parágrafo único - O Executivo não procederá à aprovação de projetos complementares, entendidos como aqueles não necessários à constatação de conformidade da edificação perante a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo e ao Código de Edificações, em especial: I - projeto hidráulico-sanitário; II - projeto elétrico e luminotécnico; III - projeto de instalações de comunicação; IV - projeto de instalação de ar condicionado; V - projeto de prevenção e combate a incêndio; VI - projeto estrutural; VII - projeto de impermeabilização. Art. 15 - A SMARU definirá, por meio de Portaria, o padrão de representação gráfica dos projetos de aprovação de edificação e de licenciamento. Art. 16 - Os formulários previstos neste Decreto serão definidos pela SMARU e estarão disponíveis no sítio www.pbh.gov.br. Art. 16A - Os procedimentos de licenciamento previstos na Lei nº 9.725/09 e neste Decreto serão normatizados e padronizados pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana. Parágrafo único - A documentação a ser exigida nos licenciamentos é a constante nos formulários de solicitação padronizados pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana e disponibilizados na internet, sendo vedada a exigência de outros documentos sem a prévia autorização da Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana. Art. 16A acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 3º)

Art. 17 - O licenciamento de obras de construção e reconstrução é de competência exclusiva da SMARU, que providenciará, quando for o caso, a manifestação dos órgãos da Administração Direta e Indireta do Município acerca da aprovação dos projetos ou do acompanhamento das obras. Art. 18 - As licenças para demolição e para movimentação de terra, bem como para a construção de marquises e muros de arrimo, deverão ser efetuados: I - na SMARU, quando o proprietário fizer a opção por concessão de Alvará de Construção consolidado; II - na Secretaria Municipal de Administração Regional competente, quando não for feita a opção pelo Alvará de Construção consolidado ou quando a intervenção não estiver vinculada à implantação de edificação. 1º- O licenciamento para construção de marquise e de muros de arrimo a que se refere o inciso II do caput deste artigo será realizado na Secretaria Municipal de Administração Regional competente. 2 - A solicitação dos licenciamentos previstos neste artigo deverá ser feita em formulário próprio, observado o disposto neste Decreto, e deverá estar acompanhada de comprovante do pagamento do preço público correspondente. Art. 19 - A supressão de vegetação será licenciada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente SMMA, observado o disposto no 3º do art. 15 da Lei n 9.725/09. Parágrafo único - Na hipótese de opção pelo Alvará de Construção consolidado, previsto no 2º do art. 18 da Lei nº 9.725/09, a SMARU deverá providenciar, no processo de aprovação de projeto, a manifestação da SMMA para subsidiar o licenciamento da supressão de vegetação. Art. 20 - A dispensa de aprovação de projeto e licenciamento, quando for o caso, não desobriga o proprietário e o responsável técnico do cumprimento do disposto nas normas pertinentes, bem como da responsabilidade penal e civil perante terceiros. Art. 21 - O estande de vendas previsto no inciso II do art. 12 da Lei n 9.725/09 não poderá invadir logradouro público. 1º - É permitida a instalação do estande de vendas a partir do início do período de validade do Alvará de Construção. 2º - A demolição do estande de vendas deverá ser efetuada anteriormente à solicitação de vistoria para concessão da Certidão de Baixa de Construção. Art. 22 - Qualquer intervenção em edificações situadas nos Conjuntos Urbanos Protegidos, nos imóveis com tombamento específico ou de interesse de preservação, estará sujeita aos procedimentos e normas estabelecidos pela Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Municipal de Cultura, conforme disposto no 1º do art. 12 da Lei n 9.725/09. Art. 23 - As residências multifamiliares horizontais com acessos independentes e diretos ao logradouro público, sem área comum, equiparam-se às edificações residenciais unifamiliares para efeito do disposto neste Decreto. Seção II Da Aprovação de Edificações Unifamiliares com Área Máxima de 70 m² (setenta metros quadrados) e de Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social EHIS Art. 24 - A abertura de processos de aprovação projetos de edificações destinadas ao uso residencial unifamiliar com área máxima de 70,00 m² (setenta metros quadrados) e de EHIS obedecerá aos procedimentos previstos neste Regulamento. 1º- Acatada pela SMARU a documentação necessária para o licenciamento da obra, será aberto o processo administrativo e concedido Alvará de Construção no prazo de 20 (vinte) dias, caso não seja constatada irregularidade no projeto. 2º- O exame do projeto das edificações de que trata esta seção poderá ser parcial, dispensando-se, neste caso, a análise dos compartimentos internos das edificações unifamiliares e dos compartimentos internos das unidades autônomas de EHIS.

3º - Constatada irregularidade no projeto, os prazos de correção e de emissão de parecer conclusivo com deferimento ou indeferimento do processo passam a ser, respectivamente, os dispostos nos 5 e 6º do art. 15 da Lei n 9.725/09. 4º - Na hipótese prevista no 3º deste artigo, o Alvará de Construção será concedido no prazo previsto no 1º do art. 18 da Lei n 9.725/09, observadas as condições previstas neste Decreto. 5º - Caso haja alteração no projeto que implique prejuízo a seu enquadramento no disposto no art. 13 da Lei n 9.725/09, serão cobrados os valores devidos por todo o processo de aprovação da edificação antes da concessão da Certidão de Baixa de Construção. 6º - O licenciamento simplificado de que trata esta Seção não desobriga o interessado do cumprimento das normas pertinentes nem da responsabilidade penal e civil perante terceiros. Art. 25 - Para fins da aplicação do disposto no 4º do art. 13 da Lei n 9.725/09, o interessado deverá solicitar o projeto arquitetônico à SMARU por meio de formulário próprio. 1º - O Executivo terá o prazo de 20 (vinte) dias para fornecer o projeto arquitetônico compatibilizado com a situação topográfica do terreno em questão, acompanhado do respectivo Alvará de Construção. 2º - Na hipótese contida no 4 do art. 13 da Lei nº 9.725/09, o responsável técnico pelo projeto será o próprio Poder Executivo. Seção III Da Aprovação de Projeto Art. 26 - A aplicação do art. 14 da Lei n 9.725/09 observará o disposto nesta Seção. Art. 27 - A solicitação para exame e aprovação de projetos de edificações ocorrerá junto à Central de Atendimento da SMARU, mediante requerimento próprio, devidamente instruído e comprovado o recolhimento prévio do preço público correspondente. 1º - Os valores previstos para exame de projeto de edificação serão calculados considerando a área da edificação a ser licenciada informada pelo responsável técnico. 2º - Caso seja constatado, posteriormente, que a edificação possui área superior, o recebimento do Alvará de Construção fica condicionado à quitação do valor complementar. Art. 28 - O exame do projeto de edificação levará em conta a análise dos parâmetros que afetam a paisagem urbana e a qualidade de vida da coletividade, em especial: I - coeficiente de aproveitamento; II - quota de terreno por unidade habitacional; III - taxa de ocupação e de permeabilização; IV - afastamento lateral, frontal e de fundos; V - altura na divisa e da edificação; VI - fosso de iluminação e ventilação; VII - área de estacionamento; VIII - circulação vertical e horizontal coletivas; IX - pé-direito; X - acessibilidade. 1º - É responsabilidade dos responsáveis técnicos pela elaboração de projetos e dirigentes técnicos de obras a observância e o cumprimento das demais disposições relativas à edificação previstas nas legislações federal, estadual e municipal. 2º - A aprovação do projeto arquitetônico será concedida com base nos documentos que os interessados apresentarem para exame e na responsabilidade assumida pelo profissional responsável pelo projeto, perante o Poder Público e terceiros, pelo cumprimento da legislação vigente e das demais normas complementares, mediante assinatura do Termo de Compromisso constante no Anexo Único deste Decreto.

3º - O Executivo poderá verificar, a qualquer momento, se os projetos aprovados atendem à legislação vigente. 4º - Caso o Poder Público constate divergência entre a legislação vigente, as responsabilidades assumidas e as informações prestadas pelo responsável técnico, a administração deverá: I - promover a revogação do Alvará de Construção; II - indeferir o processo e encaminhar para ação fiscal; III - notificar o proprietário e o responsável técnico da revogação do Alvará de Construção; IV - encaminhar denúncia ao CREA e à Procuradoria Geral do Município, se constatada a possível prática de crime nos termos da legislação penal. Art. 29 - O andamento do processo de aprovação de projeto deverá ser acompanhado pelo responsável técnico e pelo proprietário pela Internet. Parágrafo único - Será fornecido protocolo eletrônico no momento do recebimento da documentação, que indicará o endereço eletrônico para o seu acompanhamento. Art. 30 - A abertura de processo administrativo de análise de projeto de edificação é precedida do exame do protocolo de documentação a ser efetuado no prazo máximo de 07 (sete) dias. 1º - O prazo de 45 (quarenta e cinco) dias previsto no caput do art. 15 da Lei n 9.725/09 é contado a partir da data do protocolo da documentação acatada. 2º - O prazo de 45 dias, previsto no 1º deste artigo, poderá ser prorrogado por meio de Portaria ou de despacho fundamentado do Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana, quando ocorrer superveniência de fatores que justifiquem a prorrogação e impossibilitem seu cumprimento. Art. 31 - O processo de obtenção de licença para a execução de obras públicas ou privadas de edificações deverá ser instruído com a seguinte documentação: I - projeto arquitetônico, nos termos do art. 14 deste Decreto; II - documentos que atendam ao disposto na informação básica; III - formulário de caracterização da edificação; IV - termo unificado de compromisso; V - levantamento planialtimétrico, quando se tratar de aprovação inicial; VI - termo de compromisso prestado pelo responsável técnico, nos termos do Anexo Único deste Decreto. VII - declaração firmada por responsável técnico de que o terreno possui condições geológicas e geotécnicas de estabilidade e segurança, inclusive em relação aos terrenos vizinhos ou apresentação de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART de projeto geotécnico, bem como das obras que se façam necessárias para a estabilização e segurança do terreno; Inciso VII acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 2º). VIII - compromisso firmado pelo proprietário do imóvel e por responsável técnico de que a obra somente será iniciada após a realização das obras que visam a solucionar as condições de risco apontadas no projeto geotécnico. Inciso VIII acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 2º). Parágrafo único - Sem prejuízo das demais penalidades previstas no Código de Edificações, a prestação de informações inverídicas acarretará: I - o indeferimento ou invalidação do Alvará de Construção, conforme o caso; II - a instauração de ação fiscal para aplicação das penalidades administrativas cabíveis; III - o encaminhamento de denúncia ao respectivo conselho de classe para apuração de infração disciplinar; IV - submissão do ocorrido à Procuradoria-Geral do Município para apuração da responsabilidade administrativa, civil e criminal. Parágrafo único acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 2º). Art. 32 - Constatado o não atendimento ao disposto no art. 31 deste Decreto, o protocolo será indeferido e instruído com o respectivo relatório das pendências. 1º - O proprietário e o responsável técnico deverão ser comunicados do indeferimento por meio do protocolo eletrônico de que trata o parágrafo único do art. 29 deste Decreto.

2º - A documentação ficará disponível na Central de Atendimento por 10 (dez) dias, sendo eliminada após o decurso deste prazo. Art. 33 - Qualquer manifestação dos órgãos e unidades da Administração Direta e Indireta do Município quanto a definições que interfiram na aprovação do projeto, conforme previsto no 3 do art. 15 da Lei n 9.725/09, será realizada sob coordenação da SMARU. 1º - A análise citada no caput deste artigo não poderá ser realizada isoladamente por cada órgão da Administração Direta e Indireta. 2º - A análise conjunta do projeto de edificação e a definição de diretrizes com os demais órgãos municipais deverá ocorrer no prazo máximo de 20 (vinte) dias, contados a partir da data do protocolo da documentação acatada. 3º- A SMARU convocará reuniões para deliberações dos órgãos competentes para o licenciamento de cada projeto de edificação. 4º - A não manifestação dos órgãos competentes no prazo previsto no 2º deste artigo implicará anuência destes em relação ao projeto de edificação apresentado, nos limites das competências legais de cada órgão. 5º - Configurada a hipótese do parágrafo anterior, a SMARU notificará o órgão sobre a aprovação do projeto de edificação. 6º - Fica vedado o envio do processo de licenciamento a órgãos da Administração Pública, quando não houver previsão expressa na legislação municipal. 7º - O disposto nos 1º a 5º deste artigo não se aplica aos projetos para os quais haja previsão legal de manifestação dos conselhos municipais, a teor do disposto no 12 do art. 15 da Lei n 9.725/09. Art. 34 - O prazo de 30 (trinta) dias previsto no 5º do art. 15 da Lei n 9.725/09 é improrrogável e será contado a partir do recebimento pelo responsável técnico de comunicação por escrito relativa às normas infringidas e aos erros técnicos cometidos na elaboração do projeto. Parágrafo único O responsável técnico terá o prazo de 30 (trinta) dias, contados de sua intimação, para corrigir o projeto, sendo que o não atendimento desse prazo implica o indeferimento do projeto. Art. 35 - O prazo de 25 (vinte e cinco) dias previsto no 6º do art. 15 da Lei n 9.725/09 será contado a partir da data de apresentação do projeto corrigido na Central de Atendimento. 1º - A apresentação de projeto diverso do anteriormente examinado implicará o indeferimento do processo. 2º - Entende-se por diverso o projeto que apresenta alterações que descaracterizem o projeto analisado, implicando nova análise e não apenas a verificação das correções anteriormente exigidas. 3º - Após o segundo exame do projeto de edificação, o responsável técnico e o proprietário receberão a comunicação de aprovação do projeto de edificação ou de indeferimento do processo de licenciamento. Art. 36 - O prazo para interposição de recurso contra o indeferimento de processo de licenciamento será de 10 (dez) dias improrrogáveis contados da intimação do responsável técnico. Art. 37 - Na hipótese prevista no 7º do art. 15 da Lei n 9.725/09, a notificação deverá ser feita ao Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana. 1º - O requerente deverá protocolar a notificação na SMARU, recebendo documento comprobatório de sua entrega. 2º - Na hipótese do decurso do prazo previsto no 7º do art. 15 da Lei nº 9.725/09 sem que haja manifestação do Secretário, a obra referente ao projeto de edificação em análise poderá ser iniciada, desde que atendidas, cumulativamente, às seguintes condições: I - observância ao disposto no 9º do art. 15 da Lei nº 9.725/09; II - manutenção de cópia do protocolo da notificação de que trata o 1º deste artigo na obra, para fins de comprovação do direito ao início da mesma sem a aprovação do projeto; III - assinatura do Termo de Compromisso a que se refere o Anexo Único deste Decreto.

Art. 38 - A apuração da responsabilidade pelo descumprimento dos prazos previstos no art. 15 da Lei n 9.725/09 deverá seguir os seguintes procedimentos: I - elaboração de relatório que considere o andamento do processo desde o protocolo de documentos e justifique, quando for o caso, o descumprimento do prazo, devidamente assinado pelo servidor responsável pelo exame do projeto; II - manifestação do superior imediato em relação à inadimplência do técnico. Parágrafo único - O referido relatório poderá subsidiar a decisão do Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana quanto à prorrogação do prazo prevista no 2º do art. 15 da Lei n 9.725/09, desde que, cumulativamente: I - se comprove a superveniência de fatores que justifiquem a prorrogação do prazo e pelos quais fique caracterizada a impossibilidade de cumprimento dos prazos legais pelo servidor responsável pelo exame do projeto de edificação; II - o descumprimento dos prazos não tenha ocorrido em função de faltas cometidas pelo proprietário ou pelo responsável técnico, hipótese em que a prorrogação deverá ser negada. Art. 39 - Não havendo pendências, o projeto de edificação será aprovado e o Alvará de Construção será emitido. Art. 40 - A SMARU deverá garantir o cumprimento dos prazos para resposta ao munícipe em relação ao exame do projeto, independentemente da omissão do servidor responsável pelo exame do mesmo. Art. 41 - O Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana, mediante despacho fundamentado, poderá determinar a substituição do servidor responsável pelo exame do projeto, conforme previsto no 11 do art. 15 da Lei n 9.725/09. Art. 42 - Constatada, a qualquer tempo, a necessidade de manifestação dos conselhos municipais, em processo de licenciamento em curso na SMARU, os prazos ficarão suspensos durante a análise dos conselhos. Art. 43 - A manifestação dos conselhos municipais deverá ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias, prorrogáveis, justificadamente, por igual prazo. Art. 44 - A aplicação do art. 16 da Lei n 9.725/09 observará, para o cálculo do coeficiente de aproveitamento e da taxa de permeabilidade, a área do terreno constante na planta de parcelamento aprovada, conforme indicada nas Informações Básicas. Art. 45 - Para efeito do disposto no 3º do art. 16 da Lei n 9.725/09, entende-se por divisa consolidada aquela delimitadora de lote ocupado e aprovado por CP. Art. 46 - A responsabilidade do Município restringe-se à avaliação da regularidade técnica e urbanística do lote ou conjunto de lotes face às normas legais aplicáveis, não cabendo o exame da regularidade dominial ou possessória dos mesmos. 1º- O Município de Belo Horizonte não responderá a questionamentos de munícipes relativos à regularidade dos direitos de posse, domínio ou quaisquer outros sobre lotes ou conjunto de lotes. 2º- O responsável técnico e o proprietário são responsáveis pelas dimensões dos lotes no qual se situa o projeto de edificação a ser aprovado, cabendo aos mesmos responder por invasão do logradouro público ou à propriedade de terceiros. Seção IV Do Alvará de Construção Art. 47 - O proprietário ou o responsável técnico poderá solicitar por escrito, na Central de Atendimento, a Certidão de Aprovação de Projeto de Edificação, que será emitida no prazo máximo de 05 (cinco) dias, nos termos do 1º art. 18 da Lei n 9.725/09. Art. 48 - A entrega do Alvará de Construção fica condicionada: I - ao recolhimento dos valores referentes à fiscalização de obras;

II - à quitação do preço público complementar relativo ao exame de projeto de edificação, na hipótese de a edificação possuir área superior àquela declarada quando da apresentação do projeto de edificação para aprovação; III - à emissão das autorizações previstas no 2º do art. 18 da Lei n 9.725/09, caso tenha sido feita a opção pelo Alvará de Construção Consolidado, conforme a legislação em vigor. Art. 49 - O proprietário poderá optar pela inclusão das autorizações previstas no 2º do art. 18 da Lei n 9.725/09, no Alvará de Construção. 1º - A opção pela inclusão ou não das autorizações previstas no 2º do art. 18 da Lei n 9.725/09 deverá ser feita no formulário próprio para abertura do processo de aprovação de projeto. 2º - Na hipótese de se optar pela inclusão das autorizações no Alvará de Construção, a SMARU será responsável por proceder aos licenciamentos solicitados junto aos órgãos municipais competentes. 3º - Na hipótese de não inclusão das autorizações no Alvará de Construção, essas deverão ser solicitadas à respectiva Secretaria Municipal de Administração Regional. 4º - Na hipótese contida no 3 deste artigo, os valores serão cobrados no momento da solicitação de cada autorização pelo órgão municipal competente. 5º - Nos casos previstos no 3 deste artigo, os órgãos municipais competentes deverão comunicar à SMARU as autorizações concedidas. Art. 50 - A cassação das autorizações previstas no 2º do art. 18 da Lei n 9.725/09 não implicará a cassação do Alvará de Construção, salvo quando houver previsão legal. Art. 51 - O impedimento de que trata o 1º do art. 19 da Lei nº 9.725/09 deverá ser imediatamente comunicado à SMARU, que avaliará a suspensão do prazo de validade do Alvará de Construção. Art. 52 - A revalidação do Alvará de Construção prevista no 2º do art. 19 da Lei n 9.725/09 será realizada mediante requerimento e após verificação do estágio da obra pela SMARU. 1º - A revalidação do Alvará de Construção prevista no 2º do art. 19 da Lei n 9.725/09 deverá ser solicitada à SMARU até a data de vencimento do mesmo, mediante requerimento próprio. 2º - O requerente receberá cópia do protocolo da solicitação de revalidação do Alvará de Construção, que deverá ser mantida na obra. 3º - O Executivo terá 15 (quinze) dias para efetuar a vistoria da obra e se manifestar sobre a revalidação do Alvará de Construção. 4º - Decorrido o prazo de validade do Alvará de Construção, sem solicitação de sua revalidação, a referida licença caducará, cabendo ao proprietário da obra solicitar nova aprovação do projeto conforme a legislação vigente. Art. 53 - Na hipótese do inciso II do 2º do art. 19 da Lei n 9.725/09, a renovação do Alvará de Construção fica condicionada: I - à análise do projeto, nos termos da legislação vigente; II - ao relatório da vistoria, com descrição detalhada da fase da obra, especialmente no que diz respeito à estrutura da edificação. 1º - No caso de obra em que a estrutura não esteja totalmente concluída e não atenda a legislação vigente, a solicitação de renovação de alvará será indeferida e o proprietário deverá ser notificado a solicitar aprovação de projeto de modificação de edificação, nos termos da legislação vigente. 2º - A solicitação de aprovação de modificação de projeto deverá ser efetuada na SMARU e deverá ser analisada e aprovada segundo procedimentos fixados na Seção II do Capítulo IV da Lei n 9.725/09 e neste Regulamento.

3º - A não apresentação do projeto de modificação da edificação para aprovação no prazo máximo de 30 (trinta) dias contado da notificação implicará o encaminhamento do processo para ação fiscal e imediato embargo da obra até sua regularização. Art. 54 - O Alvará de Construção poderá ser cancelado mediante solicitação expressa do proprietário feita à SMARU. Parágrafo único - Cancelado o Alvará de Construção, a Secretaria Municipal de Administração Regional deverá ser comunicada pela SMARU para início da ação fiscal. Art. 55 - Para fins do disposto no art. 20 da Lei n 9.725/09, entende-se por substituição a aprovação de novo projeto de edificação que apresente alteração relativa aos parâmetros urbanísticos incluídos na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. Parágrafo único - Ocorrendo a hipótese do inciso II do 2º do art. 19 da Lei n 9.725/09, deverá ser aberto novo processo a ser analisado pela legislação vigente, sendo vedada, nesse caso, a substituição de projeto de edificação. Art. 55 - Configuram-se modificação de projeto as seguintes alterações: I - alteração dos níveis de implantação da edificação; II - alteração das áreas destinadas ao estacionamento de veículos; III - alteração da área permeável que compõe a Taxa de Permeabilidade mínima; IV - acréscimo ou decréscimo de área construída; V - alteração das áreas enquadradas nos incisos IV ao XIII do art. 46 da Lei nº 7.166/96; VI - alteração da locação de qualquer bloco integrante do projeto; VII - alteração do uso da edificação. 1º - A modificação de projeto não implica o cancelamento do Alvará de Construção e não requer abertura de novo processo. 2º - A modificação de projeto somente será aprovada nos casos em que o Alvará de Construção esteja em vigor ou houver Baixa de Construção da Edificação. 3º - Havendo solicitação de modificação de projeto com alteração de parâmetro urbanístico, cada parâmetro deverá ser aprovado nos termos da legislação vigente. 4º - Em caso de solicitação de modificação de projeto concomitante com a renovação de alvará prevista no inciso II do 2º do art. 19 da Lei nº 9.725/09, serão observados os parâmetros urbanísticos constantes da legislação em vigor para aprovação da parte referente à construção de área sem estrutura concluída. Art. 55 com redação dada pelo Decreto nº 14.508, de 26/7/2011 (Art. 1º) Art. 56 - A aprovação de modificação de projeto referente a obra cujo Alvará de Construção esteja em vigor, não alterará o prazo de validade do mesmo. Parágrafo único - Não se configura como modificação de projeto de edificação as alterações que abranjam somente a modificação da disposição dos compartimentos relativos à área interna da unidade autônoma tipo, desde que não haja alteração dos seguintes parâmetros constantes do projeto de edificação aprovado: I - área total da unidade autônoma tipo; II - disposição e dimensões dos vãos de ventilação e iluminação; III - pé-direito. Seção V Da Regularização Art. 57 - A solicitação de exame para regularização de edificações ocorrerá na SMARU, mediante requerimento próprio, devidamente instruído e comprovado o recolhimento prévio do preço público previsto para exame de projetos de edificações, vistoria e multa pela construção sem o devido licenciamento. 1º - O responsável técnico deverá declarar, no momento do protocolo da documentação para exame, o enquadramento da edificação para exame nas diretrizes da legislação vigente, nos termos

do caput do art. 21 da Lei n 9.725/09, ou nos critérios da Lei n 9.074/05, nos termos do 1 do mesmo artigo. 2º- A abertura do processo de regularização de edificação obedece aos procedimentos estabelecidos na Seção III do Capítulo IV deste Decreto. 3º- Acatada a documentação, será aberto o processo administrativo e será agendada vistoria com comunicação ao responsável técnico por meio eletrônico, em até 05 (cinco) dias. 4º - A vistoria deverá ocorrer no prazo máximo de 20 (vinte) dias contados a partir da data de protocolo. 5º - Os valores previstos no caput serão calculados considerando a área da edificação a ser licenciada informada pelo responsável técnico. 6º- Após a vistoria, comprovado o enquadramento da edificação nos critérios da Lei n 9.074/05, o processo de regularização seguirá as definições contidas na referida lei. 7º - Constatado que a edificação possui área superior à declarada, a concessão da Certidão de Baixa de Construção fica condicionada à quitação do preço público correspondente. Art. 58 Na hipótese prevista no caput do art. 21 da Lei nº 9.725/09, constatadas divergências entre o levantamento da edificação apresentado e a edificação implantada no local, o responsável técnico será comunicado por meio do protocolo eletrônico disponibilizado via Internet, no sítio www.pbh.gov.br. 1º - No caso de divergências entre o levantamento apresentado e a edificação implantada no local, o responsável técnico terá o prazo de 10 (dez) dias para correção do mesmo, sob pena de indeferimento da respectiva solicitação de regularização. 2º - Caso as divergências descritas no caput deste artigo persistam, o processo será indeferido. 3º - Constatada a impossibilidade de regularização da edificação nos termos da Lei n 9.074/05, o responsável técnico será notificado a apresentar à SMARU projeto de adequação da edificação à legislação vigente, em até 30 (trinta) dias, sob pena de indeferimento do processo. 4º - A aprovação do projeto de adequação das irregularidades ocorrerá segundo procedimentos fixados na Seção II do Capítulo IV da Lei n 9.725/09 e neste regulamento. 5º - O Alvará de Construção será concedido conforme a Seção III do Capítulo IV da Lei n 9.725/09 e o disposto neste Regulamento. 6º - O responsável técnico pela direção da obra deverá declarar sua responsabilidade conforme previsto no art. 2 deste Decreto. 7º - A concessão da Certidão de Baixa de Construção seguirá os procedimentos fixados na Seção III do Capítulo V da Lei n 9.725/09 e neste Decreto. Art. 59 - Na hipótese de indeferimento do processo, o proprietário deverá ser comunicado e o processo será imediatamente encaminhado para ação fiscal. Art. 60 - Poderá ser regularizada a unidade autônoma, independentemente da regularidade da edificação ou de suas demais unidades. Parágrafo único - A SMARU notificará o condomínio a promover a regularização da edificação ou de suas unidades. Art. 61 - Para regularização das edificações destinadas a abrigar as atividades que se seguem, destinadas a serviços de uso coletivo, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, serão exigidas as condições de acessibilidade contidas na legislação e nas normas técnicas vigentes: I - estabelecimentos de ensino de qualquer nível; II - teatros; III - cinemas;

IV - auditórios; V - estádios; VI - ginásios de esporte; VII - casas de espetáculos; VIII - salas de conferência e similares. 1º- Para regularização de edificação destinada aos demais usos, comprovadamente construída antes de 8 de novembro de 2000, será dispensado o atendimento às exigências das normas de acessibilidade previstas na Lei Federal n 10.098, de 19 de dezembro de 2000. 2º - Para fins de regularização, comprovada a impossibilidade de garantia de vagas para estacionamento de veículos adaptados para uso de pessoas portadoras de deficiência, poderá o órgão responsável pela gestão do trânsito autorizar a disposição das mesmas no logradouro público. Seção VI Da Licença de Demolição Art. 62 - A demolição total ou parcial de edificação deverá ser solicitada à SMARU ou à Secretaria de Administração Regional, conforme a localização do imóvel. 1º - A licença de demolição será concedida juntamente com a licença para movimentação de terra e entulho, conforme disposto na Lei n 9.725/09 e neste Decreto. 2º - A Secretaria Municipal de Administração Regional competente deverá efetuar a concessão da licença de que trata esta seção no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados da data da solicitação do requerente. Art. 63 - O licenciamento tratado no art. 22 da Lei n 9.725/09 fica condicionado: I - à obediência dos critérios estabelecidos pelo Código de Posturas e sua regulamentação; II - ao disposto no Regulamento de Limpeza Urbana; III - à legislação ou deliberações dos órgãos responsáveis pelo patrimônio histórico e cultural, quando for o caso; IV - à legislação ambiental. Art. 64 - A demolição parcial de edificação fica condicionada à aprovação de projeto e obtenção de Alvará de Construção, nos termos da legislação vigente e deste Decreto. Art. 65 - A Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte definirá o valor da multa prevista no 2º do art. 22 da Lei n 9.725/09, considerando-se: I - a relevância histórica e cultural do imóvel; II - o dano causado aos direitos difusos; III - a irreversibilidade do dano causado; IV - a área demolida; V - o risco que a demolição acarreta ao imóvel, aos imóveis vizinhos e ao logradouro público. 1º - É vedada a regularização de demolição de imóvel tombado ou de interesse de proteção. 2º - Na hipótese prevista no 1º deste artigo, a solicitação de Certidão de Demolição deverá ser indeferida e o processo encaminhado para ação fiscal, para aplicação das penalidades cabíveis, conforme disposto no 2 do art. 22 da Lei n 9.725/09 e demais legislações pertinentes. Art. 66 - Nas hipóteses de conclusão da demolição licenciada ou de regularização de demolição não licenciada, o requerente deverá solicitar à Secretaria Municipal de Administração Regional pertinente a emissão da Certidão de Demolição. 1º - Excetuam-se do previsto no caput deste artigo as hipóteses nas quais, estando o Alvará de Construção válido, a licença de demolição tenha sido concedida juntamente com o mesmo. 2 º - A emissão da Certidão de Demolição fica condicionada: I - à constatação, por meio de vistoria, da efetiva demolição; II - ao recolhimento do preço público correspondente.

3º - A Certidão de Demolição deverá ser emitida pela Secretaria Municipal de Administração Regional competente, no prazo máximo de 10 (dez) dias após sua solicitação. 4º - No caso de regularização de demolição efetuada sem o devido licenciamento, a emissão da Certidão de Demolição fica condicionada ao pagamento da multa e do preço público correspondentes. Art. 67 - Em qualquer demolição e retirada de entulho, o responsável técnico e o proprietário serão os responsáveis por todas as medidas de segurança de terceiros, do logradouro público e de propriedades vizinhas, bem como por todas as medidas necessárias à garantia de limpeza e circulação dos transeuntes, nos termos da legislação em vigor. Seção VII Da Licença de Reconstrução Art. 68 - A edificação irregular não poderá ser reconstruída. Art. 69 - A licença de reconstrução total ou parcial de edificação, nos termos do art. 23 da Lei n 9.725/09, deverá ser solicitada à SMARU, por meio de formulário próprio. 1º - A abertura do processo de licenciamento de reconstrução obedecerá aos procedimentos dispostos na Seção III do Capítulo IV deste Decreto. 2º - Na hipótese de o projeto a ser reconstruído não obedecer à legislação e às normas técnicas relativas à acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida, será exigida a incorporação de adaptações necessárias ao atendimento das mesmas. 3º - Não será admitida nenhuma modificação no projeto que não tenha como objetivo cumprir normas e leis fixadas posteriormente à concessão da Baixa de Construção da edificação que tenha sofrido o sinistro. 4º - Nos casos previstos no 2 deste artigo, o responsável técnico deverá apresentar solicitação de exame à SMARU, que deverá realizá-lo no prazo de 15 (quinze) dias. 5º - Caso seja constatada irregularidade no projeto, a tramitação passa a observar o rito previsto na Seção II do Capítulo IV da Lei n 9.725/09 e neste Decreto. 6º - Em qualquer hipótese, após a aprovação do projeto de reconstrução total ou parcial da edificação, a obra será licenciada mediante emissão de Alvará de Construção, nos termos da Seção III do Capítulo IV da Lei n 9.725/09. 7º - Soluções emergenciais com vistas a abrandar situações de risco podem ser efetivadas antes da obtenção do Alvará de Construção ou de outras licenças, nas seguintes condições: I - depois de efetuado aviso à Secretaria de Administração Regional competente; II - garantido o acompanhamento por responsável técnico. 8º - Após o término da obra, o responsável técnico deverá comunicá-la ao Executivo para que sejam aplicados os procedimentos de concessão da Certidão de Baixa de Construção contidos na Seção III do Capítulo V da Lei n 9.725/09 e neste regulamento. Art. 70 - A solicitação de licença de reconstrução fica condicionada ao recolhimento dos valores referentes à emissão de Alvará de Construção e Certidão de Baixa de Construção, bem como às vistorias e exame de projeto, quando for o caso. CAPÍTULO V DAS OBRAS Seção I Do Canteiro de Obras Art. 71 - A placa de identificação de obra, de instalação obrigatória conforme disposto no art. 24 da Lei n 9.725/09, deverá conter as seguintes informações: I - número do processo de licenciamento e do respectivo Alvará de Construção;

II - uso a que se destina a edificação segundo a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo em vigor; III - número de pavimentos; IV - número de unidades autônomas; V - área total da edificação; VI - nome e número do registro do CREA do Responsável Técnico pela execução da obra; VII - nome e número do CNPJ da empresa responsável pela direção da obra, se for o caso; VIII - número e descrição de autorizações complementares, quando for o caso; IX - autorizações dos conselhos temáticos, quando houver; X - o zoneamento em que está inserido o imóvel, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo. 1º - A placa de identificação não poderá ter nenhuma mensagem publicitária. 2º - A placa de identificação deve obedecer aos seguintes critérios: I - ter no máximo 1,00 m² (um metro quadrado); II - não possuir dispositivo de iluminação ou animação; III - não possuir estrutura própria de sustentação. Art. 72 - As licenças expedidas pelas Secretarias de Administração Regional, nos casos previstos na Lei n 9.725/09 e neste decreto, devem ser mantidas no canteiro de obras. Seção II Da Movimentação de Terra, Entulho e Material Orgânico. Art. 73 - A movimentação de terra, entulho e material orgânico deverá ser solicitada à SMARU ou à Secretaria de Administração Regional competente, conforme disposto nos incisos I e II do art. 18 deste Decreto. 1º - Caso haja necessidade de deslocamento e transporte de material fora do terreno, o responsável técnico deverá comunicar à Secretaria responsável pelo licenciamento a placa do veículo que irá realizar o transporte da carga, no momento da solicitação de licença de movimentação de terra, entulho e material orgânico. 1º revogado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 8º, I) 2º - A licença de movimentação de terra, entulho e material orgânico incluirá a autorização de tráfego de terra, entulho e material orgânico. 3º - No caso previsto no 1 deste artigo, serão emitidas autorizações correspondentes ao número de veículos utilizados, os quais devem trafegar com as mesmas. 4º - No caso de concessão de Alvará de Construção consolidado, a Secretaria Municipal de Administração Regional competente poderá rever a localização do bota-fora, promovendo a emissão de nova licença sem ônus ao proprietário. 4º revogado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 8º, I) Art. 74 - A Secretaria Municipal de Administração Regional competente deverá efetuar a concessão da licença de que trata esta seção no prazo máximo de 15 (quinze) dias a partir da solicitação do requerente. 1º - Caso a documentação apresentada seja insuficiente para a abertura do processo, o mesmo será imediatamente indeferido, devendo o responsável técnico e o proprietário ser comunicados do fato pela Secretaria Municipal de Administração Regional. 2º - Nos casos previstos no parágrafo único do art. 30 da Lei nº 9.725/09, ficam o proprietário e o responsável técnico obrigados a executar as obras corretivas necessárias, no prazo máximo de 10 (dez) dias a partir da constatação da ocorrência do dano. Parágrafo único - As obras corretivas devem ser executadas em conformidade com a legislação pertinente, de forma a reparar completamente o dano ocasionado. Art. 75 - As movimentações de terra, entulho e material orgânico serão licenciadas com base em projeto de terraplanagem, conforme previsto no inciso II do art. 30 da Lei n 9.725/09.

Parágrafo único - Será exigida ART para o projeto de terraplanagem e para a execução de movimentação de terra. Art. 75 - As movimentações de terra, entulho e material orgânico serão licenciadas com base em declaração de responsabilidade e em projeto de terraplenagem apresentados por responsável técnico, conforme padrão definido pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana. Parágrafo único - Não será exigido licenciamento para a movimentação e o tráfego de material orgânico derivada da capina de terreno. Art. 75 com redação dada pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 4º) Art. 76 - A Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, ou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, quando for o caso, definirá o valor da multa prevista no 2º do art. 29 da Lei n 9.725/09, considerando-se: I - a relevância histórica e cultural do imóvel; II - o dano causado aos direitos difusos; III - a irreversibilidade do dano causado; IV - o risco que a movimentação de material acarreta ao imóvel, aos imóveis vizinhos e ao logradouro público. Art. 77 - Constatada divergência entre o volume de terra, entulho e material orgânico a ser retirado durante a obra e o volume indicado no licenciamento, deverá ser solicitada à Secretaria de Administração Regional pertinente nova licença referente à complementação da licença anteriormente concedida, que será fornecida após pagamento dos valores devidos em até 10 (dez) dias. Seção III Do Acompanhamento de Obras de Edificações Art. 78 - O servidor municipal incumbido das vistorias e da fiscalização de obras deverá ter garantido livre acesso ao local. Art. 79 - A SMARU, resguardada a competência das Secretarias Municipais de Administração Regional relativa aos licenciamentos a que proceder, realizará vistorias periódicas de acompanhamento de obras com os seguintes objetivos: I - conferir a fidelidade da obra ao projeto de edificação licenciado; II - identificar potenciais pendências para a futura concessão da Certidão de Baixa de Construção; III - identificar irregularidades que demandem ação fiscal e aplicação das devidas penalidades. 1º - Deverá ser emitido laudo de acompanhamento de obras com descrição das etapas já executadas e constatações da situação da obra em relação ao projeto aprovado e à legislação vigente. 2º - Constatada desconformidade entre a obra executada e o projeto de edificação aprovado, a mesma será embargada, nos termos do inciso II do art. 78 e do Anexo VII da Lei n 9.725/09. Art. 80 - A SMARU elaborará o Plano Estratégico de Acompanhamento de Obras do Município, considerando: I - o adensamento de cada região; II - o porte das edificações; III - alteração de legislação que imponha modificações em parâmetros de ocupação do solo no Município. Art. 81 - As vistorias de acompanhamento de obras deverão ocorrer: I - em caráter compulsório, com agendamento pelos técnicos da SMARU com 5 (cinco) dias de antecedência; II - por solicitação do responsável técnico, por meio de requerimento próprio, com atendimento pelos técnicos da SMARU em até 10 (dez) dias. 1º - As vistorias compulsórias de acompanhamento de obras serão realizadas por técnicos da gerência responsável pelo controle urbano da SMARU e, quando necessário, por agente fiscal das Administrações Regionais e da SMARU.