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ANO XXVII - 2016-3ª SEMANA DE FEVEREIRO DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 07/2016 IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL EXERCÍCIO 2016 - ANO-CALENDÁRIO 2015 NORMAS... Pág. 148 DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL DO EXERCÍCIO 2016, ANO-CALENDÁRIO 2015 - DEPENDENTES, DESPESAS MÉDICAS, DESPESAS DE INSTRUÇÃO, PREVIDÊNCIA PRIVADA - CONSIDERAÇÕES GERAIS... Pág. 155

IMPOSTO DE RENDA PESSOA FÍSICA Sumário DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL EXERCÍCIO 2016 Ano-Calendário 2015 Normas 1. Introdução 2. Obrigatoriedade de Apresentação 3. Opção Pelo Desconto Simplificado 4. Formas de Elaboração da Declaração 5. Vedações à Utilização Dos Serviços IRPF 2016 Online e Fazer Declaração 6. Declaração de Ajuste Anual Pré-Preenchida 7. Prazo e Formas de Apresentação 7.1 Declaração de Ajuste Anual Com Utilização de Certificado Digital 7.2 Declaração de Ajuste Anual Relativa de Espólio 8. Apresentação Após o Prazo 9. Declaração Retificadora 10. Multa Pelo Atraso na Entrega 11. Declaração de Bens e Direitos e Dívidas e Ônus Reais 12. Pagamento do Imposto 12.1 - Antecipação Total ou Parcial e Ampliação do Número de Quotas 12.2 - Formas de Pagamento do Imposto 12.3 - Débito Automático em Conta-Corrente Bancária 12.4 - Pessoa Física Que Receba Rendimentos do Trabalho Assalariado de Autarquias ou Repartições do Governo Brasileiro Situadas no Exterior 12.5 - Imposto Inferior a R$ 10,00 (Dez Reais) 1. INTRODUÇÃO Por meio da Instrução Normativa RFB nº 1.613, de 01 de fevereiro de 2016 (DOU de 03.02.2016), foram aprovadas as normas para apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda referente ao exercício 2016, ano-calendário 2015, pela pessoa física residente no Brasil, as quais abordaremos neste trabalho. 2. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO Está obrigada a apresentar a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2016, a pessoa física residente no Brasil que, no ano-calendário de 2015: a) recebeu rendimentos tributáveis, sujeitos ao ajuste na declaração, cuja soma foi superior a R$ 28.123,91 (vinte e oito mil, cento e vinte e três reais e noventa e um centavos); b) recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40.000,00 (quarenta mil reais); c) obteve, em qualquer mês, ganho de capital na alienação de bens ou direitos, sujeito à incidência do imposto, ou realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas; d) relativamente à atividade rural: d.1) obteve receita bruta em valor superior a R$ 140.619,55 (cento e quarenta mil, seiscentos e dezenove reais e cinquenta e cinco centavos); d.2) pretenda compensar, no ano-calendário de 2015 ou posteriores, prejuízos de anos-calendário anteriores ou do próprio ano-calendário de 2015; e) teve, em 31 de dezembro, a posse ou a propriedade de bens ou direitos, inclusive terra nua, de valor total superior a R$ 300.000,00 (trezentos mil reais), (vide nota nº 1 abaixo); f) passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e nessa condição encontrava-se em 31 de dezembro; ou g) optou pela isenção do Imposto sobre a Renda incidente sobre o ganho de capital auferido na venda de imóveis residenciais, cujo produto da venda seja aplicado na aquisição de imóveis residenciais localizados no País, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias contado da celebração do contrato de venda, nos termos do art. 39 da Lei nº 11.196, de 21 de novembro de 2005. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 148

Notas: 1) Fica dispensada de apresentar a Declaração de Ajuste Anual, a pessoa física que se enquadrar: a) apenas na hipótese prevista na letra e do item 2 e que, na constância da sociedade conjugal ou da união estável, os bens comuns tenham sido declarados pelo outro cônjuge ou companheiro, desde que o valor total dos seus bens privativos não exceda R$ 300.000,00 (trezentos mil reais); e b) em pelo menos uma das hipóteses previstas nas letras a a g do item 2, caso conste como dependente em Declaração de Ajuste Anual apresentada por outra pessoa física, na qual tenham sido informados seus rendimentos, bens e direitos, caso os possua. 2) A pessoa física, ainda que desobrigada, pode apresentar a Declaração de Ajuste Anual, observado o disposto na nota nº 3 abaixo. 3) É vedado a um mesmo contribuinte constar simultaneamente em mais de uma Declaração de Ajuste Anual, seja como titular ou dependente, exceto nos casos de alteração na relação de dependência no ano-calendário de 2015. 3. OPÇÃO PELO DESCONTO SIMPLIFICADO A pessoa física pode optar pelo desconto simplificado, observado o seguinte: a) a opção pelo desconto simplificado implica a substituição de todas as deduções admitidas na legislação tributária, correspondente à dedução de 20% (vinte por cento) do valor dos rendimentos tributáveis na Declaração de Ajuste Anual, limitado a R$ 16.754,34 (dezesseis mil, setecentos e cinquenta e quatro reais e trinta e quatro centavos); b) o valor utilizado a título de desconto simplificado, não justifica variação patrimonial, sendo considerado rendimento consumido. 4. FORMAS DE ELABORAÇÃO DA DECLARAÇÃO A Declaração de Ajuste Anual deve ser elaborada, exclusivamente, com o uso de: a) computador, mediante a utilização do Programa Gerador da Declaração (PGD) relativo ao exercício de 2016, disponível no sítio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na Internet, no endereço: http://rfb.gov.br; b) computador, mediante acesso ao serviço Declaração IRPF 2016 on-line, disponível no Centro Virtual de Atendimento (e-cac) no sítio da RFB na Internet, no endereço de que trata a letra a acima, observado o disposto no item 5; ou c) dispositivos móveis, tablets e smartphones, mediante a utilização do serviço Fazer Declaração, observado o disposto no item 5. Notas: 1) O serviço Fazer Declaração é acessado por meio do aplicativo APP IRPF, disponível nas lojas de aplicativos Google play, para o sistema operacional Android, ou App Store, para o sistema operacional ios. 2) A utilização do serviço Declaração IRPF 2016 on-line dar-se-á somente com certificado digital e pode ser feito pelo: a) contribuinte; ou b) representante do contribuinte com procuração eletrônica ou procuração de que trata a Instrução Normativa RFB nº 944, de 29 de maio de 2009. 5. VEDAÇÕES À UTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS IRPF 2016 ONLINE E FAZER DECLARAÇÃO É vedada a utilização dos serviços Declaração IRPF 2016 on-line e Fazer Declaração de que tratam, respectivamente, as letras b e c do item 4, para a apresentação da Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda na hipótese de os declarantes ou seus dependentes informados nessa declaração, no anocalendário de 2015: a) terem auferido: IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 149

a.1) rendimentos tributáveis: a.1.1) sujeitos ao ajuste anual, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), apenas na hipótese de utilização do serviço Fazer Declaração de que trata a letra c do item 4; ou a.1.2) recebidos do exterior. a.2) b) os seguintes rendimentos sujeitos à tributação exclusiva ou definitiva: a.2.1) ganhos de capital na alienação de bens ou direitos; a.2.2) ganhos de capital na alienação de bens, direitos e aplicações financeiras adquiridos em moeda estrangeira; a.2.3) ganhos de capital na alienação de moeda estrangeira mantida em espécie; a.2.4) ganhos líquidos em operações de renda variável realizadas em bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas, e fundos de investimento imobiliário; ou a.2.5) recebidos acumuladamente (RRA) de que trata o art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988; a.3) os seguintes rendimentos isentos e não tributáveis: a.3.1) rendimentos cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), apenas na hipótese de utilização do serviço Fazer Declaração de que trata a letra c do item 4; a.3.2) parcela isenta correspondente à atividade rural; a.3.3) recuperação de prejuízos em renda variável (bolsa de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhados e fundos de investimento imobiliário); a.3.4) lucro na venda de imóvel residencial para aquisição de outro imóvel residencial; ou a.3.5) lucro na alienação de imóvel residencial adquirido após o ano de 1969; ou a.4) d) rendimentos tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), apenas na hipótese de utilização do serviço Fazer Declaração de que trata a letra c do item 4; b) terem-se sujeitado: b.1) ao imposto pago no exterior ou ao recolhimento do Imposto sobre a Renda na fonte de que tratam os 1º e 2º do art. 2º da Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004; ou b.2) ao preenchimento dos demonstrativos referentes à atividade rural, ao ganho de capital na alienação de bens e direitos, ao ganho de capital em moeda estrangeira ou à renda variável ou das informações relativas a doações efetuadas; ou c) terem realizado pagamentos de rendimentos a pessoas jurídicas, quando constituam dedução na declaração, ou a pessoas físicas, quando constituam, ou não, dedução na declaração, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), apenas na hipótese de utilização do serviço Fazer Declaração de que trata a letra c do item 4, em cada caso ou no total. 6. DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL PRÉ-PREENCHIDA O contribuinte pode utilizar a Declaração de Ajuste Anual Pré-preenchida, desde que: a) tenha apresentado a Declaração de Ajuste Anual referente ao exercício de 2015, ano-calendário de 2014; e b) no momento da importação do arquivo referido na nota nº 1 do item 6, as fontes pagadoras ou as pessoas jurídicas ou equiparadas, conforme o caso, tenham enviado para a RFB informações relativas ao contribuinte referentes ao exercício de 2016, ano-calendário de 2015, por meio da: b.1) Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf); b.2) Declaração de Serviços Médicos e de Saúde (Dmed); ou IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 150

b.3) Declaração de Informações sobre Atividades Imobiliárias (Dimob). Notas: 1) A RFB disponibiliza ao contribuinte um arquivo a ser importado para a Declaração de Ajuste Anual, já contendo algumas informações relativas a rendimentos, deduções, bens e direitos e dívidas e ônus reais. 2) O acesso às informações do arquivo a ser importado para a Declaração de Ajuste Anual, dar-se-á somente com certificado digital e pode ser feito pelo: a) contribuinte; ou b) representante do contribuinte com procuração eletrônica ou procuração de que trata a Instrução Normativa RFB nº 944, de 2009. 3) O arquivo deve ser obtido no e-cac, no sítio da RFB na Internet, no endereço referido na letra a do item 4. 4) É de inteira responsabilidade do contribuinte a verificação da correção de todos os dados pré-preenchidos na Declaração de Ajuste Anual, devendo realizar as alterações, inclusões e exclusões das informações necessárias, se for o caso. 5) O disposto no item 6 não se aplica à Declaração de Ajuste Anual elaborada com a utilização dos serviços Declaração IRPF 2016 on-line e Fazer Declaração de que tratam, respectivamente, as letras b e c do item 4. 7. PRAZO E FORMAS DE APRESENTAÇÃO A Declaração de Ajuste Anual deve ser apresentada no período de 1º de março a 29 de abril de 2016, pela Internet, mediante a utilização: a) do programa de transmissão Receitanet, disponível no sítio da RFB, no endereço referido na letra a do item 4; ou b) dos serviços Declaração IRPF 2016 on-line e Fazer Declaração de que tratam, respectivamente, as letra b e c do item 4, observado o disposto no item 5. Notas: 1) O serviço de recepção da Declaração de Ajuste Anual será interrompido às 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do dia 29 de abril de 2016. 2) A comprovação da apresentação da Declaração de Ajuste Anual é feita por meio de recibo gravado depois da transmissão, em disco rígido de computador, em mídia removível ou no dispositivo móvel que contenha a declaração transmitida, cuja impressão fica a cargo do contribuinte e deve ser feita mediante a utilização do PGD de que trata a letra a do item 4. 7.1 Declaração de Ajuste Anual Com Utilização de Certificado Digital Deve transmitir a Declaração de Ajuste Anual, com a utilização de certificado digital, o contribuinte que se enquadrou, no ano-calendário de 2015, em pelo menos uma das seguintes situações: a) recebeu rendimentos: a.1) tributáveis sujeitos ao ajuste anual, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); a.2) isentos e não tributáveis, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); a.3) tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); ou b) realizou pagamentos de rendimentos a pessoas jurídicas, quando constituam dedução na declaração, ou a pessoas físicas, quando constituam, ou não, dedução na declaração, cuja soma foi superior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais), em cada caso ou no total. 7.2 Declaração de Ajuste Anual Relativa de Espólio IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 151

A Declaração de Ajuste Anual relativa a espólio, independentemente de ser inicial ou intermediária, ou a Declaração Final de Espólio, que se enquadre nas hipóteses previstas no subitem 7.1 deve ser apresentada, em mídia removível, em uma unidade da RFB, durante o seu horário de expediente, sem a necessidade de utilização de certificado digital. O disposto no subitem 7.1 e no parágrafo anterior não se aplica à Declaração de Ajuste Anual elaborada com o uso do serviço Declaração IRPF 2016 on-line de que trata a letra b do item 4. 8. APRESENTAÇÃO APÓS O PRAZO Depois do prazo de que trata o item 7, a Declaração de Ajuste Anual deve ser apresentada: a) pela Internet, mediante a utilização do programa de transmissão Receitanet; b) utilizando os serviços Declaração IRPF 2016 on-line e Fazer Declaração de que tratam, respectivamente, as letras b e c do item 4, na hipótese de apresentação de declaração original, observado o disposto no item 5; ou c) em mídia removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de expediente. 9. DECLARAÇÃO RETIFICADORA Caso a pessoa física constate que cometeu erros, omissões ou inexatidões em Declaração de Ajuste Anual já entregue, poderá apresentar declaração retificadora: a) pela Internet, mediante a utilização do: a.1) programa de transmissão Receitanet; ou a.2) serviço Retificação on-line, disponível no endereço referido na letra a do item 4; b) em mídia removível, nas unidades da RFB, durante o seu horário de expediente, se após o prazo de que trata o item 7. Notas: 1) A Declaração de Ajuste Anual retificadora tem a mesma natureza da declaração originariamente apresentada, substituindo-a integralmente e, portanto, deve conter todas as informações anteriormente declaradas com as alterações e exclusões necessárias, bem como as informações adicionais, se for o caso. 2) Para a elaboração e a transmissão de Declaração de Ajuste Anual retificadora deve ser informado o número constante no recibo de entrega referente à última declaração apresentada, relativa ao mesmo ano-calendário. 3) Depois do prazo de que trata o item 7, não é admitida retificação que tenha por objetivo a troca de opção por outra forma de tributação. 4) O disposto no item 9 não se aplica à Declaração de Ajuste Anual elaborada com o uso dos serviços Declaração IRPF 2016 on-line e Fazer Declaração de que tratam, respectivamente, as letras a e b do item 4. 10. MULTA PELO ATRASO NA ENTREGA A entrega da Declaração de Ajuste Anual depois do prazo de que trata o item 7, ou a sua não apresentação, se obrigatória, sujeita o contribuinte à multa de 1% (um por cento) ao mês-calendário ou fração de atraso, calculada sobre o total do imposto devido nela apurado, ainda que integralmente pago, observado o seguinte: a) a multa é objeto de lançamento de ofício e tem: a.1) como valor mínimo R$ 165,74 (cento e sessenta e cinco reais e setenta e quatro centavos) e como valor máximo 20% (vinte por cento) do Imposto sobre a Renda devido; e a.2) por termo inicial, o 1º (primeiro) dia subsequente ao término do período fixado para a entrega da Declaração de Ajuste Anual e, por termo final, o mês da entrega ou, no caso de não apresentação, do lançamento de ofício. b) no caso de declarações com direito a restituição, a multa por atraso na entrega não paga dentro do vencimento estabelecido na notificação de lançamento emitida pelo PGD ou pelos serviços Declaração IRPF 2016 on-line e IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 152

Fazer Declaração de que tratam, respectivamente, as letras a, b, e c do item 4, com os respectivos acréscimos legais decorrentes do não pagamento, será deduzida do valor do imposto a ser restituído; c) a multa mínima aplica-se inclusive no caso de Declaração de Ajuste Anual da qual não resulte imposto devido. 11. DECLARAÇÃO DE BENS E DIREITOS E DÍVIDAS E ÔNUS REAIS A pessoa física sujeita à apresentação da Declaração de Ajuste Anual deve relacionar nesta os bens e direitos que, no Brasil ou no exterior, constituam, em 31 de dezembro de 2014 e de 2015, seu patrimônio e o de seus dependentes relacionados na declaração, bem como os bens e direitos adquiridos e alienados no decorrer do anocalendário de 2015, observado o seguinte: a) devem também ser informados as dívidas e os ônus reais existentes em 31 de dezembro de 2014 e de 2015, do declarante e de seus dependentes relacionados na Declaração de Ajuste Anual, bem como os constituídos e os extintos no decorrer do ano-calendário de 2015; b) fica dispensada, em relação a valores existentes em 31 de dezembro de 2015, a inclusão de: a) saldos de contas correntes bancárias e demais aplicações financeiras, cujo valor unitário não exceda R$ 140,00 (cento e quarenta reais); b) bens móveis, exceto veículos automotores, embarcações e aeronaves, bem como os direitos, cujo valor unitário de aquisição seja inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais); c) conjunto de ações e quotas de uma mesma empresa, negociadas ou não em bolsa de valores, bem como ouro, ativo financeiro, cujo valor de constituição ou de aquisição seja inferior a R$ 1.000,00 (um mil reais); e d) dívidas e ônus reais, cujo valor seja igual ou inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil reais). 12. PAGAMENTO DO IMPOSTO O saldo do imposto pode ser pago em até 8 (oito) quotas, mensais e sucessivas, observado o seguinte: a) nenhuma quota deve ser inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais); b) o imposto de valor inferior a R$ 100,00 (cem reais) deve ser pago em quota única; c) a 1ª (primeira) quota ou quota única deve ser paga até o último dia do prazo de que trata o item 7; e d) as demais quotas devem ser pagas até o último dia útil de cada mês, acrescidas de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acumulada mensalmente, calculados a partir da data prevista para a apresentação da Declaração de Ajuste Anual até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) no mês do pagamento. 12.1 - Antecipação Total ou Parcial e Ampliação do Número de Quotas É facultado ao contribuinte: a) antecipar, total ou parcialmente, o pagamento do imposto ou das quotas, não sendo necessário, nesse caso, apresentar Declaração de Ajuste Anual retificadora com a nova opção de pagamento; b) ampliar o número de quotas do imposto inicialmente previsto na Declaração de Ajuste Anual, até a data de vencimento da última quota pretendida, observado o disposto no caput, mediante a apresentação de declaração retificadora ou o acesso ao sítio da RFB na Internet, opção Extrato da DIRPF, no endereço referido na letra a do item 4. 12.2 - Formas de Pagamento do Imposto O pagamento integral do imposto, ou de suas quotas, e de seus respectivos acréscimos legais pode ser efetuado mediante: a) transferência eletrônica de fundos por meio de sistemas eletrônicos das instituições financeiras autorizadas pela RFB a operar com essa modalidade de arrecadação; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 153

b) Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), em qualquer agência bancária integrante da rede arrecadadora de receitas federais, no caso de pagamento efetuado no Brasil; ou c) débito automático em conta corrente bancária. 12.3 - Débito Automático em Conta-Corrente Bancária O débito automático em conta corrente bancária: a) é permitido somente para Declaração de Ajuste Anual original ou retificadora apresentada: a.1) até 31 de março de 2016, para a quota única ou a partir da 1ª (primeira) quota; a.2) entre 1º de abril e 29 de abril de 2016, a partir da 2ª (segunda) quota; b) é autorizado mediante a indicação dessa opção no PGD ou nos serviços Declaração IRPF 2016 on-line ou Fazer Declaração de que tratam, respectivamente, as letras a, b, e c do item 4, e formalizado no recibo de entrega da Declaração de Ajuste Anual; c) é automaticamente cancelado na hipótese de: c.1) apresentação de Declaração de Ajuste Anual retificadora depois do dia 29 de abril de 2016; c.2) envio de informações bancárias com dados inexatos; c.3) o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) informado na Declaração de Ajuste Anual ser diferente daquele vinculado à conta corrente bancária; ou c.4) os dados bancários informados na Declaração de Ajuste Anual referirem-se à conta corrente do tipo não solidária; d) está sujeito a estorno, a pedido da pessoa física titular da conta corrente, caso fique comprovada a existência de dolo, fraude ou simulação; e) pode ser incluído, cancelado ou modificado, depois da apresentação da Declaração de Ajuste Anual, mediante o acesso ao sítio da RFB na Internet, opção Extrato da DIRPF, no endereço referido na letra a do item 4: e.1) até as 23h59min59s (vinte e três horas, cinquenta e nove minutos e cinquenta e nove segundos), horário de Brasília, do dia 14 de cada mês, produzindo efeitos no próprio mês; e e.2) depois do prazo de que trata a letra e.1 acima, produzindo efeitos no mês seguinte. A Coordenação-Geral de Arrecadação e Cobrança (Codac) pode editar normas complementares necessárias à regulamentação do pagamento por intermédio de débito automático em conta corrente bancária. 12.4 - Pessoa Física Que Receba Rendimentos do Trabalho Assalariado de Autarquias ou Repartições do Governo Brasileiro Situadas no Exterior No caso de pessoa física que receba rendimentos do trabalho assalariado de autarquias ou repartições do Governo brasileiro situadas no exterior, o pagamento integral do imposto, ou de suas quotas, e de seus respectivos acréscimos legais, pode ser efetuado, além das formas previstas no subitem 12.2, mediante remessa de ordem de pagamento com todos os dados exigidos no Darf, no respectivo valor em reais ou em moeda estrangeira, a favor da RFB, por meio do Banco do Brasil S.A., Gerência Regional de Apoio ao Comércio Exterior - Brasília-DF (Gecex - Brasília-DF), prefixo 1608-X. 12.5 - Imposto Inferior a R$ 10,00 (Dez Reais) O imposto que resultar em valor inferior a R$ 10,00 (dez reais) deve ser adicionado ao imposto correspondente a exercícios subsequentes, até que seu total seja igual ou superior ao referido valor, quando, então, deve ser pago ou recolhido no prazo estabelecido na legislação para este último exercício. Fundamentos Legais: Os citados no texto. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 154

DECLARAÇÃO DE AJUSTE ANUAL DO EXERCÍCIO 2016, ANO-CALENDÁRIO 2015 Dependentes, Despesas Médicas, Despesas de Instrução, Previdência Privada Considerações Gerais Sumário 1. Introdução 2. Dependentes 2.1 - Valor da Dedução 2.2 - Dedução Concomitante - Impossibilidade 2.3 - Dependente não-residente no Brasil 2.4 - Dependência - Mudança no Ano 2.5 - Irmão, Neto ou Bisneto 2.6 - Sogro(a) 2.7 - Menor Emancipado 2.8 - Rendimentos nos Dependentes 2.9 - Documentação para Comprovar a Dependência 2.10 Dependentes Menores com 14 anos ou Mais 3. Despesas com Instrução 3.1 - Valores que não Podem ser Deduzidos 3.2 - Despesas de Instrução - Remessa para o Exterior 3.3 - Comprovação 3.4 - Limite 4. Despesas Médicas 4.1 - Comprovação 4.2 - Despesas em Moeda Estrangeira 4.3 - Despesas que não Podem Ser Deduzidas 5. Previdência Privada 5.1 - Limite 5.2 - Tributação do Resgate 6. FAPI 6.1 - Limite 6.2 - Tributação do Resgate 1. INTRODUÇÃO Neste trabalho relacionamos algumas normas acerca das deduções de dependentes, despesas médicas, despesas de instrução e previdência privada, a serem observadas pelos contribuintes que efetuarem a declaração de ajuste anual da pessoa física do exercício 2016, ano-calendário 2015, no modelo completo. 2. DEPENDENTES Podem ser consideradas dependentes as pessoas que mantiveram relação de dependência com o declarante, mesmo que apenas em parte do ano-calendário 2015 (exemplo: nascimento, falecimento ou maioridade): (art. 90 da IN RFB nº 1.500/2014 e art. 35 da Lei nº 9.250/1995) a) companheiro(a) com o(a) qual o contribuinte tenha filho ou viva há mais de 5 (cinco) anos, ou cônjuge; Nota: o contribuinte pode incluir o companheiro, abrangendo também as relações homoafetivas, como dependente para efeito de dedução do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física, desde que tenha vida em comum por mais de 5 (cinco) anos, ou por período menor se da união resultou filho. (Parecer PGFN/CAT nº 1.503/2010, de 19 de julho de 2010, aprovado pelo Ministro de Estado da Fazenda em 26 de julho de 2010) b) filho(a) ou enteado(a) até 21(vinte e um) anos ou, em qualquer idade, quando incapacitado física e/ou mentalmente para o trabalho; c) filho(a) ou enteado(a) universitário(a) ou cursando escola técnica de 2º grau, até 24 (vinte e quatro) anos; d) irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a) sem arrimo dos pais, do(a) qual o contribuinte detém a guarda judicial, até 21 (vinte e um) anos ou, em qualquer idade, quando incapacitado física e/ou mentalmente para o trabalho; e) irmão(ã), neto(a) ou bisneto(a) sem arrimo dos pais, com idade de 21 (vinte e um) até 24 (vinte e quatro) anos, se ainda estiver cursando estabelecimento de nível superior ou escola técnica de 2º grau, desde que o contribuinte tenha detido sua guarda judicial até os 21 (vinte e um) anos; f) pais, avós e bisavós que, em 2015, receberam rendimentos, tributáveis ou não, até R$ 22.499,13 (vinte e dois mil, quatrocentos e noventa e nove reais, e treze centavos); g) menor pobre, até 21 (vinte e um) anos, que o contribuinte crie e eduque e do qual detenha a guarda judicial; IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 155

h) a pessoa absolutamente incapaz, da qual o contribuinte seja tutor ou curador. 2.1 - Valor da Dedução O contribuinte pode deduzir o valor anual de R$ 2.275,08 (dois mil, duzentos e setenta e cinco reais e oito centavos) a partir do ano-calendário de 2015, por dependente, mesmo que a relação de dependência tenha ocorrido apenas em parte do ano-calendário. 2.2 - Dedução Concomitante Impossibilidade Os dependentes comuns não podem constar simultaneamente na declaração de ambos os cônjuges. Excepcionalmente, no ano-calendário em que ocorrer a separação judicial ou o divórcio direto, ambos os excônjuges poderão considerar os filhos menores como dependentes. Os filhos de pais divorciados ou separados judicialmente somente podem constar como dependentes na declaração daquele que detém a sua guarda judicial. Se o filho declarar em separado, não pode constar como dependente na declaração do responsável. 2.3 - Dependente Não-Residente no Brasil A Legislação Tributária Brasileira, em regra geral, não faz distinção em relação à residência dos dependentes. Assim, desde que provadas as condições necessárias para figurarem como tal, essa dedução pode ser efetuada pelo contribuinte. 2.4 - Dependência - Mudança no Ano Como regra geral, não podem constar dependentes nas declarações de mais de um contribuinte simultaneamente. Todavia, constitui exceção a essa regra a hipótese de ocorrer início ou término, durante o ano-calendário, da condição de dependência, como, por exemplo, o filho dependente do pai ou da mãe que se casa e passa a ser dependente do cônjuge; ou casal que se separa e, até determinado mês, os filhos eram dependentes de um dos cônjuges, que depois passa a pagar pensão alimentícia aos filhos. Nesses casos, ambos os contribuintes podem utilizar o valor total anual da dedução correspondente ao dependente, na declaração de rendimentos relativa a esse ano-calendário, mas as demais despesas e rendimentos do dependente são declarados relativamente ao período de dependência. No caso do ex-cônjuge ou ex-companheiro que passou a pagar pensão alimentícia judicial, também pode ser deduzido o valor da pensão no ano-calendário em que se deu a separação. 2.5 - Irmão, Neto ou Bisneto Podem ser considerados como dependentes o irmão, o neto ou o bisneto que estiverem em uma das seguintes situações previstas na Lei nº 9.250/1995: a) com idade de até 21 (vinte e um) anos, desde que o contribuinte detenha a guarda judicial (Art. 35, V); b) com idade de 21 (vinte e um) até 24 (vinte e quatro) anos, se ainda estiver cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau (Art. 35, 1º). Nesse caso, é necessário que o responsável tenha detido a guarda judicial até a idade de 21 (vinte e um) anos; c) de qualquer idade, quando incapacitado física ou mentalmente para o trabalho (Art. 35, V). A guarda judicial só é exigida para aqueles com idade de até 21 (vinte e um) anos. A condição de não ter arrimo dos pais, por outro lado, é necessária para todas as situações acima. 2.6 - Sogro(a) De acordo com a Lei nº 9.250/1995, art. 35, os pais podem ser considerados dependentes na declaração dos filhos, desde que não aufiram rendimentos, tributáveis ou não, superiores ao limite de isenção anual, de até R$ 22.499,13 (vinte e dois mil, quatrocentos e noventa e nove reais, e treze centavos). O sogro ou a sogra pode ser dependente, desde que seu filho ou filha esteja declarando em conjunto com o genro ou a nora, e desde que o sogro ou a sogra não aufiram rendimentos, tributáveis ou não, superiores ao limite de IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 156

isenção anual de até R$ 22.499,13 (vinte e dois mil, quatrocentos e noventa e nove reais, e treze centavos) 2.7 - Menor Emancipado A emancipação transforma o menor em plenamente capaz para todos os atos da vida civil (Código Civil, art. 9º). Em princípio, o emancipado deve declarar em separado, com o número de inscrição no CPF próprio. Entretanto, se o emancipado ainda se enquadrar nas condições que autorizem a dependência para fins de Imposto de Renda, pode figurar como tal na declaração de um dos pais. 2.8 - Rendimentos Dos Dependentes Se os dependentes tiverem recebido rendimentos no ano-calendário 2015, deverão ser informados na declaração da seguinte forma: a) os rendimentos tributáveis recebidos de pessoas jurídicas pelos dependentes devem ser informados na ficha Rendimentos Tributáveis Recebidos de PJ pelos Dependentes (exemplo: remuneração por estágios); b) os rendimentos tributáveis recebidos de pessoas físicas e do Exterior pelos dependentes não devem ser somados aos rendimentos do declarante e sim devem ser informados em ficha própria de nome Rendimentos Tributáveis Recebidos de Pessoas Físicas e do Exterior pelos Dependentes ; c) os rendimentos isentos ou não-tributáveis e os de tributação exclusiva/definitiva recebidos pelos dependentes devem ser lançados nos campos próprios da ficha Rendimentos Isentos e Não-Tributáveis e da ficha Rendimentos Sujeitos à Tributação Exclusiva/Definitiva. 2.9 - Documentação para Comprovar a Dependência Para o cônjuge e filhos, a prova desta relação é feita por meio de certidão de casamento e de nascimento. No que concerne a menor pobre que o contribuinte crie e eduque, esse somente é considerado dependente, para os efeitos do Imposto de Renda, se obedecidos os procedimentos estatuídos na Lei nº 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente - quanto à guarda, tutela ou adoção. Em relação ao companheiro, é necessária a prova de coabitação e, a irmãos, netos e bisnetos, o termo de guarda judicial e a prova de incapacidade física ou mental para o trabalho, se for o caso. 2.10 Dependentes Menores com 14 anos ou Mais De acordo com o art. 3º, inciso III da IN RFB nº 1.548/2015, com a redação dada pelo o art. 1º da IN RFB nº 1.610/2016, está obrigado a inscrever-se no CPF os menores com 14 (quatorze) anos ou mais que constem como dependentes em Declaração de Ajuste Anual do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física (DIRPF). 3. DESPESAS COM INSTRUÇÃO Podem ser deduzidas as despesas de instrução realizadas pelo declarante com a própria educação, dos dependentes e de alimentandos em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente em: a) educação infantil, compreendendo as creches e as pré-escolas; b) ensino fundamental; c) ensino médio; d) educação superior, compreendendo os cursos de graduação e de pós-graduação (mestrado, doutorado e especialização); e) educação profissional, compreendendo o ensino técnico e o tecnológico. (Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º, inciso II, b ; com redação dada pela Lei nº 12.469/2011, art. 3º; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto sobre a Renda (RIR), art. 81; Instrução Normativa RFB nº 1.500/2014, art. 91) 3.1 - Valores que não Podem Ser Deduzidos Não podem ser deduzidos os gastos relativos a: IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 157

a) uniforme, material e transporte escolar e elaboração de dissertação de mestrado ou tese; b) aquisição de enciclopédias, livros, revistas e jornais; c) aula de música, dança, natação, ginástica, tênis, pilotagem, dicção, corte e costura, informática e ssemelhados; d) cursos preparatórios para concursos e/ou vestibulares; e) aulas de idiomas estrangeiros; f) entidades que têm por objetivo a criação e a educação de menores desvalidos e abandonados; g) contribuições pagas às associações de pais e mestres e a associações voltadas para a educação; h) passagens e estadas para estudo no Exterior. 3.2 - Despesas de Instrução - Remessa para o Exterior Podem ser deduzidos apenas os valores relativos a despesas de instrução, em estabelecimentos de ensino regular, comprovadas por meio de documentação hábil, realizadas no Exterior com dependentes, observados os requisitos e o limite previstos na Legislação. Os pagamentos efetuados em moeda estrangeira devem ser convertidos em dólares dos Estados Unidos da América, pelo seu valor fixado pela autoridade monetária do país no qual as despesas foram realizadas, na data do pagamento e, em seguida, em reais, mediante utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América, fixado para venda pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do pagamento. O valor do Imposto de Renda retido sobre a remessa não pode ser computado como despesa com instrução nem pode ser considerado para fins de compensação na declaração de rendimentos da pessoa que suporta o encargo (Instrução Normativa RFB nº 1.500/2014, art. 92; Parecer Normativo CST nº 31, de 1977). 3.3 Comprovação A comprovação das despesas com instrução será feita por meio de recibos, Notas Fiscais e outros documentos idôneos. No caso de não preenchimento ou preenchimento incorreto da Relação de Pagamentos e Doações Efetuados, da Declaração de Ajuste Anual, do número de inscrição no CPF ou no CNPJ do beneficiário do pagamento residente ou domiciliado no Brasil, a declaração poderá incidir em malha. 3.4 Limite O limite anual individual da dedução de despesas com instrução é de R$ 3.561,50 (três mil, quinhentos e sessenta e um reais e cinquenta centavos), a partir do ano-calendário de 2015. O valor dos gastos que ultrapassar esse limite não pode ser aproveitado nem mesmo para compensar gastos de valor inferior a R$ 3.561,50 (três mil, quinhentos e sessenta e um reais e cinquenta centavos), a partir do ano-calendário de 2015, efetuados com o próprio declarante ou com outro dependente (Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, art. 8º, inciso II, b, com redação dada pela Lei nº 13.149/2015; Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999 - Regulamento do Imposto sobre a Renda (RIR), Anexo VIII da IN RFB nº 1.500/2014). Havendo declaração em separado, cada cônjuge só pode deduzir as despesas com instrução dos dependentes e dos alimentandos indicados na ficha Dependentes. O cônjuge que incluir o filho como dependente na declaração pode deduzir as despesas com instrução ainda que o recibo esteja em nome do outro cônjuge. 4. DESPESAS MÉDICAS Podem ser deduzidos os seguintes pagamentos relativos a tratamento próprio, dos dependentes e dos alimentandos, em cumprimento de decisão judicial ou acordo homologado judicialmente, indicados na ficha Dependentes : IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 158

a) a médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, hospitais, exames laboratoriais e serviços radiológicos, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas e dentárias. São também dedutíveis gastos com parafusos e placas em cirurgias ortopédicas ou odontológicas, com marcapasso e com a colocação de lente intraocular em cirurgia de catarata, desde que os valores relativos a esses gastos integrem a conta hospitalar; b) a empresas domiciliadas no Brasil, destinados à cobertura de despesas com hospitalização, cuidados médicos e dentários, e a entidades que assegurem direito de atendimento ou ressarcimento destas despesas; c) a empresa ou entidade onde trabalha, ou a fundação, caixa e sociedade de assistência, no caso de a entidade manter convênio direto para cobrir total ou parcialmente tais despesas; d) a diferença entre o valor pago e o reembolsado pelo empregador, fundação, caixa, sociedade de assistência ou entidades que assegurem a cobertura de despesas médicas, no caso de a empresa reembolsá-las parcialmente; e) a estabelecimento geriátrico qualificado como hospital, nos termos da Legislação específica; f) com a instrução de portador de deficiência física ou mental. 4.1 Comprovação As despesas médicas deverão ser comprovadas da seguinte forma: a) por documentos contendo nome, endereço, CPF ou CNPJ do beneficiário dos pagamentos, podendo ser substituídos por cheque nominativo ao beneficiário, de sua própria emissão, do cônjuge ou do dependente; b) tratando-se de reembolso, total ou parcial, se a empresa ou empregador, fundação, caixa assistencial ou entidade reteve os recibos ou pagou diretamente as despesas, esses valores devem constar do comprovante de rendimentos fornecidos por eles; c) no caso de portador de deficiência física ou mental, são exigidos laudo médico atestando o estado de deficiência e comprovação de pagamento a entidades especializadas para esse fim; d) no caso de aparelhos e próteses ortopédicos e próteses dentárias, são exigidos receituário médico ou odontológico e Nota Fiscal em nome do beneficiário. O cônjuge que incluir o filho como dependente na declaração pode deduzir as despesas médicas ainda que o recibo esteja em nome do outro cônjuge. 4.2 - Despesas em Moeda Estrangeira As despesas referentes a pagamentos efetuados em moeda estrangeira serão convertidas em dólar dos Estados Unidos da América, pelo valor fixado pela autoridade monetária do país no qual as despesas foram realizadas, na data do pagamento e, em seguida, em reais, mediante utilização do valor do dólar dos Estados Unidos da América, fixado para venda pelo Banco Central do Brasil para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do pagamento. 4.3 - Despesas que não Podem Ser Deduzidas Não podem ser deduzidas as despesas médicas: a) reembolsadas ou cobertas por apólice de seguro; b) com enfermeiros e remédios, exceto quando constarem da conta hospitalar; c) com a compra de óculos, lentes de contato, aparelhos de surdez e similares. Na ficha apropriada, informe o nome do profissional, hospital, clínica, etc., Beneficiário do pagamento, o CPF ou o CNPJ, o valor pago e o código. 5. PREVIDÊNCIA PRIVADA IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 159

São dedutíveis os pagamentos efetuados a entidades de previdência privada domiciliadas no País destinados a custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social. São também dedutíveis os pagamentos efetuados para as entidades de previdência complementar de natureza pública de que trata o 15 do art. 40 da Constituição Federal, cujo ônus tenha sido do contribuinte, destinadas a custear benefícios complementares assemelhados aos da Previdência Social (inciso III, do art. 86 da IN RFB nº 1.500/2014, com a redação dada pelo o art. 1º da IN RFB nº 1.558/2015). As contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no Brasil são dedutíveis, desde que o ônus tenha sido do próprio declarante e/ou de seus dependentes e sejam destinadas a seu próprio benefício e/ou de seus dependentes. De acordo com o parágrafo único do art. 4º da Lei nº 9.250/1995, com a redação dada pelo o art. 14 da Lei nº 13.202,2015, a dedução das contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no País aplicase exclusivamente à base de cálculo relativa aos seguintes rendimentos, assegurada, nos demais casos, a dedução dos valores pagos a esse título, por ocasião da apuração da base de cálculo do imposto devido no anocalendário, conforme disposto na alínea e do inciso II do art. 8º da Lei nº 9.250/1995: a) do trabalho com vínculo empregatício ou de administradores; e b) proventos de aposentados e pensionistas, quando a fonte pagadora for responsável pelo desconto e respectivo pagamento das contribuições previdenciárias. 5.1 Limite A dedução relativa às contribuições para entidade de previdência privada, os pagamentos efetuados para as entidades de previdência complementar de natureza pública de que trata o 15 do art. 40 da Constituição Federal somada às contribuições para o Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, cujo ônus seja da pessoa física, fica limitada a 12% (doze por cento) do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na declaração de rendimentos, não sendo considerados para efeito de apuração do referido limite os rendimentos isentos e não-tributáveis e/ou sujeitos à tributação exclusiva. (Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 72, 1º e arts. 87 a 88) Nota: Contribuições para as entidades de previdência privada a partir de 1º de janeiro de 2005: a) as deduções relativas às contribuições para entidades de previdência complementar e sociedades seguradoras domiciliadas no País e destinadas a custear benefícios complementares aos da Previdência Social, cujo ônus seja da própria pessoa física, ficam condicionadas ao recolhimento, também, de contribuições para o regime geral de previdência social ou, quando for o caso, para regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, observada a contribuição mínima, e limitadas a 12% (doze por cento) do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na Declaração de Ajuste Anual; b) o disposto na letra a acima se aplica, inclusive, às contribuições ao Fundo de Aposentadoria Programada Individual (FAPI); c) excetua-se da condição referida na letra a acima o beneficiário de aposentadoria ou pensão concedida por regime próprio de previdência ou pelo regime geral de previdência social; d) se o titular ou quotista for dependente do declarante, para a dedução das contribuições aplicam-se ao declarante a condição e o limite acima referidos na letra a ; e) na hipótese de dependente com mais de 16 (dezesseis) anos, a dedução fica condicionada, ainda, ao recolhimento, em seu nome, de contribuições para o regime geral de previdência social, observada a contribuição mínima, ou, quando for o caso, para regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargo efetivo da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. (Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, art. 11 e 5º, com redação dada pela Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004, art. 13; Instrução Normativa SRF nº 588, de 21 de dezembro de 2005, arts. 6º e 7º, Instrução Normativa RFB nº 1.500, de 29 de outubro de 2014, art. 72, 1º e arts. 87 a 88) 5.2 - Tributação do Resgate IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 160

O resgate de Previdência Privada e de FAPI é tributável na declaração de ajuste, compensando-se o Imposto de Renda descontado na fonte. 6. FAPI São dedutíveis os pagamentos efetuados a Fundos de Aposentadoria Programada Individual - FAPI. 6.1 Limite A dedução relativa às contribuições para entidade de previdência privada, os pagamentos efetuados para as entidades de previdência complementar de natureza pública de que trata o 15 do art. 40 da Constituição Federal somada às contribuições para o Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI, cujo ônus seja do próprio declarante e/ou de seus dependentes, fica limitada a 12% (doze por cento) do total dos rendimentos computados na determinação da base de cálculo do imposto devido na declaração de rendimentos, não sendo considerados para efeito de apuração do referido limite os rendimentos isentos e não-tributáveis e/ou sujeitos à tributação exclusiva. Nota: Vide a Nota do subitem 5.1. 6.2 - Tributação do Resgate O resgate de Previdência Privada e de FAPI é tributável na declaração de ajuste, compensando-se o Imposto de Renda descontado na fonte. Fundamentos Legais: Perguntas/Respostas - RFB/2015; e outras fontes citadas no texto. IMPOSTO DE RENDA E CONTABILIDADE FEVEREIRO - 07/2016 161