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Transcrição:

FORMULÁRIO PARA INSCRIÇÃO DE PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA. Coordenação/Colegiado ao(s) qual(is) será vinculado: Engenharia Civil Curso (s) : Engenharia Civil Nome do projeto: INFLUÊNCIA DA SUBSTITUIÇÃO PARCIAL DO PÓ DE PEDRA EM RELAÇÃO A AREIA NATURAL NA RESISTÊNCIA DE ADERÊNCIA (SOB TRAÇÃO) EM ARGAMASSAS Nome do professor orientador: Helena Ravache Samy Pereira Nome do professor co-orientador: Nome do coordenador(a) do Curso: Helena Ravache Samy Pereira Para a Fundação Educacional Regional Jaraguaense FERJ, mantenedora do Centro Universitário - Católica de Santa Catarina em Jaraguá do Sul e em Joinville, encaminhamos anexo, Projeto de Iniciação Científica a ser submetido ao Edital nº.../2016 Programa de Bolsas de Estudo da Educação Superior UNIEDU, da Secretaria de Estado da Educação de Santa Catarina, e declaramos nosso interesse e prioridade conferida ao desenvolvimento do projeto ora proposto, assim como nosso comprometimento de que serão oferecidas as garantias necessárias para sua adequada execução, incluindo o envolvimento de equipe, utilização criteriosa dos recursos previstos e outras condições específicas definidas no formulário anexo. Joinville, 18 de novembro de 2015. Professor orientador Professor coorientador Coordenador do Curso 1

2 DESCRIÇÃO DO PROJETO Título do Projeto: Influência da Substituição Parcial do Pó de Pedra em Relação a Areia Natural na Resistência de Aderência (sob tração) em Argamassas Resumo do Projeto Tipo de Projeto ( 12 meses ) (X) Apresentado pelo professor; A extração da areia natural acarreta em impactos ambientais importantes e muitas vezes irreversíveis. A substituição parcial da areia natural por frações finas provenientes de britagem como o pó de pedra em argamassas pode trazer benefícios ambientais e econômicos. Este projeto de pesquisa tem por objetivo caracterizar a propriedade resistência de aderência (sob tração) em argamassas que utilizem pó de pedra em substituição a areia natural. Serão produzidas quatro misturas de argamassas onde a proporção de substituição do pó de pedra pela areia natural em massa será de 0%, 5%, 10% e 15%. A metodologia para determinação da resistência à aderência (sob tração) das argamassas obedecerá o procedimento de produção e preparação de painéis de alvenaria e realização do ensaio de arrancamento. Diante dos resultados obtidos para a resistência de aderência (sob tração) será feita a caracterização da argamassa em relação a propriedade contribuindo desta forma para o melhor entendimento das propriedades das argamassas com pó de pedra em substituição parcial a areia natural. Palavras-chave: Aderência; argamassas; pó de pedra. Problematizacão Na construção civil, as argamassas são utilizadas para assentamento e revestimentos de alvenarias, revestimento e assentamento de pisos, além de vários outros usos. O comportamento mecânico das argamassas pode ser avaliado através das propriedades de resistência à compressão axial, resistência à tração na flexão, módulo de elasticidade e pela resistência ao arrancamento. Existe uma grande quantidade de fatores que apresentam influência na resistência mecânica da argamassa, que podem ser as propriedades dos materiais constituintes, o proporção dos componentes, o fator água/cimento, as condições de cura e a metodologia de ensaio para a determinação das propriedades mecânicas. A presença da cal fortalece a aderência e a durabilidade da argamassa mas prejudica a resistência à compressão. Dentro deste contexto é importante salientar que o estudo contribui para o conhecimento e divulgação do comportamento mecânico das argamassas com substituição parcial da areia natural por pó de pedra. Justificativa A obtenção de areia natural para utilização na construção civil pode ser realizada de diversas formas como através da dragagem de depósitos de leitos de rios, por escavações mecânicas de depósitos de solos residuais derivados de alterações físico-químico de rochas, ou por desmonte hidráulico destas acumulações com posterior dragagem e armazenamento de cavas. Todos os processos descritos apresentam impactos ambientais importantes com danos ao meio ambiente. Além 2

da questão ambiental, a dificuldade de exploração de areias em locais próximos aos grandes centros consumidores tem aumentado o valor econômico final da areia natural. Neste contexto surge como alternativa o uso do pó de pedra, fração fina dos processos de britagem. Este subproduto normalmente é armazenado em pilhas de estoque ao ar livre, sujeito à ação dos ventos e das chuvas. O uso das frações finas podem oferecer vantagens econômicas já que o produto é menos valorizado que a areia natural. Objetivo Geral: Determinar a influência da adição do pó de pedra em substituição parcial a areia natural em relação a propriedade de aderência (sob tração) em argamassas de assentamento e revestimento de paredes e tetos possibilitando desta forma conhecimento técnico-científico sobre seu uso. Objetivos Específicos Como objetivos específicos pode-se citar: Dosar e produzir as misturas de argamassa; produzir os painéis de alvenaria com argamassas de assentamento, chapisco e revestimento; preparar o revestimento para o ensaio de aderência (sob tração); determinar a medição da aderência (sob tração) no revestimento; avaliar a adequação ao uso da argamassa com pó de pedra em substituição parcial a areia natural em relação a aderência (sob tração). Metodologia A metodologia proposta para este projeto de pesquisa pode ser resumida em cinco etapas (ver Quadro 01) e deverá ser acompanhado de revisão bibliográfica. Quadro 01 Etapas da pesquisa Etapa Descrição 1 Dosagem e produção das argamassas 2 Produção dos painéis de alvenaria com argamassa de assentamento, chapisco e revestimento 3 Preparação do revestimento para o ensaio de aderência (sob tração) 4 Caracterização da aderência (sob tração) da argamassa de revestimento 5 Produção de texto científico Fonte: A autora, 2015 1 Dosagem e produção das argamassas Para a formulação das argamassas será utilizado um traço pré-fixado adequado sugerido pela literatura (ver Quadro 02). O preparo das misturas deve seguir o procedimento descrito da norma brasileira NBR 13276 (ABNT, 2005) utilizando a betoneira de 120l (ver Figura 01). Haverá variação na composição do agregado miúdo no qual a areia natural será substituída por pó de pedra nas 3

proporções 0%, 5%, 10% e 15%. CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA Quadro 02 Traços recomendados por algumas entidades normalizadoras Tipo de argamassa Traço em volume Referências cimento cal areia Revestimento de paredes interno e de fachada 1 2 9 a 11 Assentamento Alvenaria em contato com o de alvenaria solo 1 0-1/4 estrutural Alvenaria sujeita a esforços de flexão 1 1/2 Uso geral, sem contato com o solo 1 1 Uso restrito, interno/baixa resistência 1 2 Fonte: Caraseck, 2007 2,25 a 3 x (volume de cimento + cal) NBR 7200 (ABNT, 1982) ASTM C 270 Figura 01 Betoneira utilizada na mistura das argamassas Fonte: A autora, 2015 3 Produção dos painéis de alvenaria com argamassa de assentamento, chapisco e revestimento A execução do ensaio deve seguir as indicações da NBR 13528 (ABNT, 2010) e será realizado no Laboratório de Materiais de Construção Civil da Católica de Santa Catarina de Joinville/SC. Primeiramente serão preparadas na betoneira as quatro misturas de argamassa de assentamento dos tijolos cerâmicos de seis furos usados na produção de painéis de alvenaria (ver Figura 02a). Com o objetivo de melhorar a aderência do revestimento, as paredes devem ser chapiscadas de um lado com argamassa de cimento e agregado miúdo (ver Figura 02b). Posteriormente novamente devem ser preparadas na betoneira quatro misturas de argamassa para o revestimento. As argamassas de revestimento devem ser aplicadas manualmente sobre o chapisco com a colher de pedreiro e alisadas com a desempenadeira (ver Figura 3a). 4

(a) Figura 02 Painéis de alvenaria (a) chapiscados (b) (b) Fonte: A autora, 2015 Cada ensaio é composto por doze corpos de prova de mesmas características, totalizando quarenta e oito corpos de prova distribuídos em quatro painéis de alvenaria. A distribuição dos corpos de prova deve ser feita de forma aleatória, contemplando arrancamentos em juntas e blocos. Os pontos de arrancamento devem estar espaçados entre si, além dos cantos e das quinas, no mínimo 50mm. O corte do revestimento deve ser executado a seco com serra copo com borda diamantada. O equipamento de corte deve ser mantido na posição ortogonal a superfície, iniciando o corte com velocidade baixa (ver Figura 03b). Figura 03 Painéis de alvenaria com a argamassa de revestimento (a) e cortes feitos no revestimento (b) (a) (b) Fonte: A autora, 2015 Após limpar a superfície dos corpos-de-prova de revestimento para remoção das partículas soltas, deve ser aplicada cola com espátula sobre as pastilhas metálicas e as mesmas devem ser colocadas sobre o revestimento (ver Figura 04a). As pastilhas devem ser coladas centradas no corpode-prova delimitadas pelo corte e aguardado 24 horas para a secagem da cola. 5

4 Caracterização da aderência (sob tração) da argamassa de revestimento Antes da realização do ensaio, devem ser retiradas três amostras do revestimento para a determinação da umidade do revestimento pela diferença de massa após secagem em estufa. O equipamento utilizado neste ensaio é o equipamento de arrancamento manual da marca Solotest com rótula de engate central, manômetro eletrônico digital e capacidade para 1200kg (ver Figura 04b). Figura 04 Pastilhas coladas no revestimento (a) e equipamento de arrancamento manual (b) (a) (b) Fonte: A autora, 2015 Deve ser aplicado o esforço de tração até a ruptura dos corpos-de-prova. O valor da carga deve ser anotado assim como várias outras informações conforme planilha para o ensaios de resistência à tração (ver Quadro 03). Devem ser registradas todas as formas de ruptura dos corpos de prova, podendo acontecer no substrato (no caso tijolo cerâmico), chapisco, argamassa, interface argamassa/cola e interface cola/pastilha (ver Figura 04). Quando ocorreram diferentes formas de ruptura no mesmo corpo de prova deve ser registrada a porcentagem aproximada de cada área de cada um dos tipos de ruptura. Figura 04 Formas de ruptura 5 Produção de texto científico Fonte: A autora, 2015 Para finalizar a pesquisa será produzido um texto científico com objetivo de publicação em congresso ou periódico, onde será feita a descrição da etapa experimental e a análise dos resultados referentes ao ensaio para determinação da aderência (sob tração) das argamassas com pó de pedra. 6

Quadro 04 Exemplo de planilha para o ensaio de resistência de aderência à tração Fonte: Adaptado ABNT/NBR 13528, 2010 Fundamentação Teórica 1 Argamassas Entre as definições de argamassa pode-se citar o conceito segundo a norma NBR 13281 (ABNT, 2005), que afirma que a argamassa é uma mistura homogênea de agregado miúdo, aglomerante inorgânico e água, contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e endurecimento, podendo ser dosada em obra ou em instalação própria. Já Carasek (2007) define argamassa como um material de construção, com propriedades de aderência e endurecimento, obtidos a partir da mistura homogênea de um ou mais aglomerantes, agregado miúdo (areia) e água, podendo conter ainda aditivos e adições minerais. Existem várias aplicações na construção civil para as argamassas. As mesmas podem ser utilizadas para a construção de alvenarias, para o revestimento de paredes e tetos, para revestimentos 7

de pisos, para revestimentos cerâmicos e para a recuperação de estruturas. O quadro 05 apresenta a classificação das argamassas segundo sua função na construção civil. 2 Aderência Quadro 05 Classificação das argamassas segundo as suas funções na construção Função Tipos Para construção de alvenarias Argamassa de assentamento Argamassa de fixação (ou encunhamento) Para revestimento de paredes e tetos Argamassa de chapisco Argamassa de emboço Argamassa de reboco Argamassa de camada única Argamassa para revestimento decorativo monocamada Para revestimento de pisos Argamassa de contrapiso Argamassa de alta resistência para piso Para revestimento cerâmicos Argamassa de assentamento de peças cerâmicas - colante Argamassa de rejuntamento Para recuperação de estruturas Argamassa de reparo Fonte: Carasek, 2007 A aderência é o termo usado para descrever a resistência e a extensão do contato entre a argamassa e uma base (CARASEK, 2007). A base é representada no caso de argamassa de assentamento pela alvenaria de tijolos ou blocos. A aderência depende de propriedades da interface argamassa-substrato como a resistência de aderência à tração e ao cisalhamento e a extensão de aderência. A aderência é o parâmetro mais empregado para avaliar a qualidade da argamassa, embora seja conhecido que para determinadas aplicações, outras características como a resistência mecânica à compressão ou durabilidade são exigidas. O quadro 06 classifica as argamassas de assentamento de paredes e revestimentos de tetos segundo a NBR 13281 (ABNT, 2005) em relação à resistência potencial de aderência à tração. Quadro 06 Classificação das argamassas de assentamento e revestimento de paredes e tetos em relação à resistência potencial de aderência à tração Classe Resistência potencial de aderência à tração (MPa) A1 0,20 A2 0,20 A3 0,30 Fonte: ABNT/NBR 13281, 2005 Método de ensaio ABNT NBR 15258 Vários fatores exercem influência na aderência das argamassas sobre bases porosas. Os materiais constituintes da argamassa e suas proporções exercem grande influencia na aderência. As características do substrato (porosidade, rugosidade e absorção de água) influenciam na aderência. Outros aspectos como mão de obra, técnicas de execução e condições climáticas durante a aplicação podem ser influência decisiva na propriedade de aderência. Segundo Carasek (2007) melhorias tanto na extensão como no valor da resistência de aderência 8

podem ser obtidas pela adição de pequenas porções de cal às argamassas de cimento Portland. A figura 05 mostra figuras com ampliação de 20 vezes de dois tipos de argamassas aderidas a blocos cerâmicos. A argamassa com adição de cal aparenta ter uma aderência melhor no bloco cerâmico. Figura 05- (a)aderência de argamassa 1:3 (cimento e areia em volume) com bloco cerâmico (b)aderência de argamassa 1:1/4:3(cimento, cal e areia em volume) com bloco cerâmico (a) (b) Fonte: Carasek, 2007 Em relação às pesquisas relacionadas à propriedade de aderência à tração das argamassas podese citar a pesquisa de Pereira, Silva e Costa (2013) que estuda o aperfeiçoamento dos modelos que descrevem os mecanismos de aderência, principalmente devido a diferenças nas características dos materiais relativas à porosidade, verificadas tanto em substratos como nas placas. Os resultados mostraram uma relação entre a resistência de aderência e a extensão de contato entre a argamassa e o substrato, indicando que o mecanismo de aderência para o assentamento de placas sobre substratos não porosos está diretamente relacionado com a extensão do contato entre os materiais. 3 Utilização de frações finas de britagem em materiais cimentícios As frações finas de britagem são obtidas no processo de classificação nas pedreiras. Há várias pesquisas que tratam de temas relacionados às frações finas provenientes de britagem das rochas com o objetivo de buscar uma otimização de sua utilização na construção civil. A seguir estão descritos trabalhos contidos no referencial teórico da pesquisa de Pereira (2007). Cuchierato (2000) contribui com alternativas tecnológicas para utilização dos resíduos de mineração produzidos ma Região Metropolitana de São Paulo. A Região Metropolitana de São Paulo é responsável por 25% da produção nacional de agregados. Verifica-se, nesta pesquisa que a melhor utilização do pó de pedra e areia de brita seria como agregado miúdo em bases e sub-bases em pavimentos de concreto simples e compactado a rolo. Topçu e Ugurlu (2003) estudam a influência da adição de agregados finos (0-2mm) no concreto. Os agregados finos usados são de origem mineral, provenientes de britagem de rochas e não contém argila. A adição de 7-10% desses finos é benéfica ao concreto. Há diminuição de porosidade, aumento de trabalhabilidade e resistência. Bosiljkov (2003) analisa a influência dos finos e do pó de pedra calcária nas propriedades do concreto fresco e endurecido. Os resultados indicam que o pó de pedra calcária melhorou a trabalhabilidade da pasta, aumentou a resistência à compressão e obteve um melhor empacotamento das partículas. Silva, Buest e Campiteli (2005) destacam a utilização do filler de areia britada de rocha 9

calcária nas propriedades da argamassa de cimento, cal e areia (de revestimento). Os resultados indicaram que a presença de filler na argamassa teve influência favorável nos resultados de absorção de água e índice de vazios. Almeida e Silva (2005) destacam a areia artificial como uma alternativa econômica e ambiental para o mercado nacional de agregados. Visando a obtenção dessa areia foi instalada uma unidade piloto de britagem na cidade do Rio de Janeiro. É importante salientar, que a areia artificial apresenta vantagens em relação a areia natural por ser mais uniforme. Brum Filho e Bertocini (2006) estudam a areia de britagem da Pedreira Financial de Campo Grande-MS e a dosagem de concretos convencionais com o uso da mesma levando em consideração as propriedades do concreto fresco e resistência à compressão. O uso de finos de pedreiras em concretos convencionais significa uma tecnologia limpa e auto-sustentável. Lemos, Trigo, Akasaki, Melges, Girotto e Menossi (2007) propõem a incorporação de resíduos de borracha e de pó de pedra no concreto substituindo parcialmente a areia natural. Com os resultados de resistência à compressão foram montados os diagramas de dosagens para concretos sem adições e com adições de resíduo de borracha e pó de pedra. Foi verificada a viabilidade de adição destes resíduos. Alves e Souza (2007) apresentam o estudo de dosagens de alto desempenho com adição de finos de micaxisto ao cimento, levando-se em conta as propriedades da mistura fresca, resistência mecânica e durabilidade. Nos resultados dos traços avaliados constatou-se que as resistências atendem perfeitamente ao concreto de alto desempenho, tendo em vista o potencial dos agregados que não tem resistência suficiente para limite maior de resistência. Duarte (2013) analisou a viabilidade da utilização do pó de pedra proveniente da britagem de rochas gnaisses no estado da Bahia, em substituição à areia natural quartzosa. A análise dos resultados obtidos constatou que a composição com 10% de pó de pedra apresentou os melhores resultados referentes aos ensaios físicos e mecânicos realizados, confirmando a redução da resistência à compressão e o aumento da absorção de água à medida que se aumentou o teor do pó de pedra na composição do concreto 3. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO ETAPA OU FASE DO PROJETO Objetivo Específico Etapa/Fase (O que?) Especificação (Como?) Início Semanas e meses Término Semanas e meses Dosar e produzir as misturas de argamassa. Produzir os painéis de alvenaria com argamassas de assentamento, chapisco e revestimento. Preparar o revestimento para o ensaio de aderência (sob tração). Dosagem e produção das argamassas Produção dos painéis de alvenaria com argamassa assentamento, chapisco e revestimento. Preparação do revestimento para o ensaio de aderência (sob tração). -Revisão bibliográfica. -Produzir as misturas com os materiais constituintes disponíveis -Revisão bibliográfica. -Construir as paredes de de alvenaria (assentamento de tijolos, chapisco e revestimento) -Revisão bibliográfica -Realizar o corte do revestimento e colagem das pastilhas 01/03/2016 01/06/2016 01/06/2016 01/08/2016 01/08/2016 01/09/2016 10

Objetivo Específico Etapa/Fase (O que?) Especificação (Como?) Início Semanas e meses Término Semanas e meses Determinar a medição da aderência (sob tração) no revestimento. Caracterização da aderência (sob tração) da argamassa de revestimento. Avaliar a adequação ao Produção de texto uso da argamassa com científico pó de pedra em substituição parcial a areia natural em relação a aderência (sob tração). -Revisão bibliográfica -Realizar a determinação propriedade através do ensaio proposto pela norma técnica -Revisão bibliográfica. -Analisar os resultados da propriedade estudada e a viabilidade do uso do resíduo de britagem. -Produzir texto científico. 01/09/2016 01/10/2016 01/10/2016 01/02/2017 4. REFERÊNCIAS ALMEIDA, S. L. M.; SILVA V.S. Areia artificial: Uma alternativa econômica e ambiental para o mercado nacional de agregados. In: II SUFFIB- SEMINÁRIO: O USO DA FRAÇÃO FINA DA BRITAGEM. São Paulo. 2005. ALVES, J. D.; SOUZA, R. A. A. Concretos de alto desempenho com adição de finos de micaxisto. In: 49 CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO. Bento Gonçalves RS. 2007. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 13276: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos Preparo da mistura e determinação do índice de consistência. Rio de Janeiro, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 13281: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos - Requisitos. Rio de Janeiro, 2005. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS - ABNT. NBR 13528: Revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas Determinação da resistência de aderência à tração. Rio de Janeiro, 2010. BOSILJKOV, V. B. SCC mixes with poorly graded aggregate and high volume of limestone filler. Cement and Concrete Research, v.33, p.1279-1286, 2003. 11

BRUM FILHO, G. P.; BERTOCINI, S. R. O uso de areia de britagem da pedreira Financial em concretos convencionais Campo Grande MS. In: 48 CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO. Rio de Janeiro - RJ. 2006. CARASEK, H. Argamassas. In: ISAIA, Geraldo Cechella. Materiais de Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais. São Paulo: Arte Interativa, 2007. Cap. 26, p. 863-904. CUCHIERATO, G. Caracterização tecnológica dos resíduos de mineração de agregados da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), visando seu aproveitamento econômico. 2000. 201 f. Dissertação (Mestrado em Geociências) - Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000. DUARTE, J. B. Estudo da substituição de agregados miúdos naturais por pó de pedra em concreto de cimento Portland. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciência e Engenharia dos Materiais) Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2013. LEMOS, P. E.; TRIGO, A. P. M.; AKASAKI, J. L., MELGES, J. L. P.; GIROTTO, L. S.; MENOSSI, R. T. Estudo de dosagens de concretos com pó de pedra basáltica e resíduos de borracha de pneus. In: 49 CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO. Bento Gonçalves - RS. 2007. MOHAMAD, G.; SANTOS NETO, A.B.S.; PELISSER, F.; LOURENÇO, P.B.; ROMAN, H.R. Caracterização mecânica das argamassas de assentamento para alvenaria estrutural previsão e modo de ruptura. Revista Matéria. v. 14, n.2, p. 824 844, 2009. PEREIRA, H. R. S. Caracterização do concreto convencional com pó de pedra em substituição a areia natural. 2007. Dissertação (Mestrado em Ciência e Engenharia dos Materiais) Universidade do Estado de Santa Catarina, Joinville, 2007. SILVA, N. G. da; BUEST, G.; CAMPINELLI, V.C. A influência do filler de areia britada de rocha calcária nas propriedades de argamassa de revestimento. In: II SUFFIB- SEMINÁRIO: O USO DA FRAÇÃO FINA DA BRITAGEM. São Paulo. 2005. TOPÇU, I. B.; UGURLU, A. Effect of the use of mineral filler on the properties of concrete. Cement and Concrete Research, v.33, p.1071-1075, 2003. 12

5. RESUMO DO ORÇAMENTO: CENTRO UNIVERSITÁRIO CATÓLICA DE SANTA CATARINA FERJ Contrapartida (quando houver parcerias) Total R$ Elementos de Despesa Quantidade Preço Unitário R$ Quantidade Preço Unitário R$ Participação em eventos 1 900,00 900,00 Passagens e Despesa de Locomoção. Material de Consumo ( descrever todos os itens ex: Papel A4, disquetes,etc..) Aquisição de Livros * Cópias monocromáticas, fotocópia colorida, fotos aéreas, mapas, plotagens, cópias em metro. Equipamentos e Material Permanente ** Outros ( Descrever conforme padrão) Total do Projeto 900,00 6-CRONOGRAMA DE DESEMBOLSO (R$) Objetivo Específico Avaliar a adequação ao uso da argamassa com pó de pedra em substituição parcial a areia natural em relação a aderência (sob tração). Avaliar a adequação ao uso da argamassa com pó de pedra em substituição parcial a areia natural em relação a aderência (sob tração). Elementos de despesas Participação em eventos - Inscrição Participação em eventos Deslocamento 05/2015 08/2015 650,00 250,00 1 Deverá estar justificada a despesa na Metodologia do projeto e aprovada pela Coordenação do PROINPES 13