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ESTUDO TÉCNICO N.º 12/2014 Principais resultados da PNAD 2013 potencialmente relacionados às ações e programas do MDS MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME SECRETARIA DE AVALIAÇÃO E GESTÃO DA INFORMAÇÃO 1

Estudo Técnico Nº 12/2014 - Principais resultados da PNAD 2013 potencialmente relacionados às ações e programas do MDS Técnicos responsáveis Ana Carolina Freitas de Andrade Camila Barros Nascimento Dionara Borges Andreani Revisão Paulo de Martino Jannuzzi Estudos Técnicos SAGI é uma publicação da Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI) criada para sistematizar notas técnicas, estudos exploratórios, produtos e manuais técnicos, relatórios de consultoria e reflexões analíticas produzidas na secretaria, que tratam de temas de interesse específico do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) para subsidiar, direta ou indiretamente, o ciclo de diagnóstico, formulação, monitoramento e avaliação das suas políticas, programas e ações. O principal público a que se destinam os Estudos são os técnicos e gestores das políticas e programas do MDS na esfera federal, estadual e municipal. Nesta perspectiva, são textos técnico-científicos aplicados com escopo e dimensão adequados à sua apropriação ao Ciclo de Políticas, caracterizando-se pela objetividade, foco específico e tempestividade de sua produção. Futuramente, podem vir a se transformar em artigos para publicação: Cadernos de Estudos, Revista Brasileira de Monitoramento e Avaliação (RBMA) ou outra revista técnica-científica, para alcançar públicos mais abrangentes. Palavras-chave: Indicadores sociais, Conjuntura social, PNAD Unidade Responsável Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação Esplanada dos Ministérios Bloco A Sala 307 CEP: 70.054-906 Brasília DF Fone: 61 2030-1501 Fax: 2030-1529 www.mds.gov.br/sagi Secretário de Avaliação e Gestão da Informação Paulo de Martino Jannuzzi Secretária Adjunta Paula Montagner 2

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 1161 1219 1292 1327 1351 1376 1162 1437 1214 1516 1301 1342 1594 1363 1394 1506 1590 1681 APRESENTAÇÃO Este estudo técnico apresenta os principais resultados do Brasil e síntese de indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD de 2013, com ênfase em temas relevantes às ações e programas desenvolvidos pelo MDS, como rendimentos, desigualdade, escolaridade, trabalho infantil e mercado de trabalho. 1. A evolução dos rendimentos Em 2013, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 15 anos ou mais de idade ocupadas e com rendimento foi estimado em R$ 1.681,00, representando um incremento de 5,7% em relação ao verificado em 2012 (R$ 1.1590,00). Com relação aos rendimentos de todas as fontes, os resultados evidenciam que estes também se elevaram continuamente durante o período. O crescimento dos rendimentos de todas as fontes passou de R$1.516,00 em 2012 para R$1.594,00 em 2013, o que corresponde a um crescimento real de 5,1% no período. Gráfico 1 Rendimento médio mensal real, Brasil Rendimento de todas as fontes Rendimento de trabalho Quadro 1: Variação percentual dos rendimentos médios mensais Brasil Rendimento 2004/2005 2005/2006 2006/2007 2007/2008 2008/2009 2009/2011 2011/2012 2012/2013 Todas as fontes 5,0 6,0 2,7 1,8 1,9 4,4 5,5 5,1 De trabalho 4,5 7,2 3,2 1,6 2,3 8,0 5,6 5,7 Fonte: IBGE, IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2013. 3

1086 1263 1322 1148 1590 1681 1804 1903 1731 1872 1906 1992 Todas as Grandes Regiões apresentaram crescimento do rendimento médio mensal real de trabalho: Norte (4,7%), Nordeste (5,7%), Sudeste (5,5%), Sul (8,1%) e Centro-Oeste (4,5%). Em 2013, estes valores foram estimados, respectivamente, em R$1.322,00, R$1.148,00, R$1.903,00, R$1.872,00 e R$1.992,00. Gráfico 2 Rendimento médio mensal real de trabalho segundo grandes regiões, Brasil 2012 2013 Variação percentual 8,1% 5,7% 4,7% 5,7% 5,5% 4,5% Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 2. Desigualdade A variação do Índice de Gini1, que caía desde 2004, de 2012 para 2013 apresentou estagnação no que se refere aos rendimentos de todas as fontes (de 0,505 em ambos os anos) e aumento no que diz respeito ao rendimento domiciliar com variação de 0,001, e de 0,002 no referente aos rendimentos de trabalho. 1 A medida do grau de concentração de rendimento com variação de 0 (perfeita igualdade) a 1 (desigualdade total). 4

Gráfico 3 Variação do Índice de Gini segundo os rendimentos de todas as fontes, Brasil Gráfico 4 Variação do Índice de Gini segundo os rendimentos domiciliares, Brasil Domiciliar 0,540 0,530 0,520 0,510 0,500 0,535 0,532 0,528 0,521 0,513 0,509 0,501 0,499 0,500 0,490 0,480 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 Quando comparados os Índices de Gini por grandes regiões entre 2012 e 2013, observa-se que, independentemente do tipo de rendimento a que se refere, os Índices aumentaram nas regiões Sul e Sudeste, com variações entre 0,004 e 0,002. A região Centro- Oeste apresentou maiores quedas nos índices no referente aos rendimentos de todas as fontes, 0,004 (maior variação para menos registrada entre o período analisado) e no que se refere aos rendimentos domiciliares, queda de 0,003. Na mesma região, o Índice de Gini referente aos rendimentos de trabalho permaneceu o mesmo do ano de 2012 0,505. Destaca- 5

se que a região Norte apresentou decréscimo no Índice no que se refere aos rendimentos de todas as fontes, passando de 0,486 para 0,484. Quadro 2: Variação do Índice de Gini por grandes regiões, Brasil Rendimento Ano Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste De todas as fontes 2012 0,486 0,510 0,485 0,465 0,523 2013 0,484 0,510 0,488 0,463 0,519 De trabalho 2012 0,473 0,521 0,476 0,458 0,505 2013 0,475 0,523 0,480 0,457 0,505 Domiciliar 2012 0,477 0,505 0,480 0,455 0,513 2013 0,478 0,507 0,483 0,456 0,510 3. Mercado de Trabalho A população em idade ativa em 2013 foi estimada em 156,6 milhões de pessoas. Desses 102,6 milhões de pessoas representavam a população economicamente ativa, ou seja, as pessoas ocupadas e aquelas não ocupadas e que estavam procurando trabalho, e 54,1 milhões representavam a população não economicamente ativa. Em relação às pessoas desocupadas houve um crescimento de 7,2% em relação ao ano anterior. Já na categoria ocupadas, o crescimento registrado foi de 0,6%. Foi na região Norte que houve queda na variação de 0,8% entre os anos de 2012 e 2013 e nas regiões Nordeste e Sul altas acima da média: 1,2% e 0,9%, respectivamente. 6

Quadro 3: Distribuição da população em idade ativa, Brasil 2012 (em milhões) 2013 (em milhões) Var (%) Total 154,1 156,6 1,6 Ocupadas 95,3 95,9 0,6 Desocupadas 6,2 6,7 7,2 Não economicamente ativas 52,6 54,1 2,9 Na distribuição da população ocupada segundo o nível de instrução, predominaram os ocupados com ensino fundamental incompleto ou equivalente (25,7%) e os com ensino médio completo ou equivalente (30,4%). Segundo as atividades, 46% dos ocupados atuavam no agrupamento de serviços, o que representou um crescimento de 2,5% quando comparado ao ano de 2012. A maior expansão foi na atividade da construção que respondeu por 9,2% da população ocupada, com um crescimento de 5,9%. Quadro 4: Distribuição da população ocupada segundo os grupamentos de atividade, Brasil Grupamento de atividades Agrícola Indústria Construção Comércio e reparação Serviços Distribuição (100%) 13,4 13,5 9,2 17,9 46,0 PO (em milhões) 12,8 12,9 8,8 17,1 44,1 Variação % 2012-2013 -5,4-3,5 5,9 1,1 2,5 O rendimento médio real do trabalho continua apresentando crescimento em todas as categorias. O crescimento mais expressivo em termos percentuais foi verificado na categoria Outros sem carteira de trabalho assinada, correspondendo a 10,2% de aumento no rendimento médio. Por outro lado, o rendimento médio entre Militares e servidores públicos estatutários foi o que menos cresceu em termos percentuais, aumentando apenas 0,9% no período considerado. 7

Gráfico 5 Evolução do rendimento do trabalho por categoria, Brasil Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2012. A taxa de desocupação, que vinha caindo gradativamente ao longo da última década apresentou um aumento em relação à taxa do ano de 2012 de 6,1% para 6,5% em 2013. A menor taxa de desocupação foi observada na região Sul, 4,0%, e na região Nordeste, a maior, 8,0%. A maior variação frente a 2012 ocorreu na região Norte, onde esse indicador cresceu 1,0 ponto percentual, atingindo 7,3% em 2013. Gráfico 6 Evolução da taxa de desocupação (%), Brasil * Brasil menos a área rural dos estados de Roraima, Rondônia, Acre, Amazonas, Pará, Amapá Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2012. 8

Gráfico 7 Evolução da taxa de desocupação segundo Grandes Regiões (%), Brasil Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 2012. 4. Trabalho Infantil Aproximadamente 438 mil crianças deixaram de realizar atividades laborais no Brasil, ao se comparar os dados de 2012 aos de 2013. Na faixa de 5 a 17 anos, a população ocupada caiu cerca de 12,3% entre 2012 e 2013. Quando analisadas as faixas etárias, o grupo de 10 a 13 anos apresentou a maior redução, pouco mais de 10,8%. O grupo de 14 ou 15 anos apresentou queda de 10,6% de um ano para outro e o grupo de 16 ou 17 anos apresentou variação de 12,7%. A maior variação foi na faixa etária de 5 a 9 anos que demonstra que 29,2% de crianças desta faixa deixaram de trabalhar de 2012 a 2013. 9

82 58 479 428 886 792 2.120 1.852 3.130 3.568 Gráfico 8 Quantitativo de crianças/jovens em situação de trabalho, por faixa etária, Brasil 2012 2013 5 a 17 anos 5 a 9 anos 10 a 13 anos 14 ou 15 anos 16 ou 17 anos O nível de ocupação das crianças e jovens entre 5 e 17 anos apresentou queda de 8,4% em 2012 para 7,4% em 2013. Quando comparados por grande região também houve queda para o mesmo período. As regiões que apresentaram a maior redução em pontos percentuais nesta faixa foram as regiões Norte e Sul, 1,4 p.p e 1,3 p.p, respectivamente. As regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste apresentaram decréscimo no nível de ocupação entre crianças e jovens 1,0 p.p., 0,9 p.p. e 0,7 p.p., respectivamente. 10

Gráfico 9 Crianças/jovens de 5 a 17 anos em situação de trabalho, Brasil e Grandes Regiões 2012 2013 8,4 7,4 9,6 9,0 8,2 8,0 6,8 6,1 10,4 9,1 8,5 7,6 Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 5. Alfabetização Apesar do aumento de 0,1% entre os anos de 2011 e 2012, a taxa de analfabetismo voltou a decrescer seguindo o observado nos anos anteriores. Entre 2012 e 2013 houve uma redução de 0,4% na taxa de analfabetismo em pessoas com mais de 15 anos. De acordo com o quadro abaixo. Brasil Quadro 5: Evolução da taxa de analfabetismo, Brasil 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013 11,4 11,1 10,4 10,1 10 9,7 8,6 8,7 8,3 Quando comparadas as grandes regiões, observa-se decréscimo na taxa de analfabetismos nos quadriênios de 2004 a 2008 e de 2008 a 2012. No período de 2012 a 2013 também é observado decréscimo em todas as grandes regiões. As regiões Nordeste e Norte apresentaram os maiores decréscimos (0,6 p.p e 0,5 p.p. respectivamente). As regiões Sudeste e Centro-Oeste apresentaram o mesmo decréscimo (0,2 p.p.) e a região Sul o menor decréscimo (0,1 p.p.). 11

Gráfico 10 Taxa de analfabetismo, Brasil e Grandes Regiões Em 2013, o número médio de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade no Brasil aumentou, passando da média de 7,5 anos para 7,7 anos de estudos. Houve uma leve melhora na média de anos estudados para as pessoas residentes em todas as grandes regiões. Entre os anos de 2012 e 2013 a maior variação na média de anos estudados foi apresentada nas regiões Nordeste e Sul - 0,2 anos a mais. As regiões Norte, Sudeste e Centro-Oeste apresentaram variação de 0,1 anos a mais na média quando em comparação com o ano anterior dentro deste recorte etário. Vale ressaltar que quando comparados os sexos, as mulheres apresentam maior média de anos estudados em todas as grandes regiões em ambos os anos do período em análise. Destaque-se a região Nordeste em que a diferença da média de anos estudados entre homens e mulheres, nos dois anos, foi de 0,8 anos, a maior diferença comparativa entre os sexos. Já na região Norte essa diferença aumentou em 2013, passando de 0,6 anos na comparação entre homens e mulheres em 2012 para 0,8 anos na média de anos de estudos das mulheres. 12

Quadro 6: Número médio de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade segundo grandes regiões, Brasil Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste 2012 Homem 7,3 6,6 6,0 8,1 7,7 7,6 Mulher 7,7 7,2 6,8 8,2 7,9 8,2 Total 7,5 6,9 6,4 8,2 7,8 7,9 2013 Homem 7,4 6,6 6,2 8,2 7,9 7,7 Mulher 7,9 7,4 7,0 8,4 8,2 8,3 Total 7,7 7,0 6,6 8,3 8,1 8,0 No que se refere à taxa de escolarização, ou seja, percentual de estudantes do grupo etário sobre o total de pessoas do mesmo grupo, no comparativo entre os anos de 2012 e 2013, de maneira geral apresentou pouca variação percentual de estudantes nas faixas etárias analisadas. Destaca-se com a maior variação a faixa etária entre 4 e 5 anos na região Norte, com aumento de 2,9 pontos percentuais. Os únicos decréscimos registrados foram nas regiões Centro-Oeste e Nordeste onde se apresentou uma diferença de 1,2 p.p. e 0,1 p.p respectivamente na faixa etária entre 15 e 17 anos. A menor variação entre 2012 e 2013 foi apresentada na faixa etária entre 6 e 14 anos que atinge 98,4% no Brasil e tem o menor percentual na região Norte 97,1%. 13

Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Gráfico 11 Taxa de escolarização segundo faixa etária Brasil e Regiões 4 a 5 anos 70,6 72,1 6 a 14 anos 98,0 98,4 15 a 17 anos 84,5 83,7 4 a 5 anos 71,0 72,9 6 a 14 anos 98,3 98,5 15 a 17 anos 4 a 5 anos 81,7 82,9 82,0 84,9 6 a 14 anos 98,7 99,0 15 a 17 anos 4 a 5 anos 85,8 86,0 84,0 86,9 2012 2013 6 a 14 anos 98,2 98,1 15 a 17 anos 83,2 83,1 4 a 5 anos 63,0 67,9 6 a 14 anos 96,9 97,1 15 a 17 anos 4 a 5 anos 84,1 84,1 78,2 81,2 6 a 14 anos 98,3 98,4 15 a 17 anos 84,2 84,3 0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 6. Acesso a Bens e Serviços O número de domicílios particulares permanentes no País, em 2013, foi estimado em 65,1 milhões, o que representou um crescimento de 2,1% em relação ao ano anterior, sendo equivalente a um aumento de 1,3 milhão de domicílios. Com relação à disponibilidade de esgotamento sanitário nos domicílios, de 2012 para 2013 houve aumento de 1,8%, passando para 59%. Já o percentual de domicílios atendidos por coleta de lixo subiu 0,9%, atingindo o patamar de 89,7% dos domicílios brasileiros. 14

Gráfico 12 Evolução do acesso a serviços urbanos Brasil Evolução do Acesso a Serviços urbanos Brasil 2012 e 2013 2012 2013 Variação 99,5% 99,6% 85,4% 85,3% 88,8% 89,7% 57,2% 59,0% -0,1% 1,8% 0,9% 0,1% Abastecimento de água Esgotamento sanitário Coleta de lixo Iluminação elétrica No que se refere ao acesso a bens e a serviços por parte da população de mais baixa renda, os dados da PNAD 2013 mostram que nos domicílios com renda de até um salário mínimo a existência de iluminação elétrica esteve em 98,4%, percentual muito próximo ao da população total, em 99,6%. Além disso, a existência de geladeira, telefone e do serviço de coleta de lixo aumentaram de 2012 para 2013. Apenas o serviço de abastecimento de água apresentou queda no período analisado. 15

Gráfico 13 Evolução do acesso a serviços urbanos Brasil Geladeira Telefone Iluminação elétrica Coleta de lixo Renda até 1 sm em 2013 Renda até 1 sm em 2012 Total 2013 Total 2012 Abastecimento de água 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 90,0 100,0 No caso da região Nordeste, o maior aumento identificado no período, com relação à evolução da existência de bens nos domicílios foi no percentual de microcomputadores, passando a estar presentes em 32,7% dos domicílios nordestinos, o que representa variação de 3,3%. A existência de telefone e apenas de telefone celular também apresentaram aumento, variando 2,5% e 3,1%, respectivamente nos domicílios da região. 16

25,9% 27,8% 50,4% 49,8% 75,6% 71,9% 74,2% 71,0% 97,5% 97,6% 93,1% 94,5% 95,8% 96,0% 29,4% 25,3% 21,3% 32,7% 28,0% 22,8% 25,4% 26,5% 65,0% 68,1% 84,3% 86,8% Gráfico 14 Evolução do acesso a bens na Região Nordeste 2,5% 3,1% 3,3% 2,7% 1,5% 1,1% Telefone Somente celular MicrocomputadorMicrocomputador com acesso à internet Carro Motocicleta 2012 2013 Variação Ainda no que se refere à evolução do acesso a bens por parte dos domicílios da região Nordeste, merece destaque o aumento na existência de máquina de lavar roupa, que subiu 1,9%, passando a estar presente em 27,9% dos domicílios. Também identificou-se aumento na existência de geladeira, que variou 1,4%, cobrindo 94,5% dos domicílios nordestinos. Gráfico 14a Evolução do acesso a bens na Região Nordeste 0,1% -0,6% 1,4% 1,9% -3,7% 0,2% -3,2% Fogão Filtro de água Geladeira Máquina de lavar roupa Rádio Televisão DVD 2012 2013 Variação 17

7. Considerações Finais Divulgada anualmente, a PNAD traz um amplo levantamento de informações sobre características domiciliares em relação a acesso a bens e serviços, educação, mercado de trabalho e rendimentos. Em 2013, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos das pessoas de 15 anos ou mais de idade ocupadas e com rendimento foi estimado em R$ 1.681,00. Na distribuição da população ocupada, a maior expansão foi na atividade da construção e a maior concentração no agrupamento de serviços. Sobre a desigualdade de rendimento, a despeito da queda continuada do Índice de Gini ao longo dos últimos anos, entre 2012 e 2013 não houve alteração do índice nos rendimentos de todas as fontes. A taxa de desocupação, que vinha caindo gradativamente ao longo da última década, apresentou um aumento em relação à taxa do ano anterior. A menor taxa de desocupação foi observada na Região Sul e a maior na Região Nordeste. No que tange ao trabalho infantil, entre 2012 e 2013 verificou-se que quase 500 mil crianças deixaram de trabalhar, o que representa queda de 12,3%. Os resultados da PNAD mostram que a faixa etária de 5 a 9 anos apresentou a maior redução no período, de 29,2%. Com relação à educação, em 2013 a taxa de analfabetismo voltou a decrescer, e o número médio de anos de estudo das pessoas de 25 anos ou mais de idade foi de 7,7 anos, apresentando leve aumento em relação ao ano anterior. Quando comparados os sexos, as mulheres apresentam maior média de anos estudados em todas as grandes regiões tanto em 2012, quanto em 2013. Em 2013, o número de domicílios particulares permanentes no País foi estimado em 65,1 milhões, o que representou um crescimento de 2,1% em relação ao ano anterior, sendo equivalente a um incremento de 1,3 milhão de domicílios. 59% dos domicílios brasileiros tinham acesso a esgotamento sanitário e 89,7% a coleta de lixo. No caso da região Nordeste, o maior aumento identificado no período, com relação à evolução da existência de bens nos domicílios foi no percentual de microcomputadores, passando a estar presentes em 32,7% dos domicílios da região. 18