REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS COMPORTAMENTAIS (NEC) DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS



Documentos relacionados
REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA EM SERES HUMANOS DA FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS CEPh/FACTO

Regulamento Institucional

DECRETO Nº 239/2015. Aprova o Regimento Interno do Conselho Municipal de Anti Drogas (COMAD) de Gramado.

Regimento da Comissão Interna de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico- Administrativos em Educação

PROPOSIÇÕES COMPARADAS REGIMENTO INTERNO - CERHI-RJ

Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ Câmpus Curitiba COORDENAÇÃO DE TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO REGULAMENTO INTERNO -

PORTARIA N.º 1.900, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2013.

SECRETARIA DE ÓRGÃOS COLEGIADOS RESOLUÇÃO Nº 1/2008

RESOLUÇÃO Nº 12/2005, DE 26/09/2005.

REGIMENTO INTERNO DA NATUREZA E FINALIDADE

Senado Federal Subsecretaria de Informações DECRETO Nº 2.794, DE 1º DE OUTUBRO DE 1998

CAPÍTULO I OBJETIVOS

REGIMENTO INTERNO DOCONSELHO CONSULTIVO DO OBSERVATÓRIO DE ANÁLISE POLÍTICA EM SAÚDE

FACULDADE PRESBITERIANA MACKENZIE RIO MANTIDA PELO INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE

C I R C U L A R C Ó D I G O N Ú M E R O D A T A 012/2018 MTR /06/2018 FUNDO DE MARINHA MERCANTE A S S U N T O

CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS E COMPETÊNCIAS

REGIUS SOCIEDADE CIVIL DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. Regimento Interno do Comitê de Gestão de Riscos

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS REGULAMENTO DO PROGRAMA BOLSA DE COMPLEMENTAÇÃO EDUCACIONAL CAPÍTULO I NATUREZA E FINALIDADE

C I R C U L A R C Ó D I G O N Ú M E R O D A T A 001/2016 MTR /03/2016 MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES/SECRETARIA ESPECIAL DE PORTOS

MINISTERIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA CONSELHO SUPERIOR RESOLUÇÃO N 143, DE 02 DE OUTUBRO DE 2015.

REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO ESTADUAL JUDICIÁRIA DE ADOÇÃO DE PERNAMBUCO CEJA/PE DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

CONSIDERANDO o disposto na subseção VII da seção III do capítulo V do Título V do Decreto nº de 08 de março de 1979;

NÚCLEO DE MISSÕES E CRESCIMENTO DE IGREJA FACULDADE ADVENTISTA DE TEOLOGIA (FAT) UNASP REGULAMENTO

FACULDADE MACHADO DE ASSIS PORTARIA N 1.190, DE 16 DE OUTUBRO DE 1998

REGULAMENTO DOS COLEGIADOS DOS CURSOS SUPERIORES DO IFRS CAMPUS CANOAS CAPÍTULO I DO CONCEITO

PROPOSTA DE REGIMENTO DA COMISSÃO DE BIOSSEGURANÇA DAS FACULDADES INTEGRADAS DO VALE DO IGUAÇU UNIGUAÇU CAPÍTULO I DA NATUREZA E FINALIDADES

REGULAMENTO Orçamento Participativo de Águeda

CÂMARA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EFLCH - UNIFESP REGULAMENTO

CAPÍTULO I DA NATUREZA E DOS OBJETIVOS

Regimento Interno do Comitê de Inovação:

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE PORTARIA N 177, DE 30 DE MAIO DE 2011

PORTARIA MEC Nº 382, DE 07 DE MAIO DE 2013

REGIMENTO INTERNO DA DIRETORIA EXECUTIVA PREVI NOVARTIS - SOCIEDADE DE PREVIDÊNCIA PRIVADA CAPÍTULO I - DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

MINISTERIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA CONSELHO SUPERIOR RESOLUÇÃO N 128, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011.

Portaria MMA nº 113, de (Ministério do Meio Ambiente)

Norma CNEN para. Concessão de Bolsas no País

RESOLUÇÃO CD Nº 14/2013

REGULAMENTO GERAL DO COLEGIADO DO CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA QUÍMICA CAPÍTULO I DA NATUREZA E COMPOSIÇÃO

REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE PESSOAS E REMUNERAÇÃO CAPÍTULO I DO COMITÊ DE PESSOAS E REMUNERAÇÃO

REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO DELIBERATIVO PREVI NOVARTIS - SOCIEDADE DE PREVIDÊNCIA PRIVADA CAPÍTULO I - DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO 2015

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA CONSELHO ACADÊMICO DE PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO Nº 03/2014

MINUTA ESTATUTO DO CENTRO DE APOIO SOCIAL AO ALUNO - CASA ESTATUTO

ESTATUTOS DA FUNDAÇÃO DOS LIONS DE PORTUGAL (Despacho da Presidência Conselho de Ministros de )

RESOLUÇÃO CONSUP Nº 53, DE 24 DE OUTUBRO DE 2016

Faculdade Monteiro Lobato

POLÍTICA DE NEGOCIAÇÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS DE EMISSÃO MRV ENGENHARIA E PARTICIPAÇÕES S.A.

REGULAMENTO DO PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA. Faculdade de Direito de Alta Floresta - FADAF

RESOLUÇÃO DO CONSELHO DffiETOR. RESOLUÇÃO No 076/04 de 30/11/2004

Considerando a Lei Municipal nº 495, de 27 de novembro de 1991, que criou o Fundo de Aposentadoria e Pensões FAPEN, resolve:

Conselho Municipal de Meio Ambiente CONSEMAC Câmara Setorial Permanente de Educação Ambiental CSPEA Parecer 03/2013 Março 2013

REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE PESSOAS E REMUNERAÇÃO CAPÍTULO I DO COMITÊ DE PESSOAS E REMUNERAÇÃO

REGIMENTO DA REVISTA DIÁLOGO EDUCACIONAL

Institui, na forma do art. 43 da Constituição Federal, a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia SUDAM, estabelece a sua composição, natureza

RESOLUÇÃO CONSUN 2/2008 APROVA O REGULAMENTO DO INSTITUTO DE FILOSOFIA SÃO BOA VENTURA IFSB DO CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO DO PARANÁ UNIFAE.

Regimento Interno do Comitê de Investimentos

EMPRESAS

REGIMENTO INTERNO DA DIRETORIA EXECUTIVA

CAPÍTULO I DA CARACTERIZAÇÃO, DOS INSTRUMENTOS LEGAIS, DOS OBJETIVOS E PRINCÍPIOS

COMPANHIA ESPÍRITO SANTENSE DE SANEAMENTO CESAN

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS UNIFIMES POLÍTICA DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU STRICTO SENSU

REGULAMENTO DO COLEGIADO DO CURSO DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO - FMB REGULAMENTO DO COLEGIADO DO CURSO DE TECNOLOGIA EM AGRONEGÓCIO

REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA DA FACULDADE ASSIS GURGACZ CAPÍTULO I DOS PRINCÍPIOS E FINS

REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE NOVAÇÃO DE FIBRIA CELULOSE S.A. CAPÍTULO I DO COMITÊ DE INOVAÇÃO

REGIMENTO DAS CÂMARAS TÉCNICAS DO IBAPE/SP APROVADO EM ASSEMBLEIA EM 11/06/2013

NORMATIZAÇÃO DE ESTÁGIO DOS CURSOS DE LICENCIATURA

RESOLUÇÕES DA COMISSÃO DE ÉTICA PÚBLICA

REGIMENTO INTERNO DA DIRETORIA EXECUTIVA RECKITTPREV RECKITT BENCKISER SOCIEDADE PREVIDENCIÁRIA CAPÍTULO I - DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

Código ANBIMA de Regulação e Melhores Práticas. Novo Mercado de. Renda Fixa

Regulamento da Comissão Interna de Biossegurança Cibio-Ucb

RESOLUÇÃO CONSEPE/UFERSA Nº 007/2010, de 19 de agosto de 2010.

REGULAMENTO DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ENFERMAGEM

RESOLUÇÃO CONSUP Nº 51, DE 23 DE DEZEMBRO DE 2015.

PORTARIA INTERMINISTERIAL No , DE 11 DE NOVEMBRO DE 2010

REGULAMENTO NEABIs IFRS

ESTATUTO DO GRUPO JOVENS PROMOTORES DA VIDA

CAPÍTULO II - DA REALIZAÇÃO

REGIMENTO DO COMITÊ DE ÉTICA NA EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL DA UNIVERSIDADE DE UBERABA (Aprovado pelo CEEA / UNIUBE em 28/03/2012) Capítulo I Do Comitê

LEI MUNICIPAL Nº 327/2014 DE 23 DE JUNHO DE 2014

REGIMENTO INTERNO DA COMISSÃO NACIONAL DE AUXILIARES E TÉCNICOS DE ENFERMAGEM CONATENF CAPÍTULO I DA NATUREZA, FINALIDADE, FUNCIONALIDADE E FORO.

Regimento Interno do Comitê de Remuneração COMITÊ DE REMUNERAÇÃO DO IRB-BRASIL RESSEGUROS S.A.

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO NORMAS DE PARTICIPAÇÃO. Capítulo I Disposições gerais

Regimento Interno do Comitê de Gestão de Riscos COMITÊ DE GESTÃO DE RISCOS DO IRB BRASIL RESSEGUROS S.A.

RESOLUÇÃO Nº 01/2017. O COLEGIADO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUIVOLOGIA DIURNO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA, no uso de suas atribuições resolve:

PORTARIA Nº 103, DE 22 DE MARÇO DE 2018

REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE FINANÇAS DE FIBRIA CELULOSE S.A. CAPÍTULO I DO COMITÊ DE FINANÇAS


Art. 1º A força de trabalho militar na Administração Central do Ministério da Defesa é composta de:

Regimento do Comitê de Tecnologia da Informação CTI

Preâmbulo. Objetivos. Metodologia

Transcrição:

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS COMPORTAMENTAIS (NEC) DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS Em reunião de 05 de setembro de 2014, o Núcleo de Estudos Comportamentais (NEC), autorizado pelo disposto no inciso VI da Deliberação CVM nº 720, de 25 de abril de 2014 1, aprovou as regras de seu funcionamento e condução dos trabalhos, organizadas no presente regulamento. DO NÚCLEO Art. 1º O Núcleo de Estudos Comportamentais ( NEC ) é um comitê independente, formado por especialistas em ciências sociais e comportamentais nas áreas de interesse da CVM, com o objetivo de oferecer aconselhamento científico quanto a políticas de educação da Autarquia, nos termos do inciso I da Deliberação CVM nº 720/14 2, e de orientar o desenvolvimento de atividades relacionadas no inciso II da mencionada Deliberação 3. Parágrafo único. O NEC poderá identificar e sugerir à CVM áreas onde a pesquisa e a inovação possam contribuir para o desempenho de seus mandatos legais, além de encaminhar proposições ao Colegiado da CVM. Art. 2º Os membros titulares do NEC devem ter vinculação acadêmica 4 e atuação nas áreas de interesse da CVM. 1 VI o Núcleo, sob a coordenação da SOI, deliberará acerca do seu funcionamento e da condução de seus trabalhos, dos quais poderão resultar propostas a serem encaminhadas ao Colegiado da CVM; 2 I criar, no âmbito da Superintendência de Proteção e Orientação aos Investidores (SOI), o Núcleo de Estudos Comportamentais ( Núcleo ), com o objetivo de oferecer reflexões, sugestões, críticas, recomendações e subsídios técnicos, baseadas em evidências e conhecimentos de economia comportamental, neurociências, pedagogia e psicologia econômica, social e cognitiva, entre outros, que contribuam para o aprimoramento da eficiência e efetividade das políticas de educação, incluindo informação e orientação, ao investidor; 3 II o Núcleo orientará a CVM, especificamente, no desenvolvimento das seguintes atividades: a) desenvolver intervenções de natureza educacional, inclusive sob a forma de projetos-piloto, que contribuam para estimular comportamentos financeiros que favoreçam a formação de poupança de longo prazo e a tomada de decisão de investimento consciente e bem informada; b) desenvolver indicadores capazes de inferir mudanças em percepções, sentimentos, emoções, atitudes e comportamentos relacionados ao mundo financeiro para utilização em avaliações de impacto; c) desenvolver estudos e pesquisas aplicadas no campo da formação de poupança de longo prazo e investimento; d) utilizar ou testar métodos e técnicas de diferentes áreas do conhecimento, a fim de avaliar e desenvolver metodologias adequadas para a educação dos investidores; e) ouvir de forma qualificada o público para melhor definir suas características e necessidades de proteção e educação, delimitando os problemas previamente à proposição de soluções; f) favorecer a utilização de novas plataformas eletrônicas e de meios de comunicação para ampliar o acesso aos debates, alcançando indivíduos e organizações não normalmente envolvidas; g) estimular a colaboração entre diferentes especialistas nas fases iniciais do processo de desenho de intervenções para assegurar sua implantação de forma bem sucedida; h) gerar sumários de evidências colhidas em iniciativas próprias e a partir da experiência de terceiros; e i) divulgar conclusões e respectivas bases de dados para análises de outros pesquisadores; 4 III o Núcleo será constituído por especialistas em ciências sociais e comportamentais convidados pela CVM, os quais deverão ter vinculação com a atividade acadêmica; 1

1º Os membros titulares assumem o compromisso de contribuir para os trabalhos do NEC pelo período de 2 anos, contados do início de sua participação. 2º Sendo uma participação voluntária e não remunerada, o membro do NEC poderá se desligar a qualquer momento, bastando comunicar seu desligamento à SOI, por carta ou mensagem eletrônica. Art. 2º A CVM, ouvidos os membros titulares do NEC, poderá convidar especialistas e entidades representativas da sociedade para participarem das reuniões presenciais e contribuírem para seus objetivos, na condição de membros auxiliares, nos termos do inciso V da Deliberação CVM nº 720/14 5. Parágrafo único. A contribuição referida no caput poderá envolver o acompanhamento e a participação em projeto de intervenção, estudo, pesquisa ou outra iniciativa promovida pela CVM. Art. 3º Além da participação definida no art. 2º, os membros do NEC buscarão estimular a colaboração voluntária com pesquisadores, especialistas e instituições de ensino e pesquisa, no Brasil e exterior, podendo propor à CVM: I a articulação institucional outros institutos de ensino ou pesquisa, no Brasil ou no exterior; II a utilização de meios tecnológicos para colaboração entre especialistas, por meio de páginas na Internet, de mídias sociais ou de grupos ou comunidades eletrônicas de discussão de temas de interesse; e III a organização de eventos de divulgação científica e intercâmbio de informações, como conferências e seminários, ou para discussão entre especialistas, como oficinas. DA COORDENAÇÃO DO NEC Art. 4º O Comitê será coordenado pela Superintendência de Proteção e Orientação aos Investidores (SOI), cabendo-lhe: I - a responsabilidade principal pelo seu funcionamento e pela adoção das medidas necessárias à consecução dos seus objetivos; e II - prover os recursos humanos e materiais necessários ao funcionamento do NEC. 5 V - o Núcleo poderá convidar, para participar de suas reuniões, pessoas ou entidades representativas da sociedade que contribuam para a consecução de seus objetivos, bem como propor ao Colegiado da CVM alterações no rol de integrantes estabelecido no inciso III; 2

Parágrafo único. Caberá à Coordenação de Estudos Comportamentais e Pesquisa, da Superintendência de Proteção e Orientação aos Investidores, secretariar as reuniões do NEC. DAS REUNIÕES Art. 5º O NEC realizará uma reunião a cada trimestre, convocadas pela CVM com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, segundo calendário anual distribuído previamente. Parágrafo único. Os membros titulares devem comparecer a pelo menos 3 (três) reuniões ordinárias a cada ano. Art. 6º Reuniões extraordinárias serão convocadas pela CVM, por sua iniciativa ou a pedido de qualquer membro do NEC, mediante a concordância dos membros titulares do NEC. Art. 7º As reuniões, ordinárias ou extraordinárias, serão realizadas de forma presencial, na sede da CVM ou em uma de suas regionais, admitida a utilização de recursos de videoconferência. Parágrafo único. A CVM poderá prover, se necessário, os custos do deslocamento aéreo e de estadia dos membros para participarem das reuniões presenciais. Art. 8º O Presidente da CVM será convidado a participar de todas as reuniões do NEC. Art. 9º A pauta das reuniões, com eventual material de apoio, será distribuída pela SOI, podendo abranger propostas ou relatórios de intervenções, estudos e pesquisas. 1º As iniciativas da CVM serão levadas ao NEC antes de serem iniciadas ou, em caso de impossibilidade, serão relatadas na reunião subsequente. 2º Considerando o interesse no compartilhamento de informações, iniciativas dos integrantes do NEC ou das instituições as quais estejam vinculados, poderão ser submetidas à apreciação dos demais membros. DA ATUAÇÃO DOS MEMBROS DO NEC Art. 10. Os membros do NEC emitirão opiniões técnicas, de forma independente e livre de qualquer interferência. 1º As opiniões são individuais, independentemente da instituição acadêmica ou de outra ordem de origem, e não estarão circunscritas à área específica de atuação profissional. 3

2º Os membros do NEC opinarão sobre as diversas alternativas postas pela CVM e poderão oferecer novas opções à consideração da Autarquia. 3º A coordenação do NEC tomará providências para que todos os membros tenham a possibilidade de expressarem suas opiniões e que os diferentes pontos de vista sejam debatidos e sopesados. 4º As atas de reuniões deverão registrar, ainda que de forma sucinta, os diferentes pontos de vista debatidos, a decisão formulada e, quando aplicável, as questões onde não se logrou consenso. 5º Embora a opinião do NEC, por ter um caráter consultivo, não obrigue a CVM, ela será considerada e terá sua observância avaliada quando do desenho de intervenções, estudos e pesquisas. Art. 11. Os membros do NEC deverão preservar o sigilo das informações que, porventura, tomarem conhecimento em razão dos trabalhos do NEC, cabendo à CVM decidir sobre pedidos de acesso à informação ligadas a projetos de estudos e pesquisas. Art. 12. As declarações e entrevistas em nome do NEC serão da CVM, salvo se de outra forma for deliberado pela Autarquia. 1º Mediante indicação da CVM, o membro titular poderá atuar porta-voz ou representante de projetos, atividades ou assuntos específicos do NEC. 2º O disposto neste artigo não alcança declarações de natureza pessoal e individual de cada membro do NEC. DOS PRINCÍPIOS DE ATUAÇÃO Art. 13. A atuação dos membros do NEC será pautada pelos seguintes princípios: I - independência: os membros do NEC devem atuar de forma independente e livre de interferências, expressando suas opiniões em próprio nome, independentemente da instituição a qual estejam eventualmente vinculados; II - compromisso: não obstante se tratar de participação voluntária e não remunerada, os integrantes do NEC se comprometem a participar das reuniões plenárias e a contribuir ativamente com as discussões; III - interesse público: como integrantes de um comitê de natureza pública, a participação dos integrantes do NEC será orientada pelo interesse público; IV - integridade científica: em sua atuação no NEC, os membros observarão as boas práticas científicas, promovendo, também, a cultura de integridade ética na pesquisa, deliberando sobre sua: 4

a) concepção, proposição, realização e comunicação de resultados e autoria de pesquisa; b) conflito potencial de interesses; c) registro, conservação e acessibilidade de dados e informações; e d) avaliação pelos pares. Parágrafo único. O membro não poderá votar em situações que configurem potencial conflito de interesse, sem prejuízo de, informando a existência da situação, emitir sua opinião. Art. 14. Os casos omissos serão decididos, se urgentes, pela Superintendência de Proteção e Orientação aos Investidores, cabendo-lhe relatar a questão na primeira reunião ordinária subsequente. 5