Índice 3. Introdução 4. O que é Aedes aegypti? 5. Como o mosquito chegou até nós 6. Casos de dengue em Campinas 7. O que é o Chikungunya? 8. O que é e como surgiu o zika vírus 9. Sintomas 10. Diferença entre os sintomas da dengue, chikungunya e zika vírus 11. Transmissão das doenças 12. O zika vírus e a Microcefalia 13. Como é um bebê com microcefalia 14. O que a microcefalia pode causar 15. A epidemia causada pelo zika no Brasil 16. Casos de microcefalia em Campinas 17. Existe tratamento contra o Zika 18. Parâmetro do Ministério da Saúde para identificar a microcefalia 19. Gestantes - prevenção/proteção 20. Gestantes cuidados 21. Gestantes informações 22. Cuidados com o recém-nascido 23. Cuidados com o recém-nascido com microcefalia 24. Como se proteger do mosquito transmissor? 26. É preciso combater diariamente!
Introdução Responsável por transmitir a febre amarela, dengue, chikungunya e o zika vírus, o mosquito Aedes aegypti é perigoso e uma das principais ameaças à saúde, motivo de diversas epidemias tanto na Região Metropolitana de Campinas quanto no Brasil. Por isso, é preciso que você leitor, junto com toda a comunidade, além de conhecer os aspectos relacionados ao vírus, à transmissão, aos hábitos do Aedes aegypti, seus criadouros preferenciais, e medidas de prevenção para eliminá-los, precisa tomar atitudes que combatam diariamente o mosquito. Neste e-book vou falar como podemos combatê-lo e, também trago um resumo do que você precisa saber sobre a microcefalia. Espero que goste!
O que é o Aedes aegypti? Aedes aegypti é a nomenclatura para o mosquito que é popularmente conhecido como mosquito que transmite a dengue, chikungunya e o zika vírus. É uma espécie de mosquito da família Culicidae proveniente de África, atualmente distribuído por quase todo o mundo, especialmente em regiões tropicais e subtropicais, como o Brasil. A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus, e é transmitida através do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus.
Como o mosquito chegou até nós O Aedes aegypti no Brasil
Casos de dengue em Campinas Segundo a vigilância, 2016 pode ser o quarto ano seguido de epidemia no município. Em Campinas foram 65.334 registros em 2015. Em 2014 foram cerca de 42 mil confirmações e em 2013 foram quase 7 mil. A preocupação aumenta também porque além da dengue, o Aedes aegypti transmite o zika vírus e chikungunya. Dados de Epidemia no Município de Campinas Ano 2013 2014 2015 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 Registros
O que é o Chikungunya?
O que é e como surgiu o zika vírus O zika vírus é uma doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue a chikungunya. A forma mais comum de ser infectado pelo vírus é sendo picado mosquito. Descoberto em 1947, o vírus zika foi nomeado a partir da floresta na qual foi descoberto, a Floresta de Zika, em Uganda. No entanto, nessa época, ele não atingia o ser humano, mas, sim, os macacos na região. Até 2007, somente 14 casos de humanos com a doença haviam sido constatados na África e na Ásia. Mas em maio de 2015, a Organização de Saúde Panamericana divulgou um alerta sobre os primeiros casos de transmissão do vírus no Brasil.
Sintomas Mais de 80% das pessoas que têm o vírus zika não apresentam sintomas. Mas a doença pode causar febre intermitente, dor de cabeça, cansaço, dores no corpo, manchas vermelhas na pela e conjuntivite. No entanto, novos sintomas ainda podem aparecer conforme o número de casos aumenta. Os sintomas desaparecem após um período de dois a sete dias.
Diferença entre os sintomas da dengue, chikungunya e zika vírus Segue abaixo as principais diferenças entre os sintomas das doenças que são transmitidas através do mosquito Aedes aegypti:
Transmissão das doenças A transmissão tanto da dengue, quanto da chikungunya e zika vírus se dá pela picada do mosquito Aedes aegypti. No entanto, a ciência já identificou evidências de transmissão do zika pelo leite materno, por saliva e pelo sêmen. O Ministério da Saúde, entretanto, reconhece somente o mosquito como vetor do vírus e diz que as demais formas de transmissão ainda requerem pesquisas. Os insetos se reproduzem em água parada, limpa ou suja, por isso é essencial que tenhamos cuidado com o ambiente onde vivemos.
O zika vírus e a Microcefalia A relação entre o vírus zika e o aumento de casos de bebês que nasceram com microcefalia no Brasil ainda é alvo de estudos científicos mais aprofundados. O número de recém-nascidos com a má-formação cerebral potencialmente ligada ao zika foi de 4.783 casos suspeitos de microcefalia no país desde outubro, mas 709 deles foram descartados, de acordo com dados do Ministério da Saúde.
Como é um bebê com microcefalia A microcefalia é diagnosticada quando o perímetro da cabeça é igual ou menor do que 32 cm (até este ano o Ministério da Saúde adotava 33 cm, mas a medida foi alterada de acordo com parâmetros da Organização Mundial da Saúde). Portanto, o esperado é que bebês tenham pelo menos 34 cm. Mas atenção: isso vale apenas para crianças nascidas a termo (com 9 meses de gravidez). No caso de prematuros, esses valores mudam e dependem da idade gestacional em que ocorre o parto.
O que a microcefalia pode causar A Universidade Federal de São Paulo identificou que ao menos 13 crianças com microcefalia ligada ao vírus zika em Salvador e Recife apresentam lesões oculares que podem ocasionar a cegueira. Além da cegueira a microcefalia pode causar: Atraso mental; Déficit intelectual; Paralisia; Convulsões; Epilepsia; Autismo; Rigidez dos músculos.
A epidemia causada pelo zika no Brasil A causa da epidemia, apontada pelo Ministério da Saúde, são infecções de grávidas ou futuras gestantes com o zika vírus. *Dados obtidos em 17/12/2015
Casos de microcefalia em Campinas Até o início de janeiro o número de crianças nascidas com a má-formação era 16. Apesar da preocupação, não foi estabelecida relação da microcefalia com o zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Os casos foram registrados a partir de outubro do ano passado e, em cinco deles, as gestantes são de cidades da região - quatro de Sumaré e uma de Hortolândia - mas deram à luz em Campinas.
Existe tratamento contra o Zika? O tratamento consiste em tomar remédios, sob orientação médica, para aliviar a dor, febre a outros sintomas que causem desconforto ao paciente além de muita hidratação. Após contrair a infecção pelo vírus, o organismo humano adquire imunidade contra o mesmo por toda a vida. É importante ressaltar que ainda não existe vacina contra o zika! Se suspeitar estar com o vírus, procure um médico para ser diagnosticado. Nunca utilize medicamentos por conta própria.
Parâmetro do Ministério da Saúde para identificar a microcefalia Todos os casos de crianças com microcefalia relacionada ao vírus Zika serão investigados. A mudança para o parâmetro do perímetro cefálico igual ou menor de 32 centímetros segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e é apoiada pela Sociedade Brasileira de Genética Médica e com o suporte da equipe do SIAT (Sistema Nacional de Informação sobre Agentes Teratogênicos). Cabe esclarecer que o Ministério da Saúde adotou a medida de 33 cm, que é totalmente normal para crianças que nascem após 37 semanas gestacionais, com o objetivo de compreender melhor a situação do aumento de casos de microcefalia. A partir da primeira triagem desses casos suspeitos, muitos dos diagnósticos realizados precocemente e preventivamente já foram descartados. Portanto, a nova medida visa agilizar os procedimentos clínicos, sem descuidar dos bebês que fizeram parte da primeira lista de casos notificados.
Gestantes - prevenção/proteção Cuidados com a saúde devem ser diários. No período da gravidez, essa atenção com a saúde deve ser redobrada principalmente porque ultimamente, a preocupação com o mosquito Aedes aegypti, que transmite a dengue, a febre chikungunya e também o vírus Zika, aumentou: Adoção de medidas que eliminem a presença de mosquitos transmissores de doenças e seus criadouros (retirar recipientes que tenham água parada e cobrir adequadamente locais de armazenamento de água); Proteção contra mosquitos, com portas e janelas fechadas ou teladas; Uso de calça e camisa de manga comprida e com cores claras; Denúncia de locais com focos do mosquito à prefeitura; Mosquiteiros proporcionam boa proteção pra aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos); Uso de repelentes indicados para gestantes;
Gestantes cuidados Busque uma Unidade Básica de Saúde para iniciar o pré-natal assim que descobrir a gravidez e compareça às consultas regularmente. Vá às consultas uma vez por mês até a 28ª semana de gravidez; a cada quinze dias entre a 28ª e a 36ª semana; e semanalmente do início da 36ª semana até o nascimento do bebê. Tome todas as vacinas indicadas para gestantes. Em caso de febre ou dor, procure um serviço de saúde. Não tome qualquer medicamento por conta própria.
Gestantes informações Se tiver dúvida, fale com o seu médico ou com um profi ssional de saúde. Relate ao seu médico qualquer sintoma ou medicamento usado durante a gestação. Leve sempre consigo a Caderneta da Gestante, pois nela consta todo seu histórico de gestação.
Cuidados com o recém-nascido Proteger o ambiente com telas em janelas e portas, e procurar manter o bebê com uso contínuo de roupas compridas calças e blusas. Manter o bebê em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis. A amamentação é indicada até o 2º ano de vida ou mais, sendo exclusiva nos primeiros 6 meses de vida. Caso se observem manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, procurar um serviço de saúde. Não dar ao bebê qualquer medicamento por conta própria. Informação Após o nascimento, o bebê será avaliado pelo profi ssional de saúde na maternidade. A medição da cabeça do bebê (perímetro cefálico) faz parte dessa avaliação. Além dos testes de Triagem Neonatal de Rotina (teste de orelhinha, teste do pezinho e teste do olhinho), poderão ser realizados outros exames. Leve seu bebê a uma Unidade Básica de Saúde para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento conforme o calendário de consulta de puericultura. Mantenha a vacinação em dia, de acordo com o calendário vacinal da Caderneta da Criança.
Cuidados com o recém-nascido com microcefalia Proteger o ambiente com telas em janelas e portas, e procurar manter o bebê com uso contínuo de roupas compridas calças e blusas. Manter o bebê em locais com telas de proteção, mosquiteiros ou outras barreiras disponíveis. A amamentação é indicada até o 2º ano de vida ou mais, sendo exclusiva nos primeiros 6 meses de vida. Caso se observem manchas vermelhas na pele, olhos avermelhados ou febre, procurar um serviço de saúde. Não dar ao bebê qualquer medicamento por conta própria. Leve seu bebê a uma Unidade Básica de Saúde para o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento conforme o calendário de consulta de puericultura. Mantenha a vacinação em dia, de acordo com o calendário vacinal da Caderneta da Criança. Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde www.saude.gov.br/bvs Informação Além do acompanhamento de rotina na Unidade Básica de Saúde, seu bebê precisa ser encaminhado para a estimulação precoce. Caso o bebê apresente alterações ou complicações (neurológicas, motoras ou respiratórias, entre outras), o acompanhamento por diferentes especialistas poderá ser necessário, a depender de cada caso.
Como se proteger do mosquito transmissor? 1) Mantenha sua casa e quintal em ordem: é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos nas suas casas e na vizinhança:
Como se proteger do mosquito transmissor? 2) Uso contínuo de repelentes: Para sua casa: coloque 5 ml de óleo essencial de citronela em 1 L de álcool 70% em uma embalagem com borrifador. Agite bem e passe em todos os cômodos; Para o corpo 500 ml (1/2 litro) de álcool líquido, 10 gramas de cravo-da-índia (1 pacotinho) e 100 ml de óleo corporal; Para crianças: 1 embalagem 150 ml do hidratante Proderm + 1 colher de óleo essencial de alfazema;
É preciso combater diariamente! Não se esqueçam: É preciso combater diariamente o mosquito!
Fontes http://combateaedes.saude.gov.br/ http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/janeiro/12/cartilha-informacoes-ao-publico-v2.pdf http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/estado/2016/01/05/campinas-esta-em-alerta-com-16-casos-demicrocefalia.htm