CONTRATO CONSTITUTIVO DE FUNDO DE PENSÕES



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Transcrição:

CONTRATO CONSTITUTIVO DE FUNDO DE PENSÕES FUNDO DE PENSÕES GESTNAVE Entre os abaixo assinados: 1. Como Primeira Contratante: ENI Electricidade Naval e Industrial, S.A., com o número único de matrícula na Conservatória do Registo Comercial de Almada e de Pessoa Colectiva 500098239 com o capital social de 998.000 Euros, com sede na Av. Aliança Povo MFA, Parque Tecnológico da Mutela, Edifício 3, 2804-537 Almada; e, 2. Como Segundas Contratantes: a) BPI Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., Pessoa Colectiva número 502.010.304, com o capital social de Euros 1.000.000, com sede na Rua Braamcamp, nº11 7º, em Lisboa, matriculada sob o número 68.748, na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, adiante designada apenas por "BPI Pensões" ou "Gestora Líder"; b) Futuro Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., Pessoa Colectiva número 501.965.963, com o capital social de Euros 2.566.800, com sede na Rua General Firmino Miguel, nº 5, 9ºB, em Lisboa, matriculada sob o número 68.098, na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, adiante designada apenas por "Futuro"; c) CGD Pensões Sociedade Gestora de Fundos de Pensões S.A., Pessoa Colectiva número 502.777.460, com o capital social de Euros 3.000.000, com sede na Avenida João XXI, nº63 2º, em Lisboa, matriculada sob o número 3.454, na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, adiante designada apenas por "Caixa"; d) Pensõesgere - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., com número de matrícula e de pessoa colectiva 503.455.229, com o capital social de Euros 1.200.000, com sede na Avª José Malhoa nº 27, em Lisboa, registada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa, 4ª Secção, adiante designada apenas por Pensõesgere ; é acordado proceder à alteração do Contrato Constitutivo do Fundo de Pensões Gestnave adiante designado apenas por Fundo, substituindo integralmente o contrato inicial e posteriores alterações nos termos da cláusulas seguintes, que reciprocamente aceitam e mutuamente se obrigam a cumprir: 1/12

CAPÍTULO I - (Disposições Gerais) Cláusula 1ª (Definições) Para efeitos do presente contrato entende-se por: FUNDO DE PENSÕES: o património exclusivamente afecto à realização do plano de pensões da Associada; ASSOCIADA: a entidade que, tendo subscrito o presente contrato, contribui para o Fundo e cujo plano de pensões é realizado ou complementado por este; PARTICIPANTES: as pessoas singulares em função de cujas circunstâncias pessoais e profissionais se definem os direitos consignados no plano de pensões; BENEFICIÁRIOS: as pessoas singulares com direito às prestações pecuniárias estabelecidas no plano de pensões, sejam ou não participantes; ENTIDADES GESTORAS: as entidades a quem compete a prática de todos os actos e operações necessárias ou convenientes à boa administração e gestão do Fundo; nos termos da legislação aplicável incumbirá à BPI PENSÕES - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A., a responsabilidade pelas funções de consolidação contabilística anual e de elaboração dos planos técnico-actuarial e financeiro, sucessivas reavaliações actuariais e relatório actuarial. PLANO DE PENSÕES: o programa que, no contrato constitutivo do Fundo, define as condições em que se constitui o direito ao recebimento de uma pensão, a título de pré-reforma, reforma por velhice, invalidez ou sobrevivência. Cláusula 2ª (Denominação do Fundo) O fundo de pensões, regulado pelo presente contrato, denomina-se Fundo de Pensões GESTNAVE e terá duração indeterminada. Cláusula 3ª (Identificação da Associada) A Associada do Fundo é a empresa ENI Electricidade Naval e Industrial, S.A., acima identificada. 2/12

CAPÍTULO II - (Plano de Pensões) Cláusula 4ª (Objecto do Fundo) Constitui objecto do Fundo ser o suporte financeiro das prestações de pré-reforma, reforma por velhice, reforma por invalidez e sobrevivência e das contribuições para a Segurança Social a cargo da Associada, durante o período de pré-reforma, de acordo com o plano de pensões definido na cláusula seguinte. Cláusula 5ª (Plano de Pensões) O Plano de Pensões resulta da aplicação do constante no Anexo ao presente contrato. Cláusula 6ª (Financiamento do Plano) O financiamento do plano de pensões fica totalmente a cargo da Associada, não existindo contribuições por parte dos participantes. Cláusula 7ª (Empréstimos aos Participantes) O Fundo não prevê a concessão de empréstimos aos Participantes ou Beneficiários. CAPÍTULO III - (Património e Administração) Cláusula 8ª (Património Inicial do Fundo) Constitui valor patrimonial inicial do Fundo a quantia de Esc: 7.000.000.000 realizada em dinheiro, pela Associada, na data da constituição do Fundo. Este valor inicial do Fundo é distribuído para gestão pelas diversas entidades gestoras acima identificadas nas seguintes proporções: BPI PENSÕES - Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. 50.00% FUTURO Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A. 18.75% Sociedade Gestora de Fundos de Pensões da Caixa Geral de Depósitos, S.A. 18.75% M REFORMA - Gestora de Fundos de Pensões, S.A. 12.50% 3/12

Cláusula 9ª (Administração do Fundo) A administração do Fundo reger-se-á pelo respectivo contrato de gestão celebrado, nos termos da legislação em vigor, entre a Associada e as Entidades Gestoras. Cláusula 10ª (Representação da Associada) A Associada será representada pelo órgão de gestão competente da ENI Electricidade Naval e Industrial, S.A, ou por quem este indicar no uso de poderes delegados. Cláusula 11ª (Mudança das Entidades Gestoras e do Banco Depositário) 1. Em caso de extinção de uma Entidade Gestora ou por rescisão ou denúncia do respectivo contrato de gestão, a Associada transferirá a gestão do Fundo da parte gerida por essa Entidade Gestora para outra(s) Entidade(s) Gestora(s), nos termos previstos no contrato de gestão e mediante prévia autorização do Instituto de Seguros de Portugal. 2. Qualquer das Entidades Gestoras poderá, com o prévio acordo da Associada, transferir o depósito dos valores e outros documentos do Fundo para outra instituição depositária. CAPÍTULO IV - (Liquidação do Fundo) Cláusula 12ª (Normas de Liquidação do Fundo) Em caso de extinção, por qualquer forma, da Associada, o património líquido global do Fundo será liquidado observando-se as seguintes disposições: a) O Fundo responderá, até ao limite da sua capacidade financeira e patrimonial, em primeiro lugar por todas as responsabilidades respeitantes aos beneficiários, reformados, pensionistas e pré-reformados e, em segundo lugar, pelos direitos dos participantes, sob condição suspensiva, às pensões em formação; b) Em caso de insuficiência financeira e patrimonial, manter-se-ão as prioridades definidas na alínea anterior, rateando-se os meios disponíveis pelos titulares dos direitos correspondentes; 4/12

c) Os activos correspondentes serão autonomizados e ser-lhes-á dado o destino que os liquidatários ou sucessores da Associada deliberarem, ouvidas as partes interessadas, e mediante prévio assentimento do Instituto de Seguros de Portugal. Cláusula 13ª (Dissolução do Fundo) 1. O Fundo dissolve-se, procedendo-se à respectiva liquidação nos termos da cláusula anterior, de acordo com o disposto na Lei e, designadamente: a) Pela realização do seu objecto ou por este se haver tornado impossível; b) Por acordo entre as partes, atentos os condicionalismos de ordem jurídica, social e económica, se tal for legal e contratualmente possível; c) Na falta de meios financeiros e patrimoniais que determine a impossibilidade de o Fundo garantir o cumprimento das respectivas obrigações. 2. A extinção do Fundo carece de prévia autorização do Instituto de Seguros de Portugal. CAPÍTULO V - (Disposições Finais) Cláusula 14ª (Alterações ao Contrato) Quaisquer alterações ao presente contrato dependem de autorização do Instituto de Seguros de Portugal. Cláusula 15ª (Arbitragem) 1. Todas as questões entre as partes titulares das relações jurídicas emergentes do presente contrato, quer de natureza contenciosa em sentido estrito, quer de qualquer outra natureza, decorrentes da interpretação, aplicação ou integração das respectivas disposições, incluindo a sua actualização ou revisão, serão obrigatoriamente dirimidos por recurso à arbitragem. 2. O tribunal arbitral será constituído por três árbitros, dois dos quais nomeados um por cada uma das partes e o terceiro, que presidirá, nomeado pelos primeiros. 3. Na falta de acordo para a nomeação do árbitro Presidente, este será designado pelo Bastonário da Ordem dos Advogados. 4. O tribunal arbitral decidirá segundo a equidade e sem recurso. 5/12

5. O tribunal arbitral funcionará na comarca de Lisboa, competindo aos árbitros definir as regras do respectivo processo, observando o disposto na Lei da arbitragem. 6. No omisso aplicar-se-á a lei da arbitragem em vigor ao tempo em que o tribunal arbitral for constituído. Feito em Lisboa, a 15 de Setembro de 2000, e alterado a 31 de Maio de 2008 com efeitos a partir de Junho de 2008, inclusive. 6/12

ANEXO CONTRATO CONSTITUTIVO DE FUNDO DE PENSÕES FUNDO DE PENSÕES GESTNAVE PLANO DE PENSÕES Cláusula 1ª (Objectivo) O presente documento regula um Plano de Pensões não contributivo, com a finalidade de proporcionar aos actuais reformados e pensionistas, com direito a receber um complemento de pensão por parte do Fundo, e aos actuais pré-reformados, pensões de pré-reforma, pensões de reforma por velhice ou por invalidez e, em caso de morte ocorrida durante o período da pré-reforma ou após a reforma, pensões de sobrevivência aos familiares elegíveis. Cláusula 2ª (Definições) BENEFICIÁRIO: todos os pré-reformados e reformados, bem como os respectivos familiares com direito a complementos de pensão de sobrevivência. IDADE DE PRÉ-REFORMA: a idade de pré-reforma é aos 55 anos desde que atinjam essa idade até 31 de Dezembro de 2007. IDADE NORMAL DE REFORMA: para os pré-reformados abrangidos pela Portaria 706/97, 60 anos de idade. DATA DE INVALIDEZ: é a data em que ao beneficiário pré-reformado for reconhecida, pelo sistema de Segurança Social, a situação de invalidez total e permanente, antes de atingida a idade de reforma. TEMPO DE SERVIÇO PENSIONÁVEL: tempo de serviço efectivo na ex-gestnave apurado desde a admissão no ex-grupo CUF, se for o caso, contado em anos e meses, sendo as fracções de cada mês arredondadas por excesso, incluindo todo o período de pré-reforma. SALÁRIO PENSIONÁVEL GESTNAVE: são os valores das remunerações sobre os quais incide a Taxa Social Única. 7/12

O tempo de serviço referente ao período de pré-reforma no âmbito do Protocolo de Acordo de 1 de Abril de 1997, assinado entre o Estado Português e o Grupo Mello, conta para efeitos da atribuição de diuturnidades de antiguidade. SALÁRIO PENSIONÁVEL GESTNAVE LÍQUIDO: salário pensionável GESTNAVE deduzido dos descontos para a Segurança Social, da taxa de IRS de acordo com as tabelas práticas em vigor e do Imposto de Selo. SALÁRIO PENSIONÁVEL SEGURANÇA SOCIAL: total das remunerações sujeitas a contribuições para a Segurança Social. Cláusula 3ª (Pensão de Pré-Reforma) 1. Aos trabalhadores da ex-gestnave nas condições estabelecidas na Portaria 706/97, foi atribuída uma pensão de pré-reforma, de acordo com a seguinte expressão: PRL = 100% x SPL em que: PRL = Pensão de pré-reforma líquida SPL = Salário pensionável GESTNAVE líquido O valor da pensão a cargo do Fundo corresponde à pensão bruta relativa à PRL, i.e. PRL acrescida do valor dos descontos de IRS, de acordo com as tabelas práticas em vigor, das contribuições para a Segurança Social e do Imposto de Selo. 2. Adicionalmente, aos trabalhadores da ex-gestnave nas condições estabelecidas na Portaria 706/97, no momento da sua passagem à pré-reforma, foi pago um capital no valor de 5,5 vezes o Salário Mínimo Nacional. Cláusula 4ª (Duração da Pensão de Pré-reforma) A pensão de pré-reforma será paga até que o beneficiário atinja a idade normal de reforma, ou ainda no caso de começar a receber uma pensão de reforma por invalidez pela Segurança Social. Cláusula 5ª (Pensão de Reforma por Velhice e Invalidez) 8/12

1. Ao pré-reformado com pelo menos 5 anos de serviço, reformado por motivo que não seja o acidente de trabalho ou doença profissional, é garantida uma pensão de reforma de acordo com a seguinte expressão: P = (CNP + 0,05%) x TSP x SP em que: P CNP = = Pensão de Reforma Coeficiente do Centro Nacional de Pensões utilizado no cálculo de pensões de reforma por velhice (actualmente de 2%) TSP = Tempo de Serviço Pensionável SP = Salário Pensionável GESTNAVE 2. O complemento a cargo da Associada será igual à diferença entre o montante calculado no anterior numero 1. e o valor atribuído pelo Centro Nacional de Pensões, calculado este com base no tempo de serviço pensionável. 3. O complemento da Associada adicionado da pensão de reforma do Centro Nacional de Pensões não pode exceder o Salário Pensionável GESTNAVE do pré-reformado. 4. O complemento da Associada adicionado da pensão de reforma do Centro Nacional de Pensões não pode ser inferior a 50% do Salário Pensionável GESTNAVE do préreformado desde que este tenha 10 anos de serviço. 5. O complemento da pensão de reforma é calculado com base no salário pensionável e antiguidade que o pré-reformado tiver à data que perfizer a idade normal de reforma ou à data da invalidez, consoante o caso. 6. A partir da idade normal de reforma os pré-reformados passarão a receber uma pensão de reforma por velhice, nos termos definidos nos números anteriores. 7. Os pré-reformados que, atingida a idade normal de reforma, não requeiram aos competentes serviços estatais de Segurança Social a passagem à situação de reforma por velhice, perderão o direito a qualquer complemento de pensão ao abrigo da presente cláusula. Cláusula 6ª 9/12

(Suspensão do Complemento) Os complementos de reforma atribuídos pela Associada suspendem-se nas seguintes situações: a) Se o reformado não fizer prova de vida, conforme regulamentado na Cláusula 10ª. b) Se o reformado por invalidez auferir proventos regulares por exercício de actividade profissional por conta de outrém ou por conta própria, na parte em que a soma dos proventos e da pensão exceder 80% do Salário Pensionável GESTNAVE actualizado correspondente ao exercício normal da profissão a que respeita a invalidez. Cláusula 7ª (Pensão de Sobrevivência) Em caso de morte de um reformado ou pré-reformado que não decorra de Acidente de Trabalho ou doença profissional, com um mínimo de 5 anos de serviço, será atribuído um complemento de pensão aos familiares a cargo nas seguintes condições: a) Ao cônjuge sobrevivo ou pessoa na situação de facto análoga à dos cônjuges (nº1 do artigo 2020 do Código Civil), enquanto não contrair matrimónio, 75% do valor do complemento da pensão que o trabalhador recebia ou a que teria direito a receber se se tivesse invalidado ou reformado na data do falecimento. b) Aos filhos menores de 18 anos, não havendo cônjuge sobrevivo ou pessoa na situação de facto análoga à dos cônjuges, ou, havendo, não tenha direito à pensão, 50% do mesmo valor e, depois daquela idade, se cumprirem o disposto na legislação da Segurança Social para a atribuição de pensão de sobrevivência; os filhos deficientes, nos termos definidos pela legislação da Segurança Social, manterão esse direito sem limite de idade. c) Aos ascendentes que estejam a cargo do beneficiário falecido, um quantitativo igual ao atribuído aos filhos, na falta ou desaparecimento destes e do cônjuge, ou ainda pela simples perda do direito de todos eles. d) Quando existem simultaneamente várias pessoas com direito à pensão será atribuída em partes iguais e totalizando sempre os limites indicados mesmo nos casos em que o número de beneficiários sofra redução. 10/12

Cláusula 8ª (Pagamento das Pensões) 1. As pensões de pré-reforma são pagas 14 vezes por ano civil, sendo uma mensalidade por cada mês de calendário, uma mensalidade em Junho e outra mensalidade em Novembro. 2. As pensões de reforma e sobrevivência são pagas 13 vezes por ano civil, sendo uma mensalidade por cada mês de calendário e outra mensalidade em Novembro. Cláusula 9ª (Actualização das Pensões) 1. Os valores das pensões de pré-reforma são actualizados à taxa do Índice de Preços do Consumidor, verificada em Dezembro do ano anterior. 2. Os valores das pensões de reforma, com início do pagamento em data posterior a 1 de Abril de 1997, serão actualizados à taxa do Índice de Preços do Consumidor, verificada em Dezembro do ano anterior. 3. Os valores das pensões de sobrevivência e das pensões de reforma, com início do pagamento em data anterior a 1 de Abril de 1997, serão actualizados por livre e exclusiva decisão da Associada. Cláusula 10ª (Prova de Vida) 1. Todos os beneficiários são obrigados, dentro dos prazos e condições estipulados pela gestora líder, a fazer prova de que mantêm as condições especificadas neste plano de benefícios para receber a pensão. 2. Se nos prazos e condições estipulados pela Entidade Gestora Líder não for recebida prova da manutenção da qualidade de beneficiário, a pensão será suspensa. Contudo, quando o beneficiário fizer a referida prova, o pagamento será retomado e reembolsados os valores retidos. Cláusula 11ª (Direito de Regresso) O Fundo terá direito de regresso relativamente a qualquer complemento concedido que seja ou venha a ser da responsabilidade de terceiros. 11/12

Cláusula 12ª (Cessação do Contrato de Trabalho) Se o contrato de trabalho com a Associada cessar antes da sua caducidade por reforma ou falecimento, o pré-reformado perderá o direito a qualquer prestação ao abrigo deste Plano de Pensões. Cláusula 13ª (Revisão dos Benefícios) Sempre que qualquer facto leve à alteração das condições do cálculo da pensão, o beneficiário deverá informar de imediato a gestora líder. 12/12