APRESENTAÇÃO DOS PERSONAGENS Curta Metragem: MOCÓ JACK Duração aprox.: 10 min. Roteiro: Luiz BoTosso & Thiago Veiga Jack o jacaré Nem tudo é perfeito. Essa máxima que já é antiga pode ser aplicada ao nosso amigo Jack que, diferente dos outros jacarés de sua espécie, tem o focinho pequeno e a cauda curta, características que não atribuem a ele aquele aspecto de animal voraz, dificultando sua vida. Não se sabe ao certo porque ele nasceu assim, mas de qualquer forma, há outro dito popular que diz que carro apertado é que canta. E é exatamente aí que nosso personagem se enquadra. Jack, pra driblar suas deficiências, desenvolveu outras habilidades. Ele é ótimo na arte de se disfarçar e se esconder, sendo capaz de se transformar nas mais variadas formas pra se safar de seu maior predador: o homem. Como gosta muito de sanduíche de sardinha ele se disfarça para parecer ser maior do que é, e assim, assustar alguns campistas para poder comer alguns sanduíches.
Zé Prego o caçador Zé prego é o vilão de nossa estória, caçador por convicção, Zé Prego ganha a vida contrabandeando animais silvestres para todo o mundo. Contrariando todas as leis, ele caça impiedosamente jacarés, garças, papagaios, araras, macacos, tamanduás, etc. Não os mata, pois o seu interesse é a venda a pessoas sem consciência e sem coração. É, isso mesmo, infelizmente algumas pessoas acham chique ter um animal exótico em sua casa. Bem ridículo, não é mesmo! Zé Prego usa uma carabina de cano bem grosso para se defender, mas na hora de capturar os animais ele usa a besta com dardos tranqüilizantes. Jack já escapou várias vezes do Zé Prego usando suas habilidades em suas fugas incríveis. Será que Jack escapa nessa aventura? Joãozão Joãozão é o irmão de Jack, como nasceu com uma bela cauda, dentes e focinho enormes, ele vive provocando Jack, exibindo seus dotes. É coisa de irmão mesmo, adora uma provocação, mas acho que ele aprenderá uma lição no final da aventura.
ROTEIRO Parte 01 Roubando o sanduíche Certa tarde, Jack nadava tranqüilamente no rio a procura de um bom piquenique para poder descolar um belo sanduíche de sardinha. Aprontou seu disfarce e, aproveitando o ofuscamento do sol da tarde que lhe lavava a costa, aproximou-se de uma família que estava acampada nas redondezas e a afugentou. Após a conquista do sanduíche, Jack sentou-se em uma galha seca que se postava no meio do rio e começou a comer tranquilamente seu prêmio. Pôsse a contemplar a mata ao redor que era verde e exuberante enquanto comia. A água lentamente ia passando e massageando seus pés. Parte 02 Perseguição De repente, um dardo desferido por Zé Prego estala na galha ao seu lado, ele por sua vez joga o sanduíche pra cima e põe-se em fuga o mais rápido que pôde. Zé Prego o seguia logo atrás sentado em sua voadeira roçando a água veloz atrás de Jack. Na tentativa de se esconder, Jack corre para as "batatas d água", mas é logo descoberto. Jack continua correndo tentando de todas as formas despistá-lo, então, logo após uma curva do rio, Zé Prego se depara com um enorme grupo de garças e se esconde. Lentamente, o caçador,
dando suas baforadas no cachimbo, observa o grupo de garças a procura de Jack. Jack permanece solenemente disfarçado de garça e sem sucesso, Zé Prego desiste, vira o barco e vai embora. Jack, após a perseguição, fica cansado e procura refúgio próximo a Joãozão, que estava na margem do rio se esquentando com os últimos raios de sol do entardecer. Quando Jack aparece, um papagaio tagarela que se encontrava próximo reparou no rabo de Jack e disse: Jack rabicó, Joãozão não perde tempo e aponta para a cauda de Jack e chega a rolar de tanto rir. Jack continua caminhando cabisbaixo e some na curva do rio que já vinha próxima. Quando Jack faz a curva do rio, dá de cara com o Zé Prego que ainda se encontrava na região a procura de mais uma caça. Jack leva um grande susto, mas, sem ser visto, retorna correndo e tenta avisar Joãozão e o papagaio, porém, sem sucesso pois os dois continuaram zombando e não deram ouvidos a Jack. Nosso amigo então desiste e se disfarça de palmeira. Poucos segundos depois, Jack assistiria a captura de seus amigos. Parte 03 Em busca do amigo Quando o caçador vai embora, já com as caças inconscientes a bordo, Jack deixa seu disfarce e entra triste e lentamente na água e desaparece. Já de noite, acidentalmente, Jack se depara em um dos braços do rio, com um acampamento, bem iluminado pela bela fogueira que ali se encontrava, Jack nadando só com os olhos do lado de fora da água se aproxima e se assusta. Era o acampamento de Zé, cheio de jaulas e gaiolas com animais presos. Zé Prego estava abraçado a seu trabuco sob uma grande árvore tirando um cochilo com seu cachimbo no canto da boca. Jack então se esconde atrás dos arbustos e coloca seu capuz, e com toda sua habilidade, rapidamente consegue alcançar a copa da árvore sobre o caçador. Desce então lentamente apoiado a cipós e consegue retirar do caçador sua carabina e as chaves das jaulas.
Esgueira-se por entre os objetos do acampamento até alcançar as gaiolas e, um a um, vai soltando os animais, que gratos beijam seu focinho. O último animal é o tagarela do papagaio que, ao ser solto, fica tão feliz que começa a falar, falar, falar até que acorda o caçador. Parte 04 Perseguição final Quando Zé acorda e vê que os animais estão sendo libertados, achando que ainda estava com a carabina na mão, aponta para Jack e dispara, os animais ficam olhando até que ele se dá conta e sai correndo atrás dos animais com uma rede que se encontrava por perto. Todos os animais correm assustados pelo acampamento. Depois de alguns tropeços e batidas acidentalmente o papagaio, que saiu voando, pousa desatenciosamente em cima da besta do caçador a qual dispara... Pinba! O tiro atinge em cheio o bumbum de Zé Prego no exato momento em que ele havia encurralado os animais junto a uma grande rocha. Ele pára e seus olhos vão baixando lentamente até cair duro no chão em sono profundo. Os animais não têm dúvida e colocam o Zé Prego amarrado e engaiolado dentro do barco e o despacham para bem longe em uma caixa cheia toda selada. FIM