Biotecnologia Enquadramento Normativo da Segurança e Higiene no Trabalho Maria Helena Franco, Alice C. Rodrigues, João Paulo Sousa Direcção de Serviços de Prevenção de Riscos Profissionais (DSPRP), Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho (IDICT), Avª. da República, nº. 84, 5º Andar, 1600 LISBOA 1 - Introdução O Tratado de Roma que criou a Comunidade Económica Europeia em 1957, fixou como objectivo essencial, a melhoria progressiva das condições de vida nos locais de trabalho e da sociedade em geral, tratando a segurança e a saúde dos trabalhadores sob dois eixos fundamentais: Desenvolvimento de programas que eliminem barreiras técnicas e comerciais relativas à livre circulação de produtos; Desenvolvimento de programas no domínio da segurança, higiene e protecção da saúde no local de trabalho. Em 1985, foi introduzida a Nova Abordagem a qual permitiu reduzir o conteúdo e dimensão do normativo comunitário a um nível razoável, de carácter genérico, e remetendo a elaboração de requisitos técnicos para a normalização europeia. Em 1987, com a ratificação do Acto Único Europeu, esta Nova Abordagem foi Quadro 1 - Princípios fundamentais estipulados no Decreto-Lei n.º 441/91 OBJECTO Estabelece os princípios que visam promover a segurança, higiene e saúde no trabalho (SHST). ÂMBITO Aplica-se a todos os ramos de actividade, nos sectores público, privado ou cooperativo e social, aos trabalhadores por conta ou ao serviço de outrém e aos respectivos empregadores e ao trabalhador independente. PRINCÍPIOS GERAIS Garantir o direito à prestação de trabalho em condições de segurança, higiene e de protecção da saúde de todos os trabalhadores; Promover o desenvolvimento sócio-económico do trabalho no respeitante às condições de segurança, higiene e saúde; Desenvolver a prevenção dos riscos profissionais segundo determinados princípios, normas e programas. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR Assegurar condições de segurança, higiene e saúde em todos os aspectos relacionados com o trabalho, devendo para tal, aplicar as medidas necessárias, tendo em conta os princípios gerais da prevenção; Disponibilizar informação actualizada e formação adequada aos trabalhadores, sobre SHST; Promover a participação e consulta dos trabalhadores; Garantir a organização das actividades de SHST; Notificar à Inspecção-Geral do Trabalho a ocorrência de acidentes mortais ou muito graves. OBRIGAÇÕES DO TRABALHADOR Cumprir as prescrições de SHST estabelecidas pelo empregador; Zelar pela sua segurança e saúde bem como pela dos outros; Cooperar na empresa para a melhoria do sistema de SHST. OUTROS INSTRUMENTOS DE ACÇÃO (OBRIGAÇÕES DO ESTADO) Educação, formação e informação sobre SHST; Investigação e formação especializada; Normalização; Licenciamento e autorização de laboração; Publicação de estatísticas sobre acidentes de trabalho e doenças profissionais; Inspecção das condições de SHST. Abril 1999 - Boletim de Biotecnologia nº 62 27
incorporada no Tratado de Roma através dos novos artigos 118.º A e 100.º A sobre Segurança e Saúde no Trabalho e livre circulação de bens, respectivamente. A Nova Abordagem prevê que as Directivas Europeias que têm base jurídica no artigo 100.º A devem somente conter os requisitos essenciais da segurança e saúde relacionados com a concepção e construção do produto, devendo as especificações técnicas serem da responsabilidade do Comité Europeu de Normalização (CEN). Relativamente às normas técnicas europeias (EN), elas são de aplicação voluntária, contudo, um produto resultante destas normas, confere presunção de conformidade com os requisitos essenciais das Directivas Europeias envolvidas. Por outro lado, a nível comunitário foi rapidamente reconhecido que havia necessidade de criar a vertente social do regime concorrencial do Mercado Interno. A concretização dos objectivos sociais preconizados no Art.º 118.º A, traduziu-se num conjunto de Directivas, as quais estabelecem as prescrições mínimas de segurança e saúde a observar nos locais de trabalho. Neste enquadramento, surgiu a Directiva n.º 89/391/CEE, do Conselho, de 12 de Junho, geralmente denominada Directiva-Quadro, relativa à aplicação de medidas destinadas a promover a melhoria da segurança e saúde dos trabalhadores no local de trabalho. Esta Directiva foi transposta para o direito interno através do Decreto-Lei n.º 441/91, de 14 de. Este diploma preconiza os princípios fundamentais a observar no respeitante à segurança, higiene e saúde nos locais de trabalho, bem como os direitos e deveres dos trabalhadores e empregadores neste domínio. No Quadro 1, estão sumarizados alguns princípios de carácter geral relativos à segurança, higiene e saúde no trabalho. A organização de meios para implementar a Lei Quadro, traduz-se na obrigação de assegurar e manter o funcionamento dos serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho, cujo regime foi regulamentado pelo Decreto-Lei n.º 26/94, de 1 de Fevereiro. Este diploma foi posteriormente alterado, por ratificação, através da Lei n.º 7/95, de 29 de Março. 2 - Legislação sobre exposição a agentes biológicos Na sequência da Directiva-Quadro, surgiram várias Directivas Especiais, nomeadamente as Directivas relativas a agentes biológicos, já transpostas para o direito interno, através do Decreto- Lei n.º 84/97, de 16 de Abril, da Portaria n.º 405/98, de 11 de Julho e da Portaria n.º 1036/98, de 15 de Dezembro, como ilustra o Quadro 2. A uniformização de procedimentos e a comunicação de informação relativas à utilização confinada de organismos e microrganismos geneticamente modificados também foi legislada pela Comunidade Europeia através de Directivas, as quais foram transpostas para o ordenamento jurídico português através do Decreto-Lei n.º 126/93, de 20 de Abril (ver Quadro 2). Ao nível interno, o Decreto-Lei n.º 84/97 estabelece as prescrições mínimas de segurança e saúde dos trabalhadores contra os riscos de exposição a agentes biológicos durante o trabalho. A protecção dos trabalhadores é um processo abrangente, envolvendo a avaliação dos riscos devido à exposição a agentes biológicos, identificação dos agentes causadores de risco, a possibilidade de propagação na colectividade e o tempo de exposição efectiva ou potencial dos trabalhadores. Os agentes biológicos com efeitos nocivos para a saúde das pessoas em geral, podem formar-se por diversos processos biotecnológicos onde ocorre Quadro 2 - Legislação específica sobre exposição a agentes biológicos no ambiente de trabalho. DIRECTIVAS N.º TEMA LEGISLAÇÃO NACIONAL 90/219/CEE e Relativas à libertação deliberada no 90/220/CEE, de 23 de Abril. ambiente de organismos geneticamente modificados. geneticamente modificados. 90/679/CEE, de 26 Relativa à protecção dos trabalhadores de contra os riscos ligados à exposição a 93/88/CEE, de 12 de Outubro 95/30/CEE, de 30 de Junho 97/59/CEE, de 7 de 97/65/CEE, de 26 de agentes biológicos (7ª Directiva especial). Altera a Directiva n.º 90/679/CEE. Adapta ao progresso técnico a 7ª Directiva especial. Adapta ao progresso técnico a Directiva n.º 90/679/CEE. Introduz o agente responsável pela encefalopatia espongiforme bovina (BSE) na classificação comunitária dos agentes biológicos e reforça as medidas de protecção dos trabalhadores a eles expostos Decreto-Lei n.º 126/93, de 20 de Abril - Regula a utilização e comercialização de organismos Decreto-Lei n.º 84/97, de 16 de Abril - Estabelece as regras de protecção dos trabalhadores contra os riscos de exposição a agentes biológicos. Portaria n.º 405/98, de 11 de Julho - Aprova a classificação dos agentes biológicos. Portaria n.º 1036/98, de 15 de Dezembro - Altera a lista dos agentes biológicos classificados para efeitos da prevenção de riscos profissionais, aprovada pala Portaria n.º 405/98, de 11 de Julho. 28 Boletim de Biotecnologia nº 62 - Abril 1999
produção e/ou utilização destes agentes. Também os trabalhadores poderão estar expostos a agentes biológicos com riscos para a sua saúde em vários sectores de actividades, nomeadamente: trabalho em unidades de produção alimentar; trabalho agrícola; actividades em que há contacto com animais e/ou produtos de origem animal; trabalho em unidades de saúde; trabalho em laboratórios clínicos, veterinários e de diagnóstico; trabalho em unidades de recolha, transporte e eliminação de resíduos; trabalho nas instalações de tratamento de águas de esgoto. Os agentes biológicos (e.g. bactérias, fungos, parasitas e vírus) são classificados conforme o nível de risco que apresentam, como ilustrado no Quadro 3. Saliente-se que, não obstante o trabalho científico-tecnológico, ainda existem agentes biológicos que, devido às suas propriedades, não podem ser rigorosamente classificados apenas Quadro 3 - Classificação dos agentes biológicos conforme o nível de risco infeccioso. GRUPO DEFINIÇÃO 1 Agente biológico cuja probabilidade de causar doenças no ser humano é baixa Agente biológico que pode causar doenças no ser humano e 2 constituir um perigo para os trabalhadores, sendo escassa a probabilidade de se propagar na colectividade e para o qual existem, em regra, meios eficazes de profilaxia ou tratamento Agente biológico que pode causar doenças no ser humano e 3 constituir um risco grave para os trabalhadores, sendo susceptível de se propagar na colectividade, mesmo que existam meios eficazes de profilaxia ou de tratamento Agente biológico que causa doenças graves no ser humano e 4 constitui um risco grave para os trabalhadores, sendo susceptível de apresentar um elevado nível de propagação na colectividade e para o qual não existem, em regra, meios eficazes de profilaxia ou de tratamento num dos grupos definidos, pelo que, segundo a legislação vigente, deverão ser classificados no grupo de risco mais elevado que seja tecnicamente possível. Os princípios fundamentais preceituados neste diploma (e.g. Decreto-Lei n.º 84/97) no respeitante às notificações, avaliação dos riscos, medidas preventivas, formação e informação dos trabalhadores e registo das avaliações, estão sumarizados no Quadro 4. 2.1 - Medidas e níveis de confinamento Quadro 4 - Princípios fundamentais resultantes do Decreto-Lei n.º 84/97. As medidas e níveis de confinamento devem ser aplicadas de acordo com a natureza das actividades, OBJECTO Estabelece as prescrições mínimas de protecção da segurança e saúde dos trabalhadores contra os riscos de exposição a agentes biológicos durante o trabalho. ÂMBITO Aplica-se a todos os ramos de actividade, nos sectores público, privado ou cooperativo e social, aos trabalhadores por conta ou ao serviço de outrém e aos respectivos empregadores e ao trabalhador independente. OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR Notificar o Instituto de Desenvolvimento e Inspecção das Condições de Trabalho (IDICT) e a Direcção-Geral de Saúde (DGS); Avaliar os riscos; Implementar medidas que permitam reduzir o risco de exposição dos trabalhadores; Elaborar relatório com o resultado da avaliação de riscos, caso existam; Informar as autoridades (IDICT e DGS) de qualquer acidente ou incidente; Assegurar a vigilância da saúde dos trabalhadores; Garantir aos trabalhadores, medidas de higiene e protecção individual nas actividades em que são utilizados agentes biológicos com riscos para a segurança e saúde; Assegurar a descontaminação e limpeza do vestuário de trabalho e dos equipamentos de protecção individual; Informar e formar os trabalhadores para a SHST; Proceder ao registo, arquivo e conservação de documentos sobre: - resultado da avaliação de riscos - a lista de trabalhadores expostos a agentes biológicos dos grupos 3 ou 4 - os registos relativos à vigilância da saúde Abril 1999 - Boletim de Biotecnologia nº 62 29
a avaliação do risco para os trabalhadores e a natureza do agente biológico em questão. Algumas das medidas poderão ser de aplicação obrigatória para qualquer dos níveis ou apenas recomendadas para alguns como consta do Quadro 5. 2.2 - Confinamento para os processos industriais Os processos industriais onde ocorre manipulação e/ou utilização de agentes biológicos perigosos para a saúde aquando da exposição dos trabalhadores e/ou possibilidade de disseminação para a colectividade, em caso de acidente, requerem a adopção de medidas especiais de confinamento físico. Dependendo das medidas de confinamento e da natureza do agente 30 Boletim de Biotecnologia nº 62 - Abril 1999 Quadro 5 - Medidas e níveis de confinamento para os agentes biológicos. A - MEDIDAS DE CONFINAMENTO B -NÍVEIS DE CONFINAMENTO 2 3 4 1 - O local de trabalho deve estar separado de Recomendado quaisquer outras actividades no mesmo edifício. 2 - Os dispositivos de admissão e evacuação de ar do local de trabalho, devem ser munidos de filtros absolutos (HEPA) ou equivalentes., na evacuação do ar 3 - O acesso deve ser restrito aos trabalhadores autorizados. biológico, são adoptados diferentes níveis de confinamento, como ilustra o Quadro 6. 3 Substâncias Químicas Perigosas Os processos biotecnológicos, independemente da sua dimensão (e.g. laboratorial, piloto e industrial), recorrem à utilização de substâncias químicas, muitas das quais carecendo de cuidados especiais de segurança e higiene aquando da sua manipulação. Devido à perigosidade que muitas substâncias químicas apresentam, a Comunidade Europeia tem vindo a disponibilizar um vasto conjunto de instrumentos jurídicos, i.e., Directivas, relativos aos princípios gerais sobre notificação de substâncias químicas, troca de informações relativas a substâncias notificadas, avaliação dos, na admissão e evacuação do ar Recomendado, através de um compartimento estanque 4 - O local de trabalho deve poder ser hermeticamente Recomendado fechado a fim de permitir a desinfecção. 5 - Medidas de desinfecção especificadas. 6 - O local de trabalho deve ser mantido a uma pressão Recomendado negativa em relação à atmosfera. 7 - Controlo eficiente de vectores, por exemplo Recomendado roedores e insectos. 8 - As superfícies devem ser impermeáveis à água e de limpeza fácil., as bancadas, as bancadas e o pavimento, as bancadas, as paredes, o pavimento e o tecto 9 - As superfícies devem ser resistentes aos ácidos, Recomendado bases, solventes e desinfectantes. 10 - Armazenagem com segurança de um agente biológico., armazenagem com segurança 11- Nas instalações deve existir uma janela de Recomendado Recomendado observação ou um dispositivo alternativo para que os ocupantes possam ser vistos. 12 - O laboratório deve confinar o seu próprio Recomendado equipamento. 13 - O material contaminado, incluindo qualquer Se for necessário, quando a animal, deve ser manipulado em câmaras de infecção for segurança ou isoladores ou outro meio de transmissível pelo ar confinamento apropriado. 14 - Incinerador para carcaças de animais. Recomendado (disponível), no local respectivos riscos potenciais para a saúde humana e para o ambiente e classificação, embalagem, transporte e rotulagem de substâncias perigosas. Mais recentemente foram transpostas para o direito interno algumas Directivas que estabelecem limitações à comercialização e utilização de substâncias e preparações perigosas, em consequência do progresso científico e técnico, entretanto alcançado. Estes diplomas legais asseguram, assim, o duplo objectivo de garantir a livre circulação de mercadorias, sem prejuizo da salvaguarda da saúde humana e do ambiente. Os principais diplomas legais existentes ao nível interno neste domínio estão listados no Quadro 7, por ordem cronológica da sua publicação.
Quadro 6 - Medidas e níveis de confinamento para processos industriais. MEDIDAS DE CONFINAMENTO 1 - Os microrganismos viáveis devem ser confinados num sistema que separe fisicamente o processo do ambiente. 2 - Os gases de escape provenientes do sistema fechado devem ser tratados de modo a: 3 - A recolha de amostras, a adição de materiais ao sistema fechado e a transferência de microrganismos viáveis para outro sistema fechado devem ser feitos de modo a: 4 - Os fluidos de culturas em grande quantidade não devem ser removidos do sistema fechado a menos que os microrganismos viáveis tenham sido: 5 - Os sistemas de fecho devem ser concebidos de modo a: 6- Os sistemas fechados devem localizar-se numa área controlada: a) Devem ser afixados sinais de perigo biológico b) O acesso deve ser permitido apenas a pessoal autorizado c) O pessoal deve usar vestuário de protecção d) Devem ser previstas instalações de descontaminação e lavagem destinadas ao pessoal e) O pessoal deve tomar um duche antes de abandonar a área controlada f) Os efluentes provenientes dos tanques e chuveiros devem ser recolhidos e inactivados antes de serem escoados g) A área controlada deve ser convenientemente ventilada de modo a minimizar a contaminação do ar h) As áreas controladas devem ser mantidas a uma pressão negativa em relação à atmosfera i) O ar de alimentação e o ar extraído da área controlada devem ser filtrados (HEPA) j) A área controlada deve ser concebida de modo a conter o derramento de todo o conteúdo do sistema fechado k) A área controlada deve poder ser vedada de modo a permitir a fumigação l) Tratamento dos efluentes antes da descarga final NÍVEIS DE CONFINAMENTO 2 3 4 Minimizar a libertação Minimizar a libertação processos Minimizar libertação, vestuário de trabalho processos a processos físicos ou químicos processos físicos ou químicos processos físicos ou químicos e de construção específica, através de um compartimento Uma muda completa processos físicos 4 Gestão de Resíduos A gestão dos resíduos produzidos nos diversos processos biotecnológicos é um processo complexo, mas que constitui um desafio inadiável para as sociedades modernas. Efectivamente, ao nível nacional, devido à dimensão do problema, já não é possível ao Estado corresponder à tarefa de defender a natureza e o ambiente, ou de preservar os recursos naturais, sem estruturar uma consciente política de gestão dos resíduos. A nova lei da gestão dos resíduos reafirma o princípio da responsabilidade do produtor dos resíduos e introduz um mecanismo autónomo de autorização prévia das operações de gestão dos resíduos, que não se confunde com o licenciamento das actividades em que por vezes tais operações se integram, como sucede, no caso dos resíduos industriais, com o licenciamento industrial. Foi também definida uma nova categoria de resíduos, designada outros tipos de resíduos, para além dos resíduos sólidos urbanos, hospitalares e industriais, evitando, assim, eventuais Abril 1999 - Boletim de Biotecnologia nº 62 31
Quadro 7 - Diplomas relativos a substâncias químicas perigosas. DIPLOMA Decreto-Lei n.º 479/85, de 13 de Decreto-Lei n.º 221/88, de 28 de Junho Decreto-Lei n.º 47/90, de 9 de Fevereiro Decreto-Lei n.º 275/91, de 7 de Agosto Decreto-Lei n.º 120/92, de 30 de Junho Decreto-Lei n.º 54/93, de 26 de Fevereiro Decreto-Lei n.º 390/93, de 20 de Decreto-Lei n.º 232/94, de 14 de setembro Decreto-Lei n.º 82/95, de 22 de Abril Decreto-Lei n.º 141/95, de 14 de Junho Portaria n.º 732-A/96, de 11 de Dezembro Portaria n.º 1152/97, de 12 de Decreto-Lei n.º 264/98, de 19 de Agosto Decreto-Lei n.º 330-A/98, de 2 de CONTEÚDO Fixa as substâncias, os agentes e os processos industriais que comportam risco cancerígeno, efectivo ou potencial, para os trabalhadores profissionalmente expostos. Limita a comercialização e utilização, bem como estabelece condições de iluminação de algumas substâncias e preparações perigosas, nomeadamente PCB e PCT. Estabelece diversas medidas à relativas limitação do uso, fabricação e comercialização de certas substâncias perigosas. Proibe a produção e utilização de algumas substâncias químicas. Estabelece os princípios relativos à classificação, embalagem e rotulagem de preparações perigosas e sua colocação no mercado. Estabelece limitações à comercialização e uso de determinadas substâncias perigosas. Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 90/394/CEE, do Conselho, de 28 de Junho, que estabelece as prescrições mínimas de segurança e saúde relativas à protecção dos trabalhadores expostos a agentes cancerígenos. Estabelece limitações à comercialização e utilização de substâncias e preparações perigosas. Transpõe para a ordem jurídica interna várias Directivas que alteram a Directiva n.º 67/548/CEE, do Conselho, de 27 de Junho, relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas respeitantes à classificação, embalagem e rotulagem de substâncias perigosas. Transpõe para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 92/58/CEE, do Conselho, relativa às prescrições mínimas para a sinalização de segurança e de saúde no trabalho. Regulamento para a notificação de substâncias químicas e para a classificação, embalagem e rotulagem de substâncias perigosas. Aprova o novo regulamento para a Classificação, Embalagem e rotulagem das Preparações perigosas. Transpõe para a ordem jurídica interna as Directivas n.º 94/60/CE, 96/55/CE, 97/10/CE e 97/16/CE, que estabeleceram limitações à comercialização e utilização de determinadas substâncias perigosas. Relativa à aproximação das disposições legislativas, regulamentares e administrativas respeitantes à classificação, embalagem e rotulagem das substâncias perigosas. Quadro 8 - Identificação do diploma sobre gestão de resíduos. DIPLOMA Decreto-Lei n.º 239/97, de 9 de Setembro CONTEÚDO Estabelece as regras a que fica sujeita a gestão de resíduos, nomeadamente a sua recolha, transporte, armazenagem, tratamento, valorização e eliminação, por forma a não constituir perigo ou causar prejuízo para a saúde humana ou para o ambiente. dúvidas quanto ao enquadramento legislativo de certas situações, nomeadamente sobre resíduos laboratoriais. O diploma basilar da gestão de resíduos encontra-se listado no Quadro 8. 5 Considerações Finais Com este documento, pretende-se divulgar a legislação existente, quer no espaço da União Europeia quer a nível nacional sobre agentes biológicos nos locais de trabalho, por forma a que esta seja acessível à comunidade técnicocientífica, trabalhadores e empregadores do sector biotecnológico e áreas afins. Complementarmente, são referidos os principais diplomas nacionais sobre substâncias químicas perigosas e gestão de resíduos, os quais estão directamente relacionados com as actividades desenvolvidas no sector. 32 Boletim de Biotecnologia nº 62 - Abril 1999