REGULAMENTO LAR DE IDOSOS DO SBSI SAMS



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Transcrição:

SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICO-SOCIAL LAR DE IDOSOS SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO SUL E ILHAS REGULAMENTO LAR DE IDOSOS DO SBSI SAMS Lar de Idosos. Rua de Lisboa 431, 2995-566 Brejos de Azeitão. Telefone 21 21 99 620 Lar.idosos@sams.sbsi.pt

Junho de 2009 1. NATUREZA E FINS O Lar de Idosos dos SAMS Serviços de Assistência Médico-Sociais do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, sito em Brejos de Azeitão é um estabelecimento onde se desenvolvem actividades de apoio social a pessoas idosas em alojamento colectivo e permanente, fornecimento de alimentação, cuidados de saude, higiene e conforto, fomentando o convívio e proporcionando a animação social e a ocupação de tempos livres dos utentes. 2. OBJECTIVOS a) Proporcionar serviços permanentes e adequados à problemática bio-psico-social das pessoas idosas; b) Contribuir para a estabilização ou retardamento do processo de envelhecimento; c) Criar condições que permitam preservar e incentivar a relação inter familiar; d) Potenciar a integração social; e) Garantir um alojamento condigno que favoreça uma vida confortável; f) Fomentar a convivência social através do relacionamento dos idosos entre si e com os familiares e amigos. 3. CONDIÇÕES DE ADMISSÃO 3.1. Condições Gerais 3.1.1. O candidato deverá: a) Estar enquadrado nas condições definidas no Regulamento do Fundo Sindical de Assistência dos SAMS do SBSI e em condições de usufruir dos direitos que nele constam; b) Ter um quadro clínico compatível com as condições de tratamento existentes no Lar c) Não apresentar grau de dependência que obrigue a acompanhamento para as actividades de vida diária; d) Ter mais de 65 anos; e) Manifestar vontade expressa em consentimento informado cujo modelo faz parte deste Regulamento; f) Apresentar responsável directo pela admissão, podendo ser familiar ou não, que expresse essa vontade em documento próprio cujo modelo faz parte deste Regulamento em; g) Garantir o pagamento das mensalidades e outras despesas por transferência bancária através de preenchimento de documento próprio, cujo modelo faz parte deste Regulamento; h) Apresentar a documentação solicitada e definida neste Regulamento. OBS: A admissão de idosos portadores de doenças infecto-contagiosas ou psíquicas agudas apenas poderá ocorrer se o Lar tiver as correspondentes e necessárias condições e após parecer médico favorável, a emitir pelo médico do Lar. 3.1.2. Casos Especiais Independentemente das condições gerais dispostas no número anterior, deverá ser observado o seguinte: Regulamento Lar Idosos 1

a) O Lar reservará uma percentagem não superior a 10% dos residentes, para contemplar um número de casos especiais; b) Deverá ser confirmada a insuficiência de meios, ausência de apoios familiares, situação clínica que obrigue a dependência de terceiros, situações a averiguar e confirmar pelo serviço social; c) Admissão em quarto duplo; d) Despacho favorável do Conselho de Gerência, a inserir em acta de reunião. 3.2. Processo de inscrição a) O Candidato deve fazer a sua inscrição em impresso próprio cujo modelo faz parte deste Regulamento em; b) A inscrição pode ser feita no Lar ou em qualquer serviço do SAMS/SBSI e neste caso enviada ao Lar; c) Os candidatos inscritos devem encontrar-se nas condições previstas no ponto 3.1; d) Junto ao impresso de inscrição devem ser anexados os seguintes documentos: Cópia do cartão único ou, na sua ausência, cópias do bilhete de identidade, cartão de contribuinte, cartão de eleitor; Cartão de beneficiário SAMS do S.B.S.I. cartões do SNS e de outros sistemas de saude complementares; Comprovativo de morada actualizado (factura de água, luz, telefone, etc.); Se solicitada, nota de liquidação de ultimo IRS ou, no caso de viver em coabitação com familiares e fazendo parte da declaração de IRS desse (s) familiar(es) deve enviar cópia de nota de liquidação do agregado a que se encontra a cargo; e) O processo de selecção e admissão consta de Regulamento próprio designado por Regulamento de Admissões constituindo parte integrante deste Regulamento. 3.3. Selecção e admissão a) A tramitação do processo de selecção e admissão será regulada no Regulamento de Admissões b) A admissão será efectuada por período experimental; 4. PREÇÁRIO a) O preçário do Lar é definido superiormente pelo C.G. dos SAMS do S.B.S.I., sendo actualizado anualmente e consta de anexo a este Regulamento; b) A actualização da mensalidade tem efeito retroactivo a Janeiro de cada ano; c) Será feita comunicação escrita ao residente e seu responsável sobre a actualização da mensalidade; d) À mensalidade podem acrescer outras despesas que o residente tenha, conforme o previsto neste regulamento; e) A mensalidade é cobrada em função do dia de admissão e do dia de saída definitiva se for caso disso, sendo exclusivamente cobrados os dias em que o residente se encontre no Lar desde que a saída do residente seja comunicada à coordenação do Lar com um prazo mínimo de 30 dias; f) O processamento das mensalidades é feito informaticamente; g) Em caso de erro na cobrança da mensalidade os acertos serão feitos na mensalidade do mês seguinte. 5. DESCONTOS Regulamento Lar Idosos 2

5.1. Ao valor de tabela das mensalidades será deduzido o valor correspondente à comparticipação dos SAMS do S.B.S.I. por internamento em Lar, calculada nos termos do Regulamento do FSA; 5.2. Poderão ocorrer outros descontos ao valor das mensalidades desde que respeitem ao não consumo de refeições por ausência do Lar, a situações extraordinárias expressamente previstas, conforme normativo e regras internas e despacho de quem tenha competência delegada. 6. FORMAS DE PAGAMENTO 6.1. O pagamento da prestação de serviços deve ser feito exclusivamente por transferência bancária sendo obrigação do residente ou do seu responsável indicar conta bancária para o efeito dotar a mesma de fundos suficientes nas datas determinadas para a transferência; 6.2. A transferência será feita entre os dias 25 e 31 de cada mês, sendo emitida carta/factura até ao dia 20 do mês seguinte que deve ser levantada na secretaria do Lar; 6.3. Em caso de falta de pagamento até à data prevista da prestação devida, é o residente ou o seu responsável penalizado em 0,05% por cada dia de atraso. 6.4. As despesas extra não incluídas na mensalidade serão liquidadas através de transferência no mês seguinte acrescentando-se esse valor ao da mensalidade. 7. SERVIÇOS INCLUÍDOS NA MENSALIDADE Estão incluídos na mensalidade os seguintes serviços nos termos das cláusulas seguintes: a) Alojamento b) Alimentação c) Tratamento de roupa d) Cuidados de higiene e conforto dos residentes e do ambiente e) Assistência médica, medicamentosa, enfermagem e fisioterapia f) Ocupação e lazer g) Apoio administrativo h) Transportes 7.1. Alojamento a) O alojamento é parte integrante do Lar e pertença da Instituição sendo a sua utilização pelo residente ou seus familiares feita sempre tendo presente a sua inserção no lar e no conjunto de residentes; b) O Lar dispõe de quartos individuais, duplos e apartamentos, todos com casa de banho privativa; c) A utilização do alojamento é feita segundo normas internas, sendo expressamente proibida a utilização de aparelhos electrodomésticos, eléctricos e a gás, excluindo televisão e rádio, bem como a confecção de refeições e armazenamento de alimentos e permitido a utilização de mobiliário próprio que não ponha em causa a mobilidade e segurança, após avaliação e autorização da Coordenação do Lar; d) Não são autorizados utensílios, cortinas ou cortinados, antenas e outros elementos que ponham em causa a estética, higiene e segurança do alojamento ou que, de alguma forma, possam ser incomodativos para o companheiro(a) de quarto; e) A mudança/transferência de alojamento poderá ser necessária por motivos de gestão administrativa ou por razões de saude, sendo dado conhecimento ao residente e ao responsável pela admissão; f) A segurança do alojamento é garantida pela entrega de chave própria ao residente não existindo responsabilidade do Lar pelos haveres guardados no alojamento; Regulamento Lar Idosos 3

g) O residente não poderá mudar a fechadura do quarto ou utilizar outras formas que impeçam a entrada de pessoal do Lar; h) O Lar está dotado de um serviço de internamento em enfermaria para o qual poderão ser transferidos residentes através de decisão médica para garantir um mais eficiente acompanhamento da sua situação de saude. No caso da transferência para a enfermaria e manutenção dessa situação por tempo indeterminado, considera-se que o alojamento do residente passa a ser a enfermaria podendo o seu alojamento vir a ser ocupado por outro beneficiário; i) No caso de um casal que ocupe um alojamento tipo quarto duplo, quando do falecimento de um dos conjugues, o conjugue sobrevivente poderá ser objecto de mudança de alojamento, em função das necessidades de gestão e administrativas determinadas pela Coordenação do Lar; j) Nos quartos duplos cada residente deverá respeitar o espaço do companheiro(a). 7.2. Alimentação a) Será assegurada a alimentação dos residentes; b) Poderão ser fornecidas dietas específicas por indicação médica ou de enfermagem sem agravamento da mensalidade; c) As refeições fornecidas pelo Lar são: pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e ceia; d) A ementa é elaborada semanalmente e afixada em local visível; e) Será de afixação obrigatória tabela de preços dos pratos alternativos; f) Os residentes poderão confeccionar refeições exclusivamente em espaço próprio destinado para o efeito e designado por atelier de culinária; g) Não são fornecidas refeições nos alojamentos nem para transportar para os alojamentos excluindo as indicações médicas ou de enfermagem devidamente justificadas; 7.3. Tratamento de Roupas a) As roupas de uso pessoal e outras roupas pertencentes ao residente devem estar devidamente marcadas com número de admissão do residente, que é atribuído pelo Lar; b) A marcação das roupas é da exclusiva responsabilidade dos residentes; c) O tratamento de roupas é garantido pelo Lar e constituído pelos processos de lavagem e engomagem, desde que essas roupas não requeiram tratamentos especiais; d) A entrega e recolha de roupa para tratamento deve ser feita na lavandaria do Lar pelos residentes em horários a definir por norma interna; quando da sua incapacidade esse serviço será assegurado pelos meios do Lar que assumirá a responsabilidade de decisão sobre o tratamento da roupa do residente; e) O Lar disponibiliza meios para o tratamento das roupas por parte dos residentes em espaço próprio designado por Sala de Lavagens, devendo ser exclusivamente neste espaço que se faz o tratamento da roupa incluindo a secagem; f) Os residentes só poderão ter a roupa nos alojamentos que possa ser arrumada e acondicionada nos espaços próprios para o efeito (roupeiros). A restante roupa deverá ser acondicionada em caixas de preferência plásticas para arrumar em espaço colectivo fechado e seguro; g) O Lar poderá tomar a decisão de passarem a fazer o tratamento de roupa de residentes cuja capacidade física ou mental diminua, pondo em causa a higiene pessoal e do meio. Esta decisão será sempre comunicada ao responsável do residente. 7.4. Cuidados de Higiene e Conforto dos Residentes e do Ambiente a) O Lar é responsável pela higiene individual dos residentes sempre que a sua situação de saude deixe de permitir que o façam de uma forma autónoma; Regulamento Lar Idosos 4

b) Os cuidados de higiene são prestados por auxiliares de acção médica conforme avaliação feita pela equipa de saúde; c) Por avaliação médica e de enfermagem poderá ser imposta a prestação de cuidados de higiene a residentes que apresentem claras limitações não assumidas pelos próprios, considerando-se desadaptação à vida do Lar e ao bom ambiente a recusa a esses cuidados; d) Os produtos de higiene são da responsabilidade dos residentes podendo vir a ser fornecidos pelo Lar sendo acrescentados esses custos à mensalidade; e) O Lar poderá fazer a aquisição de roupas para o residente face à premente justificação de necessidades básicas, interpolando previamente os seus familiares e ou responsável caso existam. Os custos dessa aquisição serão acrescentados à mensalidade; f) O Serviço de limpeza e arrumação dos alojamentos é garantido pelo Lar, sendo contudo os residentes responsáveis pela manutenção dos espaços em geral e pelas instalações que lhe forem destinadas em particular, dentro de um espírito de colaboração e de manutenção de vida activa e autonomia; g) No que respeita ao atelier de culinária e sala de lavagem, a sua arrumação competirá aos residentes, na medida em que para tal não se encontrem impossibilitados por razões de dependência físico -psíquica. 7.5. Assistência Médica, medicamentosa, enfermagem e fisioterapia a) A assistência médica, de enfermagem e fisioterapia prestada pelo Lar através de uma equipa de saúde constituída por médicos, enfermeiros e fisioterapeutas está incluída na mensalidade, não se traduzindo em encargo para o residente; b) A assistência medicamentosa é objecto de comparticipação nos termos do Regulamento do Regime Geral, salvo a prestada na enfermaria do Lar, por iniciativa da respectiva equipa de saúde; c) Toda a restante assistência médica, de enfermagem e fisioterapia, exames complementares de diagnóstico, tratamentos, consultas de especialidade, material de consumo clínico (fraldas, resguardos, pensos), meios auxiliares de marcha, próteses, cirurgias e internamento hospitalar prestada nos serviços clínicos internos, por prescrição do médico do Lar/requisição da equipe de Saúde do Lar, (conforme as respectivas competências profissionais), será objecto de comparticipação ao residente como de seguida se indica: Nos termos do Regulamento do Regime Geral; Em 50% do encargo remanescente ao abrigo de outras comparticipações do Regulamento do FSA, havendo disponibilidade financeira do referido Fundo. d) Os residentes poderão recorrer a outros serviços de saúde e tomarem a iniciativa de recurso a serviços internos da Instituição que não sejam prescritos e/ou solicitados pela equipa de saúde do Lar, suportando os respectivos custos associados e habilitando-se à correspondente comparticipação nos termos do Regulamento do Regime Geral dos SAMS; e) Os serviços do Lar fornecerão o apoio dentro das suas limitações para que os residentes possam utilizar os recursos e/ou pedidos feitos pela equipa de saúde do Lar; f) Os serviços do Lar declinam toda a responsabilidade da utilização de recursos que não sejam prescritos e ou/requisitados pela equipa de saude do Lar, incluindo o acompanhamento médico; g) Os residentes devem contribuir para que a equipa de saúde do Lar possa acompanhar com rigor as suas necessidades de saude, sendo responsáveis pela comunicação de quaisquer intervenções em consequência dos recursos que faz atempadamente; h) A responsabilidade do médico do Lar é limitada aos actos em que intervém, não assumindo o Lar qualquer responsabilidade em relação a decisões ou prescrições de terceiros. Regulamento Lar Idosos 5

i) A prescrição médica será preferencialmente feita tendo em atenção a lista de medicamentos comparticipáveis pelo SNS e, sempre que possível, a existência de genérico do medicamento em causa; j) A comparticipação de medicamentos e actos clinicos não prescritos e/ou não requisitados pela equipa de saude do Lar será feita conforme critérios definidos no regulamento do regime Geral e tendo em atenção o preço de referência do medicamento no SNS. 7.6. Ocupação e Lazer a) O serviço de ocupação e lazer tem como objectivo promover e apoiar a organização de actividades individuais e de grupo, procurando o envolvimento e participação dos residentes; b) O princípio geral deste serviço é oferecer a maior variedade possível de actividades que possam ir ao encontro dos desejos dos residentes; c) Deve ser preocupação deste serviço autonomizar as actividades de ocupação e lazer de forma a poderem ser desenvolvidas e geridas pelos próprios residentes, oferecendo as condições necessárias para esse fim; d) Será definido anualmente um Programa para esta área que deverá ser discutido com os residentes; e) Deve procurar-se sempre que possível a participação e envolvimento dos familiares e responsáveis dos residentes nas actividades promovidas e apoiadas pelo serviço; f) O serviço de ocupação e lazer deve apresentar relatório no final de cada ano das actividades realizadas e do número de residentes envolvidos; g) Será da responsabilidade do serviço de ocupação e lazer a promoção de programas específicos para residentes totalmente dependentes; h) Este serviço poderá gerar receitas próprias às quais serão acrescentados subsídios particulares e institucionais cuja gestão será feita pelo próprio serviço autonomamente e sempre que possível pelos próprios residentes com apresentação de contas anual; i) O serviço de ocupação e lazer poderá ser igualmente subsidiado pelo Lar nos montantes e condições definidos pelo Conselho de Gerência dos SAMS do S.B.S.I.; j) A gestão de contas do serviço de ocupação e lazer bem como o seu pormenorizado funcionamento será objecto de regulamento próprio a aprovar pela Instituição e residentes; 7.7 Apoio administrativo a) O Lar assegura apoio administrativo aos residentes através da secretaria, dentro das suas limitações e tendo como principio a não substituição da responsabilidade da família ou responsável do residente; b) Quando da admissão no Lar, é da responsabilidade do residente solicitar a serviços públicos, privados, externos e internos da Instituição a mudança dos seus dados pessoais; c) A secretaria do Lar terá um horário afixado que define períodos específicos e exclusivos para atendimento aos residentes; d) A secretaria do Lar poderá prestar serviços aos residentes cujos custos sejam suportados pelos mesmos; e) Os serviços administrativos do Lar organizarão um processo individual administrativo próprio de cada residente em que constam os seus dados, processo de inscrição, selecção e admissão, cópias dos seus documentos e ocorrências significativas; f) Os serviços administrativos do Lar poderão tratar de assuntos particulares mediante autorização expressa aquando da admissão e em situações de abandono evidente do residente pelo responsável e familiares. Considera-se abandono do residente quando decorrido um período de não contacto com o Lar, de 60 dias da parte do responsável e Regulamento Lar Idosos 6

familiares e após aviso em correio registado com aviso de recepção a esse responsável onde expressamente seja dada essa informação. g) Do tratamento de assuntos particulares dos residentes nas condições previstas na alínea anterior será feito registo permanente, sendo obrigatório, o visto concordante do Coordenador do Lar e o conhecimento ao Conselho de Gerência dos SAMS para os efeitos tidos por convenientes. 7.8. Transportes a) O Lar fornece transporte aos residentes para deslocações ao exterior como acompanhamento a actos clinicos e outros recursos dentro das limitações do Lar e exclusivamente em consequência de prescrição médica e/ou solicitação da equipa de saude do Lar; b) As necessidades de deslocação dos residentes em consequência de marcações de actos clinicos feitas pelos próprios ou seguimento posterior em consequência dessas marcações não são asseguradas pelo Lar; c) Os residentes deverão sempre informar os médicos ou outros técnicos a quem recorram que o Lar tem limitações de transporte e só poderão deslocar-se por marcação gerida pelos serviços do Lar, evitando consultas de seguimento para as quais não é fornecido transporte; d) Os transportes serão geridos através de marcações prévias e o mapa de transportes é semanalmente afixado no Lar. 8. HORÁRIOS a) Os horários de entrada e saída do Lar são definidos em norma interna tendo como principal objectivo garantir a livre circulação dos residentes, respeitando as suas necessidades e expectativas e estes respeitando as boas normas de conduta social. b) O horário de silêncio do Lar é das 23.00 horas às 07.00 horas; c) Os horários de visitas constam de normas internas tendo como principio o mínimo de limitações às visitas e o respeito mútuo por regras e normas de conduta social; d) Os horários de refeições são estabelecidos em normas internas. 9. SAIDAS E ENTRADAS DE RESIDENTES NO LAR a) O Lar é um espaço aberto reconhecendo a liberdade de saída e entrada dos residentes e não se responsabilizando por esse movimento, excluindo situações em que, por indicação da equipa de saúde, sejam necessárias medidas de restrição de liberdade de circulação do residente; b) As medidas referidas no parágrafo anterior decorrem de parecer devidamente fundamentado do médico do Lar ou por decisão da coordenação do Lar, em situações urgentes, sempre que esteja em causa um perigo para a saúde do residente ou de terceiros; c) É da responsabilidade do residente a saída do lar, sendo obrigatório o aviso aos serviços administrativos ou aos trabalhadores de serviço quando essa saída implicar falta às refeições, por motivo de controlo da sua própria segurança; d) A não presença do residente no jantar sem qualquer aviso implica o contacto imediato ao responsável e a comunicação dessa ausência; e) Não são aconselháveis entradas e saídas do Lar entre o período das 22 horas e 8 horas, devendo se isso for absolutamente necessário ser comunicado aos serviços do Lar ou aos trabalhadores de serviço; f) No caso de restrição da liberdade de movimento do residente será comunicado ao responsável e serão tomadas as medidas necessárias para que isso aconteça; Regulamento Lar Idosos 7

g) A restrição da liberdade de movimento do residente poderá ser solicitada pelo responsável, devendo, contudo, a decisão passar sempre pela avaliação da equipa de saúde. 10. VISITAS a) Todos os residentes têm o direito de receber as visitas que desejarem dentro das normas que estejam determinadas para os horários; b) As visitas devem identificar-se sempre que entrem no Lar junto da secretaria ou quando esta se encontrar fechada junto de um trabalhador de serviço; c) A circulação das visitas nos espaços colectivos é livre desde que acompanhada pelo residente; d) Não é permitida a circulação de visitas nos alojamentos de residentes (zonas residenciais) que não seja devidamente autorizada pelo enfermeiro de serviço ou outro trabalhador de serviço que deverá comunicar ao enfermeiro; 11. ESPÓLIO (VALORES E BENS) a) O Lar não se responsabiliza por quaisquer valores e bens que não estiverem à sua guarda e devidamente registados; b) O Lar dispõe de cofres individuais para a guarda de valores e bens cuja abertura é feita através de duas chaves, sendo uma entregue ao residente após o registo dos bens colocados no cofre; c) Quando o residente não possa responsabilizar-se pela guarda dos seus valores e bens, será feito espólio dos mesmos pelo enfermeiro de serviço com a presença de outro trabalhador do Lar para entrega à coordenação do Lar que os colocará num cofre, lavrando-se a respectiva Acta; d) Será da responsabilidade da coordenação do Lar comunicar por escrito em carta registada com aviso de recepção ao responsável do ex-residente a situação e pedir a sua presença para a entrega desses valores e bens; e) No caso de falecimento será feito igualmente espólio de roupas e outros objectos do residente, guardados em arrumação própria no sentido de libertar o alojamento e procede-se como descrito nas alíneas c) e d); f) Caso tal levantamento não ocorra no prazo de 60 dias, após a comunicação ao responsável do residente, através de carta registada com aviso de recepção, os bens serão selados e guardados pelo prazo de um ano, após o que reverterão para o Lar, que deles fará o destino que entenda mais conveniente. g) Não existe registo de espólio quando da admissão no Lar. 12. RECLAMAÇÕES a) O Lar tem livro de reclamações em conformidade com a legislação em vigor; b) As reclamações terão o tratamento obrigatório previsto na Lei; c) Para além do direito à reclamação previsto na lei, o residente e seu responsável têm o direito de recorrer, sempre que o desejar, a reclamação interna junto da coordenação do Lar, devendo fazê-lo por escrito; d) O Lar promoverá um sistema de reclamação/sugestão em relação ao serviço de alimentação, prestação de cuidados e funcionamento do Lar em geral; Regulamento Lar Idosos 8

13. INFORMAÇÃO a) O Lar e especialmente a coordenação manterá permanentemente informados os residentes e seus responsáveis sobre as alterações que se introduzem por normas internas no funcionamento do Lar, existindo para isso locais próprios para a afixação dessa informação; b) É objectivo do Lar a realização periódica de reuniões com os residentes colectivas e individuais bem como com os seus responsáveis; c) Os residentes do Lar têm atribuído um enfermeiro de referência e pelo menos duas auxiliares de acção médica de referência, devendo as questões de rotina serem colocadas a esses trabalhadores tanto pelos residentes como pelos seus responsáveis; d) A coordenação do Lar disponibilizará um domingo por mês para atendimento de responsáveis de residentes que não se possam deslocar ao Lar durante a semana. Esses dias serão fixados no início de cada ano e publicitados nos locais próprios e os responsáveis deverão fazer a marcação de reuniões nos serviços da secretaria com a antecedência mínima de 5 dias; e) O médico do Lar fixará dias e horas específicas para atendimento de responsáveis em calendário a fixar anualmente. As marcações deverão ser feitas com pelo menos 5 dias de antecedência junto dos serviços da secretaria; f) Para além dos dias fixados a coordenação do lar estará sempre disponível para reunir com qualquer responsável desde que seja feita marcação prévia; g) A coordenação do Lar estará sempre disponível para tratar de qualquer assunto dos residentes não necessitando de marcação. h) As informações específicas constituem competência dos responsáveis das respectivas áreas (do Coordenador informações de gestão e referentes à relação do residente com o Lar; do médico e Enfermeiros e fisioterapeutas quando, para o efeito autorizados pelo médico informações de natureza clínica). 14. REGISTOS a) Para além do processo individual administrativo cujos registos estão definidos neste Regulamento, existe um processo clínico do residente; b) Este registo é feito em suporte informático de acordo com o funcionamento geral do SAMS; c) O processo clínico do residente pode ser consultado pelos técnicos de saude que a ele tem acesso e por terceiros mediante autorização escrita do médico do Lar. d) Não são fornecidas informações do processo de saude do residente que ponham em causa a ética e as obrigações profissionais a que os técnicos estejam obrigados; 15. DIRECÇÃO TÉCNICA E ORGANOGRAMA a) A Direcção técnica do Lar é exercida por um Coordenador, sendo este um profissional habilitado para o efeito pela legislação actual; b) O Coordenador é nomeado pelo Conselho de Gerência do SAMS; c) A hierarquia definida para o Lar de Idosos é a prevista na estrutura orgânica e funcional dos SAMS do S.B.S.I.. 16. DISPOSIÇÕES FINAIS a) Sempre que o residente não se adapte à vida do Lar será determinada a cessação da sua utilização; b) A alteração do responsável do residente poderá ser feita por declaração escrita e expressa e exclusivamente deste; Regulamento Lar Idosos 9