REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR LESTE GOVERNO. DECRETO LEI N.º 8/2003, de 18 de Junho 2003 REGULAMENTO DE ATRIBUI ÇÃO E USO DOS VEÍCULOS DO ESTADO



Documentos relacionados
Infracções mais frequentes ao Código da Estrada, coimas e sanções Pág. 1

Município de Alfândega da Fé Câmara Municipal

A ambulância deve: Avançar, mas apenas se assinalar a marcha de urgência. Avançar. Ceder-me a passagem.

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE DANÇA DESPORTIVA REGULAMENTO DE SEGURANÇA E UTILIZAÇÃO DOS ESPAÇOS DE ACESSO PÚBLICO

REGULAMENTO DAS ZONAS E PARQUES DE ESTACIONAMENTO DE DURAÇÃO LIMITADA 1. Preâmbulo

ALTERAÇÕES AO CÓDIGO DA ESTRADA

REGULAMENTO DE CEDÊNCIA E UTILIZAÇÃO DA VIATURA DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS DO COMITÉ OLIMPICO DE PORTUGAL CAPITULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

Directrizes para o exame de condução de automóveis ligeiros de. transmissão automática

Minuta - Regulamento de Uso de Veículos

CIRCULAÇÃO EM ROTUNDAS

NE 01: DIAS E HORÁRIOS (ART.9º DO REGULAMENTO GERAL)

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA

PARAGEM E ESTACIONAMENTO

Casa Velório. Regulamento de cedência e utilização. Junta de Freguesia da Moita. Nota justificativa

A carta de condução de automóveis pesados habilita a conduzir: Automóveis ligeiros. Motociclos. Qualquer tipo de veículos com motor.

CÓDIGO DA ESTRADA TÍTULO I. Disposições gerais CAPÍTULO I. Princípios gerais. Artigo 1.º. Definições legais

CONTRA-ORDENAÇÕES RODOVIÁRIAS

REGULAMENTO MUNICIPAL DE TRÂNSITO DO CONCELHO DE ALJUSTREL NOTA JUSTIFICATIVA

Ministério da Ciência e Tecnologia

DECRETO N.º 57/X. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

PROPOSTA DE LEI N.º 60/IX

CIRCULAR DE INFORMAÇÃO AERONÁUTICA n PORTUGAL

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

SUMÁRIO. Série. Jornal da República PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR - LESTE $ 0.25

Decreto n.º 196/76 de 17 de Março

Ministério dos Petróleos

A ambulância deve: Avançar, mas apenas se assinalar a marcha de urgência. Avançar. Ceder-me a passagem.

Dec. Regulamentar n.º 2-A/2005, de 24 de Março (versão actualizada) REGULAMENTA ACTIVIDADES NA VIA PÚBLICA[ Nº de artigos:13 ]

Regulamento Municipal de Inspecção e Manutenção de Ascensores, Monta-Cargas, Escadas Mecânicas e Tapetes Rolantes

Lei Orgânica da Provedoria de Justiça

Âmbito. 2 - Um «transportador» é qualquer pessoa física ou jurídica ou qualquer empresa autorizada, quer na República Portuguesa, quer na

Ministério dos Transportes

Regulamento de Instalações da AAFDL

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

ANEXO 3 REGULAMENTO MUNICIPAL DA ACTIVIDADE DE TRANSPORTE EM TÁXI ODIVELAS. Ano VI - N.º 4-8 de Março de Anexo 3

REGULAMENTO DE COMBATE À VIOLÊNCIA NOS ESPECTÁCULOS DESPORTIVOS

CÂMARA MUNICIPAL DE PESO DA RÉGUA

Decreto-Lei n.º 478/99, de 9 de Novembro

PARLAMENTO EUROPEU PROJECTO DE PARECER. Comissão da Indústria, do Comércio Externo, da Investigação e da Energia PROVISÓRIO 2003/0252(COD)

Regulamento Financeiro do Partido Social Democrata (Aprovado na Comissão Política Nacional de )

REGULAMENTO DA PORTARIA - DOS LOCAIS DE ACESSO AO CLUBE. - DOCUMENTOS A SEREM EXIGIDOS.

REGULAMENTO MUNICIPAL DE APOIO AO MOVIMENTO ASSOCIATIVO

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro

REGULAMENTO FINANCEIRO DO CDS/PP

ESCOLA DE CONDUÇÃO INVICTA (Fases do Processo de Contra-Ordenações)

Junta de Freguesia de Arrifana. Capítulo I. Disposições Gerais. Artigo 1.º. Objeto. Artigo 2.º. Sujeitos. Artigo 3.º. Isenções

Decreto - executivo nº 6/96 de 2 de Fevereiro

Sou obrigado a parar e a ceder a passagem ao veículo de tracção animal. a) Certo. b) Errado. c) d)

DECRETO N.º 70/XII. A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte: Artigo 1.

TESTE DE TEORIA DE CONDUÇ Ã O

NORMAS E CONDIÇÕES GERAIS DE FUNCIONAMENTO LOW COST PARKING

REGULAMENTO DE ESTACIONAMENTO DO MUNÍCIPIO DE VILA NOVA DE GAIA

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR LESTE MINISTÉRIO DAS FINANÇAS GABINETE DA MINISTRA. Diploma Ministerial Nº 5/2009, De 30 de Abril

Prova de Conhecimentos. Questões de carater geral. (de entre 6 questões serão sorteadas 2 questões)

M A R I N A D E A L B U F E I R A A L B U M A R I N A - S O C I E D A D E G E S T O R A D E M A R I N A S S. A REGULAMENTO INTERNO

Decreto nº 19/2002 de 23 de Julho. Artigo 1. É aprovado o Regulamento do Imposto Sobre Veículos, previsto na alínea f) do nº

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 004/2014 SGA SISTEMA GERAL DE ADMNISTRAÇÃO

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 128/2006 de 5 de Julho

REGULAMENTO MUNICIPAL DE TRANSPORTE PÚBLICO DE ALUGUER EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS

DESPACHO ISEP/P/13/ A importância de promover a transparência e a eficiência das actividades e da salvaguarda dos activos;

Postura Geral das Zonas de Estacionamento Automóvel Reservado. a Moradores no Município do Funchal

Decreto do Governo n.º 1/85 Convenção n.º 155, relativa à segurança, à saúde dos trabalhadores e ao ambiente de trabalho

Programação e Execução das Operações de Reabilitação Urbana

PROJETO DE REGULAMENTO DO PAVILHÃO GIMNODESPORTIVO NORMA JUSTIFICATIVA

Resolução da Assembleia da República n.º 64/98 Convenção n.º 162 da Organização Internacional do Trabalho, sobre a segurança na utilização do amianto.

Ministério do Interior

CLUBE NAVAL DE SANTA MARIA

Regulamento de Controlo Interno. Freguesia de Paçô. Arcos de Valdevez

Associação Portuguesa de Seguradores RAMO AUTOMÓVEL TABELA PRÁTICA DE RESPONSABILIDADES

REGULAMENTO DAS ZONAS DE ESTACIONAMENTO DE DURAÇÃO LIMITADA

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE PARLAMENTO NACIONAL. LEI N. 4 /2005 de 7 de Julho Lei do Investimento Nacional

REGULAMENTO DA ACTIVIDADE DE TRANSPORTE DE ALUGUER EM VEÍCULOS LIGEIROS DE PASSAGEIROS

NOTA TÉCNICA INSTALAÇÃO E SINALIZAÇÃO DE LOMBAS REDUTORAS DE VELOCIDADE

O ACOMPANHAMENTO TÉCNICO COMO CONTRIBUTO PARA A MELHORIA DO DESEMPENHO DA INDÚSTRIA EXTRACTIVA

Regulamento do Fundo de Responsabilidade Social do Hospital Vila Franca de Xira

CÂMARA MUNICIPAL DE MONTIJO ÍNDICE

Assembleia de Freguesia de Rebordões Souto Regulamento e Tabela Geral de Taxas

Estabelece medidas de incentivo à reciclagem de pneus usados

REGULAMENTO DA COMISSÃO DE AUDITORIA BANCO ESPÍRITO SANTO, S. A. Artigo 1.º Composição

Regulamento e Tabela de Taxas

PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL Resolução do Conselho do Governo n.º 107/2010 de 14 de Julho de 2010

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM Dr. José Timóteo Montalvão Machado

RMABE-Regulamento Municipal de Atribuição de Bolsas de Estudo Preâmbulo

RESOLUÇÃO Nº 543, DE 15 DE JULHO DE 2015

REGULAMENTO MUNICIPAL DA ACTIVIDADE DE TRANSPORTE PÚBLICO DE ALUGUER EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS TRANSPORTES EM TÁXI PREÂMBULO

REGULAMENTO AJUDAS DE CUSTO E DE TRANSPORTE INSTITUTO POLITÉCNICO DE BEJA 1. Artigo 1.º Objeto

Regulamento de Apoio à Mobilidade e Intercâmbio Cultural

Regulamento Geral de Taxas e Licenças

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR-LESTE GOVERNO. Decreto-lei n.º 12/2004 De 26 de Maio ACTIVIDADES FARMACÊUTICAS

Lei nº. 109/91 de 17 de Agosto Lei da criminalidade informática

Decreto-Lei n.º 229/98 de 22 de Julho

Transcrição:

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR LESTE GOVERNO DECRETO LEI N.º 8/2003, de 18 de Junho 2003 REGULAMENTO DE ATRIBUI ÇÃO E USO DOS VEÍCULOS DO ESTADO O Governo decreta, nos termos da alínea d) do artigo 116.º da Constituição da República, para valer como lei, o seguinte: Artigo 1.º É aprovado o Regulamento de Atribuição e Uso dos Veículos do Estado, anexo ao presente diploma, do qual faz parte integrante. Artigo 2.º O presente decreto lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação. Visto e aprovado em Conselho de Ministros, aos 27 de Novembro de 2002. O Primeiro Ministro (Mari Bim Amude Alkatiri) O Ministro dos Transportes, Comunicações e Obras Públicas

(Ovídio de Jesus Amaral) Promulgado em Publique se. O Presidente da República (José Alexandre Gusmão, Kay Rala Xanana Gusmão)

REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR LESTE Regulamento de Atribuição e Uso dos Carros do Estado Artigo 1.º Afectação dos veículos do Estado 1. Os veículos do Estado serão afectos a cada um dos Ministérios por despacho devidamente fundamentado do Ministro do Plano e das Finanças, o qual terá em conta as verbas inscritas na Lei do Orçamento do Estado. 2. O despacho previsto no número anterior deverá ser precedido por informação do Ministério interessado, propondo os respectivos critérios de distribuição interna dos veículos. 3. Consideram se veículos do Estado, para efeitos deste diploma, todos os veículos de transporte motorizado destinado ao transporte de funcionários do Estado ou de pessoas ao serviço do Estado, incluindo nomeadamente veículos automóveis, motorizadas, autocarros e autocarros ligeiros. Artigo 2.º

Atribuição dos veículos do Estado afectos ao Governo 1. Os veículos automóveis do Estado, afectos ao Governo, serão atribuídos prioritariamente, em função das disponibilidades e para fins exclusivamente profissionais: a) Aos membros do Governo; b) Aos Directores gerais; c) Aos Administradores de Distrito; d) Aos Directores de Serviço. 2. Poderão ser afectos veículos do Estado, de forma temporária ou permanente, a outros funcionários ou grupos de funcionários de categoria diferentes das mencionadas no parágrafo anterior, por razões estritamente relacionadas com o serviço, com base em proposta fundamentada do chefe do serviço respectivo de nível igual ou superior a Director de Serviço. 3. Aos funcionários internacionais afectos à assessoria de um serviço do Governo poderão ser afectos veículos do Estado, por despacho fundamentado do chefe do serviço respectivo de nível igual ou superior a Director de Serviço, por razões estritamente ligadas ao bom desempenho das suas obrigações profissionais. Artigo 3.º Uso dos veículos do Estado 1. Os veículos do Estado serão usados para fins exclusivamente profissionais. 2. Entende se como período normal de utilização do veículo o período entre as 7 e as 19 horas, de Segunda a sexta feira. 3. Durante os horários excluídos do período normal de utilização, deverão os veículos do Estado ficar estacionados no parque do respectivo serviço, salvo o disposto nos números seguintes. 4. Os funcionários nacionais e internacionais autorizados a conduzir os veículos do Estado poderão ser autorizados a conduzir os veículos fora do período normal de utilização, ou mantêlos à sua guarda durante esse período, desde que tal se justifique por razões profissionais ou de segurança e após autorização, ainda que genérica, do respectivo chefe de serviço.

5. A definição de período normal de utilização do veículo, prevista no parágrafo 2 deste artigo, não se aplica aos membros do Governo, aos Directores gerais, aos Directores de Serviço e aos Administradores de Distrito. 6. Ficam excluídos do regime de período normal de utilização do veículo os veículos afectos a actividades do Estado no domínio da segurança, protecção de pessoas e bens, saúde e outras funções do Estado prestadas em regime de permanência, nomeadamente veículos da polícia, veículos dos bombeiros e ambulâncias. Artigo 4.º Observância do Código da Estrada 1. Todos os funcionários do Estado deverão cumprir escrupulosamente as regras previstas no Código da Estrada. 2. Só poderão conduzir veículos do Estado os funcionários, de qualquer nível, habilitados com carta de condução válida, nos termos do Código da Estrada. 3. As regras previstas nos parágrafos anteriores são igualmente aplicáveis aos funcionários internacionais autorizados a conduzir veículos do Estado. 4. A observância das regras do Código da Estrada por parte de funcionários nacionais e internacionais que conduzam uma viatura do Estado é fiscalizada pela Polícia de Timor Leste, nos mesmos termos que a quaisquer outros condutores, devendo esta informar o membro do Governo que tutela o funcionário das infracções detectadas, para efeitos da aplicação do disposto no n.º 2 do artigo 5.º e do n.º 2 do artigo 9.º. Artigo 5.º Responsabilidade Civil 1. O Estado assume a responsabilidade dos seus agentes pelos danos pessoais e/ou materiais resultantes acidentes ou incidentes que envolvam veículo do Estado, quando o respectivo condutor esteja a utilizar o veículo de forma legítima, nos termos do artigo 3.º.

2. São excluídos do parágrafo anterior os casos em que o acidente resulte, directa ou indirectamente, de uma contra ordenação grave ou muito grave cometida pelo agente do Estado envolvido, nos termos dos artigos 140.º e 141.º do Código da Estrada [1]. Artigo 6.º Procedimentos em caso de acidente ou de incidente 1. O funcionário a quem foi afectado um veículo do Estado envolvido em acidente de viação deverá: a) Parar o carro no local de acidente e sinalizá lo devidamente; b) Prestar os socorros necessários aos feridos; c) Identificar os condutores dos outros veículos envolvidos; d) Comunicar o acidente ocorrido ao posto policial mais próximo, solicitando a presença dos agentes policiais no local do acidente, no caso em que a presença destes se afigure aconselhável. 2. O funcionário a quem foi afectado um veículo do Estado deverá produzir relatório dirigido ao serviço responsável pela gestão dos veículos do Estado sempre que: a) Verifique a existência de danos no veículo, não resultantes de acidente de viação; b) O veículo tenha estado envolvido em acidente do qual tenham resultado danos pessoais e/ou danos materiais, ainda que apenas na esfera jurídica de terceiros; c) O veículo ou algum dos seus componentes tenha sido furtado. 3. O serviço responsável pela gestão dos veículos do Estado poderá decidir abrir uma investigação na base do relatório apresentado pelo funcionário nos termos do número anterior, da qual poderá resultar uma proposta de sanções nos termos do artigo 9.º, sem prejuízo da responsabilidade civil do funcionário decorrente da aplicação do n.º 2 do artigo 5.º.

Artigo 7.º Deveres dos funcionários em matéria de manutenção São deveres dos funcionários a quem foi afectado um veículo do Estado de velar pela sua manutenção adequada, nomeadamente através dos seguintes procedimentos: a) Velar em permanência pelo bom estado mecânico e funcional do veículo, nomeadamente a verificação do nível do óleo do motor e dos fluidos de refrigeração e limpeza, estado dos travões, pressão e estado de conservação dos pneumáticos; b) Levar o veículo pontualmente à manutenção periódica, notificando os problemas detectados; c) Recorrer à inspecção preventiva, no caso de detectar problemas que potencialmente ponham em causa a segurança do veículo. Artigo 8.º Deveres dos funcionários em matéria de documentação São deveres dos funcionários a quem foi afectado um veículo do Estado de seguir os seguintes procedimentos em matéria de documentação: a) Manter a bordo do veículo, em permanência, a documentação relativa ao veículo, e exibi la sempre que solicitada pelos agentes da autoridade; b) Manter a bordo um registo diário das viagens e distâncias percorridas, o qual deverá ser remetido trimestralmente ao serviço responsável pela gestão dos veículos do Estado. Artigo 9.º Sanções 1. O funcionário que utilizar um veículo do Estado em violação do disposto no artigo 3.º será

punido as seguintes sanções: a) À primeira infracção, advertência; b) À segunda infracção, interdição da condução de veículos do Estado por um período de um mês e coima de 10 dólares; c) À terceira infracção, interdição da condução de veículos do Estado por um período de 6 meses e coima de 50 dólares; d) À quarta infracção, interdição definitiva de condução de veículos do Estado. 2. O funcionário que cometer infracções ao Código da Estrada, em violação do deveres gerais previstos nos n.º 1 e n.º 2 do artigo 4.º, poderá ser objecto de uma sanção de interdição temporária da condução de veículos do Estado, acessória às sanções previstas naquele Código. 3. O funcionário que, de forma repetida e após advertência, não cumprir os deveres a que está obrigado nos termos dos artigos 7.º e 8.º, será objecto de uma sanção de interdição temporária da condução de veículos do Estado. 4. Sem prejuízo do disposto no n.º anterior, os casos especialmente graves de violação dos deveres em matéria de manutenção do veículo, previstos no artigo 7.º, dos quais tenha resultado acidente grave ou danos mecânicos que reduzam substancialmente o valor patrimonial do veículo, poderão ser objecto de sanção de interdição definitiva de condução de veículos do Estado, sem prejuízo das outras sanções previstas na lei. 5. A aplicação de sanção de interdição temporária ou definitiva de condução de veículos do Estado a funcionários que assumam a título principal a função de motoristas implica, segundo os casos, a perda do salário correspondente ao período da sanção ou o afastamento compulsório da Administração Pública. 6. As sanções previstas nos números anteriores serão aplicadas por despacho do membro do Governo que tutela o funcionário, sob proposta do chefe do serviço responsável pela gestão dos veículos do Estado e após audição prévia do funcionário. 7. O produto das coimas previstas no n.º 1 deste artigo reverte para o Tesouro do Estado.

[1] Artigos 140º e 141º do Código da Estrada: Artigo 140.º Contra ordenações graves São graves as seguintes contra ordenações: a) O trânsito de veículos em sentido oposto ao legalmente estabelecido; b) O excesso de velocidade superior a 30 km/h sobre os limites legalmente impostos, quando praticado pelo condutor de motociclo ou de automóvel ligeiro, ou superior a 20 km/h, quando praticado por condutor de outro veículo a motor; c) O excesso de velocidade superior a 20 km/h sobre os limites de velocidade estabelecidos para o condutor; d) O trânsito com velocidade excessiva para as características do veículo ou da via, para as condições atmosféricas ou de circulação, ou nos casos em que a velocidade deva ser especialmente moderada; e) O desrespeito das regras e sinais de cedência de passagem, ultrapassagem, mudança de direcção, inversão do sentido de marcha, marcha atrás e atravessamento de passagem de nível; f) A paragem ou o estacionamento nas bermas das auto estradas ou vias equiparadas; g) O desrespeito das regras de trânsito de automóveis pesados e de conjuntos de veículos, em auto estradas ou vias equiparadas; h) A não cedência de passagem aos peões pelo condutor que mudou de direcção dentro das localidades, bem como o desrespeito pelo trânsito dos mesmos nas passagens para o efeito assinaladas; i) O desrespeito da obrigação de parar imposta pelo agente fiscalizador ou regulador do trânsito, pela luz vermelha de regulação do trânsito ou pelo sinal de paragem obrigatória nos cruzamentos, entroncamentos e rotundas; j) A transposição ou a circulação em desrespeito de uma linha longitudinal contínua delimitadora de sentidos de trânsito ou de uma linha mista com o mesmo significado; l) O trânsito de veículos sem utilização dos dispositivos de iluminação, quando obrigatória; m) A condução sob influência de álcool, quando a taxa de álcool no sangue for igual ou superior a 0,8 g/l; n) A não utilização do sinal de pré sinalização de perigo, quando obrigatório, fora das localidades. Artigo 141.º Contra ordenações muito graves São muito graves as seguintes contra ordenações: a) A paragem ou o estacionamento nas faixas de rodagem, fora das localidades, a menos de 50 m dos cruzamentos e entroncamentos, curvas ou lombas de visibilidade insuficiente e, ainda, a paragem ou o estacionamento nas faixas de rodagem das auto estradas ou vias equiparadas; b) O estacionamento, de noite, nas faixas de rodagem, fora das localidades;

c) A não utilização do sinal de pré sinalização de perigo, quando obrigatório, em autoestradas ou vias equiparadas; d) A utilização dos máximos de modo a provocar encandeamento; e) A entrada ou saída das auto estradas ou vias equiparadas por locais diferentes dos acessos a esses fins destinados; f) A utilização, em auto estradas ou vias equiparadas, dos separadores de trânsito ou de aberturas eventualmente neles existentes; g) As infracções previstas nas alíneas a), e) e l) do artigo anterior quando praticadas nas auto estradas ou vias equiparadas; h) A infracção prevista na alínea b) do artigo anterior, quando o excesso de velocidade for superior a 60 km/h ou a 40 km/h, respectivamente, bem como a infracção prevista na alínea c) do mesmo artigo, quando o excesso de velocidade for superior a 40 km/h; i) A infracção prevista na alínea m) do artigo anterior, quando a taxa de álcool no sangue for igual ou superior a 1,2 g/l; j) A condução sob influência de substâncias legalmente consideradas como estupefacientes ou psicotrópicas.