O Que Jesus Beberia? A Um Spirit-Filled Estudo Cheio do Study Espírito A Spirit-Filled Study
O Que Jesus Beberia? A Um Spirit-Filled Estudo Cheio do Study Espírito A Spirit-Filled Study Joel McDurmon EDITORA MONERGISMO BRASÍLIA, DF
Copyright @ 2011, de Joel McDurmon Publicado originalmente em inglês sob o título What Would Jesus Drink: A Spirit-Filled Study pela Tolle Lege Press, White Hall, West Virginia, 26555, EUA. Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Editora Monergismo Caixa Postal 2416 Brasília, DF, Brasil - CEP 70.842-970 Telefone: (61) 8116-7481 - Sítio: www.editoramonergismo.com.br 1ª edição, 2012 1000 exemplares Tradução: Odayr Olivetti Revisão: Felipe Sabino de Araújo Neto Capa: Márcio Santana Sobrinho Projeto gráfico: Marcos R. N. Jundurian Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo em breves citações, com indicação da fonte. Todas as citações bíblicas foram extraídas da versão Nova Versão Internacional (NVI), 2001, publicada pela Editora Vida, salvo indicação em contrário. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) McDurmon, Joel O que Jesus beberia? Um estudo cheio de Espírito / Joel McDurmon, tradução Odayr Olivetti Brasília, DF: Editora Monergismo, 2012. 150 p.; 21cm. Título original: What Would Jesus Drink: A Spirit-Filled Study ISBN 978-85-62478-55-0 1. Ética 2. Bíblia 3. Teologia CDD 230
À Família Vest e a todas as hospitaleiras famílias da Igreja de Cristo (Christ Church) Branch Cove
Prefácio 7 Sumário Prefácio: Douglas Wilson 11 Reconhecimentos 15 Breve Nota para o Leitor 17 Parte 1: Glória DiVina 19 1. Um Conto Sobre Duas Festas 21 2. E Noé Plantou Uma Vinha 37 3. O Que Jesus Bebia? 51 4. Vinho, Mulheres e Canto 63 Parte 2: Fermentação 71 5. Limites 73 6. Medo da Fermentação 83 7. Sobre o Irmão mais Fraco 93 Parte 3: Uvas Azedas 105 8. Ebrioescatologia 107 9. Algum Queijo para esse Vinho 117 Parte 4: O Fim 131 10. Cerveja e Domínio 133 Recursos Recomendados 149
A vinha sagrada produziu o cacho profético. Clemente de Alexandria Segundo Século Com muita frequência reprimimos a maturidade sob pretexto de pureza. Um Sábio
Prefácio 11 Prefácio Douglas Wilson Bíblia é um livro frustrante para muita gente. Muitas A vezes ela diz e ensina coisas que preferiríamos não ouvir, e apresenta Deus sob aspectos desconcertantes para aqueles que gostariam de ser conhecidos por sua piedade. Mas, visto que o homem é um extraviado e anda em busca de muitos estratagemas e intrigas (Ec 7.29), desenvolvemos vários métodos para contornar este problema que a Bíblia cria. Nos círculos teológicos, as maneiras de fazer rodeio em torno do que as Escrituras realmente ensinam podem ser reduzidas a duas categorias amplas a abordagem liberal, ou modernista, e a conservadora. A abordagem liberal rejeita a autoridade prática da Escritura, mas às vezes é mais confiável quanto ao que o texto da Escritura realmente diz do que a abordagem conservadora. Isso é verdade, muito embora os conservadores sejam os que corajosamente professam que a Bíblia é a inerrante Palavra de Deus, sem erro em tudo o que afirma. A razão disso é, de fato, que a abordagem liberal não se entusiasma com a ideia de ter que viver com os resultados da exegese. O liberalismo é um modo de rejeição, reservando-se o direito de dizer que, conquanto a Bíblia ensine isto e aquilo, nós crescemos, e tudo isso é passado para nós. Por isso o liberal
12 O que Jesus Beberia? pode reconhecer que a Bíblia ensina uma doutrina particular, ou apresenta um particular exemplo, e depois sair dizendo: Isso não é fantástico? Há, há, há! Por outro lado, o conservador tem que viver com as afirmações que a Bíblia faz. Se ele não quiser conviver com isso, se entrar em conflito com as suas tradições ou com as suas mais acarinhadas crenças, terá que se convencer de que a sua interpretação deixa de ter uma forma aceitável. Diversamente do liberal ou modernista, ele não tem a opção de reconhecer que Jesus bebia vinho, mas sim que ele teria chegado a uma posição mais apropriada se sua vida não tivesse terminado tão tragicamente e tão depressa. É, pois, uma ironia que muitos conservadores, que lutam pela autoridade infalível da Escritura em todos os tópicos de que ela fala, simplesmente não querem nem pensar que a Bíblia consente na presença de uma garrafa âmbar de uísque Glenfiddich no escritório de um homem piedoso. Mas a Bíblia é favorável a isso (Dt 14.26), e minhas chances de conseguir que um exegeta liberal me diga o que o texto diz de fato sobre este ponto são melhores do que conseguir que um conservador abstinente o faça. Ironicamente, muitos conservadores reconhecem mansamente como cordeiros que a Bíblia não proíbe bebida alcoólica (muito ao contrário), mas continuam dizendo que, por amor de um bom testemunho, ainda devemos renunciar a isso. Além dos problemas criados pelas tentativas de dar um testemunho melhor do que o que a Bíblia dá, há também a dificuldade causada pelo fato de que o abstinente acaba dando seu próprio tipo de mau testemunho. H. L. Mencken foi um dos principais escritores descrentes do século vinte, e para ele os abstinentes que criticam acidamente os que bebem não tinham nada de útil. Estes eram, em suma, um mau
Prefácio 13 testemunho. Mas, em contraste, quando um tipo diferente de conservador, J. Gresham Machen, faleceu, Mencken teve isto para dizer: Quando a imbecilidade da Proibição caiu sobre o país, e uma multidão de charlatães teológicos, inclusive não poucos eminentes presbiterianos procuraram ler no Novo Testamento apoio para essa lei, Machen os atacou com grande vigor, e os desbaratou facilmente. Ele não provou somente que não havia nada nos ensinos de Jesus que apoiasse tão monstruosa loucura; ele provou com farta argumentação que os conhecidos ensinos de Jesus eram inalteravelmente contra aquilo. E, tendo apresentado essa prova, ele se recusou, como cristão sincero, a ter coisa alguma que ver com a lei seca. 1 Machen teve um bom testemunho (nos termos definidos biblicamente) porque esteve disposto a dizer o que a Bíblia diz. Ele queria estar ligado estreitamente ao texto, o que fez dele um verdadeiro conservador. A Bíblia não é uma tela em branco na qual poderíamos projetar os nossos desejos piedosos. A Bíblia é a Palavra de Deus revelada para nós, e, como cristãos batizados, é nossa responsabilidade submeter- -nos a ela. Como Machen, Joel McDurmon é meu tipo de crente conservador. Ele se dispõe a ir aonde a Bíblia diz que podemos ir, mesmo que seja o corredor de vinhos do supermercado. Ele se dispõe a sentar-se com os apóstolos para partilhar uma refeição, mesmo que o estabelecimento que serve o almoço tenha cerveja à venda. Ele se dispõe a beber o que a Bíblia diz que podemos beber. E neste livro ele faz um excelente trabalho, expondo diante de nós as razões escriturís- 1 Do obituário de H. L. Mencken sobre J. Gresham Machen.
14 O que Jesus Beberia? ticas para isso tudo. Ele começa onde todas as nossas lições sobre comer e beber deveriam começar, que é na Ceia do Senhor, e depois passa a discutir as palavras que o Espírito Santo escolheu para revelar a sua vontade sobre este assunto. Depois ele trata de algumas objeções comuns, que talvez você, leitor, provavelmente ouviu antes. Este livro é pequeno, mas há muita coisa aqui. Uma vez eu li uma sentença casual, lançada a esmo creio que foi uma linha final do email de alguém uma sentença que se fixou todos estes anos, desde quando a li pela primeira vez. A declaração vai ao centro desta questão, e ilustra por que livros como este pequeno volume são tão importantes. A breve linha dizia o seguinte: Se o seu pastor diz que o vinho na Bíblia era suco de uva, como você pode confiar em qualquer coisa que ele diga? Este livro é excelente, e eu o recomendo a você.