RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INICIAL. 1. Introdução



Documentos relacionados
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INICIAL. 1. Introdução

POLÍTICA DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO

POLÍTICA DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE S.A. ( BANCO POPULAR ) Introdução

Política de Seleção e Avaliação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização e dos Titulares de Funções Essenciais

REGULAMENTO DA AGMVM N.º 1/2012 SUPERVISÃO PRUDENCIAL

CÂMARA MUNICIPAL DE MOURA

BANIF BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL, S.A.

POLÍTICA INTERNA DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DOS TITULARES DE FUNÇÕES ESSENCIAIS DA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL

NCE/14/01786 Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

1. ENQUADRAMENTO 2. METODOLOGIA

Projeto de REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIO ÀS FREGUESIAS. Nota Justificativa

Instruções. Formulário de Gerenciamento de Estágio Probatório

Regulamento de Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente do Instituto Superior de Ciências Educativas de Felgueiras (RADPD_ISCE)

REGULAMENTO DA FORMAÇÃO NÃO GRADUADA SECÇÃO I COORDENADOR DE CURSO. Artigo 1.º Coordenador de Curso

INSTITUTO POLITÉCNICO DE COIMBRA PÓS-GRADUAÇÃO EM FINANÇAS EMPRESARIAIS. 1.ª Edição

Regulamento do Curso Técnico Superior Profissional

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

CAPÍTULO I Rádio e Televisão de Portugal, S. A. Artigo 1º. Natureza, objecto e Estatutos

Regulamento Geral de Estudos Pós-Graduados. do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

Regimento. do Conselho Municipal de Educação. município, garantir o adequado ordenamento da rede educativa nacional e municipal;

REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo

PROPOSTA DE LEI N.º 233/XII

NCE/11/00621 Decisão de apresentação de pronúncia - Novo ciclo de estudos

CRITÉRIOS DE PONDERAÇÃO CURRICULAR A APLICAR NA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO GRUPO DE PESSOAL TÉCNICO SUPERIOR

Programa de Formação para Profissionais

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃOE DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL

Assunto Audição do Conselho Nacional das Ordens Profissionais (CNOP) na 10ª Comissão de Segurança Social e Trabalho

Município de Valpaços

Serviços de Acção Social do IPVC. Normas de funcionamento da Bolsa de Colaboradores

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS TITULARES DE FUNÇÕES ESSENCIAIS DO BANCO POPULAR PORTUGAL, SA

Regulamento n.º 1 /2007 BANCO DE CABO VERDE. Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários. Auditores dos Organismos de Investimento Colectivo

MUNICÍPIO DE PAMPILHOSA DA SERRA

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras)

PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR. Relatório de auditoria para efeitos de supervisão prudencial das empresas de seguros

Avaliação do Desempenho dos Médicos.

Acta n.º Avaliação curricular e prova de conhecimentos 60%

JORNAL OFICIAL. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Quarta-feira, 2 de julho de Série. Número 99

ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM Dr. José Timóteo Montalvão Machado

COMISSÃO DE VENCIMENTOS DA SONAE - SGPS, SA

Normas Regulamentares do Curso de Jornalismo Comunicação e Cultura

REGULAMENTO DO COLÉGIO DA ESPECIALIDADE DE URBANISMO

JORNAL OFICIAL Sexta-feira, 20 de abril de 2012

REGULAMENTO DA COMISSÃO DE AUDITORIA BANCO ESPÍRITO SANTO, S. A. Artigo 1.º Composição

ANO LETIVO 2013/2014 CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO

Auditoria nos termos do Regulamento da Qualidade de Serviço Relatório resumo EDP Serviço Universal, S.A.

1 - Destinatários: Apenas serão financiados os estágios em que os jovens cumpram os seguintes requisitos:

Programa Horizon Algumas Regras de Participação. Disposições Gerais

Ministério da Defesa Nacional Marinha. Escola Naval REGULAMENTO DE AVALIAÇÃO DOS DISCENTES DOS CICLOS DE ESTUDOS DA ESCOLA NAVAL

4912 Diário da República, 1.ª série N.º de agosto de 2012

Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior Cód CRITÉRIOS GERAIS DE AVALIAÇÃO. EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR, ENSINOS BÁSICO e SECUNDÁRIO

REGULAMENTO MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE RECINTOS DE ESPECTÁCULOS E DIVERTIMENTOS PÚBLICOS

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO

Reitoria. Universidade do Minho, 16 de fevereiro de 2012

ANEXO I REGULAMENTO GERAL DE AVALIAÇÃO

ASSEMBLEIA GERAL DA MARTIFER - SGPS, S.A. 11 de Abril de 2011

FICHA DE CURSO DESIGNAÇÃO. DURAÇÃO 128 Horas + 3 horas de exame. ÁREA TEMÁTICA DA FORMAÇÃO 862 Segurança e Higiene no Trabalho

COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS RECOMENDAÇÃO DA COMISSÃO

FEUP RELATÓRIO DE CONTAS BALANÇO

MESTRADOS. Artigo 1.º Criação A Escola Superior de Comunicação Social confere o grau de Mestre em Jornalismo.

Regulamento PAPSummer 2016

c) Os parâmetros estabelecidos a nível nacional para a avaliação externa estabelecidos pelo Ministério da Educação e Ciência.

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º. Assunto:

Aviso OFERTA DE ESTÁGIOS

REGULAMENTO INSTITUCIONAL MONITORIA

SUZANO PAPEL E CELULOSE S.A. Regimento Interno do Conselho de Administração

Critérios de Avaliação

REGULAMENTO DE APOIO NA COMPARTICIPAÇÃO MUNICIPAL DE MEDICAMENTOS E APARELHOS DE SAÚDE

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CONSELHO UNIVERSITÁRIO CÂMARA SUPERIOR DE PÓS-GRADUAÇÃO

REGULAMENTO DA COMISSÃO PERICIAL DA ORDEM DOS MÉDICOS DENTISTAS

Regulamento do Curso de Pós-Graduação em Higiene Oral para Pessoas com Necessidades Especiais

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INICIAL. 1. Introdução

PROPOSTA ALTERNATIVA

REGIMENTO DO NÚCLEO DE ESTUDOS URBANOS - NEURB CAPÍTULO I DA CONSTITUIÇÃO E FINALIDADE

RECOMENDAÇÃO N.º 10/B/12

Decreto-Lei n.º 229/98 de 22 de Julho

Regulamento de Estágio do Mestrado em Desporto 2009

Padrões de Qualidade para Cursos de Comunicação Social

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS AFONSO DE ALBUQUERQUE 2014/2015. Regulamento dos Quadros de Valor, de Mérito e de Excelência

REGULAMENTO DO CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTE AO GRAU DE MESTRE EM ANIMAÇÃO DIGITAL

Critérios Gerais de Avaliação

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DO SABUGAL. Relatório de AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO PESSOAL DOCENTE

SAD - SERVIÇO DE APOIO

Estatuto do Trabalhador-Estudante

COMUNICADO DE PROCESSO SELETIVO INTERNO Nº 03/2013

TV CABO PORTUGAL, S.A.

UNIVERSIDADE POSITIVO Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa EDITAL Nº 02/2009

Projeto de Regulamento de Concessão de Apoios. Freguesia de Fátima

REGULAMENTO, CONSTITUIÇÃO E CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE DESPORTO PREÂMBULO

ACORDO DE PRINCÍPIOS PARA A REVISÃO DO ESTATUTO DA CARREIRA DOCENTE E DO MODELO DE AVALIAÇÃO DOS PROFESSORES DOS ENSINOS BÁSICO E SECUNDÁRIO

Transcrição:

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INICIAL 1. Introdução Este Relatório de Avaliação Inicial corresponde ao relatório que deve ser elaborado no processo de avaliação inicial de Membros do órgão de administração, nos termos do artigo 30.º-A do Regime Geral das Instituições de Crédito e das Sociedades Financeiras e do Ponto 4.3 da Política de Seleção e Avaliação dos Membros do Órgão de Administração e Fiscalização e dos Titulares de Funções Essenciais do BANIF BANCO INTERNACIONAL DO FUNCHAL, S.A. (de agora em diante Política de Seleção e Avaliação). 2. Identificação sumária do candidato Nome Profissional: Jorge Nunes Data de Nascimento: 31.10.1959 Nacionalidade: Portuguesa Atividade que vai exercer: Órgão de Funções executivas X Administrador executivo administração Funções não executivas Funções de fiscalização 1

Titular de funções essenciais: Data prevista de nomeação: 26 de Agosto de 2015 Duração prevista do mandato: 3 anos Pelouro/responsabilidades previstas: Não se encontra ainda definida a distribuição de pelouros entre os membros executivos do órgão de administração 3. Experiência, conhecimentos e competências A análise da experiência, conhecimentos e competências do Candidato deteve-se em particular no seu percurso académico e profissional, revelado no seu Curriculum Vitae. Nesse âmbito, foi apreciada nomeadamente a experiência profissional do Candidato como Diretor-Geral do Banif nos últimos 10 anos, com a responsabilidade por um conjunto amplo de áreas funcionais do Banco (Direcções Comerciais, Recuperação de Crédito, Imobiliário, Leasing, Renting, Crédito Pessoal, Meios de Pagamento). 2

a CGS considera que o Candidato reúne a experiência, conhecimentos e competências requeridos por lei e exigíveis nos termos da regulamentação interna do Banco, atendendo, entre outros fatores, aos critérios enunciados no artigo 31.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e nos Pontos 3.8 a 3.10 da Política de Seleção e Avaliação, à formação académica do Candidato e aos conhecimentos e competências adquiridos durante a sua carreira profissional. Foi especialmente ponderada a vasta experiência profissional do Candidato na direção no sistema bancário, adquirida ao longo de quase duas décadas. 4. Idoneidade a CGS considera que o Candidato reúne as exigências requeridas por lei e exigíveis nos termos da regulamentação interna do Banco no tocante à Idoneidade, seja no plano técnico, seja no plano ético e de integridade profissional, atendendo, entre outros fatores, aos critérios enunciados no artigo 30.º-D do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e nos Pontos 3.3 a 3.7 da Política de Seleção e Avaliação A CGS não tomou conhecimento de nenhum facto que possa razoavelmente suscitar dúvidas quanto à capacidade do Candidato de garantir uma gestão sã e prudente do Banco. Nesta apreciação, baseada em critérios de natureza objetiva aplicados ao seu percurso profissional, tivemos em conta o modo como o Candidato gere habitualmente os negócios, profissionais ou pessoais, ou exerce a profissão, em especial nos aspetos que revelem a sua capacidade para decidir de forma ponderada e criteriosa, e a sua tendência para cumprir pontualmente as suas obrigações e para ter comportamentos compatíveis com a preservação da confiança do mercado, 3

tomando em consideração todas as circunstâncias que permitam avaliar o comportamento profissional para as funções para as quais será designado. 5. Independência a CGS conclui que o Candidato reúne a Independência requerida por lei e exigível nos termos da regulamentação interna do Banco, atendendo, entre outros fatores, aos critérios enunciados no artigo 31.º-A do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e nos Pontos 3.11 a 3.13 da Política de Seleção e Avaliação. Foi ponderada nesta análise, em particular, a independência de espírito do candidato revelada na autonomia do seu juízo de avaliação no desempenho pretérito de funções profissionais no Grupo Banif e nos processos decisórios aí envolvidos. 6. Disponibilidade 4

Constatou-se em particular que a resposta ao Questionário apresenta uma estimativa de horas semanais alocadas ao exercício de funções (50 h) que se considera suficiente para as funções a serem exercidas. a CGS conclui que o Candidato reúne as exigências legais e os requisitos quanto à sua Disponibilidade, atendendo, entre outros fatores, aos critérios enunciados no artigo 64.º, n.º 1 a) do Código das Sociedades Comerciais, no artigo 33.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras e nos Pontos 3.15 a 3.17 da Política de Seleção e Avaliação. A CGS considera igualmente que a acumulação de cargos revelada no Questionário (por respeitar unicamente a funções numa instituição do Grupo Banif a Banif Imobiliária, S.A..) não é em concreto e também de acordo com os critérios gerais fixados no artigo 33.º, n.º 4 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (que considera como um único cargo os exercidos dentro do mesmo grupo) suscetível de prejudicar o exercício das funções do candidato, não revelando riscos de conflitos de interesses nem de tal facto pode resultar falta de disponibilidade para o exercício do cargo. 7. Adequação do candidato Ponderados todos os elementos de facto relevantes para a aferição dos critérios legislativos e internos quanto à adequação dos candidatos ao exercício dos membros dos órgãos sociais no Banco, atendendo aos elementos consultados e às conclusões extraídas quanto à experiência, conhecimentos e competências, idoneidade, independência e disponibilidade, a CGS é de parecer que o Dr Jorge Nunes satisfaz as exigências de adequação para as funções que se propõe exercer. 5

Além da adequação individual do Candidato, cumpre igualmente examinar o seu contributo para a adequação coletiva dos membros do órgão de administração. A experiência do Candidato na alta direção de instituições de crédito, e o vasto acervo de áreas que já estiveram sob sua responsabilidade (Direcções Comerciais, Recuperação de Crédito, Imobiliário, Leasing, Renting, Crédito Pessoal, Meios de Pagamento), asseguram uma valência muito importante na composição do órgão de administração. A partir daqui, em conjunto com a avaliação que, em simultâneo, é realizado em relação aos restantes candidatos, conclui-se que a composição proposta do órgão de administração reúne qualificação profissional e disponibilidades suficientes para cumprir as respetivas funções legais e estatutárias em todas as áreas relevantes de atuação. 8. Áreas preferenciais para aquisição, manutenção e aprofundamento de conhecimentos Dado que o parecer da CGS quanto à adequação do Candidato é positivo, ao abrigo do ponto 7.2 da Política de Seleção e Avaliação são abaixo enunciadas as três áreas preferenciais para aquisição, manutenção e aprofundamento de conhecimentos do candidato, atendendo à necessidade individual do futuro dirigente em questão, mas também às necessidades do Banco e às tendências de inovação na área bancária e financeira: - Contexto legal nacional e europeu dos processos de ajuda de Estado para recapitalização de instituições de crédito; - Governo Societário; - Novos desenvolvimentos na atividade bancária: CRR/DMIF II/União Bancária. A Comissão de Governo Societário 10 de Agosto de 2015 6