APOSTILA DE INSTRUÇÃO OPERACIONAL PARA O CEFS/2008



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APOSTILA DE INSTRUÇÃO OPERACIONAL PARA O CEFS/2008

1-AGENTES EXTINTORES Agentes extintores são produtos químicos usados na prevenção e extinção de incêndios e na prevenção ou supressão de explosões. Podem ser usados em extintores fixos ou móveis para que sejam projetados sobre o fogo ou podem também ser utilizados no ambiente a fim de prevenir ou suprimir incêndios ou explosões. Os agentes extinguem o fogo física ou quimicamente, podendo também atuar destas duas formas simultaneamente. São armazenados e utilizados nos estados: sólido, líquido ou gasoso. Existem aqueles que executam a extinção nos estados líquido e gasoso, outros são aplicados líquido, entretanto sua ação só é efetivada quando no estado gasoso, ou vaporizado. Os sólidos, mesmo atuando neste estado, geralmente recebem tratamentos para que se comportem como fluidos com a finalidade de serem empregados através dos equipamentos e instalações de combate ao fogo. Os agentes mais utilizados são: a) Água; b) Espuma; c) Dióxido de carbono; d) Hidrocarbonetos halogenados; e e) Pós químicos. 1.1-ÁGUA A água é o agente extintor mais comumente utilizado nos corpos de bombeiros em todo mundo pelo seu baixo custo em relação aos outros agentes e principalmente por se tratar de um excelente regulador térmico. Encontrada na natureza em três fases distintas, sólida, líquida e gasosa, sua composição química é a mesma: H2O. Estas três fases diferem entre si pelo arranjo dos átomos e pela intensidade das forças entre eles, denominadas forças de coesão1. A fase sólida se caracteriza pelo fato de os átomos constituintes estarem sujeitos a forças de coesão de grande intensidade, que fazem com que haja uma vibração atômica bem reduzida. Em virtude disto, na fase sólida as substâncias possuem volume e forma constantes e são praticamente incompressíveis. Na fase líquida as forças de coesão têm menor intensidade, permitindo uma movimentação atômica mais acentuada, mas ainda suficientes para garantir um volume constante para as substâncias. Como exemplo prático você pode imaginar que ao tentarmos colocarmos um cubo de gelo num copo, ele, dependendo do seu tamanho em relação ao copo, pode nem entrar no copo. Isto se deve ao fato de que as substâncias sólidas terem forma e volumes constantes, então o gelo não se adequa à forma do copo. O mesmo aconteceria se fosse uma pedra ou um tijolo. Se tentássemos realizar esta operação com um líquido -água por exemplo- nós conseguiríamos, porque a água apesar de ter volume constante, tem forma variável, e seu volume se adequaria à forma do copo, se fosse uma jarra, se adequaria à forma da jarra, etc. No estado gasoso, as forças de coesão são muito pequenas e por isto a agitação atômica é muito acentuada, de modo que as partículas que constituem a substância nesta fase se movem desordenadamente e com grande velocidade. Por isto os gases e vapores não apresentam forma nem volume fixos, sendo dotados de notável expansibilidade e compressibilidade. Em conseqüência, as substâncias no estado gasoso tendem a ocupar todo o espaço que lhes é oferecido, adquirindo a forma do recipiente onde estão. A fase em que uma substância se encontra é função dos valores da pressão e da temperatura a que está submetida. Neste curso consideraremos condições normais de temperatura e pressão, ou seja, todas as operações ocorrendo sob pressão atmosférica normal e 1 Forças de coesão: Sólidos e líquidos resistem a esforços de tração; este fato revela forças de atração entre os corpúsculos (átomos ou moléculas) que compõem o corpo ensaiado; mesmo em gases e vapores, existem débeis forças de atração entre os corpúsculos (efeito Joule -Thompson). Tais forças de atração exercidas entre corpúsculos da mesma espécie química são denominadas forças de coesão. Esforços de tração crescentes aplicados a um corpo alongam-no até rompe-lo; isto demonstra que as forças de coesão diminuem rapidamente à medida que aumenta a distância entre os corpúsculos. Forças de atração entre corpúsculos de espécies químicas diferentes são denominadas forças de adesão. Por exemplo, a água adere fortemente a uma superfície de vidro perfeitamente desengordurada.

nestas condições2, a água é líquida, solidificando-se a temperatura de 0ºC e vaporizando-se a 100ºC. A vaporização é uma denominação genérica para a passagem da fase líquida para a fase gasosa pois a vaporização se dá de três formas distintas: 1) evaporação: é a passagem espontânea e está ligada também à área irrigada e à ventilação ocorre, por exemplo, com as poças d'água, nas salinas, etc. 2) ebulição: é a passagem ocorrida em função do aumento gradativo da temperatura ocorre quando fervemos a água. 3) calefação: é a passagem que ocorre em função do aumento súbito da temperatura ocorre, por exemplo, quando borrifamos água numa superfície super-aquecida. Nas três fases apresenta-se transparente, insípida e inodora. Na fase gasosa mantém-se incolor e transparente até o início do processo de sua condensação, quando se apresenta como uma nuvem branca e visível devido a perda de calor. Sua vaporização é na proporção de 1 litro de líquido para a produção de 1700 litros de vapor. Para atingir o ponto de ebulição em um litro de água líquida a 20ºC, é necessário 80 calorias3 e mais 540 calorias para a evaporação4, chegando a um total de 620 calorias no final do processo. Esta propriedade é de grande importância na extinção por resfriamento. A água alcança sua maior densidade e peso aos 4 C e também o seu menor volume, onde um centímetro cúbico de água destilada pesa um grama. É um dos principais solventes da natureza, possui uma excelente estabilidade química, porém pode ser decomposta em seus componentes pela ação da corrente elétrica, e por temperaturas acima de 1200 C, produzindo o perigoso gás hidrogênio e o comburente oxigênio. O ferro e o cobre, quando em brasa, também a decompõem. O potássio, o sódio e o cálcio reagem violentamente com ela, decompondo-a a frio e incendiando-se ao seu contato. O flúor e o cloro a decompõe, produzindo os ácidos fluorídrico e clorídrico. USO DA ÁGUA A água pode ser aplicada no estado líquido através de jato compacto, de neblina, nebulizada ou pulverizada, e no estado gasoso na forma de vapor. No estado sólido a água pode causar transtorno para os equipamentos de combate de incêndio, destruindo-os ou impedindo o seu uso devido, pois há um aumento em cerca de 10% no seu volume inicial. Por este motivo, nos locais sujeitos a temperaturas que implicam o congelamento da água, raros no Brasil, empregam-se anti-congelantes para proteção e funcionamento do equipamento. JATO COMPACTO É empregado com a água no seu estado líquido, sendo a mais antiga forma de emprego da água com o uso de tubulações. Sua ação extintora ocorre por resfriamento. Constitui uma boa opção quando pretende-se atingir maiores distâncias e um maior volume de água a ser empregado. Recomenda-se sua utilização em incêndios de classe A, porém deve-se verificar as condições de segurança do operador, uma vez que o jato compacto não protege com eficiência a pessoa que utiliza-o contra o calor e a fumaça. NEBLINA É empregada com a água no seu estado líquido. Sua utilização surgiu com o avanço da tecnologia dos equipamentos de combate à incêndio, principalmente dos esguichos e sprinklers (chuveiros automáticos). Sua ação extintora se dá por resfriamento e emulsificação nas classes A e B respectivamente, e um pouco por abafamento. É uma ótima opção quando se pretende atingir uma maior área com quantidade menor de água. 2 A temperatura em que uma substância ferve depende da pressão a que está submetida. Tomemos o caso da água como exemplo. Sob pressão normal (1atm), isto é, ao nível do mar, a água ferve a 100º C. No interior de uma panela de pressão, onde a pressão reinante é superior a 1atm, a água ferve numa temperatura maior que 100º C. Se a pressão diminuir a temperatura de ebulição também diminuirá. Numa altitude superior ao nível do mar a água ferve a uma temperatura inferior a 100º C porque a pressão é menor que 1atm. A presença de bolhas no interior de um líquido é fundamental para a ebulição, pois a vaporização ocorre principalmente no interior dessas bolhas, as quais, chegando a superfície livre do líquido, rompem-se liberando o vapor. Se eliminarmos as bolhas previamente existentes no líquido, podemos levá-lo a uma temperatura acima da temperatura de ebulição, ocorrendo o superaquecimento. 3 Caloria é a quantidade de calor necessária para elevar de 14,5º C para 15,5º C 1g de água. 4 O calor recebido pela água que fornece a ela estas 540Cal é chamado calor latente pois durante este tempo não variação da temperatura ela permanece constante (100º C). O calor trocado enquanto há variação de temperatura é denominado calor sensível.

Ao contrário do jato sólido, a neblina protege o homem com maior eficiência contra o calor e a fumaça, permitindo sua aproximação ao fogo. Pode também ser utilizada na retirada de fumaça em ambientes fechados. VAPOR É empregado com a água no seu estado gasoso. Extingue incêndios através da exclusão do ar ou redução do conteúdo do oxigênio do ar atmosférico, chamado processo de abafamento, de maneira similar ao gás carbônico ou outros gases inertes. É difícil extinguir incêndio em combustíveis cuja combustão forme brasas, em virtude do seu baixo poder resfriador. Em alguns tipos de incêndios, como por exemplo em nitrato de amônia e materiais oxidantes similares, o vapor é completamente ineficaz. O vapor é utilizado como agente extintor em estabelecimentos com finalidades industriais, com emprego ininterrupto, como por exemplo em navios e inúmeras indústrias que se utilizam de caldeiras. Onde for possível o seu aproveitamento, deverá ser estudado um sistema de distribuição do vapor sobre os locais mais perigosos, principalmente em compartimentos fechados, pois, precisam ser tomadas providência para que o vapor não atinja pessoas antes de se condensar. Há também, determinados processos industriais que trabalham à quente, onde o vapor é único meio seguro de extinção de incêndio. NEBULIZADA: O conhecimento técnico da água nebulizada ou pulverizada na proteção de incêndios é recente, as primeiras experiências datam dos anos 50 nos Estados Unidos. Durante os anos 60 e 70 desenvolveu-se intensa atividade nesse sentido, e em 1980 foi utilizada pela primeira vez em submarinos. Em 1984, tiveram início os estudos no Fire Rosearch Station, da Grã-Bretanha, para a sua aplicação em aviões. Os objetivos fundamentais perseguidos pelo trabalho de investigação sobre os sistemas de água nebulizada durante este tempo foram as limitações da quantidade de água armazenada e descarregada, assim como a sua aplicação em incêndios sobre líquidos inflamáveis e equipamentos eletro-eletrônicos. O Sistema de Água Nebulizada (Water Spray) de alta velocidade, aplica a água na forma de um chuveiro ou cone em expansão, com gotas finas em alta velocidade. Três princípios de extinção são empregados no sistema: emulsificação, resfriamento e abafamento. O sistema utiliza projetores de alta velocidade (vide figura ao lado), montados em canalizações Schedule5 40 galvanizados sobre e ao redor do equipamento a ser protegido. Os sistemas de água nebulizada têm sofrido um elevadíssimo número de testes e ensaios pelas autoridades responsáveis pela aprovação no campo industrial, tais como o Factory Mutual, Underwriter Laboratory, etc., dispondo-se, atualmente, de vários sistemas e equipamentos aprovados. A eficiência extintora da água nebulizada fundamenta-se na pulverização da água utilizada, o que otimiza os efeitos de resfriamento, atenuação do calor irradiante e deslocamento do oxigênio na base do fogo. Contudo, para se poder aproveitar estes efeitos é preciso que a água nebulizada penetre nas chamas, alcançando sua base. PROPRIEDADES EXTINTORAS As propriedades extintoras da água são as seguintes: resfriamento, abafamento, diluição e emulsificação. Estas propriedades estão relacionadas direta ou indiretamente com a forma a qual a água é empregada pelo Corpo de Bombeiros ou instalações e equipamentos industriais e congêneres na prevenção e extinção de incêndios. A extinção somente é obtida quando o efeito do agente extintor alcança o ponto onde a combustão ocorre. Por centenas de anos, o principal método de extinção se limitava ao uso de jatos sólidos dirigidos à base do fogo e aplicados de uma distância segura. Este mesmo método, com a utilização de jatos através de esguichos, continua ainda hoje como o mais convencional de extinção de incêndio, entretanto, modernamente verificou-se a melhor eficiência da água na forma 5 Normalização para tubos largamente utilizada em alguns países europeus.

de neblina e adotou-se esguichos combinados para os jatos compactos e neblina. Outros equipamentos têm sido descobertos para aplicação da água em várias formas de neblina, chuveiros e sprays, os quais têm sido cada vez mais utilizados em aparelhos e instalações de combates em incêndios. EXTINÇÃO POR RESFRIAMENTO O fogo é extinto, normalmente, quando a superfície de material em combustão é resfriada a fim de que sua temperatura caia abaixo do ponto de combustão. O resfriamento superficial, em geral, não é eficiente na extinção de incêndios em gases e em líquidos inflamáveis com ponto de fulgor abaixo da temperatura da água aplicada, portanto, não é recomendada para líquidos inflamáveis com ponto de fulgor abaixo de 38ºC. A quantidade de água necessária à extinção, dependerá da quantidade de calor a ser absorvido. A velocidade de extinção dependerá da proporção de aplicação de água em relação à quantidade de calor produzido, do grau de cobertura possível e da forma e característica de aplicação da água. A melhor maneira é aplicar a água no fogo de tal modo que consiga o máximo efeito de resfriamento pela absorção de calor. Para isto, é necessário que a água aplicada seja aquecida até a temperatura de ebulição (100ºC), e seja transformada em vapor. Este efeito é obtido com maior facilidade quando a água é aplicada em forma de neblina ou nebulizada ou pulverizada, em vez de jato compacto. Os principais efeitos de resfriamento, pela utilização de água na forma de neblina ou nebulizada, são os seguintes: a) A quantidade de calor transferido é proporcional à superfície exposta da água. Para uma dada quantidade de água, sua superfície será aumentada de acordo com sua conversão em gotículas; b) A quantidade de calor transferido, depende da diferença de temperatura entre a água e o ar atmosférico que envolve o fogo, como também do material em combustão; c) A quantidade de calor transferido, depende da quantidade de vapor contido no ar (estado higrométrico), particularmente no que se refere à propagação do fogo; d) A capacidade de absorção de calor, depende da distância e da velocidade com que a água é projetada na zona de combustão. Este fator exige que uma considerável quantidade de água seja dirigida para as partes em combustão. A gotícula precisa ter tamanho suficiente para que atinja a energia necessária para o ponto certo da combustão, vencendo a oposição da gravidade e o movimento inverso do ar causado pelas correntes térmicas ascendentes ou outras correntes de ar. Determinados materiais decompõem-se quimicamente com a elevação da temperatura, nestes casos a água pode ser normalmente utilizada para resfriá-los abaixo da sua temperatura de decomposição, a menos que o material que queime reaja quimicamente com a água. Em um número limitado de casos, a água acelera a combustão, isto, às vezes, também é desejável para redução do tempo de queima destes materiais. Um método de prevenção da combustão bastante empregado, é a utilização da umidificação de materiais combustíveis em áreas ainda não atingidas pelo fogo. A absorção da água pelos combustíveis retarda a ignição destes, pois a água precisa ser evaporada antes que a temperatura de ignição destes combustíveis seja alcançada. EXTINÇÃO POR ABAFAMENTO A extinção realizada pela água por meio do abafamento é feita quando esta encontra-se vaporizada. Quando o vapor é gerado em quantidade suficiente, o ar pode ser deslocado ou mesmo excluído da zona de combustão. Incêndios de classe B podem ser extintos pela ação de abafamento, a qual é facilitada pelo confinamento do vapor gerado na zona da combustão. O processo de absorção de calor só terminará quando o vapor começar a condensar. Esta situação é evidenciada pela formação de nuvens de vapor de água (fumaça branca). A condensação ocorrendo acima da zona de combustão não tem efeito de resfriamento no material que queima, entretanto o vapor leva o calor para fora da referida zona, que é inofensivamente dissipado nas nuvens de vapor de água que se deslocam na área do fogo. Incêndios em materiais comuns, classe A, são extintos normalmente por resfriamento da água e não por abafamento criado pela geração do vapor de água, embora este tenha ação de supressão das chamas, mas não a de combater completamente o fogo em profundidade destes

materiais. A água pode ser utilizada para abafar incêndios em líquidos inflamáveis que têm o ponto de fulgor acima de 38ºC (100ºF), peso específico igual ou acima de 1,1 e não seja solúvel em água. A água também pode ser utilizada na forma de vapor, isto normalmente acontece em estabelecimentos com finalidades industriais, com emprego ininterrupto, como por exemplo em navios e em inúmeras indústrias que se utilizam de caldeiras, nestes casos são utilizados equipamentos apropriados para tal finalidade. Onde for possível o seu aproveitamento, deverá ser estudado um sistema de distribuição do vapor sobre os locais mais perigosos, principalmente em compartimentos fechados, pois, precisam ser tomadas providências para que o vapor não atinja pessoas antes de se condensar. Existem também determinados processos industriais que trabalham a quente onde o vapor é o único meio seguro de extinção de incêndio. EXTINÇÃO POR EMULSIFICAÇÃO A emulsificação ocorre toda vez que líquidos imiscíveis são agitados juntos, e um dos líquidos se dispersa através no outro em forma de pequenas gotículas. Pode-se obter, pela aplicação da água, a extinção de incêndios em líquidos inflamáveis viscosos, pois o efeito de resfriamento que será proporcionado na superfície de tais líquidos, impe-dirá a liberação dos vapores inflamáveis. Normalmente na emulsificação, gotas de inflamáveis ficam envolvidas individualmente por gotas de água, ficando no caso dos óleos com aspecto leitoso. Em alguns líquidos viscosos a emulsificação apresenta-se na forma de uma espuma que retarda a liberação dos vapores inflamáveis. É necessário cuidado redobrado na utilização, deste método, em líquidos com grande profundidades, pois o efeito de espumação pode ser violento a ponto de derramar líquido para fora do recipiente que o contém. O efeito de emulsificação é obtido por meio de neblina de alta velocidade com partículas pesadas e os jatos compactos devem ser evitados nos líquidos inflamáveis viscosos, pois podem provocar violenta efervescência com grande espumação (superebulição). EXTINÇÃO POR DILUIÇÃO A diluição pode ser utilizada, em alguns casos, para a extinção de incêndios em materiais solúveis em água. A porcentagem de diluição necessária à extinção varia de acordo com o volume de água e o tempo necessário a extinção. Por exemplo, a diluição técnica pode ser usada com sucesso em incêndios envolvendo álcool etílico ou metílico derramado e espalhado no solo, onde for possível estabelecer-se uma adequada mistura de água e álcool, não inflamável. A adição de água para alcançar a diluição, não deve ser considerada uma técnica a ser utilizada em incêndios envolvendo tanques, pois existe o risco de transbordamento e derramamento de material ainda inflamado, devido a grande quantidade de água necessária para se obter a extinção por diluição. Existe ainda o risco da espumação, se a mistura estiver aquecida acima do ponto de ebulição da água, que poderia causar derramamento de material ainda inflamado. Estes fatores tornam este método, na prática, bastante difícil e perigoso, sendo indicado somente após consulta a técnicos especializados na área. ÁGUA MOLHADA A tensão superficial da água6 é relativamente alta, causando a diminuição de sua capacidade de penetração nos combustíveis incendiados, impedindo que ela se espalhe no interior das embalagens, fardos ou materiais empilhados. A solução deste problema seria a imersão do material que queima na água, o que na prática raramente se consegue. Quando um incêndio tem origem no interior de uma massa combustível, para extinguí-lo é necessário abrir e desmontar a massa combustível, atingindo assim, os focos no interior da mesma, ou então empregar-se um aditivo umectante (água molhada), que diminui a tensão superficial da água, fazendo-a penetrar na massa combustível e facilitando a extinção. 6 A tensão superficial é um efeito que ocorre na camada superficial de um líquido que leva a sua superfície a se comportar como uma membrana elástica. As moléculas situadas no interior de um líquido são atraídas em todas as direções pelas moléculas vizinhas e, por isso, a resultante das forças que atuam sobre cada molécula é praticamente nula. As moléculas da superfície do líquido, entretanto, sofrem apenas atração lateral e inferior. Esta força para o lado e para baixo cria a tensão na superfície, que faz a mesma comportar-se como uma película elástica. A tensão superficial está presente em situações interessantes: - Colocando-se cuidadosamente uma pequena agulha sobre a superfície da água, observa-se que ela pode permanecer sobre a película superficial sem afundar no líquido, apesar de ser muito mais densa que a água.

O uso da água molhada é de grande valor para o combate a incêndios em materiais da Classe A, penetrando através da superfície porosa e, como também, permitindo que a solução alcance áreas ocultas dos materiais, que encontram-se fortemente prensados, como fardos de algodão, pilhas de capim, papel, madeira, etc., evitando a reignição de incêndios. Quando utilizada propicia grande economia de água, inclusive em rescaldos, sendo indicada para o combate a incêndios florestais. Possui ação de penetração também em corpos que repelem a água como a lã virgem e outros materiais hidrófogos. Existem vários produtos químicos que podem preencher a função de agente umectante, entretanto, alguns produtos não são qualificados para uso de combate a incêndio, devido suas propriedades especiais quanto a toxidade, ação corrosiva e instabilidade quando misturados com a água. Os requisitos mínimos para os agentes umectantes, utilizados no combate a incêndio, constam no regulamento nº 18 da NFPA7 wetting agents, cujo propósito é indicar recomendações para estes aditivos que aumentará as propriedades de combate ao fogo da água, sem produzir soluções que possam ser danosas ao bombeiros, prédios ou equipamentos. Os agentes umectantes, usados em proteção ou combate de incêndios, não são mais corrosivos que a água comum em relação ao latão, bronze e cobre, embora haja limitações em relação ao vasilhame para armazenagem destes agentes, pois possuem a tendência de acelerar a corrosão devido sua ação de limpeza e penetração. Devem ser evitados o uso de ferro fundido, alumínio, zinco, aço galvanizado, chumbo ou ferro recoberto por chumbo, ligas fundidas, proteções de vasilhas como tintas a óleo, plásticos, lacas ou asfalto. A utilização dos agentes umectantes deve se limitar aos equipamentos fabricados ou indicados para uso. A água molhada tem as mesma limitações da água para o combate de incêndios em produtos químicos que reajam como a mesma, como sódio, o carbureto de cálcio, etc. Não é indicada para combate em incêndios de inflamáveis, incluindo os solúveis na água, polares, como o álcool e os glicois. Não deve ser usada em equipamento elétrico energizado, devido sua condutibilidade, podendo ser utilizada na forma de neblina com as devidas precauções. Devido sua característica de penetração, é mais prejudicial que a água, quando usada em motores, transformadores e outros equipamentos elétricos. Todo equipamento elétrico que tenha sido atingido por água molhada, deverá ser lavado e limpo antes de ser reposto em serviço. Os agentes umectantes podem ser utilizados em pré mistura com a água em reservatórios e carros tanques de bombeiros, e adicionados a água no momento de uso através de proporcionadores. Devem ser evitadas as misturas de agentes umectantes de fabricantes diferentes, ou a mistura com agentes espumantes mecânicos, pois poderá causar efeitos negativos. ÁGUA NO COMBATE DE INCÊNDIOS EM LÍQUIDOS COMBUSTÍVEIS E INFLAMÁVEIS DERIVADOS DO PETRÓLEO Os líquidos derivados do petróleo (óleos pesados combustíveis, óleos lubrificantes, e outros) de alto ponto de fulgor, não produzem vapores inflamáveis a menos que sejam previamente aquecidos. Uma vez aquecidos e incendiados, o calor do fogo proporcionará suficiente vaporização para continuação da combustão. Com a aplicação de água em forma de neblina na superfície destes líquidos, o resfriamento provocará a queda da vaporização e se a aplicação for continuada haverá suficiente resfriamento para a extinção do fogo. A água tem sua capacidade extintora limitada em líquidos inflamáveis derivados do petróleo de baixo ponto de fulgor, tal como os que estão incluídos na classe A-B-C da norma ABNT-P-NB98-1961. A água aplicada na superfície de um destes líquidos acondicionado em um tanque, incorrerá em riscos onde poderão existir a ocorrência do slip-over, fenômeno que se caracteriza pela formação de uma espécie de espuma e possível vaporização da água em contato com as camadas superiores do líquido inflamado, podendo ainda ocorrer o boil-over, devido ao acúmulo de água nas camadas mais profundas do líquido quando este estiver aquecido a mais de 100ºC, causando a vaporização instantânea da água, a expansão violenta dos vapores formados (aumento de 1700 vezes) e uma saída em forma de erupção, arrastando consigo o líquido em combustão. 7 Entidade norte-americana que regulamenta protocolos de prevenção e combate a incêndio

Em função do boil-over (ilustrado ao lado), nunca se deve utilizar jato compacto nestes tipos de ocorrências e a água em forma de neblina somente poderá ser usada na superfície do líquido em combustão, no início do incêndio onde as camadas inferiores ainda não foram aquecidas. A água na forma nebulizada (pulverizada) pode extinguir incêndios em pequenas extensões de líquidos inflamáveis, tendo como princípio de extinção o resfriamento das chamas abaixo da temperatura mínima de combustão. A água no combate de incêndios em derivados de petróleo pode ser utilizada das seguintes maneiras: a) Como agente resfriador: - interrompendo a liberação de vapores da superfície de um produto de alto ponto de fulgor, extinguindo assim o incêndio; - protegendo os bombeiros das chamas e calor de irradiação para fechamento de válvulas ou execução de outros trabalhos para corte do fluxo do produto incendiado; - protegendo as superfícies expostas ao fogo. Esta proteção é mais eficaz quando as superfícies estão a uma temperatura superior a 100ºC (212ºF). b) Como agente mecânico: - controlando vazamentos; e - sendo aplicado direto ao fluxo do produto para evitar sua ignição ou para dirigir o fogo para uma área onde o incêndio causará menos danos. c) Como agente deslocador: - quando aplicado na condução do produto de um vazamento antes ou durante um incêndio; - quando utilizado na interrupção de um vazamento de combustível, através do bombeamento da água numa tubulação que esteja vazando, antes do vazamento. ÁGUA EM METAIS COMBUSTÍVEIS. Quando se combate incêndio em metais combustíveis, deve-se evitar o uso de água, pois a reação pode gerar riscos para o bombeiro. Contudo, como a água é o agente extintor com maior poder de resfriamento e também o mais fácil de ser obtido em grande quantidade. ESPUMA Em termos de combate a incêndios, a espuma é definida como um sistema físico-químico constituído de três elementos fundamentais: água, ar ou CO2 e agente formador de espuma. A espuma formada por estes elementos possui densidade bem baixa, flutuando sobre líquidos inflamados, contornando obstáculos e desta forma formando um lençol compacto. O lençol formado impede a passagem de gases aquecidos, isolando o combustível do contato com o ar, por períodos prolongados após sua aplicação. Nos casos especiais das espumas AFFF8, há a formação de uma película aquosa a partir da decomposição da espuma sobre o combustível e que é responsável pela extinção do fogo. Como se pode deduzir da definição, a espuma apaga o fogo primariamente por abafamento ou isolamento e secundariamente por resfriamento causado pela água resultante da decomposição da espuma. As espumas são especialmente indicadas para extinção de incêndios em combustíveis ou inflamáveis líquidos, isto é, pertencentes à Classe B, onde, cobrindo totalmente a superfície do líquido inflamado, isola-o do oxigênio extinguindo o fogo. As espumas podem também ser usadas para extinção de incêndios em materiais de Classe A tais como madeira, pano, etc., pois, cobrindo estes materiais, os isolam do oxigênio, havendo extinção do incêndio. Entretanto, será sempre necessário resfriar estes materiais com água após sua extinção com espuma, para que sua temperatura seja levada abaixo do seu ponto de ignição. 8 Aqueous Forming Film Foam. Esta espuma apresenta líquidos geradores baseados em tensoativos sintéticos semelhantes aqueles utilizados no LGE da espuma de alta expansão e aos quais são adicionadas pequenas quantidades de Fluortensid (tensoativos fluoretados).

No caso das espumas sintéticas, o efeito umectante ajuda a penetração da água no seio do material. As espumas jamais deverão ser usadas na extinção de materiais Classe C (equipamentos energizados), por serem condutoras de eletricidade, existindo, entretanto, aplicação de espumas em Classe C através de sistemas automáticos de alta expansão sem a presença humana. ESPUMA QUÍMICA É aquela formada a partir da reação química entre bicarbonato de sódio e sulfato de alumínio, obtendo-se uma proteína hidrolisada que funciona como agente estabilizador da espuma, e dióxido de carbono que permanece dentro das bolhas. Em extintores portáteis, a pressão para a expulsão da espuma é gerada pela própria reação Por inconvenientes no armazenamento do sulfato de alumínio e do bicarbonato de sódio, as pesquisas visando produtos sucedâneos se intensificaram, o que levou à descoberta da espuma mecânica, a qual resolveu tos problemas característicos da espuma química. Atualmente a espuma química só é utilizada em extintores de espuma, sendo substituída completamente em todas as outras aplicações pela espuma mecânica. Entretanto até nesta aplicação está sendo substituída, atualmente por extintores de espuma mecânica ESPUMA MECÂNICA As espumas mecânicas se baseiam em líquidos geradores de espuma (LGE), tensoativos de origem proteínica ou sintética, contendo no interior de suas bolhas ar atmosférico ao invés de gás carbônico como na espuma química. O proporcionador de espuma (figura ao lado) é constituído de um tubo do tipo venturi que aspira o extrato gerador de espuma, misturando-o com o fluxo de água. Pelo mesmo princípio, no esguicho, o ar é arrastado misturando-se com a solução gerando a espuma mecânica. DIÓXIDO DE CARBONO O dióxido de carbono é um agente extintor de grande eficiência no combate a incêndios classes B e C. Para utilizá-lo deve ser armazenado em cilindros especiais de aço, liquefazendo-se a uma pressão de aproximadamente 60 atm. Ao ser aliviado da compressão, ocorre uma rápida vaporização e expansão acompanhada de uma violenta queda de temperatura até cerca de -78º C, solidificando parte do gás em pequenas partículas, formando na superfície do combustível uma neve carbônica (gelo seco). O dióxido de carbono, também conhecido por bióxido de carbono, anidrido carbônico e gás carbônico, é um gás inerte, inodoro e incolor. O dióxido de carbono apresenta as seguintes características: a) Composição: uma molécula de carbono e duas moléculas de oxigênio (CO2); b) Densidade: 28,783Kg/0,0283m2 à uma temperatura de -16,60ºC e 9,15Kg/0,0283m2 à temperatura de 26,6 C; OBS.: comparado com o ar a 0º C e a 1,0 atm, a densidade relativa do gás carbônico é de 1,529, ou seja, 1,5 vezes maior que a do ar. c) Toxidade: a partir de uma concentração de 9%, o gás carbônico causa inconsciência e até a morte por sufocação, não podendo, assim, ser considerado um gás tóxico; e d) Produtividade: 1,0 Kg de CO2 liqüefeito produz 500 litros de gás.

MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO CO2. Abafamento Ao ser liberado de seu reservatório o gás carbônico envolve o combustível incendiado e dilui a concentração de oxigênio ou reduz os produtos gasosos do mesmo na atmosfera a níveis que impedem a combustão. Resfriamento. Este efeito é obtido pela neve carbônica que cobre a superfície do combustível com um calor latente de 246,4 BTU9 por libra. Em virtude de apenas parte do gás carbônico se converter em neve (a 26,6ºC apenas 25% é convertido em neve), seu poder de resfriamento é bem menor que o da água, 1 libra de gás produz gelo seco para absorver 100 BTU, e a mesma quantidade de água, se totalmente evaporada, poderá absorver até 1000 BTU. Classe A Apesar de ser efetivo na extinção das chamas por abafamento, o gás carbônico torna-se ineficiente para incêndios Classe A, em função de sua falta de penetração e do pouco poder de resfriamento na superfície do combustível, permitindo sua reignição. Para contornar este problema, é necessário uma concentração de CO2 de modo a reduzir a concentração de O2 no ambiente, para níveis abaixo de 6%, até o resfriamento total do combustível. Classe B Em virtude do CO2 ser eficiente na ação de abafamento e ter razoável poder de resfriamento superficial, ele se transforma em um agente extintor muito eficaz em incêndios de Classe B. O único problema é cobrir a superfície do líquido combustível com gás em incêndios com grande área superficial e ambientes abertos. Classe C O CO2 é o mais eficiente agente extintor para incêndio Classe C, pois não é condutor de corrente elétrica e não deixa resíduos que danificam equipamentos elétricos e eletrônicos. HIDROCARBONETOS HALOGENADOS Os hidrocarbonetos halogenados são compostos resultantes de reações químicas de substituição entre hidrocarbonetos altamente inflamáveis, preferencialmente o metano (CH4) ou o etano (C2H6), e os elementos químicos da família dos Halogêneos como geralmente: o cloro (Cl), o bromo (Br), o flúor (F) e o iodo (I). Apresenta como resultado uma nova família química denominada de Hidrocarbonetos Halogenados, mais conhecida como halon, abreviatura da denominação inglesa de Halogenated Hydrocarbon, a qual possui excelentes qualidades extintoras de incêndios, porém nem todo halon é agente extintor, existindo a necessidade de investigação da capacidade extintora do halon criado. Os três elementos da família dos halogênios encontrados normalmente nos agentes extintores são: o flúor, o cloro e o bromo. A substituição dos hidrogênios dos hidrocarbonetos por estes elementos influenciam nas propriedades do composto resultante, da seguinte maneira: a) O flúor confere estabilidade, não inflamabilidade e baixa toxidade, entretanto, oferece pequeno efeito quanto ao ponto de ebulição e limitadas propriedades extintoras se comparado com os compostos clorados; b) O cloro aumenta a reatividade, as propriedades extintoras, o ponto de ebulição e a toxidade; 9 BTU (também pode ser escrito Btu) é um acrônimo para British Thermal Unit (ou Unidade térmica Britânica) é uma unidade de medida não-métrica (Não pertencente ao SI) utilizada principalmente nos Estados Unidos, mas também utilizada no Reino Unido. É uma unidade de energia que é equivalente a: 252,2 calorias. 1 055,05585 joules. Entre 778 e 782 ft.lbf (pés-libra-força). A quantidade de 1 Btu é definida como a quantidade de energia necessária para se elevar a temperatura de uma massa de uma libra de água em um grau fahrenheit. Para se derreter a mesma massa de gelo, é necessário 143 Btu.

c) O bromo aumenta a reatividade, as propriedades extintoras, o ponto de ebulição e a toxidade. Pelo que foi exposto acima, percebe-se que, para chegar a um halon ideal como agente extintor, é necessário saber equilibrar e distinguir as propriedades de cada elemento da família dos halogênios. É importante salientar que os compostos que apresentam iodo não são utilizados em virtude de suas características tóxicas e de instabilidade. Os halons, devido as características de suas ligações moleculares covalentes, não possuem tendência a se ionizar ou a tornar-se eletricamente condutivos, portanto, são recomendados para uso em incêndios elétricos, visto sua baixa condutividade elétrica. Os gases halogenados tiveram seu uso limitado segundo os níveis estabelecidos no Protocolo de Montreal. A partir de então novos gases extintores estão em processo de uso e constante desenvolvimento como os Sinorix HFC 227ea, 3M Novex 1230, e o Cerexen, fabricados pela Siemens. A Du Pont continuou a desenvolver gases não fluorados para a extinção de incêndios como os da família FE. PÓ QUÍMICO SECO (PQS) O pó químico seco (PQS) é um material finamente pulverizado, não condutor de eletricidade, com característica de fluido, tratado para ser repelente a água, resistente a aglomeração, resistente à vibração e com propriedades extintoras variadas de acordo com o tipo e a classificação. Embora conhecido desde antes da 1ª Guerra Mundial, o PQS só passou a ser usado eficientemente na década de cinqüenta quando os equipamentos para utilizá-los foram implementados. Antes o seu uso era manual, fato que dificultava o emprego. Os primeiros PQS foram a base de borax e bicarbonato de sódio, evoluindo, na década de sessenta, para os de fosfato de magnésio (ABC ou multiporpose), bicarbonato de potássio (Purple K), cloreto (Super K), e uréia-bicarbonato de potássio. O PQS pode ser composto por bicarbonato de sódio (NaHCO 3), bicarbonato de potássio (KHCO3), cloreto de potássio (KCl), uréia-bicarbonato de potássio (KC2N2H3O3) e fosfato de amônia (NH4H2PO4) misturados com aditivos (esteratos metálicos, triclorato de fosfato e polímero de silicone) que lhe dão as características necessárias para o acondicionamento e o emprego. O PQS é um produto estável a temperaturas de até 60ºC e acima desta margem dissociase, exercendo sua função extintora. O PQS não é tóxico para o ser humano, porém em grandes quantidades e/ou área fechada, como no interior de aeronaves, pode causar dificuldade respiratória momentânea e irritação nos olhos e na pele. Pode-se classificar de acordo com o combustível, em: a) Pó Químico Regular (Comum): empregado em incêndios Classe B e C; b) Pó Químico para Múltiplos Propósitos: empregado em incêndios Classes A, B e C; e c) Pó Químico Especial: empregado em incêndios de metais combustível. PROPRIEDADES EXTINTORAS Abafamento Quando aquecido, o bicarbonato libera dióxido de carbono e vapor de água auxiliando na ação extintora do PQS (se completamente decomposto, o PQS produzirá apenas 26% de seu peso em CO2). O pó apresenta a característica de, quando aquecido, criar um resíduo fundido e pegajoso formando uma camada selante na superfície do combustível isolando-o do comburente. Resfriamento A capacidade de extinção por resfriamento é menor no PQS. O PQS com 95% ou mais de bicarbonato de sódio absorve 259 calorias por grama e o borax com 2% de esterato de zinco absorve 463 calorias por grama. Proteção Contra Radiação O PQS possui pouca eficiência quanto à sua capacidade extintora. Sua descarga de pó produz uma nuvem entre a chama e o combustível, protegendo o mesmo por algum tempo do calor.

Quebra da Cadeia de Reação A principal e mais importante propriedade extintora do PQS é a sua capacidade de quebrar a cadeia de reação da combustão, impedindo que os radicais livres reajam entre si, dando continuidade à reação. TIPOS DE PQS À Base de Bicarbonato de Sódio Os pós a base de bicarbonato de sódio são eficientes na extinção de incêndios Classe B e C, especialmente em óleos e gorduras, pois ele reage formando uma espécie de sabão na superfície do combustível. Apesar de eficiente em Classe C, o pó em maquinários pode provocar danos nos equipamentos devendo ser evitado o seu emprego. Para incêndios Classe A possui ação eficiente nas chamas mas o seu pouco poder de resfriamento, o torna não recomendado. A composição básica do PQS pode variar conforme o fabricante, mas basicamente segue a tabela abaixo: Substância Proporção BICARBONATO DE SÓDIO 97% ESTERATO DE MAGNÉSIO 1,5% CARBONATO DE MAGNÉSIO 1% TRICLORATO DE FÓSFORO 0,5% À Base de Sais de Potássio Utilizados em incêndios Classe B são duas vezes mais eficientes no combate a incêndios em líquidos inflamáveis, exceção a óleos e gorduras, que os sais de sódio, apesar de ter um fluxo no esguicho 10% menor. Para incêndios de Classes A e C os sais de potássio apresentam as vantagens e as mesmas contra-indicações que os pós a base de bicarbonato de sódio. Sua composição pode ser a base de bicarbonato de potássio, cloreto de potássio ou uréiabicarbonato de potássio. Tipo ABC A base de monofosfato de amônio, e também conhecido por multipurpose, age com as mesmas características do pó a base de sais de potássio em incêndios Classes B e C, com as mesmas vantagens e contra-indicações. Ao contrário dos outros, o pó ABC, apresenta considerável eficiência em incêndios de Classe A, pois quando aquecido se transforma em um resíduo fundido, aderindo à superfície do combustível e isolando-o do comburente. Os pós tipo ABC e a base de bicarbonato, quando acondicionados, não podem ser misturados, pois reagem entre si formando o CO2 e conseqüentemente elevando perigosamente a pressão interna do recipiente. Para Incêndios Classe D Nos incêndios Classe D, também conhecidos como incêndios em metais pirofóricos ou metais combustíveis, não é recomendável a utilização de pós químicos comuns usados nas Classes A, B e C, mas sim os chamados pós químicos especiais. Para cada grupo de metais pirofóricos exite seu agente extintor específico e em geral o estabelecimento que opera o material tem também seu agente extintor específico acondicionado em local previamente planejado para os casos de incêndio. APARELHOS EXTINTORES PORTÁTEIS: Aparelhos extintores são aparelhos que contém um agente extintor que pode ser projetado e dirigido sobre um incêndio pela ação de uma pressão interna, pressão essa que pode ser fornecida por compressão previa (sistema pressurizado) ou pelo auxilio de um gás auxiliar, chamado de gás propelente (sistema a pressurizar, entrando em desuso). Esses equipamentos são fundamentais para o estágio inicial das ações de combate a incêndio. A potencialidade dos extintores é alcançada quando são utilizados com técnica

adequada para os objetivos propostos. São transportados em todas as viaturas operacionais, sendo encontrados também nas edificações e estabelecimentos que estejam, de acordo com as normas contidas no Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico COSCIP. TIPOS Quanto ao Gênero Dentro de suas particularidades os extintores se dividem em portáteis, que são aqueles empregados e operados por uma só pessoa, extintores sobre rodas, também chamados de carretas, que são aparelhos com maior capacidade de armazenamento de agente extintor,.aparelho este montado sobre um dispositivo de transporte com rodas, exigindo para seu emprego mais de um operador e estacionários, quando são montados de maneira fixa, com a finalidade de proteger determinado local ou equipamento específico, podendo ter seu acionamento manual ou automático. Obedecendo a estes gêneros há vários tipos de extintores variando em tamanho, indicações de uso, agentes extintores, propelentes e quantidade de carga. aparelho extintor sobre rodas aparelho extintor portátil Quanto à Nomenclatura Os extintores de incêndio recebem geralmente o nome do agente extintor que utilizam. Quanto à Pressurização A pressão necessária para que haja funcionamento do aparelho extintor pode ser obtida através de: Extintores Pressurizados a) Comprimindo-se o próprio agente extintor como é o caso do CO2 e dos compostos halogenados. b) Por compressão de um outro gás propelente dentro do próprio cilindro do extintor, como ocorre nos aparelhos de PQS, que são pressurizados com nitrogênio. Extintores a Pressurizar Por pressão injetada, ou seja, o gás propelente não fica em contato permanente com o agente extintor, mas em um cilindro auxiliar separado. Só ocorrendo a injeção no momento da abertura da válvula do cilindro auxiliar, para uma eventual operação

extintor a pressurizar Extintores Químicos Por intermédio de uma reação química, em decorrência das substâncias que compõem o extintor, fazendo-as entrar em contato provoca-se uma reação química, sendo liberando um gás como produto da reação, gás este utilizado como agente propelente. Simbologia A NBR 7532, Norma Técnica que se reporta a identificadores de extintores de incêndio, dimensões e cores e demais padronizações, assim preconiza: a) Extintores para Incêndios Classe A: triângulo equilátero verde com a letra A inscrita e de cor branca. Acima do triângulo haverá a palavra COMBUSTÍVEIS e sob o mesmo SÓLIDOS. b) Extintores para Incêndios Classes B: quadrado vermelho com a letra B inscrita e de cor branca. Acima do quadrado haverá a palavra LÍQUIDOS e sob o mesmo INFLAMÁVEIS c) Extintores para Incêndios Classe C: círculo azul coma letra C inscrita e de cor branca. Acima do círculo haverá a palavra EQUIPAMENTOS e sob o mesmo ELÉTRICOS d) Extintores para Incêndios Classe D: estrela de cinco pontas amarela com a letra D inscrita e de cor branca. Sobre a estrela haverá a palavra METAIS e sob a mesma COMBUSTÍVEIS ; Métodos de utilização: Extintor de água-gás a pressurizar: Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo.

Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m). Retire o lacre do volante da ampola externa. Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa no sentido antihorário, pressurizando assim a carga extintora e aperte o gatilho rapidamente (caso exista), a fim de confirmar o agente extintor, neste momento afaste qualquer parte do corpo da trajetória da tampa, caso esta seja projetada mediante o aumento da pressão interior do aparelho. Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal. Extintor de água pressurizada: Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no manômetro se está carregado. Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre e o pino de segurança. Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente, a fim de confirmar o agente extintor. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado (10 m). Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal. Extintor portátil de espuma química Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo. Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado Inverta o Extintor (vire-o de "cabeça para baixo"), provocando assim a mistura das soluções que produzirá espuma. Direcione o jato para a base do fogo e procure formar uma camada de espuma cobrindo toda a superfície em chamas, caso a espuma não seja expelida, verificar se há obstrução no esguicho, persistindo o entupimento, afaste o aparelho, pois existirá risco de explosão mecânica.

extintor de espuma química modo de operação Extintor portátil de espuma mecânica: Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no manômetro se está carregado. Retire o Extintor do suporte preso à parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre e o pino de segurança. Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente a fim de confirmar o agente extintor. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e procure formar uma camada de espuma cobrindo a base das chamas. Pó químico seco (PQS) a pressurizar Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo. Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre do volante da ampola externa. Empunhe a mangueira para baixo e gire o volante da ampola externa no sentido antihorário, pressurizando assim a carga extintora e aperte o gatilho, rapidamente, a fim de confirmar o agente extintor, neste momento afaste qualquer parte do corpo da trajetória da tampa, caso esta seja projetada mediante o aumento da pressão no interior do aparelho. Transporte o aparelho até próximo do local sinistrado Direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal, a favor do vento.

Pó químico seco pressurizado Identifique o Extintor através de sua aparência externa e etiqueta presa ao mesmo, observando no manômetro se está carregado. Retire o Extintor do suporte preso a parede ou outro lugar em que esteja acondicionado. Retire o lacre e o pino de segurança. Empunhe a mangueira para baixo e aperte o gatilho rapidamente a fim de confirmar o agente extintor. Transporte o Extintor até próximo do local sinistrado Aperte o gatilho e direcione o jato para a base do fogo e movimente-o em forma de "ziguezague" horizontal, a favor do vento. CLASSIFICAÇÃO DAS EDIFICAÇÕES Em conformidade com o Dec. 897/76 -CoSCIP- as edificações, no Estado do Rio de Janeiro classificam-se em: I - Residencial a) Privativa (unifamiliar e multifamiliar); b) Coletiva ( pensionatos, asilos, internatos e congêneres); c) Transitória ( hotéis, motéis e congêneres); II - Comercial (mercantil e escritório); III - Industrial; IV - Mista (residencial e comercial); V - Pública (quartéis, ministérios, embaixadas, tribunais, consulados e congêneres); VI - Escolar; VII - Hospitalar e Laboratorial; VIII - Garagem (edifícios, galpões e terminais rodoviários); IX - De Reunião de Público (cinemas, teatros, igrejas, auditórios, salões de exposição, estádios, boates, clubes, circos, centros de convenções, restaurantes e congêneres); X - De Usos Especiais Diversos (depósitos de explosivos, de munições e de inflamáveis, arquivos, museus e similares). SISTEMA PREVENTIVO FIXO CONTRA INCÊNDIO Serão exigidos de acordo com a classificação da edificação quanto à determinação das medidas de segurança contra incêndio e pânico e disposta na capítulo IV do COSCIP. Canalização Preventiva Duto destinado à condução de água exclusivamente para o combate a incêndios podendo ser confeccionado em ferro fundido, ferro galvanizado ou aço carbono e no diâmetro mínimo de 63 mm ( 2 ½ ). Tal duto sairá do fundo do reservatório superior, abaixo do qual será dotado de uma válvula de retenção e de um registro, atravessando verticalmente todos os pavimentos de edificação, com ramificações para todas as caixas de incêndio e terminando no registro de passeio (hidrante de recalque). Caixa de Incêndio Terá a forma paralelepipedal com as dimensões mínimas de 70 cm de altura, 50 cm de largura e 25 cm de profundidade. Possuirá uma porta de vidro, na qual conterá a inscrição INCÊNDIO em letras vermelhas e possuirá no seu interior um registro de 63 mm (2 ½ ) de diâmetro e redução para junta tipo STORZ com 38 mm ( 1 ½ ) de diâmetro, na qual ficarão estabelecidas as linhas de mangueiras e esguicho e serão pintadas na cor vermelha, de forma a serem facilmente identificáveis. A quantidade de caixas de incêndio será definida de tal forma que à distância, sem obstáculos (considerar o percurso) entre cada caixa e os respectivos pontos mais distantes a proteger, seja de no máximo 30 (trinta metros).

caixa de incêndio Linhas de Mangueiras Possuirão o diâmetro de 38 mm ( 1 ½ ) e 15 ( quinze ) metros de comprimento, e haverá no máximo 02 ( dois ) lances permanentemente unidos. Deverão ser flexíveis, de fibra resistente à umidade, revestidas internamente de borracha, capazes de resistir à pressão de teste de 20 Kg / cm ² e dotados de junta STORZ nas extremidades. Esguicho Serão do tipo tronco cônico com requinte de 13 mm ( 1/ 2 ). Hidrante de recalque O registro de passeio (hidrante de recalque) possuirá diâmetro de 63 mm ( 2 1 / 2 ), dotado de rosca macho e adaptador para junta STORZ de mesmo diâmetro com tampão. Ficará acondicionado no interior de uma caixa com tampo metálico com dimensões de 30 cm X 40 cm, contendo a inscrição INCÊNDIO. A profundidade máxima da caixa será de 40 cm, não podendo a borda do hidrante ficar abaixo de 15 cm da

borda da caixa. Tal dispositivo deverá ficar localizado junto à via de acesso de viaturas, sobre o passeio público e afastado dos prédios, de forma a permitir uma fácil operação. Casa de máquinas de Incêndio Compartimento destinado especificamente ao abrigo das bombas de incêndio e demais apetrechos necessários ao seu funcionamento, cujo acesso se dá através de porta corta-fogo, com dimensões de 0,60 X 1,80 metros e qualquer tipo de ventilação (janela ou basculante) é opcional. Não será admitido o uso da CMI para circulação de pessoas ou qualquer outro fim. Reserva Técnica de Incêndio As edificações possuirão reservatório superior e/ou inferior, cujo volume será determinado pelo código de obras do município. Ao reservatório superior acrescida a reserva técnica de incêndio (RTI), sendo esta definida como um volume de água mínimo que ficará sempre disponível no reservatório para o combate a incêndio, sendo este assegurado através da diferença de nível entre a saída da canalização preventiva e da rede de distribuição geral. Para as edificações sujeitas à canalização preventiva, a RTI mínima será de 6.000 litros e será adotada quando a edificação possuir no máximo de 04 (quatro) caixas de incêndio. Obs.: Caso a edificação possua mais de 4 pavimentos, haverá um acréscimo de 500 litros por pavimento sua RTI. Bombas de Incêndio A potência das bombas de incêndio será definida com a observância dos parâmetros técnicos de pressão e vazão requeridos para o sistema, de acordo com a classificação da edificação quanto ao risco, sendo isto mencionado no Laudo de Exigências expedido pelo CBMERJ.

REDE PREVENTIVA Duto destinado à condução de água exclusivamente para o combate a incêndios podendo ser confeccionado em ferro fundido, ferro galvanizado ou aço carbono e no diâmetro mínimo de 75mm (3 ). O abastecimento da rede preventiva será feito, preferencialmente, pelo reservatório superior, admitindo-se, porém, que seja pelo reservatório inferior. Estarão sujeitas a exigências da rede preventiva, em síntese, algumas edificações classificadas como de risco médio (grandes estabelecimentos industriais, fábrica de cerveja e refrigerantes, de produto de fumo, de motores, de laticínios, de conserva de alimentos, de jóias, galpão, garagem, terminal rodoviário etc.), e todas as classificadas como de risco grande. Hidrante Duplo Os hidrantes duplos possuirão 02 (duas) saídas com adaptação para junta storz, podendo esta ser de 38 mm (1 ½ ) para edificações classificadas no risco grande. Serão pintadas na cor vermelha, de forma a serem facilmente identificáveis e poderão ficar no interior do abrigo de mangueiras ou externamente ao lado destes. Linhas de Mangueiras Possuirão o diâmetro de 38mm (1 ½ ) nas edificações de risco médio e de 63 mm (2 ½ ) nas de risco grande, 15 (quinze) metros de comprimento cada uma e haverá no máximo 04 (quatro) lances permanentemente unidos. Deverão ser flexíveis, de fibra resistente à umidade, revestidas internamente de borracha, capazes de resistir à pressão de teste de 20 Kg/cm2 e dotadas de junta storz nas extremidades. Esguichos Serão do tipo regulável e em quantidade de 02 (dois) por hidrante. Hidrante de Recalque Deverá possuir as mesmas características descritas para a canalização preventiva. Casa de Máquinas de Incêndio Compartimento destinado especificamente ao abrigo das bombas de incêndio e demais apetrechos necessários ao seu funcionamento, cujo acesso se dá através de porta corta-fogo. Não será admitido o uso da CMI para circulação de pessoas ou qualquer outro fim. Reserva Técnica de Incêndio As edificações classificadas no risco médio e sujeitos a adoção da rede preventiva, possuirão uma RTI de 12.000 litros, e as classificadas no risco grande possuirão uma RTI de 30.000 litros. A reserva técnica de incêndio, nestes casos, será assegurada na mesma forma descrita para a canalização preventiva. Bombas de Incêndio A potência das bombas de incêndio será definida com a observância dos parâmetros técnicos de pressão e vazão requeridos para o sistema de acordo com a classificação da edificação quanto ao risco. Sendo isto mencionado no Laudo de Exigências expedido pelo CBMERJ. Rede de Chuveiros Automáticos do tipo Sprinkler O sistema de proteção contra incêndios por chuveiros automáticos do tipo sprinkler é constituído de tubulações fixas, nas quais são dispostos chuveiros (bicos) regularmente distribuídos sobre a área a proteger e permanentemente ligados a um sistema de alimentação de água (reservatório superior ou inferior), de forma a possibilitar, em caso de ocorrência de incêndio, a aplicação de água diretamente sobre o local sinistrado, através do rompimento do selo sensor de temperatura em cada bico operando. Permitindo com isso a passagem d água e o acionamento simultâneo de um dispositivo de alarme. Para atender aos requisitos de pressão e vazão exigidos para a edificação, admite-se a instalação de bombas de incêndio, ficando estas acionadas no interior da CMI, normalmente a mesma utilizada para a canalização ou rede preventiva.

As edificações dotadas de Sprinkler deverão possuir hidrante de recalque próprio para esta canalização, com as mesmas características descritas para canalização preventiva. Caso a edificação exija a instalação de rede de chuveiros automáticos do tipo Sprinkler, a mesma possuirá pelo menos, 02 (dois) hidrantes de recalque, sendo um para a canalização ou rede preventiva e outro para a rede de sprinkler. Bombas de Incêndio A potência das bombas de incêndio para pressurização da rede de sprinkler será definida com a observância dos parâmetros técnicos de pressão e vazão requeridos para o sistema de acordo com a classificação da edificação, sendo esta potência e os retromencionados parâmetros definidos no Laudo de Exigências expedido para a edificação. Hidrante Urbano do Tipo Coluna São aparelhos ligados à rede de distribuição pública, cujo diâmetro mínimo será de 75mm (3 ). Serão exigidos nos casos de loteamentos, agrupamentos de edificações residenciais unifamiliares com mais de 06 (seis) casas, vilas com mais de 06 (seis) casas ou lotes, agrupamentos de edificações residências multifamiliares e toda edificação independente da classificação, com área total construída igual ou superior a 1.500m2. A quantidade de hidrantes urbanos será definida de acordo com a área a ser urbanizada ou com a extensão da edificação, de tal forma que haja 01 (um) hidrante urbano do tipo coluna para a distância útil de 90 (noventa) metros do eixo de cada edificação ou do eixo de cada lote. Onde não houver sistema de abastecimento urbano ou a possibilidade de adoção de um sistema alternativo, poderá ser dispensada a instalação de hidrantes urbanos mediante comprovação através de certidão da Companhia Distribuidora de Água e devidamente autorizado pelo CBMERJ. GLP O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) é o derivado mais leve do refino do petróleo. É gasoso na pressão atmosférica ou liquefeito por pressurização. Quando acondicionado no botijão, 15% de seu volume apresenta-se na fase líquida devido justamente à elevada pressão dentro do botijão. A fase líquida é cinco vezes mais leve que a água e a fase gás é duas vezes mais pesada que o ar o que faz com que se acumule nas partes mais baixas em casos de vazamento, podendo até escoar pela rede de esgoto. Possui pressão de vapor alta em relação aos outros derivados, sendo portanto altamente volátil, além de um alto poder calorífico e boa octanagem. O GLP é usado no Brasil principalmente como combustível doméstico em fogões e aquecedores de água. Na indústria é utilizado principalmente em processos que requeiram queima praticamente isenta de impurezas, onde os gases de combustão tenham contato direto com o produto ou em áreas com limitações de emissões para a atmosfera. Pode ser queimado em motores de combustão interna, ciclo Otto10, devido à boa octanagem e baixas emissões. Também é utilizado na industria petroquímica para a produção de borrachas e polímeros. O GLP não é tóxico, mas apresenta uma característica asfixiante. A inalação prolongada pode provocar tonteira ou até mesmo a morte. Por ser um produto inodoro por natureza, um composto à base de enxofre (enxofre mercaptídico) é adicionado, dando-lhe um cheiro bastante característico para facilitar a detecção de possíveis vazamentos. Uma parcela de GLP é utilizada pela indústria de vidros, cerâmica e alimentícia. O jato de GLP em contato com a pele provoca queimaduras. O GLP não queimará quando a porcentagem de mistura com o ar for abaixo de de 2% ou acima de 10%. Acondicionamento O acondicionamento é feito em vasilhame cuja construção é rigorosamente controlada. Todo vasilhame é testado a uma pressão de 21Kgf/cm2. De cada lote de duzentos, um é testado a uma pressão de 34Kgf/cm2 e de cada lote de mil, um recebe uma pressão hidrostática que leva ao 10 O Ciclo de Otto é um ciclo termodinâmico, que idealiza o funcionamento de motores de combustão interna com ignição por faísca. Foi definido por Beau de Rochas e implementado com sucesso pelo engenheiro alemão Nikolaus Otto em 1876, e posteriormente por Étienne Lenoir e Rudolf Diesel. Motores baseados neste ciclo equipam a maioria dos automóveis de passeio atualmente. O ciclo a quatro tempos é mais eficiente e com combustão menos poluente que o ciclo a dois tempos, mas requer consideravelmente mais partes móveis e mais habilidade do construtor e resulta em um motor maior e mais pesado que um motor de dois tempos com a mesma potência.

esfacelamento da chapa. Este rompimento não pode ocorrer com uma pressão inferior a 34Kgf/cm2. O vasilhame recebe uma denominação especial de acordo com sua capacidade de carga: vasilhame Capacidade de carga (Kg) botija 1, 2, 5 botijão 10, 13, 15 cilindro 45 e 90 2Kg 13Kg 45Kg Os botijões possuem um dispositivo de segurança chamado plug fusível. Os cilindros possuem um outro denominado válvula de segurança. As botijas não possuem dispositivo de segurança. Botijão No nosso estudo daremos ênfase ao botijão de 13Kg que é o mais comumente encontrado nas operações do CBMERJ. Observando a figura acima percebemos que o botijão possui uma solda localizada mais ou menos no meio do corpo. Esta solda só é possível devido a baixa pressão interna. Esta pressão, denominada pressão de serviço, não excede 8Kgf/cm2, que é uma pressão muito baixa se comparada, por exemplo, com a pressão de um cilindro de GNV, 220Kgf/cm2, que não possui solda. Na figura ao lado podemos ver a parte superior de um botijão de 13Kg. Há uma válvula de bloqueio simples com mola localizada aí que é por onde se conecta o regulador de pressão, popularmente conhecido como click. A válvula de bloqueio simples com mola, esquematizada na figura abaixo, possui carcaça, corpo, mola de retenção e um anel o'ring de borracha que fará a vedação desta válvula com o regulador de pressão (click). carcaça anel o'ring corpo ou retentor mola

O regulador de pressão (figura ao lado) é um dispositivo que, além de desempenhar o papel que o próprio nome sugere, somente possibilita a passagem do gás num único sentido, ou seja, de baixo para cima. Este recurso impede a entrada de fogo no interior do botijão, bem como não permite que o botijão seja recarregado através dele. É muito comum que botijões apresentem vazamentos por conexões mal feitas do regulador de pressão. Há casos em que o corpo da válvula de bloqueio simples com mola posiciona-se inclinado e, pressionado pela mola, não sai desta posição -conhecida como enjambrado. Em tais situações basta que se pressione novamente para baixo o corpo da válvula com um estoque de madeira. A própria pressão da mola o fará voltar à posição correta. Em eventos que envolvam GLP devem ser eliminados todos os riscos de centelhamento. Em se tratando de penetrações através de janelas, seus trilhos devem ser molhados além de se desligar a energia elétrica. Em casos de incêndio, deve ser combatido preferencialmente com jato neblina, os recipientes devem ser removidos da área quente e o fogo não deve ser extinto antes de estancado o vazamento. Em ambientes fechados deve ser usado equipamento de respiração autônomo. Não se deve também estancar os vazamentos em recipientes superaquecidos para que a expansão do gás não venha a romper novamente o vaso11. TÉCNICAS DE PENETRAÇÃO E ESCAPE As técnicas de penetração e escape são os procedimentos adotados para se permitir o acesso ou o abandono de um determinado local. São empregadas em operações de salvamento e incêndio. Arrombamento O arrombamento, por definição técnica, é o corte realizado à frio em perfis12 de espessura máxima variando entre 6 e 8mm. Realiza-se, em geral, em carrocerias de automóveis, caminhões, fuselagem de aviões e discos para cunhagem de moedas. No CBMERJ, o manual M2-20 não define arrombamento explicitando, no entanto, sua finalidade. Tipos e técnicas de arrombamento: Portas de Madeiras e Outras Residencias Lado Externo Aplicação de material de compressão ou corte (talhadeira, machado, arrombador, pédecabara, auto-expansor, etc). A força deve ser aplicada nos pontos onde houver travas ou resistência da porta. Quando há dificuldades de se atuar nos trincos e fechaduras, pode-se recorrer ao deslocamento do caixilho e aduela da porta, quando em madeira. Lado Interno Retirada dos pinos das dobradiças com utilização de material de apoio (chave de fenda, martelo ou ferramentas similares). Portas de Enrolar (Aço) Lado Externo Tendo o seu bloqueio na mediana horizontal da porta, através de hastes que são introduzidas nos batentes laterais, o ponto de aplicação do corte é na haste de cada batente. 11 Recipiente de alta pressão 12 Perfil obtido por dobramento, em prensa dobradeira, de tiras cortadas de chapas ou bobinas, ou por conformação contínua em conjunto de matrizes rotativas, a partir de bobinas laminadas a frio ou a quente, revestidas ou não, sendo ambas as operações realizadas com o aço em temperatura ambiente.

Utilização de material de corte (moto cortador ou aparelho de oxi-acetileno). Tendo o seu bloqueio junto ao piso através de cadeado, o ponto de aplicação do corte será na haste do cadeado, excetuando-se os de tipo cilíndrico que deverão ser deslocados. Tendo o seu bloqueio na porta localizada na abertura central da porta maior, é utilizada a técnica de arrombamento em porta de madeira, quando houver fechadura, ou corte, quando houver cadeado. Lado Interno Quando existe um conjunto de portas, geralmente, apenas uma possui fechamento pelo lado externo, sendo as demais pelo lado interno. Não existindo deformação causada por fatores decorrentes do evento, a abertura é realizada de forma convencional, liberando-se as hastes laterais dos batentes. Quando houver deformação nas portas, que impeçam o seu reconhecimento, o arrombamento deverá ser executado através da aplicação de material de corte em uma das portas.

Janelas Simples (Folha Dupla) Aplicação, na junção das duas folhas, de uma força que cause o deslocamento de uma delas. Utilização de ferrramentas simples ( alavancas, pé-de-cabra ). Janelas Duplas (Deslizantes) O único bloqueio existente está localizado na junção das duas folhas centrais, que são móveis, sendo as das extremidades fixas. A técnica consiste na quebra do vidro ou veneziana de madeira, para posterior liberação do bloqueio interno. Janelas Basculantes (Metálicas) O bloqueio interno é efetuado pela fixação da alavanca de movimentação das partes móveis. A quebra do vidro da parte inferior permite a liberação do bloqueio e a conseqüente abertura das partes móveis. O intervalo de abertura não permite a passagem de um bombeiro, sendo necessário, se for o caso, executar o corte das partes engastadas nas paredes. Conduta Operacional a) Identificar o tipo de bloqueio existente e empregar a técnica adequada. b) Realizar a operação causando o menor dano possível. c) Caso haja fogo no compartimento a ser penetrado, posiciona-se preventivamente atrás da porta e, sempre que possível com uma linha de mangueiras pronta à retaguarda. d) Ao utilizar material de corte que produza centelhas, atentar para o aspecto preventivo. e) No caso de arrombamento isolado de imóveis, por solicitação direta do interessado, é obrigatório o reconhecimento da condição de proprietário ou da presença de autoridade policial. Material Peculiar Alavanca Aparelho oxi-acentileno Arrombador Auto-expansor ( Porto - Power ) Chave de fenda Conjunto de Salvamento "Lukas" Machado Malho Martelo

Motocortador Pé-de-cabra Talhadeira Tesourão PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA A proteção respiratória em locais sinistrados, principalmente poços é um fator que não pode ser deixado de lado nas operações. O gás mais encontrado em poços é o metano que é inodoro e incolor, formado pela decomposição de matéria orgânica. As formas de realização de ventilação no poço são: - uso de exaustor como ventilador; - injeção de ar por mangueira (linha de ar) podendo ser usada uma mangueira comum e cilindros de máscaras contra gases; - introdução de um cilindro de ar respirável um pouco aberto. Existem também outros tipos de gases que podem ser encontrados em poços (todos os que sejam mais pesados que o ar). Evite posicionar-se olhando para dentro do poço, pois, pode-se sofrer intoxicação pelo gás emanado para fora do poço, dependendo da sua concentração. Em operação um bombeiro pode não perceber a presença de gases e ser abatido antes mesmo de traçar um estratégia. Por esta razão o uso de equipamento de proteção respiratória torna-se fundamental para operações de incêndio e salvamento em locais confinados. descida de um bombeiro em um poço EQUIPAMENTO DE RESPIRAÇÃO AUTÕNOMA Visa suprir o operador de ar através de uma liberação gradual e direta, independendo assim da situação atmosférica existente no ambiente. O ar armazenado em cilindros é conduzido ao operador, através de um circuito intercalado com dispositivos reguladores e marcadores. São utilizados em ambientes onde a taxa de oxigênio ou a presença de agentes agressivos tornem essa atmosfera imprópria para o ser humano. Existem no mercado vários fabricantes, sendo que em um mesmo fabricante podemos encontrar mais de um modelo, porém o princípio de funcionamento deles são basicamente iguais. Constituição Máscara Facial Confeccionada com material sintético flexível, composta de: Visor de vidro especial Correias de borracha com presilhas para ajuste Válvula de exalação Traquéia com encaixe rápido (atualmente as máscaras utilizadas não possuem traquéia, mas uma mangueira flexível, resistente à chama) Defletores

Conjunto Regulador de Válvulas Também denominado de conjunto regulador de ar ou simplesmente conjunto de válvulas, compõe-se externamente de: 1) Tubo de borracha endurecida para condução do ar do cilindro à válvula reguladora de ar. 2) Botão (amarelo) de comando da válvula de demanda de ar. 3) Botão (vermelho) de comando da válvula de passagem de ar ou emergência ("by-pass"). 4) Válvulas (conjunto) reguladoras de ar, sendo a "de demanda de ar" em forma de diafragma, que reduz a pressão original de ar, quando no cilindro com manômetro de pressão de ar graduado até 2.000 libras e a "by-pass" de passagem livre. 5) Rosca de porca de encaixe rápido existente no tubo (traquéia) da máscara facial. 6) Manômetro. Cilindro e Suporte do Cilindro Cilindro: Possui capacidade para 1980 libras de pressão por polegada quadrada, carregado com ar comprimido. É dotado de: manômetro, válvula de alívio (segurança) e registro de liberação do ar armazenado. Suporte do Cilindro: Suporte do cilindro é constituído por uma armação em fibra ou metal leve, uma cinta metálica com fecho para fixação do cilindro e um conjunto de correias e fivelas para ajustagem do queipamento ao operador. Tem anatomia para: 1) Reduzir a fadiga, através do apoio lombar. 2) Manter um equilíbrio que permita bom desempenho ao operador. 3) Facilitar um rápido equipar e desequipar. 4) Acomodar com firmeza o cilindro.

Observação importante: o alarme do equipamento autônomo indica ao usuário que ele tem aproximadamente 5 minutos de ar. Este tempo varia para mais ou para menos conforme o condicionamento físico do operador que pode precisar de maior ou menor oxigenação. Deve ser considerada também a distância percorrida pelo operador até a área fria. Se a distância for percorrida em tempo insuficiente para a troca do cilindro o operador ficará sem ar. Cordas As cordas utilizadas nos serviços de salvamento são consideradas pelos seus fabricantes e pela normatização internacional que as controlam como cordas para atividades profissionais (industriais) ou como cordas de resgate. Essas cordas têm bitolas superiores a 11 mm chegando até 13 mm e são consideradas, basicamente, estáticas ou semi-estáticas, de acordo com a diferenciação de elasticidade. No contexto geral, uma corda empregada no âmbito profissional (nas atividades de bombeiro) só poderá ser vista de duas formas: estática ou dinâmica, contudo, pela própria normatização, bem como em função do emprego de cada uma delas e por serem apresentadas em diâmetros diferentes, são classificadas como: cordas auxiliares (ou cordeletes), cordas duplas e cordas simples. Cordas auxiliares: são cordeletes com diâmetro inferior a 8 mm, que auxiliam nas progressões verticais, sendo empregadas em outras cordas de bitolas superiores. Cordas simples: são classificadas como cordas simples as que possuem diâmetros entre 10,4 mm e 11 mm, devendo ainda ser observado como elas estão sendo empregadas, pois, apesar de sua bitola, estará trabalhando sozinha e o seu uso não traz prejuízos à atividade que está sendo realizada, tanto na prática desportiva, quanto dentro de uma operação de salvamento (resgate). Cordas duplas: são as cordas que, em razão da aplicação requerida, precisam ser empregadas duas cordas dentro da operação. Os conceitos citados anteriormente estão relacionados com as atividades técnico-profissionais. Apresentaremos a seguir outros conceitos que são reconhecidos por normas específicas. Dinâmicas: são cordas com elasticidade superior a 5%, as quais se alongam muito quando sob tensão, sendo, normalmente, utilizadas para as atividades de escalada e de segurança, devido à sua característica de absorver choques em caso de quedas (evitando prejuízos ao escalador). Elas apresentam o chamado efeito iôiô, por causa de sua capacidade de alongar-se e encolher no caso de uma queda; são cordas adequadas para os serviços de segurança nas atividades de salvamento. Essas cordas podem apresentar maior ou menor elasticidade, dependendo da angulação de tramas da capa e da forma de sua alma. Estáticas: são as cordas que normalmente possuem elasticidade inferior a 3%. Absorvem pouco choque (impacto brusco) em caso de uma queda. Quando são confeccionadas, especificamente, para as atividades em altura, possuem boa resistência à abrasão e podem também ser utilizadas em espeleologia (exploração em cavernas). São cordas usadas em atividades de salvamento devido à redução do efeito iôiô e serem empregadas na armação de cabos de sustentação. As cordas são constituídas, basicamente, por fibras, fios, camadas ou cordão. Cordas é o conjunto de camadas de cordões torcidos ou trançados, empregados para sua formação. Fibras: unidade básica da constituição das cordas. Fios: conjunto de fibras torcidas, trançadas ou unidas entre si. Camada ou cordão: é formado pela união dos fios.

corda torcida corda trançada Termos empregados no manuseio de cordas Sistemas de cordas: conjunto de cordas empregadas em uma mesma atividade. Cordas de sustentação: em um sistema de cordas, são aquelas que suportam a carga (objeto, vítima ou bombeiro). Cabo guia: pode ser corda destinada a dar orientação (em busca); facilitar o direcionamento da carga (afastando-a de paredes) ou que resiste o arrasto aumento da carga em qualquer direção (cabo do vaivém). Chicote: são as extremidades de uma corda, empatadas ou não. Seio: é a parte central de uma corda, situada entre os chicotes; Coçada: é a parte poída de uma corda. Safar: procedimento ou manobra de liberar uma corda enrolada. Permeada: é a situação em que uma corda se encontra dobrada ao meio. Tesar: procedimento ou ato de fornecer tensão a uma corda. Falcaça: é a união dos cordões de uma corda (no chicote), por meio de um fio, tendo a finalidade de evitar que a corda se desfaça. Bitola: é o diâmetro da corda, expresso em polegadas ou milímetros. Peso: é o cálculo da massa de uma corda, levando em consideração a relação entre a força de gravidade e seu comprimento total. Aparelhos de descida em corda. Cinto Cadeira Feito de nylon de elevada resistência, possuindo alças para as pernas com fechos de engate e de desarme rápido. Baudrier Semelhante ao cinto cadeira, porém de concepção mais moderna. A principal missão do baudrier é tentar distribuir corretamente no corpo do usuário o choque transmitido pela corda durante uma queda ou impacto. Uma finalidade secundária é auxiliar no transporte de materiais de forma ordenada, além da comodidade que ela oferece ao permanecer parado em uma ancoragem (ou reunião) durante uma atividade em altura. Não existe um baudrier que garanta em 100% a segurança de um usuário durante uma queda. Porém, a experiência acumulada ou acidentes sofridos nos permite descobrir as inconveniências de cada sistema que empregamos, e, com isso, buscamos a forma mais adequada dentro de cada processo de escalada ou em qualquer outra atividade em altura. Mosquetão Os mosquetões têm a importante missão de conectar a corda com o resto dos elementos fundamentais da cadeira de segurança. Dependendo dos lugares que ocupam dentro de uma cadeia, os esforços podem ser bastante diferentes. Existem basicamente três tipos de mosquetões: os de segurança, os normais e os ligeiros.

Mosquetões de segurança São utilizados necessariamente em manobras de grande responsabilidade, como rapel (descenso), reuniões de ancoragem, segurança do escalador, etc. Esses mosquetões não só devem ser dotados de travas, como, também, estarem dimensionados para suportar esforços superiores aos normais (2.500 a 3.000 dan). Os mais recomendados são aqueles testados previamente pelo fabricante e os que possuem a etiqueta individually tested. Mosquetões normais Englobam os mosquetões convencionais, com peso aproximado de 50 gramas e resistência média de 2.500 dyn. Esses mosquetões, com características multidirecionais, são empregados funcionalmente em todas as atividades de resgate. São encontrados em duas formas básicas: simétricos e assimétricos. Mosquetões ligeiros Pesam cerca de 30g, são mosquetões adequados para equipar fitas expressas, sua resistência não pode ser inferior a 2.200 dyn (resistência mínima exigida pela UIAA para que seja homologado esse modelo de mosquetão). Essa resistência poderá ser diminuída quando utilizado inadequadamente. Sua utilização é idônea em vias equipadas. Esses mosquetões são encontrados em vários modelos diferentes, os principais são os com gatilho curvo e com gatilho reto. Uma outra característica desses equipamentos é a de não possuir trava. Aparelho Oito Utilizado em cabos de diâmetro entre 10 e 16 mm, como o próprio nome sugere, possui o formato de um oito, constituído geralmente, em liga leve, possuindo tamanhos variados, o que proporciona velocidades variadas. É um dispositivo polivalente e muito simples, que, apesar de apresentar modelos diferentes, é o sistema mais popular, e, inexplicavelmente, mal utilizado. Existem muitos modelos de distintos fabricantes e com serventia similar. Desenhado, em princípio, simplesmente para rapelar, é o melhor e mais recomendável como desensor. É o de menor capacidade de freio. Existe uma variedade enorme com relação à sua carga de trabalho ou de resistência e, em geral, não é recomendado para ser empregado como sistema para atividades de segurança, salvo em situações que necessitem de um sistema muito dinâmico. Uma maior ou menor frenagem se obtém abrindo o ângulo entre a corda que sai e entra no aparelho (0º mínima frenagem 180º máxima frenagem). Existem peças oito de perfil curvo que aumentam em parte a capacidade de freio, porém perdem na manobralidade, também podem ser utilizadas as peças oito como placa de freio passando a corda pelo olhal menor, porém, sua eficácia está em função do desenho correto da peça (é aconselhável testá-la antes de ser utilizada).

formas de uso do aparelho 8 erros mais comuns na utilização que provocam o bloqueio da descida Nó simples Usado para evitar que a extremidade de um cabo se distorça, para formar um botão ou ainda, como parte de outro nó. Feitura: Formar um anel perto da extremidade do cabo e passar o chicote por dentro do anel, puxando-o para apertar o nó. Nó de Frade Usado para evitar que a extremidade de um cabo escape de uma amarração ou de um anel. É, comumente, usado em operação com fateixa ou em escada de cordas. Feitura: Formar um anel com o firme do cabo, passar o chicote em volta e por trás do firme e introduzílo no anel de cima para baixo. Puxar a extremidade do chicote para apertar o nó.

Nó Direito É empregado para unir cordas do mesmo diâmetro. Nó Torto Assemelha-se à feitura do nó direito, deferenciado por não ficarem, na última fase, os chicotes paralelos aos seus firmes. OBS.: Apresentam dificuldades no desatamento, após operação, não devendo ser utilizado. Nó de Escota Simples É empregado para unir cordas de diâmetros diferentes. Nó de Escota Duplo O duplo é o de escota simples com mais uma volta do chicote, fornecendo maior segurança. Nó de Aboço Utilizado para cargas pesadas e para unir amarras grossas ou cabos pesados. Ele não aperta sob a ação de uma carga pesada. Feitura: Formar um anel num cabo, passar o chicote do outro cabo por baixo do firme e por cima do chicote do cabo em que se formou o anel. Então, passar o chicote por baixo de um lado fora do anel, por dentro do anel, por cima do firme do seu próprio cabo, para baixo atravessando o anel e por baixo do outro lado do anel.

Nó de Cabrestante ou "Lais de Guia" Serve para fazer uma alça, que não aperta quando submetida a esforço e fácil de desatar. Usado, comumente, em salvamento de pessoas, é cognominado na Corporação como "Nó de Salvação". Nó de Cabrestante Duplo Serve para formar uma "cadeira" improvisada, para descida ou subida de vítimas e, ainda, em trabalhos onde o operador ficará suspenso. Para esta última aplicação deve-se usar uma tábua com encaixe à guisa de banco. Feitura: Para fazer o nó de cabrestante duplo, dobrar o chicote sobre o firme do cabo numa extensão de cerca de três metros. Usando a alça assim formada com o novo chicote, fazer um nó de cabrestante, tal como ilustrado na figura. Usa-se a alça do novo chicote para suportar as costas, e as duas alças restantes para suportar as pernas. Nó de Azelha Empregado, normalmente, para dar tensão às cordas, na segurança, durante a transposição de obstáculos ou onde haja necessidade de uma alça que não corra num cabo.

Nó Balso pelo Seio Empregado para fazer uma alça em qualquer ponto de um cabo ou, ainda, uma "cadeira" tal como no nó de cabrestante duplo com exeção da alça para as costas do usuário. Fácil de desatar e não cede. Volta do Fiel ou Nó de Barqueiro Empregado para fixar uma corda no ponto de amarração. Nó de Catau É empregado para diminuir o comprimento ou para isolar um trecho coçado de uma corda. APARELHOS DE FORÇA Macado hidráulico Aparelho para levantamento de cargas, que de acordo com as especificações pode içar até 30 Toneladas. Para o levantamento, realiza-se a compressão do óleo, acionando-se a alavanca com a válvula lateral (parafuso) fechada, enquanto bombea-se para o içamento, devendo o parafuso-válvula ser afrouxado, vagarosamente, para o retorno do óleo e a conseqüente descida do êmbolo, lentamente. Na extremidade da alavanca, existe um encaixe para o parafuso-válvula. Utiliza-se a peça como ferramenta para se realizar a abertura e fechamento da válvula de retorno de óleo, facilitando-se a operação do aparelho.

Auto-Corte-Expansor (Aparelho Lukas e Ferramentas Hidráulicas) O conjunto de salvamento lukas é um equipamento dotado de capacidades e dispositivos, que tornam adequado para serviços desta natureza. Seus componentes foram projetados para desenvolver níveis elevados de torque em de operação em resgates ligeiros. Devido a sua versatilidade, pode ser utilizado em acidentes envolvendo veículos, desabamentos, ou até mesmo em trabalhos submersos, dentro do limite de 40 m de profundidade.

Conjunto moto-bomba 2 1 3 5 4 7 6 10 8 11 9 1 bocal de abastecimento do combustível 2 manopla de partida 3 bocal de abastecimento do óleo do motor 4 escapamento 5 comando de partida aceleração e parada 6 vela 7 bocal de abastecimento do fluido hidráulico 8 marcador de nível de fluido hidráulico 9 bujão de dreno 10 alavanca de pressurização 11 reservatório de fluido hidráulico Pinça combinada pinça do tipo LKS É a ferramenta que acoplada ao aparelho Lukas é capaz de realizar cortes em perfis e tubos bem como pode ser usada para afastamentos e tracionamentos. Esta ferramenta é dita combinada porque agrega as funções de expansor, tracionador e cortador num único equipamento. Para realizar corte de tubos, o tubo precisa ser primeiro achatado para depois ser cortado. Esta ferramenta não deve ser utilizada para seccionar barras de direção.

Cortador pinças do tipo LS É uma ferramenta utilizada para corte de secções tubulares. Também não deve ser usada para corte da barra de direção. Expansor pinças do tipo LSP É uma ferramenta utilizada para abrir acessos, fazer tracionamentos, podendo também servir de ponto de apoio para outras ferramentas como o cilindro de resgate no afastamento do painel de veículos colididos. Operação Prática Funcionamento: Prescrições de Segurança: Toda a seqüência de operação aqui descrita, deverá ser precedida de medidas de segurança que visam a proteção do aparelho, do operador e da vítima. Desta forma : Nunca altere os dispositivos do aparelho, sob pena de alterar suas capacidades e produzir danos. O conjunto deverá ser operado apenas por pessoal treinado e consciente dos procedimentos de manutenção. A operação só pode ser feita com o uso adequado de Equipamento de Proteção Individual (EPI), tais como luvas e óculos apropriados. A operação das diversas ferramentas hidráulicas é basicamente a mesma, sendo a pinça conjugada LKS 35 a mais usada pela versatilidade. Válvula de Pressurização: No modelo de bomba adotado pelo CBMERJ, a válvula que pressuriza o sistema apresenta uma alavanca com duas posições: - I: Posição horizontal - também chamada em by-pass, pois nesta posição o sistema encontra-se despressurizado, permitindo a passagem livre de fluído em ambos os sentidos nas conexões existentes no bloca da válvula; - II: Posição vertical - nesta posição o sistema encontra-se pressurizado, pois o fluxo hidráulico se faz em apenas um sentido, não havendo retorno.

Seqüência de Operação: - 1: Certifique-se de que a alavanca de pressurização do fluído encontra-se na posição horizontal (sistema despressurizado); - 2: Conecte as mangueiras através dos plugues tipo engate rápido ; - 3: Abra a válvula de combustível girando-a cerca de ¼ de volta em sentido anti-horário; - 4: Posicione o comando do acelerador na posição START (afogado ). Quando o motor estiver quente, posicione o comando em FAST. - 5: Segure a manopla de acionamento e puxe suavemente até sentir resistência, a fim de retirar a folga entre as partes. A seguir, puxe rapidamente o cordão, para evitar retrocesso e dar partida no motor, deixando a manopla retornar à sua sede gradualmente; - 6: Quando a máquina funcionar, mova o comando de acelerador à posição desejada de rotação do motor, na faixa entre SLOW e FAST ; - 7: Coloque a alavanca de pressurização do fluido na posição vertical, afim de pressurizar o sistema; - 8: Segure a pinça hidráulica pela alça e pelo punho, atuando com o dedo polegar no disco anatômico proporcionando o movimento desejado, respeitando as indicações de abertura e fechamento encontradas no corpo da pinça hidráulica; - 9: Ao final da operação, coloque a alavanca de pressurização na posição horizontal (despressurizado); - 10: Desligue o motor passando o comando do acelerador para STOP ; - 11: Feche a válvula de combustível, girando-a em sentido horário; - 12: Desconecte as mangueiras e projete-as com as capas apropriadas. Manutenção Observe atentamente as instruções de manutenção do conjunto LUKAS de salvamento, pois elas proporcionarão ao mesmo vida útil prolongada e farão com que ele esteja sempre em condições ideais de utilização. Verificação do Nível do Óleo Lubrificante do Motor O óleo lubrificante deve ser inspecionado a cada 5 (cinco) horas de operação, através do nível constante na vareta do óleo. Excepcionalmente nas primeiras 5 (cinco) horas de trabalho, troque o lubrificante, mesmo que ele apresente coloração e viscosidade normais. A troca se faz necessária em virtude do motor estar amaciando, podendo desprender pequenos fragmentos metálicos decorrentes da acomodação das partes móveis internas, que são carreadas pelo óleo e permanecem no cárter. As trocas de óleo subsequentes devem obedecer o intervalo de 1 (um) ano ou 50 (cinqüenta) horas de trabalho, o que ocorrer primeiro. Se o motor trabalhar em regime de carga muito grande ou em temperatura ambiente muito elevada, diminua este intervalo para 25 (vinte e cinco) horas. Troca de Óleo do Motor O motor deve estar aquecido, a fim de facilitar o escoamento do lubrificante. Retire a tampa do bocal de abastecimento de óleo, feche a válvula do combustível e incline o equipamento, até drenar totalmente o óleo desgastado. A inclinação do conjunto motobomba deve se fazer de maneira que se mantenha o lado da vela ou do silencioso para cima, a fim de não danificá-los. Coloque o equipamento nivelado, limpe a área ao redor do bocal e encha o reservatório com óleo detergente de alta qualidade, classificado como para serviço SC, SD, SE ou SF, de viscosidade 30 ou multiviscoso, 10W-30. Um óleo de viscosidade 10W- 40 pode ser utilizado se o primeiro não for encontrado. O óleo detergente é recomendado pois mantém o motor limpo e retarda a formação de depósitos de combustão. Nenhum aditivo especial deve ser

utilizado com os óleos recomendados. O fabricante recomenda, ainda, o óleo Briggs & Stratton High Quality 10W-30 (n 272.001) ou o óleo 30 (n 100.005). A capacidade do cárter é de aproximadamente 0,6 litros. IMPORTANTE : Não permita que o lubrificante ultrapasse a marca FILL da vareta. Se isto ocorrer, o excesso de óleo causará enfumaçamento excessivo e causará perda de potência. Para o funcionamento normal, drene o óleo excedente, remova a vela de ignição, acione a manopla algumas vezes a fim de expulsar o óleo mantidos nas válvulas e pistão, recoloque a vela e seu terminal e ligue o motor. Se o funcionamento não estiver correto, remova a vela e repita a operação. Limpeza do Filtro de Ar O filtro é constituído por um cartucho de papel e de uma placa de espuma, solidária a uma tela de metal. A limpeza deve ser executada em ambas as partes, inclusive na tampa plástica que as reveste, num intervalo máximo de 25 ( vinte e cinco ) horas ou semanalmente; o que ocorrer primeiro. Sob operação em atmosferas de aerodispersóides, limpe o filtro com maior freqüência. Para limpeza, desmonte o conjunto afrouxando o parafuso e retire a tampa com o filtro. Bata o cartucho de papel suavemente em superfície plana e limpa-se estiver demasiadamente sujo, lave-o em solução de detergente pouco ou não espumante e água corrente pelo lado da malha metálica até que a água saia limpa. Deixe o cartucho secar ao ar livre antes de montá-lo. Solventes à base de petróleo não podem ser utilizados para limpeza, pois causam deterioração do filtro. Não utilizar ar comprimido para secagem ou limpeza do mesmo. Para limpar o pré-filtro (placa de espuma) siga os mesmos procedimentos já descritos. Instale o pré-filtro na placa plástica, mantendo a tela metálica voltada para a tampa e a espuma voltada para o cartucho. Na montagem do cartucho de papel, mantenha a tela de metal voltada para o lado do carburador, obedecendo a marcação OUT localizada na lateral do cartucho. Feche o compartimento encaixando suas abas nas fendas da base da chapa preta, que guarnece o carburador. Aperte o parafuso firme, mas não demasiadamente. Fluído Hidráulico da Unidade de Força A unidade de força (conjunto moto-bomba) já deve estar abastecida com a quantidade adequada de óleo, porém deve ser monitorada freqüentemente. Este fluido inicial apresenta coloração escura, isto se deve ao fato de partes da bomba de pistões radiais serem tratadas com um lubrificante especial que aumenta, durante um certo período, as propriedades de lubrificação quando em funcionamento. Durante as operações será normal em cada conexão ou desconexão, a perda de fluído através dos plugues de engate-rápido, sendo assim, o operador deverá ficar sempre atento ao nível correto, que corresponde ao topo do visor situado na lateral do reservatório. No centro deste visor, há uma chapa metálica em formato de estrela, com um ponto vermelho no seu centro; em hipótese alguma o nível do fluído poderá ficar abaixo desta indicação. Para repor o fluído perdido, basta remover a tampa amarela situada sobre o reservatório e realizar o enchimento, preferencialmente com a utilização de um funil. Use apenas fluído hidráulico de base mineral, classe de viscosidade 10 (10 CST13 a 40º C/100 ºF ou SUS14 210 ºF 46,5); os seguintes que mais se enquadram às especificações: SHELL - Tellus C-10 PETROBRAS - HR - 10 - EP Almofadas pneumáticas O Sistema Maxiforce de Almofadas Pneumáticas possui grande versatilidade e aplicabilidade nas operações de levantamento de cargas ou afastamento em determinadas situações especiais de salvamento. Sua elevada capacidade de força, leveza e praticidade confere ao aparelho inúmeras vantagens, podendo ser utilizado em colisões de veículos, desmoronamentos e outras situações de socorro. 13 Centistoke (unidade de medida de viscosidade) 14 Saybolt Universal Second (unidade de medida de viscosidade)

Princípio de Funcionamento O ar comprimido dos cilindros, sob pressão de 3000 a 5000 PSI, é reduzido, no regulador de pressão, para 125 PSI. Esta pressão de trabalho, comum a todos os tamanhos e modelos do conjunto, é suficiente para, ao inflar as almofadas, realizar o trabalho de força necessário para a operação: Na realidade, a pressão máxima de funcionamento é de 118 PSI, pois, para segurança, a válvula de alívio se abrirá ao atingir este nível. Tirfor O Tirfor é um aparelho de içamento e tração de cargas, trabalhando com cabo de aço leve e manejável, desenvolvendo uma força nominal, que pode variar de 750kg (T-7) até 4.000kg (TU40), conforme seu modelo. Serve para remoção de carga em qualquer direção, distância e altura. APARELHOS DE CORTE Tesourão Equipamento em aço, com lâminas substituíveis ou não, utilizado para corte de barras metálicas, fios, cabos, arames, chapas. A capacidade de abertura da ferramenta, limitada a sua medida especificada, normalmente, em polegadas. Assim, de acordo com o tamanho da ferramenta, aumenta-se a capacidade de cortar peças de maior diâmetro ou espessura.

Operação Prática Para a operação prática utilizando tesourão, devemos tomar o cuidado de, primeiramente abrir totalmente a ferramenta, introduzindo a parte a ser cortada ao máximo, entre os mordentes (cortantes). Fechando os cabos, efetua-se o corte. O cabo possui punhos de material sintético isolante e anatômico, para ser utilizado de maneira confortável e utilizar-se do maior rendimento da ferramenta. Apesar do cabo estar isolando a eletricidade, pelo material dos punhos, é necessário sempre utilizar luvas de borracha para trabalhos com cabos elétricos. Moto serra As moto serras constituem-se de um motor a explosão de dois tempos e um sabre com corrente, sendo utilizadas para corte de madeira, especialmente troncos de árvores. Atualmente, encontramos os modelos 08 S e 051 AV, da marca STIHL, sendo utilizados com maior freqüência na Corporação. 7 2 1 6 3 4 5 1 corrente 2 sabre 3 mordente 4 tampa do reservatório do óleo da corrente 5 tampa do filtro de ar 6 acelerador 7 vela Operação Prática Funcionamento O acionamento dos motores das moto-serras é o mesmo dos moto-cortadores. O Manual usado no CBMERJ especifica que a mistura de óleo e gasolina dever ser na proporção 1:40, porém o manual de motores da Stihl preconiza que a mistura deve ser de 1:50 para óleo stihl e 1:25 para outros fabricantes. Deve-se manter um reservatório (galão) com a mistura preparada, para o caso de reabastecimento. Acionamento com o Motor Frio: 1: Abastecer com mistura de combustível 25:1; 2: Abastecer com óleo lubrificante (SAE 20-40W); 3: Colocar o afogador em O, fechando-o; 4: Apertar o botão de meia aceleração (independente da temperatura ambiente ou estação do ano), puxando a alavanca do acelerador, apertar o botão de pressão de bloqueio e soltar a alavanca do acelerador. Assim ele permanece bloqueado na

posição de meia aceleração para o arranque; 5: Acionar o arranque, fixando a moto-serra contra o solo, segurando-se o suporte tubular com a mão esquerda e a manete do cabo de arranque com a direita. Retirar a folga do cabo, puxando suavemente o cabo, até travar, a partir de então, puxar rápido e firmemente, não largando no retorno, mas levando-o até a posição inicial, cuidadosamente (para que o cabo possa se enrolar corretamente na sua polia). Não permitir a permanência de qualquer pessoa na zona de alcance do sabre; 6: Colocar o afogador em I, abrindo-o; 7: Soltar novamente o bloqueio da alavanca do acelerador, acelerando levemente, de modo que o motor passe a marcha lenta; 8: Em temperaturas muito baixas, abrir o afogador somente até a metade após o arranque, acelerando levemente até que o motor seja aquecido, quando então abre-se totalmente o afogador; Acionamento com o Motor Quente Com o motor ainda quente, ou após uma parada por tempo reduzido, não necessita de acionamento do afogador, e muitas vezes também não é preciso da meia aceleração. Acionamento com o Motor Afogado O motor afogado é aquele que teve excesso de gasolina não queimada no motor, impedido a formação de mistura explosiva, pela desproporcionalidade com o comburente necessária ao funcionamento. Isto ocorre, muitas vezes, por falha mecânica intermitente, que volta ao funcionamento normal pela aplicação da técnica abaixo relatada. Outras vezes, pela desatenção aos procedimentos de acionamento do motor, afoga-se o mesmo. Para desafogar um motor, deve-se seguir os seguintes passos: 1: Desligar a meia aceleração e abrir o afogador, colocando-o na posição I; 2: Retirar a vela com a chave específica e secar o seu eletrodo, aproximando uma chama de isqueiro ou fósforo do mesmo, com a vela colocada sobre o solo, ou com uma estopa, com cuidado para não alterar o espaçamento do eletrodo, amassando-o; 3: Montar a vela, sem apertá-la demasiadamente; 4: Acionar o arranque várias vezes, com a vela desaparafusada, para ventilá-lo internamente. OBSERVAÇÕES: Para desligar o motor, vire a chave interruptora na posição off. Um motor novo ou que tenha funcionado até o esgotamento total do combustível existente na moto-serra não pega imediatamente. Para chegar combustível até a explosão, é preciso acionar a manopla várias vezes. Verificações Preliminares ao Uso 1) Examinar a lubrificação da corrente, aproximando a ponta do sabre com a moto-serra em meia aceleração de uma superfície clara, observando o surgimento de óleo aspergido da corrente. As moto-serras necessitam de lubrificação no sabre para reduzir o atrito com a corrente. Para tanto, deve-se atentar, além do abastecimento do combustível, para o abastecimento do reservatório de óleo SAE 40 e verificar a efetiva lubrificação antes de iniciar o corte, após o acionamento do motor; 2) Fazer um corte de ensaio; 3) Desligar o motor, colocando a chave interruptora na posição OFF ;

4) Reesticar a corrente, acionando o parafuso específico, caso necessário, regulando a folga em 0,5cm. Moto cortador O moto cortador é dotado de um disco e efetua cortes em ferros e paredes, bastando estar equipado com o disco específico. Características: - Motor de 2 tempos - Refrigeração a ar - Combustível: mistura de óleo 2T e gasolina na proporção 1:40, com a mesma rssalva feita para o da moto serra. - Obs.: Não tem reservatório para óleo lubrificante. 1 - Protetor do Disco 2 - Disco 3 - Alça Suporte 4 - Filtro de Ar 5 - Manete de Partida 6 - Afogador 7 - Tecla do Acelerador Funcionamento Abastecer com a mistura combustível. Abastecer o tanque de óleo de lubrificação da corrente Por o distribuidor da válvula de arranque na posição "O," e o interruptor na posição "LIG". Apertar a trava do acelerador com a palma da mão e o botão de meia aceleração com o polegar (facilita o arranque). Efetuar o arranque até iniciarem as explosões; a seguir, colocar o afogador em "l" e continuar acionando o arranque até que o motor comece a funcionar. Abrir então o afogador. Depois do arranque, soltar o botão de meia aceleração para que o motor trabalhe em marcha lenta. Para o arranque, a moto-serra, ou moto cortador é firmado contra o solo, segurandose com a mão no punho ou alça. Não permitir a permanência de qualquer pessoa na zona de alcance do sabre ou disco, exceto o operador. Com a outra mão, puxar a corda de arranque fortemente, porém o retorno deve ser lento, para que ela possa enrolar-se corretamente na polia. Um motor novo ou que tenha trabalho, até esgotar o combustível não pega imediatamente, pois a membrana do carburador somente consegue aspirar combustível em quantidade suficiente, após várias puxadas na corda de arranque O motor ainda quente, após uma parada por tempo reduzido, precisa ser posto em funcionamento com o afogador completamente aberto. Se o motor não pegar imediatamente com o afogador aberto, mesmo após várias tentativas tanto com o acelerador em marcha lenta como em