Regulamento do Curso de Especialização Tecnológica (CET) em Operador Marítimo-Turístico (OpMar) O funcionamento do CET OpMar, rege-se pelo Despacho Reitoral nº 20/2011, de 13 de Janeiro, que Regulamenta os CETs na Universidade dos Açores (UAç), doravante designado por Despacho CETs, e nos aspectos em que este for omisso, pelo Regulamento de Actividades Académicas da Universidade dos Açores (UAç), aprovado em 21 de Julho de 2008, doravante designado de Regulamento Académico (RAUAç), em tudo o que lhe for aplicável, e pelas adaptações permitidas no mesmo regulamento, através das disposições específicas, incluídas no presente regulamento específico do curso. As decisões tomadas pela Comissão Científico-Tecnológica do Curso, de acordo com as competências que lhe foram atribuídas pelo Despacho Reitoral nº 117/2008 de 10/07/2008, são também vertidas para este regulamento. Capítulo I Critérios de Selecção e Seriação de Candidatos Artigo 1º Selecção 1. Serão seleccionados os candidatos que cumpram cumulativamente as seguintes condições: a) Apresentem um atestado médico comprovativo da sua aptidão para a realização de actividades marítimo-turísticas de cariz profissional, incluindo mergulho com escafandro autónomo; b) Em termos de habilitações literárias, se integrem nas condições de acesso indicadas no art. 7º do Decreto-Lei nº 88/2006 de 23 de Maio, que cria e regulamente os CET (doravante designado DL CET), apresentando o respectivo certificado ou diploma. 2. Relativamente ao mencionado no nº 2 do art. 7 do DL CET (candidatos com mais de 23 anos não titulares das habilitações académicas referidas no nº 1 do mesmo artigo) considera-se imprescindível que os candidatos demonstrem competências adquiridas em pelo menos 3 anos de experiência profissional comprovada em actividades marítimas, pelo que deverão ser sujeitos a uma prova-entrevista presencial pela Comissão Científico-Tecnológica do curso, nos dias posteriores ao 1/7
prazo limite de candidatura e antes da divulgação dos resultados da seriação (prazos indicados na página internet do curso), que se regerá pelas seguintes normas: a) O candidato será notificado da data e local da entrevista por e-mail ou por outro meio de comunicação. A falta não devidamente justificada no próprio dia será considerada como desistência da candidatura. b) Nesta prova-entrevista, o candidato deverá esclarecer aspectos relevantes do seu Curriculum vitae, e demonstrar capacidades orais e escritas em português, inglês e cálculo que o qualifiquem para acesso ao curso. A prova-entrevista, consistirá numa parte escrita e numa parte oral. A parte escrita será constituída por análise de textos temáticos na área do curso em português e inglês, redação de texto livre e um pequeno problema que permita aferir as capacidades de comunicação, interpretação e cálculo simples. A parte oral consistirá em questões de carácter geral sobre a formação do candidato e capacidade de leitura em inglês. Desta provaentrevista será lavrada uma acta justificada, e terá como resultado a aceitação ou não da candidatura, tendo os membros da comissão igual direito de voto. Artigo 2º Seriação 1. A seriação dos candidatos será efectuada com base nas suas habilitações literárias e da análise do Curriculum vitae relativamente a actividades marítimas e turísticas, em termos de competência, formação e experiência comprovada. No total destas duas componentes atribuiu-se um quantitativo máximo de 21 pontos. Para cada uma das subcategorias analisadas não há acumulação de pontos com os itens imediatamente anteriores. 2. Relativamente às habilitações literárias, fixam-se os seguintes critérios quantitativos: a) candidatos indicados na alínea b) do nº 1 do art. 7º do DL CET (12º ano incompleto) e candidatos mencionados no nº 2 do art. 7º, depois de aceites pela Comissão Científico-Tecnológica do Curso: 1 ponto; 2/7
b) candidatos referidos nas alíneas a) e c) do nº 1 do art. 7º (12 º ano completo ou nível 3 de formação profissional) com classificação final a 13 valores: 1.5 pontos; c) candidatos com o mesmo tipo de formação indicada no item anterior, mas com uma classificação final > 13 e a 16 valores: 2 pontos; d) candidatos com o mesmo tipo de formação indicada no item anterior, mas com uma classificação final > 16 valores: 2.5 pontos; e) candidatos com a classificação indicada no item anterior e titulares de outra habilitação secundária completa: 2.75 pontos; f) candidatos com a formação indicada no item ii) e com pelo menos 1 ano de frequência universitária concluída com aproveitamento (60 ECTS), ou titulares de um diploma de formação profissional de nível 4 (ex. CET): 3.5 pontos; g) candidatos com a formação indicada no item ii) e com grau de licenciado concluído: 4 pontos. h) Os candidatos mencionados nas alíneas a) a e) poderão ter um acréscimo de pontuação de 0.25, caso tenham uma formação na área do turismo, na área da biologia marinha, oceanografia e gestão recursos marinhos. 3. Relativamente à análise do Curriculum vitae, fixam-se os seguintes critérios quantitativos: 3.1 Competências náuticas: b) titulares de carta de marinheiro, cédula de inscrição marítima de pescador; instrutores de canoagem/remo e categorias equiparáveis: 1 ponto; c) titulares de carta de patrão local, arrais de pesca local, e categorias equiparáveis: 2 pontos; d) titulares de carta de patrão de costa, arrais de pesca, e categorias similares: 3 pontos; e) titulares da carta de patrão de alto-mar, mestres-pescadores e categorias equiparáveis: 4 pontos. 3.2 Competências em vela: b) formação em surf/windsurf: 1 ponto; c) formação em vela ligeira: 2 pontos; d) formação em vela cruzeiro/iatismo: 3 pontos. 3.3 Competências em mergulho: b) formação em apneia/caça submarina: 1 ponto; c) formação inicial em mergulho de escafandro (P1 ou Open Water Diver ): 1 ponto; d) formação intermédia em mergulho de escafandro (P2 ou Advanced Open Water ): 2 pontos; 3/7
e) formação avançada em mergulho de escafandro (P3 ou Dive Master ): 3 pontos. 3.4 Competências diversas para além das referidas anteriormente: b) formação de nadador-salvador/cursos de SBV não incluídos nas formações anteriores / prática de natação competição: 1 ponto; c) cursos universitários de verão com o mínimo de 1 ECTS: 1 ponto; d) outras formações equiparáveis com o mínimo de 1 ECTS: 1 ponto. 3.5 Experiência em actividades marítimas e turísticas: a) sem indicação de experiência: 0 pontos; b) pouca experiência (< 12 meses de actividade/ < 35 mergulhos com escafandro): 1 ponto; c) razoável experiência ( 12 e < 30 meses de actividade / 30 e < 60 mergulhos de escafandro): 2 pontos; d) elevada experiência ( 30 meses / 60 mergulhos de escafandro): 3 pontos. 3.6 Comprovativos relevantes em actividades marítimas e turísticas: a) sem apresentação de comprovativos: 0 pontos; b) até 5 comprovativos: 1 ponto; c) entre 6 e 10 comprovativos: 2 pontos; d) mais de 10 comprovativos: 3 pontos. 4. As situações não previstas nas alíneas anteriores serão integradas tanto quanto possível em categorias equiparáveis às indicadas. Poderão também ser dadas classificações intermédias entre 2 itens desde que se julgue necessário, para melhor caracterizar um candidato. 5. Caso existam candidatos com igualdade pontual para a última vaga do curso, será dada preferência ao candidato com menor idade. 6. Após a divulgação da lista seriada de candidatos haverá um período de 5 dias úteis para recurso, em que os candidatos poderão contestar justificadamente a classificação atribuída. 7. A lista final de selecção e seriação será divulgada após análise dos recursos, quando os houver. 8. Desistências nos candidatos com vagas, serão preenchidas pelos candidatos que estavam na posição seguinte. Em caso de empate para uma vaga aplica-se o critério de idade referido no nº 5. 9. As falsas declarações indicadas no Curriculum vitae levarão à rejeição da candidatura. 4/7
Capítulo II Regime de creditação e equivalências Artigo 3º 1. A requerimento do interessado, o reconhecimento de competências adquiridas em formação não académica e pela experiência profissional, prevista no nº 3, do art. 31º do RAUA, caso das formações em náutica de recreio, em mergulho desportivo, e outras, que resultam na emissão de cartas e certificados correspondentes sem valores quantitativos, pode ser considerado para efeitos de dispensa de frequência das aulas das unidades de formação do presente curso, cujos conteúdos programáticos e de competências sejam equiparáveis. 2. A dispensa de frequência de aulas não dispensa a realização do processo avaliação definido pelo formador responsável pela unidade de formação, seja pelo processo de avaliação contínua, periódica ou por exame final, para atribuição da classificação quantitativa. 3. Este regime é aplicável aos alunos que se inscrevam em regime de estudantes extraordinários. Capítulo III Regime de faltas e avaliação Artigo 4º Faltas 1. Os alunos não podem faltar sem justificação a 25% das aulas, arredondadas à unidade superior. 2. A aceitação da validade da justificação cabe ao Director de curso, ouvido o formador responsável pela unidade de formação. 3. Para além dos motivos gerais de faltas, podem ainda ser justificadas as que resultarem da participação noutras ações de formação que os alunos estejam a frequentar na UAç, ou a participação em eventos e campanhas práticas que se enquadrem na formação deste CET, que tragam uma experiência acrescida aos alunos nesta área de formação. 5/7
4. Motivos de natureza económica que dificultem a deslocação dos alunos externos para participar na formação poderão também ser tidas em conta, para justificação das faltas. 5. Outras razões económicas que possam afectar os alunos durante a formação poderão também ser tidos em consideração para justificação das faltas. 6. Outras razões pertinentes não consideradas nos números anteriores poderão também ser contempladas, caso se justifiquem. Artigo 5º Avaliação 1. O modo de avaliação de cada unidade de formação é descrito no Programa e regulamento respectivo, que se deverá obedecer às disposições do RAUA. 2. A avaliação da formação em contexto de trabalho, consistirá em dois processos, a avaliação formativa e a sumativa conforme estabelece o art 22º do Decreto-Lei 88/2006 de 23 de Maio. 3. A avaliação formativa do contexto de trabalho, terá por base a observação da actividade do aluno e pela informação fornecida pelo orientador directo na entidade de estágio, sob a forma de formulário de registo. A escala qualitativa será transformada em quantitativa. 4. A avaliação sumativa do contexto de trabalho, realizar-se-á com base no relatório de actividades apresentado pelo aluno, que referirá a caracterização da entidade de estágio; tarefas realizadas, reflexão sobre a experiência, e sugestões para melhorar a o funcionamento da entidade. 5. Tal como qualquer outra disciplina, a formação em contexto de trabalho tem o seu regulamento específico. Capítulo V Artigo 6º Inscrições extraordinárias em unidades de formação 1. De acordo com a RAUA poderá haver inscrições de alunos extraordinários em unidades de formação específicas, sujeitas ao pagamento de uma propina própina proporcional aos créditos. 6/7
2. Alunos de outros cursos da UA poderão frequentar as unidades de formação deste curso, como disciplinas extracurriculares, sujeitas às propinas próprias para estes casos. Capítulo VI Artigo 7º Equiparação de notas Mestrado A requerimento dos alunos interessados, que tenham frequentado o Mestrado de Estudos Integrados dos Oceanos (MEIO) e que estejam a frequentar o curso CET OpMar, poderão ser equiparadas notas de disciplinas do curso de grau mais elevado, ao de grau menos elevado, para unidades de formação que tenham programas curriculares semelhantes, desde que as primeiras tenham maior número de créditos (ECTS) e o responsável da unidade de formação esteja em concordância. Horta, 2 de Março de 2011. A Comissão Científico-Tecnológica Ana Maria Martins João M Gonçalves Eduardo J. Isidro Director curso 7/7