RESOLUÇÃO Nº 20 DAS SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO CAPÍTULO I CARACTERÍSTICAS, CONSTITUIÇÃO E AUTORIZAÇÃO



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1 RESOLUÇÃO Nº 20 O BANCO CENTRAL DA REPÚBLICA DO BRASIL, na forma da deliberação do Conselho Monetário Nacional, em sessão de 28.2.66, e com fundamento no parágrafo 1º do art. 20, da Lei nº 4.864, de 29.11.65, e 9º da Lei nº 4.595, de 31.12.64, RESOLVE: baixar o seguinte Regulamento: DAS SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO CAPÍTULO I CARACTERÍSTICAS, CONSTITUIÇÃO E AUTORIZAÇÃO I - As sociedades de crédito imobiliário, a que se refere a Lei nº 4.380, de 21.8.1964, são instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional e sujeitas à disciplina da Lei nº 4.595, de 31.12.1964, destinadas a proporcionar amparo financeiro a operações imobiliárias relativas à incorporação, construção, venda ou aquisição de habitação. II - As sociedades de crédito imobiliário se constituirão unicamente sob a forma de sociedade anônima, de cuja denominação constará obrigatoriamente a expressão "crédito imobiliário", terão a totalidade de seu capital representada por ações nominativas e, para funcionar, dependerão de prévia autorização do Banco Central, se nacionais, ou de decreto do Poder Executivo, se filiais de sociedades estrangeiras. Central para: a) Dependerão também as referidas sociedades de prévia autorização do Banco 1. instalar ou transferir suas sedes ou dependências, inclusive no exterior; 2. ser transformadas, fundidas ou incorporadas; 3. alterar seus estatutos, inclusive para aumento de capital; e 4. encerrar as atividades de dependências ou da matriz. b) As sociedades de crédito imobiliário serão fiscalizadas pelo Banco Central e pelo Banco Nacional da Habitação, observada a competência estabelecida nas Leis nºs 4.380, e 4.595, de 21.8.1964 e 31.12.64. III - O Banco Central concederá as autorizações previstas no item II à vista de pedido formulado pela sociedade interessada, em processo próprio e devidamente instruído. Se denegado o pedido, caberá recurso, dentro de 30 dias da notificação do ato, para o Conselho Monetário Nacional. a) No caso de autorização inicial para funcionamento, observar-se-á o seguinte: requerente; 1. deferido o pedido, expedir-se-á Carta-Patente em favor e em nome da sociedade 2. a autorização será dada por prazo indeterminado;

2 3. a autorização caducará automaticamente se a sociedade não se instalar e iniciar operações dentro de um ano da data da expedição da Carta-Patente, ficando esta, em conseqüência, nula de pleno direito se tal ocorrer; 4. a Carta-Patente perderá também automaticamente a sua validade, independentemente de qualquer outra providência, se decretada a falência ou a liquidação extrajudicial da sociedade. b) Ao Banco Central caberá determinar os documentos e outras exigências indispensáveis à instrução dos processos relativos às matérias constantes da alínea "a", do item II, bem como fixar as instâncias administrativas e prazos, subordinando o cumprimento das exigências à aplicação de multa pecuniária ou ao próprio arquivamento do processo. c) Os recursos ao Conselho Monetário Nacional serão encaminhados por intermédio do Banco Central. (Revogado pela Resolução 2099, de 17/08/1994). IV - O pedido de autorização para funcionamento inicial de filiais de sociedades estrangeiras será apresentado ao Banco Nacional da Habitação que o encaminhará ao Banco Central, devidamente informado. a) Os pedidos formulados por sociedades estrangeiras, que se enquadrem nos casos previstos nos incisos 1 a 4, alínea "a", do item II, serão também processados na forma deste item. b) As disposições da alínea "b" do item III aplicam-se, também, aos pedidos de autorização de que trata este item. (Revogado pela Resolução 2099, de 17/08/1994). V - Somente pessoas físicas, e que satisfaçam as condições estabelecidas pelo Banco Central, poderão tomar posse e exercer cargos na Diretoria ou em órgãos consultivos, fiscais ou semelhantes nas sociedades de crédito imobiliário. a) Para os fins deste item, deverão ser comunicados ao Banco Central, no prazo de 15 dias da data de sua ocorrência, os atos relativos à eleição de diretores e membros de órgãos consultivos, fiscais ou semelhantes. b) O Diretor ou membro de órgão consultivo, fiscal ou semelhante que deixar de satisfazer os requisitos deste item deverá ser imediatamente afastado do cargo, promovendo-se sua substituição pelos meios regulares. (Revogado pela Resolução 2099, de 17/08/1994). CAPÍTULO II CAPITAL E AUMENTO DE CAPITAL VI - As sociedades de crédito imobiliário estão sujeitas a capital mínimo integralizado de Cr$500.000.000 (quinhentos milhões de cruzeiros). VI - As sociedades de crédito imobiliário estão sujeitas a limites mínimos de capitais em função das suas áreas de ação e da localização de suas sedes e agências.

3 a) Para os fins deste item, a área de ação de cada sociedade será limitada exclusivamente a uma das regiões em que o Banco Nacional da Habitação dividiu o Sistema Financeiro de Habitação, a saber: 1ª REGIÃO - Amazonas, Pará, Acre, Roraima e Amapá; 2ª REGIÃO - Piauí, Maranhão e Ceará; 3ª REGIÃO - Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas; 4ª REGIÃO - Sergipe e Bahia; 5ª REGIÃO - Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Espírito Santo; 6ª REGIÃO - Guanabara e Estado do Rio de Janeiro; 7ª REGIÃO - São Paulo, Mato Grosso e Rondônia; 8ª REGIÃO - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; b) As sociedades que adotarem para área de ação a totalidade de uma Região, estarão sujeitas aos seguintes limites mínimos de capital: - para as 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Regiões...Cr$200.000.000 - para as 5ª e 8ª Regiões...Cr$350.000.000 - para as 6ª e 7ª Regiões...Cr$500.000.000 c) As sociedades que restringirem a sua área de ação a apenas um dos estados ou territórios que integram as regiões acima descritas, obedecerão aos seguintes limites mínimos de capital: - para os Estados de São Paulo e da Guanabara...Cr$500.000.000 - para os Estados do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais e do Paraná...Cr$300.000.000 - para os Estados do Espírito Santo, do Rio de Janeiro e de Santa Catarina...Cr$200.000.000 - para os estados e territórios da 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Regiões, bem como Mato Grosso, Goiás e Rondônia...Cr$100.000.000; d) A autorização para a instalação de dependências levará em conta a praça pretendida e será concedida unicamente para as que se localizarem dentro da área de ação da sociedade, exigindo-se os seguintes valores adicionais de capital: - Rio de Janeiro (GB) e São Paulo (SP)...Cr$400.000.000 - P. Alegre (RS), Belo Horizonte (MG) e Curitiba (PR)...Cr$240.000.000 - Vitória (ES), Niterói (RJ) e Florianópolis (SC)...Cr$160.000.000 - Para outras capitais e cidades com mais de 300.000 habitantes (segundo o último recenseamento)...cr$80.000.000 - Outras cidades...cr$50.000.000.

4... (Redação dada ao inciso VI pela Resolução 29, de 01/07/1966). VI - As sociedades de crédito imobiliário estão sujeitas a limites mínimos de capital em função das suas áreas de ação e da localização de suas sedes e dependências. a) para os fins deste item, a área de ação de cada sociedade será limitada, exclusivamente, a uma das regiões em que o Banco Nacional da Habitação dividiu o Sistema Financeiro da Habitação, a saber: 1ª REGIÃO - Amazonas, Pará, Acre, Roraima e Amapá; 2ª REGIÃO - Piauí, Maranhão e Ceará; 3ª REGIÃO - Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas; 4ª REGIÃO - Sergipe e Bahia; 5ª REGIÃO - Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Espírito Santo; 6ª REGIÃO - Rio de Janeiro; 7ª REGIÃO - São Paulo, Mato Grosso e Rondônia; 8ª REGIÃO - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. b) as sociedades que adotarem, para área de ação, a totalidade de uma região estarão sujeitas aos seguintes limites mínimos de capital: Para as 1ª e 2ª REGIÕES...Cr$1.600.000,00 Para as 3ª e 4ª REGIÕES...Cr$2.000.000,00 Para as 5ª e 8ª REGIÕES...Cr$2.800.000,00 Para as 6ª e 7ª REGIÕES...Cr$4.000.000,00 c) as sociedades que restringirem sua área de ação a apenas um dos Estados ou Territórios que integram as regiões descritas na alínea "a" obedecerão aos seguintes limites mínimos de capital: Para os Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro...Cr$4.000.000,00 Para os Estados do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais...Cr$2.400.000,00 Para os Estados de Pernambuco e da Bahia...Cr$1.600.000,00 Para os Estados do Paraná, Ceará e Pará...Cr$1.200.000,00 Para os demais Estados e Territórios...Cr$800.000,00 d) a autorização para a instalação de dependência que objetive a captação de recursos do público levará em conta o número de habitantes da praça pretendida (segundo o último recenseamento) e será concedida unicamente para as que se localizarem dentro da área de ação da sociedade, exigindo-se os seguintes valores adicionais de capital, por dependência: - Cidades com mais de 2.000.000 de habitantes...cr$2.000.000,00 - Cidades com mais de 1.000.000 até 2.000.000 de habitantes...cr$1.500.000,00 - Cidades com mais de 500.000 até 1.000.000 de habitantes...cr$1.000.000,00

5 - Cidades com mais de 200.000 até 500.000 habitantes...cr$500.000,00 - Cidades com até 200.000 habitantes...cr$250.000,00 e) a autorização para a instalação de dependência que objetive unicamente a administração de créditos, entendendo-se como tal a cobrança de prestações e atividades correlatas, será concedida mediante adicional de capital, por dependência, no valor equivalente a 20% (vinte por cento) do capital exigido para instalação, na mesma praça, de dependência destinada à captação de recursos do público. f) os limites aqui previstos serão atualizados bienalmente. (Redação dada ao inciso VI pela Resolução 341, de 15/08/1975). (Revogado pela Resolução 2099, de 17/08/1994). VII - Na subscrição do capital inicial, e na de seus aumentos, exigir-se-á, sempre, no ato, a realização de pelo menos 50% do montante subscrito. O remanescente do capital subscrito, quando houver, deverá ser integralizado dentro de um ano da data da carta-patente ou do despacho aprobatório do aumento do capital social, conforme o caso. a) A responsabilidade decorrente da subscrição de ações somente poderá ser satisfeita em moeda corrente. b) As quantias recebidas dos subscritores de ações serão recolhidas ao Banco Central, no prazo de 5 dias, contados do recebimento, permanecendo indisponíveis até a aprovação final do processo de autorização, ou de aumento de capital. Se negada a aprovação, as quantias depositadas serão restituídas diretamente aos subscritores. VIII - Os aumentos de capital que não forem realizados em moeda corrente só poderão decorrer da incorporação de reservas, segundo as normas em vigor, ou da reavaliação da parcela dos bens do ativo imobilizado representada por imóveis de uso próprio e instalações, aplicando-se, no caso, como limite máximo, os índices que tiverem sido fixados pelo Conselho Nacional de Economia. CAPÍTULO III RECURSOS DE TERCEIROS IX - As sociedades de crédito imobiliário poderão captar recursos de terceiros para aplicação em suas atividades, mediante qualquer das operações passivas adiante mencionadas: a) emissão de Letras Imobiliárias; b) depósitos em conta, de acionistas ou não, a prazo de no mínimo um (1) ano, não movimentáveis por cheque, com garantia de correção monetária e juros de até 6% ao ano; c) depósitos especiais de acumulação de poupança, respeitadas as condições que forem determinadas pelo Conselho Monetário Nacional; d) refinanciamento concedido pelo Banco Nacional da Habitação; e e) operações de crédito no país ou no exterior, para execução de projetos habitacionais.

6 X - Os recursos de que trata o item IX não estarão sujeitos a quaisquer depósitos compulsórios à ordem do Banco Central. (Revogado pela Resolução 1408, de 29/10/1987). XI - As sociedades de crédito imobiliário observarão, como limite para a totalidade de suas operações passivas, o equivalente a 15 vezes o montante de seu capital e reservas. XI - As sociedades de crédito imobiliário observarão como limite, para a totalidade de suas operações passivas, o equivalente a 15 vezes o montante de seu capital e reservas. a) Para o cálculo do limite de que trata este item será deduzido do total das operações passivas o valor correspondente a 50% das aplicações cobertas por seguro de crédito na forma determinada pelo Banco Nacional da Habitação; b) além do disposto acima, serão computadas pela metade do seu valor as operações passivas que forem objeto de aval do Banco Nacional da Habitação; c) nos casos das letras "a" e "b" acima, admitir-se-á igual elasticidade operacional com relação aos financiamentos contratados a que alude o item XXVI. (Redação dada ao inciso XI pela Resolução 29, de 01/07/1966). "XI - As Sociedades de Crédito Imobiliário observarão como limite para a totalidade de suas operações passivas o equivalente a 15 (quinze) vezes o montante de seu capital e reservas. Rio de Janeiro, Para o cálculo do limite de que trata este item, poderá ser deduzido do total das operações passivas, em função do atendimento dos objetivos sociais do Plano Nacional da Habitação e na forma que vier a ser estabelecida pelo Banco Nacional da Habitação, o valor correspondente aos recursos tomados a título de refinanciamento; Rio de Janeiro, além do disposto na alínea anterior, serão deduzidos do total das operações passivas, mediante os percentuais abaixo, as aplicações cobertas por seguro de crédito na forma determinada pelo Banco Nacional da Habitação, as operações objeto de aval daquele Órgão e os financiamentos contratados referidos no item XXVI: Rio de Janeiro, - 40% (quarenta por cento), a partir de 1º de julho de 1975; Rio de Janeiro, - 30% (trinta por cento), a partir de 1º de janeiro de 1976; Rio de Janeiro, - 20% (vinte por cento), a partir de 1º de julho de 1976; Rio de Janeiro, - 10% (dez por cento), a partir de 1º de janeiro de 1977; Rio de Janeiro, - N I H I L, a partir de 1º de julho de 1977; c) atingido o limite fixado para suas operações passivas, ficarão as Sociedades de Crédito Imobiliário impedidas de realizar novas contratações e obrigadas a depositar no Banco Nacional da Habitação todos os eventuais excedentes captados. (Redação dada ao inciso XI pela Resolução 320, de 18/03/1975.) (Revogado inciso XI pela Resolução 1408, de 29/10/1987). SEÇÃO I

7 DAS LETRAS IMOBILIÁRIAS XII - As Letras Imobiliárias de que trata o item IX, alínea "a", conterão: que as criou; a) a denominação "Letra Imobiliária" e a referência à Lei nº 4.380, de 21.8.1964, b) a denominação da sociedade emitente, sua sede, os valores constantes do último balanço referentes a capital, reservas e total dos recursos de terceiros e de aplicações; c) a sua forma, se ao portador ou nominativa, e a data da emissão; d) o valor nominal em unidades de obrigações reajustáveis do Tesouro Nacional; e) o vencimento, que não poderá ser inferior a 12 meses; f) a taxa de juros, sua forma e a época de seu pagamento; g) assinatura do representante ou representantes legais da sociedade emitente; h) o número de série, o número de ordem, bem como o livro, folhas e o número de inscrição no livro de registro da sociedade emitente; e caso. i) a denominação e assinatura da sociedade coobrigada de direito privado, se for o As letras imobiliárias poderão conter cupões destinados ao pagamento autônomo dos juros e correção monetária. XIII - As emissões de letras imobiliárias serão precedidas de comunicação ao Banco Nacional da Habitação, contendo: a) o valor nominal da emissão; b) a data do vencimento; c) a numeração dos títulos e da série; e d) as condições de resgate. XIV - Juntamente com a publicação de seus balancetes e balanços, as sociedades de crédito imobiliário discriminarão as letras imobiliárias em circulação, indicando série e valores, bem como identificando as que estão em poder do público e as em poder do Banco Nacional da Habitação, à data do balancete ou balanço. XV - A negociação das Letras Imobiliárias poderá ser feita diretamente pelas sociedades de crédito imobiliário, por outras instituições financeiras, por distribuidores de valores mobiliários, pelas Bolsas de Valores, ou ainda através de outras entidades que para isso estejam autorizadas pelo Banco Central.

8 XVI - As Letras Imobiliárias são livremente transferíveis por simples tradição, quando "ao portador", ou mediante endosso, quando "nominativas". XVII - As sociedades de crédito imobiliário poderão renegociar as Letras Imobiliárias de sua emissão, de acordo com instruções a serem baixadas pelo Banco Nacional da Habitação. XVIII A forma de pagamento dos juros e da correção monetária das Letras Imobiliárias será estabelecida em normas a serem baixadas pelo Banco Nacional da Habilitação, nas quais serão criados tipos padronizados de Letras Imobiliárias. SEÇÃO II DOS DEPÓSITOS COM CORREÇÃO MONETÁRIA XIX - Os depósitos de que trata a letra "b", do item IX, serão recebidos em conta especial e beneficiados com a correção monetária, vedada qualquer movimentação antes de decorrido o prazo de 12 meses. XX - Para fins de correção monetária, os depósitos feitos posteriormente ao dia 15 de cada mês serão considerados como se tivessem sido efetuados no primeiro dia do mês subseqüente. XXI - A correção monetária dos depósitos será feita no primeiro dia de cada trimestre civil com base nas instruções sobre correção monetária baixada pelo Banco Nacional da Habitação, que utilizará, como índice, o valor das Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional. CAPÍTULO IV DAS OPERAÇÕES ATIVAS XXII - As sociedades de crédito imobiliário somente poderão operar em financiamentos para construção, venda ou aquisição de habitações nas condições previstas no art. 39 da Lei nº 4.380, de 21.8.1964, ou seja mediante: a) abertura de crédito a favor de empresários para o financiamento de empreendimentos relativos à construção de habitações destinadas à venda a prazo; b) abertura de crédito para a compra ou construção de casa própria com liquidação a prazo do crédito utilizado; c) desconto, mediante cessão de direitos de receber a prazo o preço da construção ou venda de habitações; d) outras modalidades de operações autorizadas pelo Banco Nacional da Habitação. XXIII - As sociedades de crédito imobiliário deverão distribuir suas aplicações de acordo com os limites previstos no art. 12 da Lei nº 4.380, de 21.8.1964, modificado pelo art. 4º da Lei nº 4.864, de 29.11.1965; e também com obediência ao disposto nos art. 6º, letras "c", "d",

9 "e" e "f"; 7º, 1º e 4º; 9º e seus parágrafos; 14; 39, 1º, 2º, 3º e 4º e item "e" do art. 40, da mesma Lei nº 4.380, de 21.8.1964. XXIV - As sociedades de crédito imobiliário limitarão ainda a responsabilidade de cada adquirente de habitação a 1% (um por cento) do montante máximo de sua capacidade para obter recursos de terceiros. a) Em se tratando de financiamento de empreendimentos relativos à construção de habitações para venda, a responsabilidade será considerada pelo valor do crédito fornecido ao empresário, dividido pelo número de unidades residenciais com alienação já contratada; b) Em se tratando de financiamentos a favor de empresários para a construção de conjuntos de habitações para venda futura, o limite de que trata este item poderá ser elevado a 20% (vinte por cento) por cliente, desde que sejam outorgadas garantias adicionais julgadas suficientes pela entidade financiadora. (Revogado pela Resolução 2474, de 26/03/1998). XXV - As operações ativas das sociedades de crédito imobiliário deverão ser garantidas por direitos reais transferíveis a terceiros, sem prejuízo de outras garantias, a critério das partes contratantes. XXVI - As sociedades de crédito imobiliário somente poderão ter financiamentos contratados que somem, em conjunto, valor não superior à sua capacidade de obtenção de recursos de terceiros. As suas disponibilidades poderão ser aplicadas em Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional e em Letras Imobiliárias do Banco Nacional da Habitação ou de outras sociedades de crédito imobiliário. XXVII - As operações ativas serão objeto de correção monetária fixada nos termos das normas baixadas pelo Banco Nacional da Habitação e remuneradas à taxa de juros de 10% (dez por cento) ao ano, facultada ainda a cobrança de comissões e outras despesas na forma estabelecida pelo Banco Central. XXVIII - O Banco Nacional da Habitação adotará formulários padronizados que as sociedades deverão preencher, especificando as operações ativas e passivas realizadas em cada período mensal. Juntamente com a remessa dos formulários deverão ser enviados comprovantes do pagamento dos prêmios de seguro das operações realizadas. CAPÍTULO V DA LIQUIDEZ DO SISTEMA XXIX - As aplicações de que trata o Capítulo IV poderão ter a liquidez de seus créditos assegurada por Companhias de Seguros ou Consórcios dessas companhias nas condições que forem determinadas na apólice e no contrato de seguro que estabelecerão sob a orientação do Banco Nacional da Habitação. XXX - O Banco Nacional da Habitação manterá Carteiras especializadas com a finalidade de assistir as sociedades na mobilização de recursos que se destinem a proporcionar, em casos de necessidade ou de emergência, liquidez às Letras Imobiliárias ou a outros recursos captados de terceiros.

10 XXXI - O Regulamento das Carteiras mencionadas no item XXX, a ser baixado pelo Banco Nacional da Habitação, poderá prever, inclusive, a concessão de refinanciamento, sob a condição do fornecimento de garantias reais por parte da sociedade beneficiada. CAPÍTULO VI DAS DISPOSIÇÕES GERAIS XXXII - Aplicar-se-ão às sociedades de crédito imobiliário e a seus dirigentes as penalidades estabelecidas na Lei nº 4.595, de 31.12.1964, sem prejuízo de outras sanções previstas na legislação em vigor. XXXIII - As aplicações das sociedades de crédito imobiliário em bens do seu ativo fixo não poderão ser superiores a 30% (trinta por cento) do montante do capital realizado e reservas livres. (Revogado pela Resolução 1942, de 29/07/1992). XXXIV - É vedado às sociedades de crédito imobiliário adquirir bens imóveis não destinados ao próprio uso, salvo os recebidos em liquidação de empréstimo de difícil ou duvidosa solução, caso em que deverão vendê-los dentro do prazo de um ano a contar do recebimento, prorrogável a critério do Banco Central. XXXV - As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento já autorizadas a funcionar poderão obter permissão do Banco Central para criar Carteira de Crédito Imobiliário, desde que possuam capital superior a Cr$500.000.000 (quinhentos milhões de cruzeiros) e se obriguem a reservar, para as operações imobiliárias, pelo menos 40% (quarenta por cento) do total de suas aplicações. XXXVI - As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento que mantenham Carteira de Crédito Imobiliário deverão aumentar seu capital até um mínimo de Cr$1.000.000.000 (um bilhão de cruzeiros) dentro do prazo de 2 (dois) anos. XXXVII - As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento poderão transformar-se em Sociedades de Crédito Imobiliário desde que seu capital, integralizado, atinja a importância de Cr$500.000.000 (quinhentos milhões de cruzeiros). XXXVII - As Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimentos poderão transformar-se em Sociedades de Crédito Imobiliário desde que possuam capital subscrito igual ou superior a Cr$500.000.000 (quinhentos milhões de cruzeiros) e tenham integralizado o mínimo de 50% desse capital. (Redação dada pela Resolução 29, de 01/07/1966). XXXVIII - As sociedades de crédito, financiamento e investimento manterão registro contábil discriminado e separado das operações realizadas através de sua carteira de crédito imobiliário, nos termos desta Resolução. XXXIX - As carteiras de crédito imobiliário ficarão sujeitas à mesma disciplina e condições operacionais aplicáveis às sociedades de crédito imobiliário. XL - As sociedades de crédito imobiliário enviarão seus balancetes e balanços ao Banco Central e ao Banco Nacional da Habitação, até 30 (trinta) dias após o seu levantamento.

11 BANCO CENTRAL DA REPÚBLICA DO BRASIL Casimiro Antônio Ribeiro Presidente em exercício Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen. Rio de Janeiro-GB, 4 de março de 1966