Projetos de Lei para o ramo. Outros projetos de lei



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Projetos de Lei para o ramo Vedação da terceirização na limpeza pública e fornecimento de alimentos nas escolas A Contracs acompanha o PL 4115/2012 que tem como objetivo de evitar a corrupção e preservar a administração pública e, portanto, veda a contratação de empresas prestadoras de serviços a terceiros para a execução de atividades de limpeza urbana e coleta de resíduos sólidos e preparo e fornecimento de alimentação escolar. O projeto estava pronta para Pauta na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP). Mas em outubro o requerimento Requerimento n. 2.936/2015 foi aceito e incluiu a CDU para analisar o projeto. A CTASP devolveu o projeto para redistribuição e a CDU recebeu o projeto para análise. Outros projetos de lei PLS 606 deve ser aprovado A Contracs é favorável ao Projeto de Lei do Senado 606/2011 por tornar mais ágil e eficaz a execução de títulos extrajudiciais na Justiça do Trabalho. O projeto não recebeu recurso para ser examinado pelo Plenário do Senado, portanto, agora segue para análise da Câmara Federal. Prorrogação de acordo garante direito aos trabalhadores O PLS 181/2011 recebeu parecer favorável do relator e senador Douglas Cintra na CAE Comissão de Assuntos Econômicos do Senado em forma de substitutivo. Agora, o projeto está pronto para a pauta da comissão. A Contracs defende a aprovação do projeto, que garante direito aos trabalhadores enquanto não celebram outro acordo e incentiva a negociação entre as partes. Na contramão da Justiça do Trabalho O PL 5140/2005 deixa mais restrita a penhora de valores e bens das empresas e de sócios em processos trabalhistas. Na contramão da realidade da Justiça do Trabalho, o projeto é prejudicial e deve ser rejeitado. No entanto, em outubro o requerimento de alteração do regime de tramitação foi alterado e o projeto está tramitando em regime de urgência. Agora, o PL está pronto para a pauta do plenário. Estabilidade até a aposentadoria garante direitos de tranalhador com redução de capacidade laboral O PL 1780/2007 garante estabilidade ao trabalhador que tem sua saúde afetada pelas atividades laborais. Portanto, prorroga a estabilidade provisória até a aposentadoria do trabalhador que tiver redução de sua capacidade laboral devido a um acidente de trabalho, não permitindo que o trabalhador prejudicado volte ao mercado de trabalho em condições de desvantagens e prejudicado. Em outubro, o relator do PL na CTASP, Benjamin Maranhão apresentou seu parecer e rejeitou o PL e apensados e votou pela aprovação dos PLs 2073/2011 e PL 5180/2013 com substitutivo. Os Deputados Laércio Oliveira, Fábio Mitidieri e Lucas Vergílio pediram a retirada de pauta do projeto.

Outras notícias Senado aprova MP que estabelece novas regras para aposentadoria Os senadores aprovaram a Medida Provisória (MP 676/2015) que altera a fórmula para aposentadorias em alternativa ao fator previdenciário. A medida foi a contraproposta do Poder Executivo para evitar a derrubada do veto presidencial ao fim do fator previdenciário. Com a aprovação, o cálculo da aposentadoria será feito pela regra conhecida como 85/95. O texto segue para a sanção. A MP 676 também alterou a legislação que trata da concessão de pensão por morte e empréstimo consignado; da concessão do seguro desemprego durante o período de defeso; do regime de previdência complementar de servidores públicos federais titulares de cargo efetivo; e do pagamento de empréstimos realizados por entidades fechadas e abertas de previdência complementar. O texto estabelece, até 2018, a aposentadoria no Regime Geral da Previdência Social pela regra alternativa conhecida como 85/95. Essa regra permite ao trabalhador aposentar-se sem a redução aplicada pelo fator previdenciário sobre o salário, criada no ano 2000 para desestimular a aposentadoria antes dos 60 anos (homem) ou 55 anos (mulher). Fonte: Agência Senado Comissão atualiza multa para desrespeito a direito trabalhista A Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público aprovou o Projeto de Lei 1720/11, do ex-deputado Dr. Grilo, que atualiza o valor da multa devida pelo empregador que não respeitar o direito ao repouso semanal remunerado ou não pagar salário nos feriados de seus empregados. Pelo texto, o valor da multa será de duas vezes o valor do repouso ou do descanso não remunerado, proporcional ao salário do empregado. O texto altera a Lei 605/49, que hoje determina que infrações desse tipo sejam punidas, de acordo com o caso, com a multa de 100 a 5 mil cruzeiros. A proposta também determina que o pagamento da multa seja destinado ao empregado lesado.o parecer do relator, deputado Bebeto (PSB-BA), foi favorável ao projeto. Ele destaca que grande parte das reclamações trabalhistas ajuizadas por trabalhadores não mensalistas contém, no pedido, item relativo a repouso semanal ou dias feriados não pagos devidamente. O projeto ainda será analisado em caráter conclusivo pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Escrito por: Agência Câmara/Lara Haje Regulamentação de telemarketing poderá ser analisado pelo plenário Os autores do recurso para apreciação do texto no plenário da Câmara apresentaram dois argumentos. O primeiro é o de que é alto o número de pessoas que serão atingidas pela regulamentação. O segundo é de que está em andamento discussão em Mesa Tripartite formada por governo, representantes de trabalhadores e de empregadores com diversas sugestões de aprimoramento legislativo. Por isso, eles entendem que em Plenário haverá melhores condições de debate e harmonização da matéria, permitindo que tal legislação represente, efetivamente, a vontade de todos os envolvidos na regulamentação. O parecer aprovado pela CCJ define que a jornada normal de trabalho contínuo não poderá ser superior a 6 horas, e a carga horária semanal não poderá ultrapassar 36 horas. No caso de trabalho em tempo parcial, o limite da jornada será de 4 horas, e a carga semanal será de no máximo 24 horas. A proposta exige que, a cada período de 50 minutos, o trabalhador de telemarketing e teleatendimento tenha um intervalo de 10 minutos para descanso. Esses intervalos deverão ocorrer fora do posto de trabalho. Outra determinação é que o trabalho seja organizado de forma a evitar atividades aos sábados, domingos e feriados. Ficará proibida, ainda, a prorrogação da jornada de trabalho, exceto em casos de força maior, necessidade imperiosa ou conclusão de serviços inadiáveis. Fonte: DIAP Câmara aprova MP do Programa de Proteção ao Emprego O Plenário da Câmara dos Deputados finalizou a votação da Medida Provisória 680/15, que permite às empresas em dificuldade financeira reduzirem a remuneração e a jornada de

trabalho de seus empregados em até 30%, contanto que não sejam demitidos sem justa causa. Isso será possível por meio do Programa de Proteção ao Emprego (PPE), criado pela MP. Com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), o governo federal pagará até metade da parcela do salário que o trabalhador deixar de receber, limitada a 65% (R$ 900,85) do teto do seguro-desemprego (atualmente em R$ 1.385,91). Foi aprovado o parecer da comissão mista, de autoria do deputado Daniel Vilela (PMDB-GO). Segundo o texto, as empresas habilitadas podem participar do programa por até 24 meses (seis meses iniciais com renovações sucessivas desse mesmo período). Na MP original, o tempo total era de 12 meses. Também foi ampliado o prazo final de adesão, que passa de 31 de dezembro de 2015 para 31 de dezembro de 2016. A data de extinção do programa é 31 de dezembro de 2017. O Plenário retirou o item mais polêmico da MP. A regra determinava que a convenção ou o acordo coletivo de trabalho iriam prevalecer sobre a lei, desde que não contrariassem ou inviabilizassem direitos previstos na Constituição federal, nas convenções da Organização Internacional do Trabalho (OIT) ratificadas pelo Brasil e as normas de higiene, saúde e segurança do trabalho. Os deputados Vicentinho (PT-SP) e Paulo Pereira da Silva (SD-SP) elogiaram a atuação das centrais sindicais para a retirada da mudança da MP. Fizemos um entendimento de que não é hora de discutirmos esse assunto, afirmou Paulo Pereira da Silva. Segundo a líder do PCdoB, deputada Jandira Feghali (RJ), o acordo foi construído pela capacidade de diálogo do governo. Fonte: Agência Câmara Sindicalistas pedem rejeição de PEC que acaba com contribuição sindical obrigatória Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), sindicalistas defenderam a rejeição da proposta de emenda à Constituição (PEC 36/2013) que acaba com a contribuição sindical obrigatória, mais conhecida por imposto sindical. A Proposta de Emenda à Constituição foi apresentada pelo senador Blairo Maggi (PR-MT). O texto altera o artigo 8º da Constituição para suprimir a cobrança de contribuição sindical obrigatória em favor das associações que formam o sistema confederativo de representação sindical. Segundo o parlamentar, o imposto sindical promoveria uma relação de dependência financeira dos sindicatos em relação ao Estado. Mas para os sindicalistas, a proposta desmantela o movimento sindical e ataca os direitos dos trabalhadores. A PEC aguarda votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde o relator José Medeiros (PPS-MT) apresentou parecer pela aprovação. Valeir Ertle, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), defendeu a substituição do imposto sindical pela contribuição sobre a negociação coletiva (ou contribuição negocial). Nesse modelo, a contribuição só seria cobrada por ocasião das campanhas salariais conduzidas pelos sindicatos e, somente, se assembleias da categoria aprovassem a cobrança. Assim, o filiado pagaria a contribuição normalmente e o não filiado pagaria se quisesse se beneficiar da negociação coletiva. Segundo Ertle, essa nova sistemática fortaleceria os sindicatos realmente representativos e enfraqueceria as entidades de fachada: Hoje tem muito sindicato que cobra imposto e não faz nada. São mais de dois mil sindicatos que não negociam, mas recebem imposto sindical mensalmente afirmou. O financiamento sindical também está em discussão na Câmara dos Deputados. Uma comissão especial foi instalada no começo de outubro com o propósito de elaborar um projeto que regulamente as contribuições aos sindicatos. João Domingos Gomes dos Santos, da Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, e Luiz Saraiva, da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços, sustentaram que qualquer eventual substituição do imposto sindical por outra modalidade seja construída consensualmente entre os trabalhadores antes de tramitar no Congresso. O que não podemos aceitar é que seja dado fim ao imposto sindical sem que seja dada outra forma de custeio defendeu Saraiva. Fonte: Agência Senado CPI da Petrobras aprova relatório final que isenta Dilma e Lula A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras aprovou o relatório final apresentado pelo deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). O relatório foi aprovado por 17 votos a 9, com uma

abstenção, um dia antes do prazo final dos trabalhos da CPI. Cinco destaques que alteravam o texto foram rejeitados. Depois de oito meses de trabalho, o relatório isentou de responsabilidade em irregularidades na Petrobras o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli. O relatório também não faz menção a políticos investigados por suspeita de envolvimento em recebimento de propina e não pede indiciamentos apenas lista sugestões de indiciamentos apresentadas pelos quatro sub-relatores da CPI. Escrito por: Agência Câmara TST anula restrição a atestados emitidos por médicos e dentistas de sindicatos no Pará A Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho declarou nula norma coletiva que considera válido atestado médico ou odontológico emitido por profissional de sindicato somente se o afastamento do trabalhador não ultrapassar três dias. Segundo os ministros, inexiste dispositivo de lei ou jurisprudência para autorizar essa restrição. A Procuradoria pediu a anulação do item da convenção coletiva (2013/2014), segundo o qual as empresas representadas aceitariam atestados obtidos por meio dessas entidades sindicais quando o afastamento do empregado, em razão de doença, não superasse três dias. Caso a consulta fosse realizada por profissional da própria empresa ou de clínica conveniada a ela, não haveria limite de dias de repouso para o documento ser válido. Conforme o MPT, o instrumento coletivo não pode diferenciar o prazo de duração do atestado médico, a depender de quem o emite, porque a decisão sobre o período adequado da licença compete somente ao profissional de saúde, de acordo com o tempo necessário à recuperação do paciente. Fonte: TST Conselho publica resolução sobre FGTS dos trabalhadores domésticos O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) passa a ser obrigatório a partir de 1º de outubro a todos os trabalhadores domésticos. O direito aos domésticos foi regulamentado pela LC 150, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 02 de junho desse ano, e deu prazo até 120 para que todos os órgãos façam a regulamentação. O Conselho Curador do FGTS a resolução Nº 780, que define a obrigatoriedade do recolhimento do FGTS e determina que a Caixa defina os procedimentos operacionais. A Lei Complementar Nº 150/2015 também conhecida como Lei dos Domésticos foi sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2 de junho deste ano. A medida regulamenta direitos já possibilitados pela promulgação da PEC 72, tais como a conceituação de trabalhador doméstico, a instituição do banco de horas, a previsão do trabalho parcial, a jornada de 12x36 que atende o trabalho dos cuidadores e o adicional de 25% no caso de acompanhamento em viagens. A contribuição dos patrões para a Previdência caiu de 12% para 8%. Para o FGTS, a alíquota será de 8%, com o recolhimento de um percentual mensal de 3,2%, como antecipação da multa dos 40% devida nas demissões sem justa causa. A Lei veda o trabalho doméstico a menores de 18 anos e define o empregado doméstico como aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de dois dias por semana. Determina ainda que a duração normal do trabalho doméstico não excederá oito horas diárias, 44 semanais e a remuneração da hora extra será, no mínimo, 50% superior ao valor da hora normal. Fonte: MTE Gari receberá indenização porque empresa não fornecia banheiro Um gari de Guaxupé (MG) receberá R$ 5 mil de indenização por danos morais porque a empresa não oferecia banheiro durante a jornada de trabalho. Na opinião dos ministros da Sétima Turma do TST, a empresa agiu com culpa ao não oferecer um ambiente de trabalho saudável para o trabalhador. Na reclamação trabalhista apresentada à Vara do Trabalho de Guaxupé contra a Controeste Construtora e Participações, ele disse que tinha que contar com a boa vontade de comerciantes e moradores locais, o que lhe causava muito constrangimento. Em sua defesa, a empresa alegou que o funcionário trabalhava nas proximidades da sua sede e que, quando se afastava, podia contar com banheiros públicos.

Para o juízo de primeiro grau a empresa não respeitou os valores sociais do trabalhador, "submetendo-o a tratamento degradante, vergonha e humilhação". Considerando "evidente" o dano moral, a Controeste foi condenada em R$ 5 mil por danos morais, entendimento mantido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) em recurso da empresa contra a condenação. Fonte: Tribunal Superior do Trabalho Audiência Pública pede CPI contra trabalho degradante no Mc Donald s A Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT) participou de uma audiência pública contra o trabalho degradante a que jovens são submetidos ao trabalhar na multinacional Mc Donald s e pediu, junto a outras entidades sindicais, que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) fosse instaurada. Realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a pedido do deputado estadual Carlos Giannazi (Psol), a sessão encaminhou o pedido de uma CPI entre outras providências em nome da Alesp. Entre os demais encaminhamentos, Giannazi apontou que irá encaminhar o dossiê do Shinthoresp ao Ministério Público Estadual para que as denúncias sejam investigadas e fará com que as Comissões de Direitos Humanos e do Trabalho convoquem a empresa para prestar esclarecimento sobre as denúncias apontadas. A Assembleia Legislativa de São Paulo usará todos os mecanismos para acionar a empresa e apurar os fatos. assegurou o deputado. O presidente da Contracs, Alci Matos Araujo, reiterou a assinatura do documento que pede a abertura da CPI pela Alesp juntamente com as demais entidades sindicais presentes. Temos a mesma preocupação que o companheiro da Nova Central Sindical e estamos assinando junto com eles e demais entidades representativas este protocolo e este documento que foi repassado para que esta casa de leis faça de fato uma comissão de inquérito e apure porque nós nem precisamos mais falar dos riscos, das denúncias, dos problemas que tem com respeito aos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras desta empresa Mc Donald s e esta marca da empresa Arcos Dourados porque penso que os relatos do Ministério do Trabalho, as fotos, os contatos e o vídeo já foram suficientes. Agora, só nos resta um apelo: nós precisamos de alguma instituição que de fato faça valer o direito dos trabalhadores. O conceito tem que ser o trabalho decente, tem que ter qualidade de vida, tem que ter responsabilidade e nós não podemos nos furtar porque denunciar só não basta, então estamos fazendo a nossa ação política, uma campanha ferrenha e agora clamando esta entidade, que é a Assembleia Legislativa, que se posicione para com esta empresa que vem trazendo malefícios e prejuízos aos nossos trabalhadores. Porque a nossa campanha é sem direito não é legal, mas principalmente porque direito não se reduz, se amplia. Esta é a nossa marca. cobrou Alci. Escrito por: Adriana Franco/Contracs MT flagra 263 jovens em trabalho irregular no McDonald's Fiscais do Ministério do Trabalho flagraram 263 adolescentes em trabalho irregular em 14 estabelecimentos, em Porto Alegre, da Arcos Dourados, dona da franquia da rede McDonald's. Foram lavrados no total 45 autos de infração contra a empresa. Na operação da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Rio Grande do Sul (SRTE/RS), foi constatado o uso inadequado de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), o que pode, segundo o órgão, explicar a incidência de funcionários com queimaduras pelo corpo. A ação faz parte da estratégia do ministério nas redes de alimentação rápida com foco na proteção dos adolescentes que trabalham nessas franquias. Fonte: Estadão Conteúdo Walmart terá que indenizar empregada enquadrada como portadora de necessidades especiais O WMS Supermercados do Brasil (Walmart) não conseguiu em recurso para o Tribunal Superior do Trabalho reverter decisão do TRT do Rio Grande do Sul que a condenou em R$20 mil por danos morais a uma empacotadora enquadrada erroneamente como portadora de necessidades especiais. Na ação ajuizada na 2ª Vara do Trabalho de Gramado (RS), a trabalhadora alegou que foi admitida na função de "empacotadora especial" - cargo destinado aos portadores de necessidades especiais, mesmo sem possuir limitações físicas ou neurológicas. O objetivo,

segundo ela, foi para que empresa atendesse à exigência prevista no artigo 93 da Lei 8.213/91. Devido ao enquadramento, recebia salário inferior ao mínimo nacional, pois tinha que cumprir jornada reduzida. Além da reparação pelos danos à imagem, ela requereu a retificação da carteira de trabalho para a função de "empacotador" e o pagamento das diferenças salariais recorrentes a mudança de função. Em sua defesa, o WalMart contestou as pretensões da trabalhadora e informou que o termo "especial" não se referia a condição do empregado, mas, sim, a carga horária da função que, ao invés de 8h diárias, devia ser cumprida em jornada de 6h. O juízo de origem não acolheu os argumentos da rede de supermercados, entendendo que a empresa não comprovou que outros empregados trabalhavam nas mesmas condições, sem que fossem portadores de necessidades especiais. O entendimento foi mantido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS). Escrito por: Justiça em Foco Negociado sobre o legislado: um ataque aos direitos conquistados Não podemos considerar que o negociado sobre o legislado esteja derrotado, mas conseguimos salientar, neste momento, que não podemos aprovar tal medida, pois ela prejudica a classe trabalhadora. destacou o presidente da Contracs, Alci Matos Araujo, sobre a rejeição da emenda que propunha a inclusão do negociado sobre o legislado na MP 680 que estabelece o Programa de Proteção ao Emprego (PPE). A fala do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços da CUT (Contracs/CUT) destaca o cenário movediço no qual estão colocados os direitos dos trabalhadores/as brasileiros. Atualmente, outros dois projetos de lei em tramitação pretendem estabelecer o negociado sobre o legislado e permitir que a legislação vigente seja rebaixada e que os acordos e convenções coletivas se sobreponham a ela. O presidente da Contracs ressalta que a medida foi incluída no PPE, que é um programa que quer garantir empregos durante o período de crise, e está precarizando ainda mais os direitos da classe trabalhadora, que já sofre com os efeitos de uma crise internacional, que atinge o Brasil. Diante da crise, o presidente considera a importância em se realizar alterações econômicas no País e ressalta que as entidades de classe, que representam os trabalhadores brasileiros, estão abertas a negociar propostas alternativas desde que não seja em detrimento dos direitos já conquistados e garantidos. Alci Matos Araujo lembrou ainda que o parlamento brasileiro tem aproveitado este momento para aprovar medidas precarizantes, que atacam a classe trabalhadora e retiram direitos através de representantes dos empresários, que são a maioria dos parlamentares. Não podemos permitir que os parlamentares entreguem os direitos dos trabalhadores para o capital. Por isso, estamos e temos que nos manter mobilizados em todas as instâncias para não permitir retrocessos. Fonte: Contracs ARTIGO: O nefasto negociado sobre o legislado volta a tramitar no Congresso e exige atuação imediata do movimento sindical No último dia 23.9.2015, o dep. Daniel Vilela (PMDB-GO), relator da Medida Provisória n. 680 (sobre o Programa de Proteção ao Emprego PPE), incluiu um grave jabuti (termo usado no Congresso para se referir a matérias alheias a uma proposição) em seu relatório. Trata-se da proposta de adoção do negociado sobre o legislado, em moldes semelhantes à proposta de FHC que tanto combatemos - e que conseguimos derrotar. O relator acatou emenda nesse sentido apresentada pelo Deputado Darcisio Perondi (PMDB-RS). Assim que o relatório foi apresentado, o dep. Vicentinho (PT-SP) pediu vistas do relatório e se manifestou contrário à proposta precarizante. Para ler o artigo, clique aqui. Escrito por: Maximiliano Nagl Garcez Brasil retrocede com Estatuto da Família Na contramão do judiciário, uma comissão especial da Câmara Federal formada por parlamentares religiosos aprovou, por 17 a cinco, o texto principal do Estatuto da Família, que

define família como união entre homem e mulher. O projeto foi apresentado pelo deputado Anderson Ferreira (PP-PE), que é evangélico, no final de 2013. A polêmica teve início quando se tomou conhecimentos que nenhum dos 16 parágrafos do projeto mencionava as famílias homoparentais. Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu por unanimidade a união estável para casais do mesmo sexo. Na decisão da Corte, ficou estabelecido que companheiros (as) em relação homoafetiva teriam os mesmos direitos e deveres das famílias formadas por homens e mulheres. Na mesma linha, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deu legalidade ao casamento civil, em 2013. O projeto cria instrumentos que vão contra a comunidade LGBT e retira direitos como herança, guarda dos filhos e a inclusão do (a) parceiro (a) em planos de saúde, além de ser uma tentativa da bancada fundamentalista religiosa para contrapor o que já foi deliberado pelo Supremo e pelo CNJ. O Estatuto da Família fere os direitos de outras pessoas cuja composição familiar não é a de união entre homem e mulher, como homens e mulheres sem cônjuge e exclui diversos arranjos familiares, não apenas a família homoafetiva. Fonte: CUT Nacional GLOSSÁRIO CCJC ou CCJ Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania CAE Comissão de Assuntos Econômicos CAS Comissão de Assuntos Sociais PL Projeto de Lei PLS Projeto de Lei do Senado PEC Proposta de Emenda Constitucional CDU Comissão de Desenvolvimento Urbano Este informativo é um boletim da Contracs Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços e tem como objetivo fundamentar o debate e subsidiar os trabalhadores do ramo do comércio e serviços sobre projetos de lei que podem afetar ou melhorar suas condições de vida e trabalho. Caso não queira mais receber este boletim, clique aqui. EXPEDIENTE: Presidente: Alci Matos Araujo Secretário de Comunicação: Maria do Rosário Assunção Secretário Jurídico: Edmilson dos Santos Jornalista Responsável: Adriana Franco (MTB: 4847-2/SP) Boletim nº25 23 de outubro de 2015 www.contracs.org.br