Desenho Técnico em Construções Rurais Aula 01 Técnicas de Desenho

Documentos relacionados
Código da Disciplina CCE0047 AULA 2.

Código da Disciplina CCE0047 AULA 2.

Desenho e Projeto de tubulação Industrial. Módulo I. Aula 07

Código da Disciplina CCE0047 AULA 2.

Código da Disciplina CCE0985. Aula 2 DESENHO TECNICO 1 - EXERCÍCIO 1.

DESENHO TÉCNICO ESTRUTURA DA AULA DE HOJE 03/03/2019 NORMALIZAÇÃO NORMALIZAÇÃO ENGENHARIA QUÍMICA 2019

Normatização e Padronização no Desenho Técnico

Desenho Técnico. Profº Eng. Bruno M.B.Barijan

Código da Disciplina CCE0047 AULA 3.

Desenho Técnico. Aula 3 Prof. Daniel Cavalcanti Jeronymo. Tipos de papel e linhas

DESENHO DE ARQUITETURA I

D e s e n h o T é c n i c o

EXPRESSÕES GRÁFICAS. AULA 02 - ESCALAS Curso: Engenharia Civil Matéria: Expressões Gráficas

O DESENHO COMO FORMA DE EXPRESSÃO

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I (SEM 0564)

DESENHO TÉCNICO AULA 1: NORMAS PARA DESENHO TÉCNICO

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO NORTE. Professor: João Carmo

DESENHO TÉCNICO I AULA 02 - ESCALA. Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR Colegiado de Engenharia Civil Prof. Philipe do Prado Santos

Conceito de normalização em DT

DESENHO TÉCNICO 1.

Desenho Técnico em Construções Rurais

DECivil. Desenho técnicot. Normalizaçã. ção. Alcínia Zita de Almeida Sampaio

As cotas horizontais são registradas da esquerda para a direita; as verticais de baixo para cima e as inclinadas, de modo a facilitar a leitura.

FUNDAMENTOS DE DESENHO TÉCNICO

Representando Edificações

Desenho Técnico. Aula 5 Prof. Daniel Cavalcanti Jeronymo. Cotagem e Escalas

DESENHO TÉCNICO. AULA 02 - ESCALAS Curso: Engenharia Civil Matéria: Desenho Técnico

EXPRESSÕES GRÁFICAS AULA 02 - ESCALA

Introdução ao DESENHO TÉCNICO

rofa Lia Pimentel TOPOGRAFIA

Definições e Instrumentos

CPM - Programa de Certificação de Pessoal de Manutenção. Mecânica Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico

DESENHO TÉCNICO ESCALA

AULA 2. Parte I EDI 64 ARQUITETURA E U. Profa. Dra. Giovanna M. Ronzani Borille

INTRODUÇÃO AO DESENHO TÉCNICO. Prof. Esp. Kevin Reiny Rocha Mota

Leitura e Interpretaçaão de Projetos. Prof. Osvaldo Gomes Terra Junior

Toda informação inscrita num desenho, sejam algarismos ou outros caracteres, deve ser apresentada em escrita mormalizada.

Aula 9 Escala e Dimensionamento Vistas Auxiliares Pearson Education do Brasil. Todos os direitos reservados.

DESENHO ARQUITETÔNICO

Normas de Desenho Técnico

DESENHO TÉCNICO ESCALA

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

SEM DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I

SEM DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I

Tipos de Linhas, Legenda e Construção Geométricas Simples. Prof. Marciano dos Santos Dionizio

APOSTILA I DAC CRIADO POR DÉBORA M. BUENO FRANCO PROFESSORA DE DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR FACULDADE EDUCACIONAL DE ARAUCÁRIA - FACEAR

Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico

2. Folha de Desenho Folhas de Desenho Formatos da série A

Materiais necessários

Desenho Técnico. Prof. José Henrique Silva. Engenharia

DESENHO TÉCNICO. AULA 04 - REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA Curso: Engenharia Civil Matéria: Desenho Técnico

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

Desenho Digital. Eng. Civil Fernando Victor Lourenço de Oliveira. Macapá- AP

Desenho Mecânico - Vistas Ortográficas -

Prof (a): Lorena Saab

EXPRESSÕES GRÁFICAS (40 h)

Cotagem. Regras gerais de cotagem. Cotagem de Dimensões Básicas. Unidade de medida em desenho técnico

FIGURA 01 Logotipo da ABNT

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

Topografia e Cartografia Prof.Fernando Botelho e Diogo Maia. Escalas

DESENHO TÉCNICO I (60 h)

Desenho Técnico. Desenho. Desenho Artístico. Representação de coisas, seres, e objetos através de linhas e pontos. Expressão gráfica da forma.

DESENHO TÉCNICO I AULA 06 PLANTAS BAIXAS. Faculdade Independente do Nordeste - FAINOR Colegiado de Engenharia Civil Prof. Philipe do Prado Santos

Desenho Técnico. Desenho. Desenho Artístico. Representação de coisas, seres, e objetos através de linhas e pontos. Expressão gráfica da forma.

DESENHO TÉCNICO. AULA 01 - APRESENTAÇÃO Curso: Engenharia Civil Matéria: Desenho Técnico

Desenho Técnico. Escalas e Cotagem. Eng. Agr. Prof. Dr. Cristiano Zerbato

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas DIN Instituto Alemão para Normalização ISO Organização Internacional para Normalização SAE Sociedade de

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

DESENHO TÉCNICO ESCALAS

Encontro presencial de Engenharia Civil Arquitetura e Urbanismo

UNICAP Universidade Católica de Pernambuco Laboratório de Topografia de UNICAP LABTOP Topografia 1. Escalas

PADRONIZAÇÃO DO DESENHO E NORMAS ABNT

DESENHO TÉCNICO REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA

DESENHO TÉCNICO E ARQUITETÔNICO

Desenho Técnico Engenharia de Controle e Automação Disciplina: Desenho Técnico

DESENHO E ARQUITETURA DESENHO ARQUITETÔNICO

INTRODUÇÃO À DESENHO TÉCNICO. Prof. Jhonatan Machado Godinho

Relação de materiais. Relação de materiais. Instrumentos. Jogo de esquadros 45º e 30º/60º, sem graduação. Papel formato A4 margeado

Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para Desenho Técnico

Desenho Técnico. Projeções Ortogonais 02. Prof. João Paulo Barbosa

FUNDAMENTOS DO DESENHO TÉCNICO NORMAS E CONVENÇÕES

INSTRUMENTAL DE DESENHO TÉCNICO

DESENHO TÉCNICO (40 h)

COTAGEM. Fundamentos do DT

DESENHO TÉCNICO REPRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE ARQUITETURA

CEUNSP - FEA CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DESENHO ARQUITETÔNICO _ AULA 3 TURMAS 82111_82113 _ 82123

Cotagem Abnt NBR 10126

Elaborado pelos professores Marco Albano e Sheyla Serra Disciplina Expressão Gráfica para Engenharia (EGE) - EA, fev./2008.

DESENHO TÉCNICO (40 h)

Desenho Técnico. Prof. Aline Fernandes de Oliveira, Arquiteta Urbanista 2010

Prof. Breno Duarte Site:

DESENHO TÉCNICO MECÂNICO I (SEM 0564) Aula 01 Introdução. Prof. Associado Mário Luiz Tronco. Prof. Associado Mário Luiz Tronco

Deve-se evitar a colocação de linhas de cota com inclinação correspondente às contidas no setor de 30 assinalado pelas hachuras:

Eng. Mec., Ft., M. Sc., Ph. D. DTM. B. de M. Purquerio, Eng. Mec., Ft., MSc., PhD. São Carlos SP.

1/2" Figura Tipos de seta

AULA 5 27/03/2019 LEITURA, INTERPRETAÇÃO DE DESENHOS, ESCALA E DIMENSIONAMENTO. Princípios Básicos para Leitura de Desenhos

DESENHO TÉCNICO 3. Prof. Mariana Gusmão e Gabriel Liberalquino

Desenho Técnico. Prof. José Henrique Silva. Engenharia

DESENHO TÉCNICO (40 h)

Transcrição:

2019 Desenho Técnico em Construções Rurais Aula 01 Técnicas de Desenho Material do projetista Escalas Regas de Cotação Tipos de Traços Formato de papéis Legendas

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTUR LUIZ DE QUIEROZ LER 418- CONSTRUÇÕES RURAIS e DESENHO TÉCNICO Prof. Dr. Iran José Oliveira da Silva DESENHO TÉCNICO EM CONSTRUÇÕES RURAIS Os projetos agropecuários necessitam ter uma linguagem gráfica constituída essencialmente de linhas e símbolos que exigem, cada vez mais, uniformidade de convenções. A qualidade do desenho arquitetônico não depende somente da obediência às normas instruídas ao fato de se apresentar limpo e bem executado e preencher a natureza objetiva da construção, mas também deve ser apresentado com coerência. 1. Material do projetista Para que os projetos sejam bem feitos é de suma importância à utilização de materiais adequados, e seu emprego deve ser feito de forma correta. Segue abaixo a descrição de cada material bem como de seu emprego. 1.1 Prancheta Este material pode ser encontrado com facilidade em lojas específicas, lojas de móveis para escritório ou no comércio em geral 1.2 Papel Papel opaco branco: em geral o anteprojeto é feito nesse papel em lápis ou nanquim. Papel vegetal: Usado no projeto final, que deve ser feito em nanquim. Papel manteiga: Semelhante ao vegetal, mas com acabamento de segunda Papel heliográfico: Usado para cópias, á partir do papel vegetal. 1.3 Régua T 1.4 Esquadros de 30 e 60º 1.5 Grafitas 1.5.1 Grafita Dura: série H até 6H 1.5.2 SérieB: série Baté6B Para os desenhos de construções, usaremos a graduação média: 2B, B, F, HB, H e 2H, sendo que, para as linhas que precisam ser traçadas com maior espessura: série B e traços finos: série H.

2. Escalas É a relação existente entre o tamanho do desenho e tamanho do objeto que este desenho repr es enta. As linhas do desenho são chamadas de gráficas e as linhas do objeto são chamadas de linhas naturais. A relação entre elas é dada pela seguinte relação: I l N L Em que: N = denominador da escala que desejamos; l = é a distância medida entre dois pontos do desenho; L = distância real correspondente no objeto. As escalas são classificadas em numéricas ou titulares e gráficas. Escalas Numéricas: são indicadas pelas relações 1/N; sob forma de fração, em geral tendo numerador igual a unidade, podendo o denominador ser um número N qualquer indicando o fator de redução. Exemplo: A fração 1/200 indica que uma parte do desenho representará 200 partes do objeto real. Escolha da escala As escalas já vem prefixadas de acordo com o trabalho que se pretende fazer: Planta Baixa...1:100 Cortes... 1:50 Fachadas... 1:50 Situação e orientação... 1:500 Cobertura... 1:100 Naturezadasescalas a) Escalas de maior proporção: neste caso, tem-se l > L. A figura desenhada será maior que a original; b) Escalas naturais: l = L. O desenho possui as mesmas dimensões do original; c) Escalas de proporção menor ou redução: l < L. Estas são as escalas comumente utilizadas.

3. Cotaçãode desenhos 3.1 Regras gerais 3.1.1 As cotas devem ser distribuídas nas vistas que melhor caracterizam as partes cotadas devendo ser colocadas fora dos elementos, só colocando-os internamente, na impossibilidade de colocá-las externas ao desenho e de maneira a obter-se melhores condições de clareza e facilidade de execução. Na marcação de cotas fora do desenho, empregam-se linhas de extensão devendo-se evitar o seu cruzamento com linha de cota. 3.1.2 As linhas de cota serão finas (lápis H) e limitadas por fechas agudas ou traços inclinados de 45º. 3.1.3 As linhas de cota, como regra geral, devem ficar afastadas entre si e também do objeto que dimensiona cerca de 10 mm. 3.1.4 As cotas serão no valor real. No desenho arquitetônico são expressas em cm ou m sem menção do símbolo destas unidades de medida. OBS: No caso de ser necessário o emprego de outra unidade de medida, o símbolo deverá obrigatoriamente ser escrito no lado da cota. 170 TUBO

3.1.5 As linhas de cotas podem ser contínuas ou interrompidas 3.1.6 Os algarismos ou números devem ser escritos nas linhas de cotas. a) em posição horizontal, acima das mesmas. 100 b) em posição vertical sempre no lado esquerdo das mesmas e no sentido de baixo para cima. 30 c) em posição inclinada, como mostra o exemplo. 3.1.7 Alinha decotaparaindicação deraio, partedocentrodo arcoeterá umaflecha na extremidade ligada a circunferência. 3.1.8 Cordas e arcos são cotados da seguinte maneira:

4. Traço linha. No projeto arquitetônico, são estabelecidas importantes convenções quanto aos tipos de Tipo Espessura Finalidade Grossa Materiais cortados: concretos e alvenarias. Demarcação dos primeiros planos de fachadas, coberturas e plantas de situação. Margens e legendas. Grossa Indicações de cortes na planta. Média Demarcação de segundos planos, em fachadas, cortes, plantas, coberturas e situação. Média Indicação de linhas existentes, não visíveis na posição desenhada. Média Indicação de eixos Média Indicação de interrupção Fina Terceiro plano de fachadas, cortes, plantas e cobertura. Linhas de cotas, achuras. Complementação dos demais traços do desenho.

5. Formato do papel O tamanho do papel em que será feito o projeto dependerá do número e tamanho de desenhos. Segundo as normas técnicas, a NB-8/1970 da ABNT, a qual orienta na execução de desenhos técnicos, tem-se o parágrafo que se refere ao formato dos papéis e margens. O formato escolhido pelas normas é o retângulo harmônico o qual é obtido da seguinte forma: a) Traça-se um quadrado de lado qualquer. Seja o quadrado ABCD; b) Traça-se em seguida uma diagonal deste quadrado: AC, por exemplo; c) Fazendo-se centro em A, e com abertura igual a diagonal AC, traça-se um arco de circunferência que vai encontrar o prolongamento do lado AD em E. AE será o lado maior do retângulo harmônico e AB o lado menor. B C A D E x y = x y A razão existente é igual a 2, resultado que se obtém, dividindo o lado maior do retângulo pelo menor lado. A série de dimensões resultantes nos dá a origem a série A (série principal de formatos). Y/4 Y/2 Y/2 A3 A2 A4 A1 Y/2 Y A tabela abaixo fornece os formatos existentes com os respectivos tamanhos da linha de corte e margens.

Formato Série Linha de Corte mm/mm Margens (a) mm 4 A0 1,682 x 2,378 20 2 A0 1,189 x 1,682 15 A0 841 x 1,189 10 A1 594 x 841 10 A2 420 x 594 10 A3 297 x 420 10 A4 210 x 297 5 A5 148 x 210 5 A6 105 x 148 5 A escolha de um desses formatos depende da escala em que vai ser executado o desenho da grandeza que desejamos representá-los 6. Legendas Cada folha de desenho deverá ter, no canto inferior direito, uma legenda, contendo o título do trabalho, escalas, data, nome do projetista, nome do desenhista, número de folhas e outrasindicaçõesqueforemnecessárias.