COMENTÁRIO DO DESEMPENHO DA COMPANHIA NO 2 TRIMESTRE DE 2019

COMENTÁRIO DO DESEMPENHO DA COMPANHIA NO 2 TRIMESTRE DE 2019 As informações a seguir estão apresentadas de forma consolidada. Os valores estão apresentados de acordo com as normas expedidas pela CVM Comissão de Valores Mobiliários, aplicáveis à elaboração das informações trimestrais incluindo a Instrução CVM 469. Irani apresenta EBITDA ajustado de R$ 42,4 milhões no 2T19 com margem de 17,3% e crescimento de 5,2% em relação ao 2T18 PRINCIPAIS INDICADORES - CONSOLIDADO 2T19 1T19 2T18 Var. 2T19/1T19 Var. 2T19/2T18 6M19 6M18 Var. 6M19/6M18 UDM19 UDM18 Var. UDM19/UDM18 Econômico e Financeiro (R$ mil) Receita Operacional Líquida 245.056 231.024 218.835 6,1% 12,0% 476.080 444.192 7,2% 964.705 899.165 7,3% Mercado Interno 191.742 190.329 182.740 0,7% 4,9% 382.071 372.367 2,6% 772.410 766.699 0,7% Mercado Externo 53.314 40.695 36.095 31,0% 47,7% 94.009 71.825 30,9% 192.295 132.466 45,2% Lucro Bruto (incluso *) 59.798 67.798 65.809-11,8% -9,1% 127.596 131.266-2,8% 259.445 242.488 7,0% (*) Variação do Valor Justo dos Ativos Biológicos (1.270) 2.607 3.306-148,7% -138,4% 1.337 4.123-67,6% (4.154) (12.040) -65,5% Margem Bruta 24,4% 29,3% 30,1% -4,9p.p. -5,7p.p. 26,8% 29,6% -2,8p.p. 26,9% 27,0% -0,1p.p. Resultado Operacional antes de Tributos e Participações (11.742) (4.484) 7.326 161,9% -260,3% (16.226) 9.571-269,5% (10.174) (70.252) -85,5% Margem Operacional -4,8% -1,9% 3,3% -2,9p.p. -8,1p.p. -3,4% 2,2% -5,6p.p. -1,1% -7,8% -6,7p.p. Resultado Líquido (12.771) (6.363) 5.278 100,7% -342,0% (19.134) 22-87072,7% (16.145) (95.219) -83,0% Margem Líquida -5,2% -2,8% 2,4% 2,4p.p. -7,6p.p. -4,0% 0,0% -4,0p.p. -1,7% -10,6% -8,9p.p. EBITDA Ajustado 1 42.365 49.721 40.281-14,8% 5,2% 92.086 82.622 11,5% 187.820 174.343 7,7% Margem EBITDA Ajustada 17,3% 21,5% 18,4% -4,2p.p. -1,1p.p. 19,3% 18,6% 0,7p.p. 19,5% 19,4% 0,1p.p. Dívida Líquida (R$ milhões) 730,3 734,2 745,3-0,5% -2,0% 730,3 745,3-2,0% 730,3 745,3-2,0% Dívida Líquida/EBITDA Ajustado(x) 3,89 3,95 4,27-1,5% -8,9% 3,89 4,27-8,9% 3,89 4,27-8,9% Dívida Líquida/EBITDA Ajustado proforma(x) 2 3,13 3,12 3,30 0,3% -5,2% 3,13 3,30-5,2% 3,13 3,30-5,2% Dados Operacionais (t) Embalagem Papelão Ondulado (PO) Produção/Vendas 40.263 42.803 43.644-5,9% -7,7% 83.066 90.401-8,1% 174.974 191.340-8,6% Papel para Embalagens Produção 73.840 71.714 66.590 3,0% 10,9% 145.554 136.068 7,0% 288.596 281.861 2,4% Vendas 30.995 25.319 21.273 22,4% 45,7% 56.314 43.486 29,5% 108.786 88.813 22,5% Florestal RS e Resinas Produção 3.646 3.733 3.268-2,3% 11,6% 7.379 7.013 5,2% 13.837 12.481 10,9% Vendas 3.956 3.084 2.745 28,3% 44,1% 7.040 6.412 9,8% 13.783 12.224 12,8% 1 EBITDA (lucro antes de juros, tributos, depreciação, amortização e exaustão) ver o capitulo neste release. 2 Excluindo da dívida líquida a variação cambial registrada como hedge accounting. A receita líquida no 2T19 registrou aumento de 12,0% quando comparada ao 2T18 e de 6,1% em relação ao 1T19, refletindo principalmente o aumento no volume de vendas nos Segmentos Papel para Embalagens e Florestal RS e Resinas, em especial em relação ao mercado externo. O volume de vendas do segmento Embalagem de Papelão Ondulado reduziu 7,7%, quando comparado ao 2T18 e 5,9%, quando comparado com o 1T19, totalizando 40,3 mil toneladas no 2T19. A redução deveu-se a depuração de carteira de clientes da fábrica de Embalagens SP Vila Maria que tem por objetivo melhoria nas margens e na rentabilidade do Segmento. Já o segmento de Papel para Embalagens totalizou 30,9 mil toneladas, registrando aumento de 45,7% quando comparado ao 2T18 e de 22,4% em relação ao 1T19. O aumento deveu-se a maior venda de papel para o mercado, em especial externo, em função da disponibilidade gerada pela redução do Segmento Embalagem de Papelão Ondulado (PO). O segmento Florestal RS e Resinas teve aumento de 44,1% no comparativo com o 2T18 e aumento de 28,3% em relação ao 1T19, alcançando 3,9 mil

toneladas. O crescimento ocorreu em função da disponibilidade de estoques de produtos para venda e pelos bons preços praticados pelos produtos no mercado externo. O lucro bruto do 2T19 apresentou redução de 9,1% em comparação ao 2T18 e de 11,8% quando comparado ao 1T19, reflexo principalmente do aumento de custos não recorrentes gerados por reestruturações de pessoal realizadas no período no montante de R$ 3,1 milhões, e da variação do valor justo dos ativos biológicos que foi negativa neste trimestre e que havia sido positiva nos trimestre comparativos. As despesas com vendas no 2T19 totalizaram R$ 24,4 milhões, um aumento de 20,5% quando comparado ao mesmo trimestre do ano anterior e 11,6% superior ao 1T19, (incluídas as perdas por impairment de contas a receber) e representaram 10,0% da receita líquida consolidada, e 9,3% no 2T18. As despesas administrativas no 2T19 totalizaram R$ 14,7 milhões, um aumento de 5,0% quando comparadas ao mesmo trimestre do ano anterior e aumento de 2,2% em relação ao 1T19, e representaram 6,0% da receita liquida consolidada inferior aos 6,4% registrados no 2T18. O resultado líquido foi de R$ 12,8 milhões negativos no 2T19, em comparação a R$ 5,3 milhões de lucro no 2T18 e R$ 6,4 milhões negativos no 1T19. O principal impacto no resultado líquido quando comparado ao 1T19 foi o aumento de custos não recorrentes gerados por reestruturações de pessoal realizadas no período no montante de R$ 3,1 milhões, e a variação do valor justo dos ativos biológicos que foi negativa neste trimestre e que havia sido positiva no 1T19. O EBITDA ajustado no 2T19 foi de R$ 42,4 milhões, 5,2% superior ao apurado no 2T18 de R$ 40,3 milhões, e 14,8% inferior quando comparado ao 1T19 de R$ 49,7 milhões, principalmente em função dos custos não recorrentes no montante de R$ 3,1 milhões por reestruturações de pessoal realizadas neste trimestre. A relação dívida líquida/ebitda foi de 3,89 vezes em junho de 2019. Excluindo da dívida líquida a variação cambial registrada como hedge accounting, a relação dívida líquida/ebitda seria de 3,13x. A posição de caixa ao fim de junho de 2019 foi de R$ 30,5 milhões e 55% da dívida estava no longo prazo. Conforme Fato Relevante divulgado em 31 de julho de 2019 a Companhia concluiu a emissão de debêntures no valor total de R$ 505 milhões com o objetivo de melhorar o perfil de vencimento da dívida, recompor o caixa e adequar sua estrutura de capital.

Destaques do 2T19 No Brasil, o cenário econômico está vinculado ao equilíbrio fiscal e a aprovação das reformas, principalmente a reforma da previdência que teve andamento e está mais próxima de ser aprovada. Indicadores mensais da atividade econômica no 2 trimestre de 2019 indicam ao governo que a economia continua lenta, o que levou a reduzir, mais uma vez, a expectativa para crescimento do PIB em 2019 de 1,6% para 0,81%. Na China o crescimento econômico no segundo trimestre foi o menor registrado nos últimos 27 anos, chegando o PIB a 6,2%, isso ocorre, principalmente, como consequência da pressão comercial dos Estados Unidos. A Associação Brasileira de Papelão Ondulado (ABPO) registrou aumento de 2,9% na expedição em toneladas de papelão ondulado no 2T19, na comparação com 2T18, enquanto o desempenho do volume de vendas do Mercado Irani, apresentou redução de 7,7% no 2T19, devido a depuração de carteira realizada para o Segmento. Na comparação com o 1T19, o Mercado ABPO aumentou 1,9%, já o Mercado Irani reduziu 5,9%. Em toneladas, a participação de mercado da Irani no segmento de Embalagem de Papelão Ondulado foi de 4,6% no 2T19, 5,0% no 1T19, e 5,1% no 2T18. Volume de Vendas (em toneladas) - Segmento Embalagem de Papelão Ondulado (PO) Mercado ABPO (t) Mercado Irani (t) +2,9% -7,7% 851.702 859.662 876.421 +1,9% 43.644 42.803 40.263-5,9% Fonte: ABPO Fonte:Irani Em metros quadrados (m²) o volume de vendas de embalagens de papelão ondulado do Mercado ABPO apresentou aumento de 1,9% no 2T19 em comparação ao 2T18, enquanto o Mercado Irani reduziu 9,1%. Comparativamente ao 1T19, o Mercado ABPO apresentou estabilidade, enquanto o Mercado Irani registrou redução de 7,5%. Em metros quadrados a participação de mercado da Irani foi de 5,0% no 2T19, 5,7% no 2T18 e 5,5% no 1T19. O segmento Embalagem de Papelão Ondulado (PO) representou no 2T19 53% da receita líquida da Irani, o segmento de Papel para Embalagens representou 36% e o segmento Florestal RS e Resinas, 11%. Por sua vez, o mercado doméstico correspondeu a 78% da receita líquida e o mercado externo

22%, o crescimento de 5,3 pontos percentuais da receita do mercado externo na comparação com o 2T18 decorre principalmente do aumento de volume de vendas para o mercado externo no segmento Papel para Embalagens, e ainda, do aumento na cotação do Dólar e Euro que contribui para o crescimento do preço em reais das exportações. Volume de Vendas (em metros quadrados) Segmento Embalagem de Papelão Ondulado (PO) Mercado ABPO (mil m²) Mercado Irani (mil m²) +1,9% -9,1% 1.667.601 1.694.205 1.698.826 Fonte: ABPO +0,3% 94.388 92.758 85.771-7,5% Fonte: Irani 2T19 ABPO (em ton e m²) são prévias de fechamento. Pode haver alterações nos dados oficiais. 1. DESEMPENHO OPERACIONAL (não revisados por auditor independente) 1.1 Segmento Embalagem de Papelão Ondulado (PO) Contribuição na Receita 2T19 Embalagem PO 53% O volume de vendas de caixas e chapas de papelão ondulado totalizou 40.263 toneladas, inferior em 7,7% em relação ao 2T18 e 5,9% quando comparado ao 1T19, especialmente em função da depuração da carteira de clientes na fábrica de Embalagem SP Vila Maria. O desempenho das vendas de caixas apresentou redução de 2,9% quando comparado ao 2T18 assim como as vendas de chapas que registraram redução de 19,9% no comparativo dos trimestres. As unidades Embalagem SP Indaiatuba, Embalagem SC Campina da Alegria e Embalagem SP Vila Maria respondem respectivamente por 47%, 36% e 17% do total vendido no segundo trimestre de 2019, sendo sua produção voltada inteiramente ao mercado interno. O volume da fábrica Embalagem SP Indaiatuba atingiu 14.282 toneladas de caixas e 4.762 toneladas de chapas no 2T19 (face a 12.645 toneladas de caixas e 5.165 toneladas de chapas no 2T18).

A fábrica de Embalagem SC Campina da Alegria registrou volume de vendas de 12.032 toneladas de caixas e 2.275 toneladas de chapas no 2T19 (ante 11.177 toneladas de caixas e 2.696 toneladas de chapas no 2T18). A fábrica de Embalagem SP Vila Maria registrou volume de vendas no 2T19 de 3.925 toneladas de caixas e 2.987 toneladas de chapas (quando no 2T18 registrou 7.306 toneladas de caixas e 4.655 toneladas de chapas). A redução nos volumes deveu-se a estratégia de depuração da carteira de clientes nesta unidade. Volume de Vendas de PO (t) -7,7% 43.644 42.803 40.263-5,9% O preço médio Irani (CIF) por tonelada registrou aumento de 6,3% no 2T19 quando comparado ao do 2T18 e aumento de 1,3% em relação ao primeiro trimestre de 2019, conforme demonstrado abaixo: Preços Médios Irani (R$/t) +6,3% 3.994 4.194 4.247 +1,3% Nota metodológica: Os preços IRANI são sem IPI, com PIS, COFINS, ICMS e ajustados de acordo com o mix de caixas e chapas de mercado.

1.2 Segmento Papel para Embalagens Contribuição na Receita 2T19 Papel para Embalagens 36% A Irani atua no segmento de Papel para Embalagens, tanto nos mercados de papéis para embalagens rígidas (papelão ondulado) como para embalagens flexíveis (sacaria). A produção total de papel para embalagens da Companhia no trimestre foi superior em 10,9%, quando comparado com o 2T18, e 3,0% em relação ao 1T19. Em relação às vendas, houve aumento de 45,7% quando comparado com o 2T18, e de 22,4% na comparação ao 1T19. Produção Total de Papel para Embalagens (t) Vendas Totais de Papel para Embalagens (t) +10,9% +45,7% 71.714 73.840 66.590 +3,0% 20.391 23.024 19.197 47.393 51.323 50.816 30.995 21.273 25.319 +22,4 22.608 19.282 19.763 5.556 8.387 1.991 Rígidas Flexíveis Rígidas Flexíveis No 2T19, as transferências internas de papel para embalagens rígidas (PO) totalizaram 42.347 toneladas (43.539t no 2T18 e 46.232t no 1T19), para a fábrica Embalagem SP Indaiatuba alcançaram 19.739 toneladas (16.443t no 2T18 e 17.609t no 1T19), para a fábrica Embalagem SP Vila Maria foram transferidas 6.347 toneladas (12.674t no 2T18 e 12.496t no 1T19) e para a fábrica Embalagem SC Campina da Alegria foram transferidas 16.261 toneladas no 2T19 (14.422t no 2T18 e 16.127t no 1T19). Do total das transferências internas, 47% foram para a fábrica Embalagem SP Indaiatuba, 38% para a fábrica Embalagem SC Campina da Alegria e 15% para a fábrica Embalagem SP Vila Maria. Os papéis para embalagens rígidas, que possuem volume de vendas pouco significativo (apenas 8.387t no 2T19 conforme gráfico acima) e cujo preço é inferior aos demais papéis comercializados pela Companhia, apresentaram redução de 5,8% no preço do 2T19 quando comparados aos praticados no 2T18, e de 3,1% quando comparados ao 1T19. Os papéis para embalagens flexíveis demonstraram aumento de 7,1% quando comparado ao 2T18 e estabilidade em relação ao 1T19.

Preços Médios do Papel para Embalagens (R$/t) Rígidas Flexíveis -5,8% 2.400 2.332 2.260 3.566 +7,1% 3.806 3.819-3,1% +0,3% 1.3 Segmento Florestal RS e Resinas Contribuição na Receita 2T19 Florestal RS e Resinas 11% O segmento Florestal do Rio Grande do Sul produziu e comercializou no 2T19 19 mil metros cúbicos de toras de pinus para o mercado local (33 mil metros cúbicos no 2T18) e forneceu 1.300 toneladas de resinas in natura para serem utilizadas no processo industrial de fabricação de breu e terebintina. O volume de produção na unidade Resina RS Balneário Pinhal no 2T19 apresentou aumento de 11,6% quando comparado ao 2T18, e redução de 2,3% quando comparado ao 1T19. O volume de vendas apresentou aumento de 44,1% quando comparado ao 2T18, e aumento de 28,3% em relação ao 1T19. Produção de Breu e Terebintina (t) Venda de Breu e Terebintina (t) +11,6% +44,1% 3.268 3.733 3.646 2.745 3.084 3.956-2,3% +28,3 No 2T19, o preço médio bruto do Breu foi 15,0% inferior ao 2T18 e 4,2% superior quando comparado com o 1T19. A Terebintina aumentou 34,8% quando comparado ao 2T18 e 1,2% em relação ao 1T19. As variações de preço desses produtos se dão de acordo com mercado internacional e do câmbio.

Preços Médios (R$/t) -15,0% +34,8% 16.990 17.196 12.755 +1,2% 4.546 3.707 +4,2% 3.863 Breu Terebintina 2. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO 2.1 Receita Operacional Líquida A receita operacional líquida do 2T19 foi de R$ 245.056 mil, crescimento de 12,0% quando comparado à do 2T18 e de 6,1% quando comparado ao 1T19, refletindo principalmente o aumento no volume de vendas nos Segmentos Papel para Embalagens e Florestal RS e Resinas, em especial em relação ao mercado externo. No mercado interno, a receita operacional líquida foi de R$ 191.742 mil no trimestre e mostrou aumento de 4,9% quando comparada a do 2T18 e estabilidade em relação ao 1T19. A receita no mercado doméstico respondeu por 78% do total da receita da Irani. As exportações no 2T19 atingiram R$ 53.314 mil, 47,7% superior ao 2T18 e 31,0% em relação ao 1T19, representando 22% da receita operacional líquida total. A Ásia foi o principal destino das exportações, concentrando 36% da receita de exportação. Os demais mercados compreendem: América do Sul (35%), Europa (21%), África (5%) e América do Norte (3%).

Receita Líquida (R$ milhões) +12,0% Receita Líquida Mercado Externo por Região 2T19 218,8 36,1 231,0 245,0 40,7 53,3 Ásia 36% Europa 21% +6,1% 182,7 190,3 191,7 Mercado Interno Mercado Externo América do Sul 35% África 5% América do Norte 3% O principal segmento de atuação da Irani é o segmento Embalagem de PO (papelão ondulado), responsável por 53% da receita líquida consolidada no 2T19, seguido pelos segmentos Papel para Embalagens com 36%, e Florestal RS e Resinas, com 11%. Receita Líquida por Segmento 2T18 2T19 Florestal RS e Resinas 9% Florestal RS e Resinas 11% Papel para Embalagens 29% Embalagem PO 62% Papel para Embalagens 36% Embalagem PO 53% 2.2 Custo dos Produtos Vendidos O custo dos produtos vendidos no 2T19 foi de R$ 183.988 mil, 17,7% superior ao do 2T18 se comparado em números absolutos. A variação do valor justo dos ativos biológicos não está sendo considerada no valor do custo dos produtos vendidos. A formação do custo por segmento de atuação da Irani no 2T19 pode ser verificada nos gráficos abaixo.

Embalagem de PO Papel para Embalagens* Custo Fixo 27% Químicos 6% Energia/ Vapor 10% Material de Embalagem 1% Custo Fixo 31% Outros Insumos 5% Material de Embalagem 3% Papel 65% Matéria Prima 52% *a formação do custo do Segmento Papel para Embalagens não considera a variação do valor justo dos ativos biológicos. 2.3 Despesas e Receitas Operacionais As despesas com vendas no 2T19 totalizaram R$ 24.454 mil, representando 10,0% da receita líquida consolidada, comparado a 9,3% no 2T18 (incluídas as perdas por impairment de contas a receber). As despesas administrativas no 2T19 foram 5,0% superiores em relação às do 2T18, totalizando R$ 14.739 mil (R$ 14.032 mil no 2T18) e representaram 6,0% da receita líquida consolidada, comparado a 6,4% no 2T18. Outras receitas/despesas operacionais resultaram em uma despesa de R$ 773 mil no 2T19, contra uma despesa de R$ 334 mil no 2T18. 3. GERAÇÃO OPERACIONAL DE CAIXA (EBITDA AJUSTADO) Consolidado (R$ mil) 2T19 1T19 2T18 Var. 2T19/1T19 Var. 2T19/2T18 6M19 6M18 Var. 6M19/6M18 UDM19 UDM18 Var. UDM19/UDM18 Resultado Operacional antes de Tributos e Participações (11.742) (4.484) 7.326 161,9% -260,3% (16.226) 9.571-269,5% (10.174) (70.252) -85,5% Exaustão 3.224 3.825 4.189-15,7% -23,0% 7.049 9.391-24,9% 14.245 48.491-70,6% Depreciação e Amortização 18.039 16.772 12.293 7,6% 46,7% 34.811 24.922 39,7% 62.135 52.756 17,8% Resultado Financeiro 31.574 35.801 23.824-11,8% 32,5% 67.375 45.389 48,4% 124.198 96.464 28,8% EBITDA 41.095 51.914 47.632-20,8% -13,7% 93.009 89.273 4,2% 190.404 127.459 49,4% Margem EBITDA 16,8% 22,5% 21,8% -5,7p.p. -5,0p.p. 19,5% 20,1% -0,6p.p. 19,7% 14,2% 5,5p.p. Ajustes conf Inst.CVM 527/12 Variação do Valor Justo dos Ativos Biológicos (1) 1.270 (2.607) (3.306) - - (1.337) (4.123) -67,6% 4.154 12.040-65,5% Eventos Não Recorrentes - 414 (4.045) - - 414 (2.528) - (6.738) 34.844-119,3% EBITDA Ajustado 42.365 49.721 40.281-14,8% 5,2% 92.086 82.622 11,5% 187.820 174.343 7,7% Margem EBITDA Ajustada 17,3% 21,5% 18,4% -4,2p.p. -1,1p.p. 19,3% 18,6% 0,7p.p. 19,5% 19,4% 0,1p.p. 1 Variação do valor justo dos ativos biológicos, por não significar redução de caixa no período.

A geração operacional de caixa, medida pelo EBITDA ajustado, totalizou R$ 42.365 mil no 2T19, aumento de 5,2% em relação ao 2T18, e redução de 14,8% em relação ao 1T19 dos custos não recorrentes por reestruturações de pessoal realizadas neste trimestre no montante de R$ 3,1 milhões. A margem EBITDA ajustada no 2T19 atingiu 17,3%, redução de 1,1 pontos percentuais em relação ao 2T18 e quando comparado ao 1T19 de 4,2 pontos percentuais. EBITDA Ajustado (R$ milhões) e Margem EBITDA Ajustada (%) 18,4 21,5 17,3 40,3 49,7 42,4 EBITDA Ajustado (R$ milhões) Margem EBITDA Ajustada(%) 4. RESULTADO FINANCEIRO E ENDIVIDAMENTO O resultado financeiro foi de R$ 31.574 mil negativos no 2T19, representando aumento de 32,5% em comparação ao 2T18, influenciado negativamente pela maior realização do hedge accounting e pela desvalorização do real frente ao dólar no decorrer deste trimestre. Em relação ao 1T19 registrou redução de 11,8% influenciado positivamente pela menor realização do hedge accounting e valorização do real frente ao dólar. No 2T19, as despesas financeiras totalizaram R$ 34.838 mil face a R$ 30.348 mil no 2T18 e R$ 42.858 mil no 1T19. As receitas financeiras atingiram R$ 3.264 mil no 2T19, versus R$ 6.524 mil no mesmo período do ano anterior e R$ 7.057 mil no 1T19. O resultado financeiro está distribuído da seguinte forma: R$ mil 2T19 1T19 2T18 6M19 6M18 UDM19¹ UDM18¹ Receitas Financeiras 3.264 7.057 6.524 10.321 11.467 25.099 19.368 Despesas Financeiras (34.838) (42.858) (30.348) (77.696) (56.856) (149.297) (115.832) Resultado Financeiro (31.574) (35.801) (23.824) (67.375) (45.389) (124.198) (96.464) ¹Acumulado nos últimos doze meses.

Nas receitas e despesas financeiras apresentadas estão inclusas as variações cambiais ativas e passivas, conforme segue: R$ mil 2T19 1T19 2T18 6M19 6M18 UDM19¹ UDM18¹ Variação cambial ativa 2.207 5.696 4.854 7.903 8.675 19.127 15.843 Variação cambial passiva (9.416) (16.931) (4.035) (26.347) (7.138) (44.702) (14.376) Variação cambial líquida (7.209) (11.235) 819 (18.444) 1.537 (25.575) 1.467 ¹Acumulado nos últimos doze meses. O resultado financeiro sem variação cambial apresenta-se da seguinte forma: R$ mil 2T19 1T19 2T18 6M19 6M18 UDM19¹ UDM18¹ Resultado Financeiro sem variação cambial (24.365) (24.566) (24.643) (48.931) (46.926) (98.623) (97.931) ¹Acumulado nos últimos doze meses. Com o objetivo de fazer uma proteção das exportações para os próximos anos, a Companhia mantém o fluxo de vencimento dos compromissos em moeda estrangeira (Dólar) alinhados às previsões de recebimento na mesma moeda. A variação cambial destas operações está sendo lançada mensalmente no Patrimônio Líquido e é reconhecida no resultado, como despesa financeira, quando da sua realização (hedge accounting). No 2T19 foi reconhecido como hedge accounting o valor positivo de R$ 12.248 mil (R$ 8.084 mil líquido dos tributos no patrimônio líquido), bem como o valor reconhecido no resultado como despesa financeira foi de R$ 7.415 mil. No acumulado, a Companhia mantém R$ 141.994 mil de variação cambial de hedge accounting, a ser reconhecida no resultado quando da sua realização em cada vencimento do fluxo da dívida, bem como em casos de liquidação antecipada dos referidos empréstimos, sendo que R$ 93.716 mil estão reconhecidos no Patrimônio Líquido (líquido dos tributos) e R$ 48.278 mil no Passivo Não Circulante (tributos). Câmbio A taxa de câmbio que era de R$ 3,86/US$ em 30 de junho de 2018, ficou estável ao fim de junho de 2019, e chegou a R$ 3,83/US$. A taxa de câmbio média deste trimestre foi de R$ 3,92/US$, 3,98% superior à do 1T19 e 8,59% superior a do mesmo período de 2018.

R$ mil 2T19 1T19 2T18 Δ2T19/1T19 Δ2T19/2T18 Dólar médio 3,92 3,77 3,61 +3,98% +8,59% Dólar final 3,83 3,90 3,86-1,79% -0,78% Fonte: Bacen Endividamento O endividamento bruto consolidado em 30 de junho de 2019 totalizava R$ 760,8 milhões, comparado a R$ 776,2 milhões em 31 de março de 2019. A variação deste indicador foi influenciada pela valorização do real frente ao dólar e captações de operações frente às liquidações do período. O perfil do endividamento bruto em 30 de junho era de 45% com vencimento no curto prazo e 55% com vencimento no longo prazo. Conforme Fato Relevante divulgado em 31 de julho de 2019 a Companhia concluiu a emissão de debêntures no valor total de R$ 505 milhões com o objetivo de melhorar o perfil de vencimento da dívida, recompor o caixa e adequar sua estrutura de capital. O saldo de caixa consolidado em 30 de junho de 2019 totalizava R$ 30,5 milhões, comparado a R$ 42,0 milhões em 31 de março de 2019. Essa variação é devida principalmente as liquidações de operações financeiras em maior volume que as captações frente à geração operacional de caixa. O endividamento líquido consolidado em 30 de junho de 2019 totalizou R$ 730,3 milhões, comparado a R$ 734,2 milhões em 31 de março de 2019. O indicador dívida líquida/ebitda passou de 3,95 vezes no final do 1T19 para 3,89 vezes no encerramento do 2T19. Excluindo da dívida líquida a variação cambial registrada como hedge accounting (Nota Explicativa 28 Hedge de Fluxo de Caixa), o indicador dívida líquida/ebitda Proforma seria de 3,13 vezes no final do 2T19.

56% 61% 65% 71% 73% 68% 65% 62% 55% 78% 76% 80% 44% 39% 35% 29% 27% 32% 35% 38% 45% 22% 24% 20% Endividamento e Dívida Líquida/EBITDA 922,4 917,4 776,8 145,4 198,1 772,1 825,0 776,2 760,8 633,5 168,1 777,0 719,3 85,7 132,2 42,0 30,5 734,2 730,3 686,4 692,7 137,7 608,8 368,7 331,2 303,8 83,4 15,2 50,8 288,6 280,4 285,3 408,3 97,9 310,4 3,13 3,04 2,58 2,69 495,8 3,61 3,97 4,29 4,10 4,44 3,08 3,40 3,68 3,88 3,95 3,89 2,96 3,12 3,13 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 1T19 2T19 Saldo de Caixa (R$ milhões) Dívida Bruta (R$ milhões) Dívida Líquida/EBITDA Proforma (x) Dívida Líquida (R$ milhões) Dívida Líquida/EBITDA (x) Perfil do Endividamento Bruto 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 1T19 2T19 Dívida Curto Prazo (%) Dívida Longo Prazo (%) 5. RESULTADO LÍQUIDO No 2T19, o resultado líquido foi de R$ 12.771 mil negativos em comparação a R$ 5.278 mil de lucro no 2T18 e R$ 6.363 mil negativos no 1T19. Nos últimos 12 meses o resultado líquido foi negativo R$ 16.145 mil comparados a negativo R$ 95.219 mil, no mesmo período do ano anterior. O principal

impacto no resultado líquido quando comparado ao 1T19 foi o aumento de custos não recorrentes gerados por reestruturações de pessoal realizadas no período no montante de R$ 3,1 milhões, e a variação do valor justo dos ativos biológicos que foi negativa neste trimestre e que havia sido positiva no 1T19. 6. INVESTIMENTOS A Companhia mantém sua estratégia de investir na modernização e automação dos seus processos produtivos de forma criteriosa. Os investimentos deste trimestre somaram R$ 23.827 mil e foram basicamente direcionados para reflorestamento, manutenção e melhorias das estruturas físicas, software (sequência da implantação do sistema SAP S/4HANA), máquinas e equipamentos da Companhia. R$ mil 2T19 6M19 Terrenos 2.432 2.457 Equipamentos 13.787 20.256 Intangível 4.011 10.932 Reflorestamento 3.597 5.662 Total 23.827 39.307 7. MERCADO DE CAPITAIS O capital social da Irani, em 30 de junho de 2019, era representado por 166.720.235 ações, das quais 153.909.975 (92%) são ações ordinárias, e 12.810.260 (8%), ações preferenciais. Em 30 de junho de 2019, a Companhia mantinha em tesouraria 2.376.100 ações, sendo 24.000 ações ordinárias e 2.352.100 ações preferenciais. Neste mesmo período as ações ordinárias eram negociadas a R$ 2,68 quando as ações preferenciais eram negociadas a R$ 2,62. 8. EVENTOS SUBSEQUENTES Em 24 de junho de 2019, o Conselho de Administração da Companhia aprovou a realização da 3ª emissão pública de debêntures simples, e conforme Fato Relevante divulgado em 31 de julho de 2019, foi realizada a distribuição parcial das debêntures e, sendo assim, a Emissão será composta

por 505.000 debêntures, com valor nominal unitário de R$1.000,00, totalizando, na data de emissão, o valor de R$505.000.000,00. Os recursos obtidos com a Emissão serão usados para liquidação de certas atuais dívidas da Companhia, recomposição de seu caixa e execução de investimentos para consecução de seu objeto social no curso normal de seus negócios, reforçando sua estrutura de capital.