REGISTO CENTRAL DE BENEFICIÁRIO EFECTIVO CONSELHO REGIONAL DE LISBOA 17/04/2019

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Transcrição:

1

REGISTO CENTRAL DE BENEFICIÁRIO EFECTIVO CONSELHO REGIONAL DE LISBOA 17/04/2019

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SUMÁRIO A EMERGÊNCIA DE UMA NOVA OBRIGAÇÃO O CAMPO DE APLICAÇÃO DO DISPOSITIVO A INFORMAÇÃO RELATIVA AOS BENEFICIÁRIOS EFETIVOS 4

A EMERGÊNCIA DE UMA NOVA OBRIGAÇÃO

6

BENEFICIÁRIO EFETIVO (BE) noção é parte da abordagem mais global do Know Your Client - KYC (conheça o seu cliente). https://en.wikipedia.org/wiki/know_your_customer O beneficiário efetivo, ou UBO em inglês (Ultimate Beneficial Owner), é a PESSOA FISICA que controla, direta ou indiretamente, o cliente ou a pessoa física para a qual uma transação é realizada ou uma atividade realizada. 7

UBO em inglês (Ultimate Beneficial Owner), 8

BENEFICIÁRIO EFETIVO «Propriedade» do beneficiário efetivo vs. propriedade legal «Propriedade» do beneficiário efetivo vs. controlo 9

As SOCIEDADES PORTUGUESAS ( e outras entidades) não listadas em bolsa e registradas no registo comercial ( ou outro) estão hoje sujeitas a uma obrigação particularmente pesada, uma vez que devem proceder à identificação de seus BENEFICIÁRIOS EFETIVOS e declarar a identidade dessas empresas, e uma série de outras informações. 10

As declarações, endereçadas ao Instituto de Registo e Notariado I.P., alimentarão um arquivo, o registro de beneficiários efetivos (RBE), pesquisáveis por diferentes autoridades e, mediante autorização judicial, por qualquer pessoa interessada. O objetivo declarado deste regime é combater o branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo. 11

PERIMETROS DAS BASES DE DADOS REGISTO PRIVADO DA ENTIDADE REGISTO NACIONAL DAS PESSOAS COLECTIVAS REGISTO COMERCIAL OU OUTRO REGISTO CENTRAL DE BENEFICIÁRIOS EFECTIVOS 12

RCBE Mundo VICA volátil incerto complexo ambíguo BIG DATA 13

RCBE Mundo VICA volátil incerto complexo ambíguo BIG DATA 14

15

COMO CHEGÁMOS A ESTE PONTO??? 16

O Homem Invisível The Invisible Man é uma novela de ficção científica de H. G. Wells. Publicada originalmente em capítulos na revista semanal de Pearson em 1897 e lançada como um romance no mesmo ano. 17

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto Artigo 2.º Definições 1 - Para os efeitos da presente lei, entende -se por: j) «Branqueamento de capitais»: i) As condutas previstas e punidas pelo artigo 368.º -A do Código Penal; ii) A aquisição, a detenção ou a utilização de bens, com conhecimento, no momento da sua receção, de que provêm de uma atividade criminosa ou da participação numa atividade dessa natureza; iii) A participação num dos atos a que se referem as subalíneas anteriores, a associação para praticar o referido ato, a tentativa e a cumplicidade na sua prática, bem como o facto de facilitar a sua execução ou de aconselhar alguém a praticá -lo; 18

19

Em 2015, na sequência dos ataques terroristas que tiveram lugar na Europa, o Parlamento Europeu reforçou os esforços de luta contra o financiamento do terrorismo e aprovou a Quarta Diretiva Anti- Branqueamento de Capitais. In: BENEFICIÁRIOS EFETIVOS E TRANSPARÊNCIA FISCAL, Susana Duarte Coroado; Coordenação de Projeto Luís de Sousa, David Marques;Gestão de Projeto Joana Lucas, João Paulo Batalha, Karina Carvalho; Assistente de Investigação João Ramos, fevereiro de 2017 https://transparencia.pt/wpcontent/uploads/2017/03/relat%c3%b3rio-ebot.pdf ; e vide https://transparencia.pt/wp-content/uploads/2018/01/8ca369fb- 3ccb-4495-8fbc-fc93bb2262e7.pdf, consultados em 7/4/2019 20

Ideia chave TRANSPARÊNCIA vs OPACIDADE 21

Medidas de Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo Lei nº 83/2017, de 18 de Agosto Novos conceitos de branqueamento de capitais, beneficiário efetivo e de pessoa politicamente exposta. Alarga o número de entidades financeiras e não financeiras com deveres de identificação e diligência, entre as quais as sociedades de investimento mobiliário e sociedades de investimento imobiliário autogeridas, salas de bingo, entidades imobiliárias dedicadas ao arrendamento, leiloeiras ou comerciantes de diamantes. Impõe novas medidas de controlo interno e práticas de gestão de risco às entidades obrigadas. Alarga o número de situações em que devem aplicados os deveres de diligência. Cria novos poderes e regras de acesso à informação por parte das autoridades nacionais, incluindo Autoridade Tributária e Departamento Central de Investigação e Acão Penal. 22

Proibição de Ações ao Portador As ações ao portador permitem esconder a identidade dos seus titulares, uma vez que não se encontram registada em nome de nenhuma pessoa singular ou coletiva, podendo ser passadas de mão em mão sem qualquer registo ou controlo. Dada a impossibilidade de verificar a identidade dos proprietários e os riscos que tal comporta, as ações ao portador foram proibidas por lei. 23

Proibição de Ações ao Portador Proibida a emissão de valores mobiliários ao portador Lei n.º 15/2017, de 3 de Maio Regime de conversão dos valores mobiliários ao portador em valores mobiliários nominativos Decreto-Lei nº 123/2017, de 25 de Setembro A conversão de ações ao portador para ações nominativas devia estar completa em 6 meses, ou seja, em Fevereiro de 2018. 24

Proibição do pagamento em numerário em montantes elevados Lei n.º 92/2017, de 22 de Agosto Institui a proibição de pagar ou receber em numerário, em transações de qualquer natureza, efetuadas por pessoas singulares residentes em território nacional que envolvam montantes iguais ou superiores a EUR 3.000, elevando-se esse limite para EUR 10.000 no caso de pessoas singulares não residentes. 25

26

Exemplos de metodologia das avaliações de risco nacionais Faft-Gafi (2012), 40 Recomendações sobre a Luta contra o Branqueamento de Capitais / Combate ao Financiamento do Terrorismo de 2012, FAFT-GAFI. Disponível em http://www.fatfgafi.org/publications/fatfrecommendations/documents/fatf-recommendations.html. G20, os Princípios de Alto Nível do G20 sobre Transparência nos Beneficiários Efetivos, http://www.europarl.europa.eu/sides/getdoc.do?pubref=-//ep//text+ta+p8-ta-2016-0310+0+doc+xml+v0//pt Comissão Europeia, Quarta Diretiva Anti-Branqueamento de Capitais, Comissão Europeia. Disponível em http://eur-lex.europa.eu/legal-content/en/txt/?uri=celex%3a32015l0849 e http://www.europarl.europa.eu/sides/getdoc.do?pubref=-//ep//text+ta+p8-ta-2016-0310+0+doc+xml+v0//pt http://ec.europa.eu/transparency/regdoc/rep/1/2016/en/1-2016-450-en-f1-1.pdf 27

Comissão de Coordenação das Políticas de Prevenção e Combate ao BC/FT A Comissão de Coordenação de Políticas de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo foi criada pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 88/2015, de 1 de outubro, funcionando na dependência do Ministério das Finanças. A Lei n.º 83/2017, de 18 de agosto, veio também conferir algumas competências específicas àquela Comissão. vide: http://www.portalbcft.pt/pt-pt 28

Tradição anglo saxonica dos acordos e convenções internacionais até à sua concretização no direito interno português ; beneficial owners Cf. Roberto Formisani, «Beneficial Ownership and Effective Transparency», in Domenico Siclari, ed., The New Anti- Money Laundering Law, [s.l.] : Springer International Publishing, 2016, 27 29 uso indevido de veículos corporativos, tais como shell companies ou trusts para ocultar a origem ilícita dos fluxos financeiros e a utilização dos fundos obtidos mediante evasão fiscal e outros crimes 29

PRINCIPAIS DESAFIOS i) a constituição de registros centrais de beneficiários efetivos fechados ou abertos; ii) a implementação de mecanismos automáticos de troca de informações de beneficiários efetivos, iii) a exigência de padronização e verificação dessas informações, e iv) o compromisso sincero dos governos em prol da divulgação dessas informações e do acesso por potenciais interessados no combate aos delitos perpetrados mediante o uso de empresas sem beneficiário efetivo identificado 30

O CAMPO DE APLICAÇÃO DO DISPOSITIVO RCBE

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto Estabelece medidas de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, transpõe parcialmente as Diretivas 2015/849/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de maio de 2015, e 2016/2258/UE, do Conselho, de 6 de dezembro de 2016, altera o Código Penal e o Código da Propriedade Industrial e revoga a Lei n.º 25/2008, de 5 de junho, e o Decreto -Lei n.º 125/2008, de 21 de julho. 32

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto DIVISÃO II Beneficiários efetivos Artigo 29.º Conhecimento dos beneficiários efetivos Artigo 30.º Critérios Artigo 31.º Aferição da qualidade de beneficiário efetivo e compreensão da estrutura de propriedade e controlo Artigo 32.º Identificação dos beneficiários efetivos Artigo 33.º Prestação de informação sobre beneficiários efetivos às entidades obrigadas Artigo 34.º Consulta ao registo central do beneficiário efetivo 33

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto ARTº 30 Artigo 30.º Critérios 1 Consideram -se beneficiários efetivos das entidades societárias, quando não sejam sociedades com ações admitidas à negociação em mercado regulamentado sujeitas a requisitos de divulgação de informações consentâneos com o direito da União Europeia ou sujeitas a normas internacionais equivalentes que garantam suficiente transparência das informações relativas à propriedade, as seguintes pessoas: 34

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto ARTº 30 Artigo 30.º Critérios a) A PESSOA OU PESSOAS SINGULARES que, em última instância, detêm a propriedade ou o controlo, direto ou indireto, de uma PERCENTAGEM SUFICIENTE DE AÇÕES OU DOS DIREITOS DE VOTO OU DE PARTICIPAÇÃO no capital de uma pessoa coletiva; b) A PESSOA OU PESSOAS SINGULARES que exercem CONTROLO por outros meios sobre essa pessoa coletiva; c) A PESSOA OU PESSOAS SINGULARES que detêm a DIREÇÃO DE TOPO, se, depois de esgotados todos os meios possíveis e na condição de não haver motivos de suspeita: i) Não tiver sido identificada nenhuma pessoa nos termos das alíneas anteriores; ou ii) Subsistirem dúvidas de que a pessoa ou pessoas identificadas sejam os beneficiários efetivos. 35

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto ARTº 30 Artigo 30.º Critérios 2 Para os efeitos de aferição da qualidade de beneficiário efetivo, quando o cliente for uma entidade societária, as entidades obrigadas: a) Consideram como indício de propriedade direta a detenção, por uma pessoa singular, de participações representativas de MAIS DE 25 % DO CAPITAL SOCIAL DO CLIENTE; b) Consideram como indício de propriedade indireta a detenção de participações representativas de mais de 25 % do capital social do cliente por: i) Entidade societária que esteja sob o controlo de uma ou várias pessoas singulares; ou ii) Várias entidades societárias que estejam sob o controlo da mesma pessoa ou das mesmas pessoas singulares; c) Verificam a existência de quaisquer outros indicadores de controlo e das demais circunstâncias que possam indiciar um controlo por outros meios. 36

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto ARTº 30 Artigo 30.º Critérios 3 Consideram -se beneficiários efetivos dos fundos fiduciários (trusts): a) O fundador (settlor); b) O administrador ou administradores fiduciários (trustees) de fundos fiduciários; c) O curador, se aplicável; d) Os beneficiários ou, se os mesmos não tiverem ainda sido determinados, a categoria de pessoas em cujo interesse principal o fundo fiduciário (trust) foi constituído ou exerce a sua atividade; e) Qualquer outra pessoa singular que detenha o controlo final do fundo fiduciário (trust) através de participação direta ou indireta ou através de outros meios. 37

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto ARTº 30 Artigo 30.º Critérios 4 No caso de pessoas coletivas de natureza não societária, como as fundações, ou de centros de interesses coletivos sem personalidade jurídica de natureza análoga a fundos fiduciários (trusts), consideram - se beneficiários efetivos a pessoa ou pessoas singulares com posições equivalentes ou similares às mencionadas no número anterior. 38

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto ARTº 31 Artigo 31.º Aferição da qualidade de beneficiário efetivo e compreensão da estrutura de propriedade e controlo 1 As ENTIDADES OBRIGADAS aferem a qualidade de beneficiário efetivo através de 2 No caso dos fundos fiduciários as ENTIDADES OBRIGADAS obtêm informações suficientes sobre esses beneficiários, 3 O disposto no número anterior não dispensa a imediata observância dos procedimentos previstos na presente divisão, relativamente às demais pessoas que possam revestir a qualidade de beneficiário efetivo, nos termos dos n.os 3 e 4 do artigo anterior. 4 No âmbito da aferição da qualidade de beneficiário efetivo, as ENTIDADES OBRIGADAS adotam medidas razoáveis e baseadas no risco para compreender a estrutura de propriedade e controlo do cliente, incluindo a recolha de documentos, dados ou informações fiáveis sobre a cadeia de participações ou de controlo. 39

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto ARTº 4º Artigo 4.º Entidades não financeiras 1 Estão sujeitas às disposições da presente lei, nos termos constantes do presente artigo, com exceção do disposto no capítulo XI, as seguintes entidades que exerçam atividade em território nacional: a) ; b) ; c) ; d) Entidades não previstas no artigo anterior que exerçam qualquer atividade imobiliária; e) Auditores, contabilistas certificados e consultores fiscais, constituídos em sociedade ou em prática individual; f) ADVOGADOS, SOLICITADORES, NOTÁRIOS E OUTROS PROFISSIONAIS INDEPENDENTES DA ÁREA JURÍDICA, CONSTITUÍDOS EM SOCIEDADE OU EM PRÁTICA INDIVIDUAL; g) ; h) ; i).; j).; k) l) Comerciantes que transacionem bens ou prestem serviços cujo pagamento seja feito em numerário. 40

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto ARTº 4º Artigo 4.º Entidades não financeiras 2 Os PROFISSIONAIS ABRANGIDOS PELA ALÍNEA F) DO NÚMERO ANTERIOR estão sujeitos às disposições da presente lei, quando intervenham ou assistam, por conta de um cliente ou noutras circunstâncias, em: a) Operações de compra e venda de bens imóveis, estabelecimentos comerciais ou participações sociais; b) Operações de gestão de fundos, valores mobiliários ou outros ativos pertencentes a clientes; c) Operações de abertura e gestão de contas bancárias, de poupança ou de valores mobiliários; d) Operações de criação, constituição, exploração ou gestão de empresas, sociedades, outras pessoas coletivas ou centros de interesses coletivos sem personalidade jurídica, que envolvam: i) A realização das contribuições e entradas de qualquer tipo para o efeito necessárias; ii) Qualquer dos serviços referidos nas alíneas a) a f) do número seguinte; e) Operações de alienação e aquisição de direitos sobre praticantes de atividades desportivas profissionais; f) Outras operações financeiras ou imobiliárias, em representação ou em assistência do cliente. 41

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto ARTº 79º SUBSECÇÃO II Profissões jurídicas Artigo 79.º Informações relativas a operações suspeitas 1 Sempre que atuem no decurso da apreciação da situação jurídica de cliente ou no âmbito da defesa ou representação desse cliente EM PROCESSOS JUDICIAIS OU A RESPEITO DE PROCESSOS JUDICIAIS, mesmo quando se trate de conselhos prestados quanto à forma de instaurar ou evitar tais processos, independentemente de essas informações serem recebidas ou obtidas antes, durante ou depois do processo, OS ADVOGADOS E OS SOLICITADORES NÃO ESTÃO OBRIGADOS: a) À realização das comunicações previstas no artigo 43.º e nos n.os 2 e 3 do artigo 47.º; b) À satisfação de pedidos relacionados com aquelas comunicações, no âmbito do dever de colaboração previsto no artigo 53.º 42

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto ARTº 79º SUBSECÇÃO II Profissões jurídicas Artigo 79.º Informações relativas a operações suspeitas 2 FORA DAS SITUAÇÕES PREVISTAS NO NÚMERO ANTERIOR, OS ADVOGADOS E OS SOLICITADORES: a) No âmbito das comunicações previstas no artigo 43.º e nos n.os 2 e 3 do artigo 47.º, remetem as respetivas informações ao bastonário da sua ordem profissional, cabendo a esta transmitir as mesmas, imediatamente e sem filtragem, ao DCIAP e à Unidade de Informação Financeira; b) No âmbito do dever de colaboração previsto no artigo 53.º, comunicam, no prazo fixado, as informações solicitadas: i) Ao bastonário da sua ordem profissional, quando os pedidos estejam relacionados com as comunicações referidas na alínea anterior, cabendo àquela ordem a transmissão das informações à entidade requerente, imediatamente e sem filtragem. ii) Diretamente à entidade requerente, nos demais casos. 43

Lei n.º 89/2017 de 21 de agosto Aprova o Regime Jurídico do Registo Central do Beneficiário Efetivo, transpõe o capítulo III da Diretiva (UE) 2015/849, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de maio de 2015, e procede à alteração de Códigos e outros diplomas legais. 44

Lei n.º 89/2017 de 21 de agosto CAPÍTULO I Disposições gerais Artigo 1.º Objeto 1 A presente lei procede à transposição para a ordem jurídica interna do capítulo III da Diretiva (UE) n.º 2015/849, do Parlamento Europeu e do Conselho, de20 de maio de 2015, relativa à prevenção da utilização do sistema financeiro para efeitos de branqueamento de capitais ou de financiamento do terrorismo, e aprova o Regime Jurídico do Registo Central do Beneficiário Efetivo (RCBE), previsto no artigo 34.º da Lei n.º 83/2017, de 18 de agosto. 2 A presente lei procede, ainda, à alteração do: 45

a) Código do Registo Predial, aprovado pelo Decreto- Lei n.º 224/84, de 6 de julho; b) Código do Registo Comercial, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 403/86, de 3 de dezembro; c) Decreto -Lei n.º 352 -A/88, de 3 de outubro, que disciplina a constituição e o funcionamento de sociedades ou sucursais de trust off -shore na Zona Franca da Madeira; d) Decreto -Lei n.º 149/94, de 25 de maio, que regulamenta o registo dos instrumentos de gestão fiduciária (trust); e) Código do Notariado, aprovado pelo Decreto Lei n.º 207/95, de 14 de agosto; f) Regime do Registo Nacional de Pessoas Coletivas, aprovado em anexo ao Decreto -Lei n.º 129/98, de 13 de maio; g) Regulamento Emolumentar dos Registos e Notariado, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 322 -A/2001, de 14 de dezembro; h) Decreto -Lei n.º 8/2007, de 17 de janeiro, que cria a Informação Empresarial Simplificada; i) Decreto -Lei n.º 117/2011, de 15 de dezembro, que aprova a Lei Orgânica do Ministério das Finanças; j) Decreto -Lei n.º 118/2011, de 15 de dezembro, que aprova a orgânica da Autoridade Tributária e Aduaneira; k) Decreto -Lei n.º 123/2011, de 29 de dezembro, que aprova a Lei Orgânica do Ministério da Justiça; l) Decreto -Lei n.º 148/2012, de 12 de julho, que aprova a orgânica do Instituto dos Registos e do Notariado, I. P.; m) Decreto -Lei n.º 14/2013, de 28 de janeiro, que procede à sistematização e harmonização da legislação referente ao Número de Identificação Fiscal. n) Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 442 -B/88, de 30 de novembro. 46

PERIMETROS DAS BASES DE DADOS REGISTO PRIVADO DA ENTIDADE REGISTO NACIONAL DAS PESSOAS COLECTIVAS REGISTO COMERCIAL OU OUTRO REGISTO CENTRAL DE BENEFICIÁRIOS EFECTIVOS 47

Registo privado das sociedades Artigo 4.º Registo do beneficiário efetivo 1 As sociedades comerciais DEVEM MANTER UM REGISTO ATUALIZADO DOS ELEMENTOS DE IDENTIFICAÇÃO: a) Dos sócios, com discriminação das respetivas participações sociais; b) Das pessoas singulares que detêm, ainda que de forma indireta ou através de terceiro, a propriedade das participações sociais; e c) De quem, por qualquer forma, detenha o respetivo controlo efetivo. 2 A informação referida no número anterior deve ser suficiente, exata e atual, bem como comunicada às entidades competentes nos termos da lei. 3 Para efeitos do disposto no n.º 1, deve ser recolhida a informação do representante fiscal das pessoas ali mencionadas, quando exista. 48

Registo privado das sociedades Artigo 5.º Obrigação de informação 1 Para efeitos do disposto no artigo anterior, os sócios são obrigados a informar a sociedade de qualquer alteração aos elementos de identificação nele previstos, no prazo de 15 dias a contar da data da mesma. 2 Sem prejuízo do disposto no número anterior, a sociedade pode notificar o sócio para, no prazo máximo de 10 dias, proceder à atualização dos seus elementos de identificação. 3 O incumprimento injustificado do dever de informação pelo sócio, após a notificação prevista no número anterior, permite a amortização das respetivas participações sociais, nos termos previstos no Código das Sociedades Comerciais, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 262/86, de 2 de setembro, designadamente nos seus artigos 232.º e 347.º 49

Registo privado das sociedades Artigo 6.º Incumprimento pela sociedade das obrigações declarativas 1 O incumprimento pela sociedade do dever de manter um registo atualizado dos elementos de identificação do beneficiário efetivo constitui contraordenação punível com coima de 1 000 a 50 000. 2 À contraordenação prevista no número anterior é aplicável o regime dos ilícitos contraordenacionais previsto na Lei n.º 83/2017, de 18 de agosto, e, subsidiariamente, o regime geral do ilícito de mera ordenação social, constante do Decreto -Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, alterado pelos Decretos-Leis n.os 356/89, de 17 de outubro, 244/95, de 14 de setembro, e 323/2001, de 17 de dezembro, e pela Lei n.º 109/2001, de 24 de dezembro. 50

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Registo Nacional de Pessoas Colectivas DL n.º 129/98, de 13 de Maio (versão actualizada) REGISTO NACIONAL DE PESSOAS COLECTIVAS Estabelece o regime jurídico do Registo Nacional de Pessoas Colectivas Alterações: - DL n.º 12/2001, de 25 de Janeiro ; DL n.º 323/2001, de 17 de Dezembro; DL n.º 2/2005, de 04 de Janeiro; Rectif. n.º 6/2005, de 17 de Fevereiro; DL n.º 111/2005, de 08 de Julho; DL n.º 76-A/2006, de 29 de Março; DL n.º 125/2006, de 29 de Junho; DL n.º 8/2007, de 17 de Janeiro; DL n.º 247- B/2008, de 30 e Dezembro; DL n.º 122/2009, de 21 de Maio; Lei n.º 29/2009, de 29 de Junho; DL n.º 250/2012, de 23 de Novembro; DL n.º 201/2015, de 17 de Setembro; Lei n.º 89/2017, de 21 de Agosto; DL n.º 52/2018, de 25 de Junho; Retificação n.º 24/2018, de 30 de Julho 52

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Registo Comercial ou outros DL n.º 403/86, de 03 de Dezembro (versão actualizada) CÓDIGO DO REGISTO COMERCIAL Aprova o Código do Registo Comercial Alterações: - Declaração de 31 de Janeiro de 1987; DL n.º 7/88, de 15 de Janeiro; DL n.º 349/89, de 13 de Outubro; DL n.º 238/91, de 02 de Julho; Rectif. n.º 236-A/91, de 31 de Outubro; DL n.º 31/93, de 12 de Fevereiro; DL n.º 267/93, de 31 de Julho; DL n.º 216/94, de 20 de Agosto; Rectif. n.º 144/94, de 30 de Setembro; DL n.º 328/95, de 09 de Dezembro; DL n.º 257/96, de 31 de Dezembro; DL n.º 368/98, de 23 de Novembro; DL n.º 172/99, de 20 de Maio; DL n.º 198/99, de 08 de Junho; Rectif. n.º 10-AS/99, de 30 de Junho; DL n.º 375- A/99, de 20 de Setembro; DL n.º 410/99, de 15 de Outubro; DL n.º 533/99, de 11 de Dezembro; DL n.º 273/2001, de 13 de Outubro; DL n.º 323/2001, de 17 de Dezembro; DL n.º 107/2003, de 04 de Junho; DL n.º 53/2004, de 18 de Março; DL n.º 70/2004, de 25 de Março; DL n.º 2/2005, de 04 de Janeiro; DL n.º 35/2005, de 17 de Feve;eiro; DL n.º 111/2005, de 08 de Julho; DL n.º 52/2006, de 15 de Março; DL n.º 76-A/2006, de 29 de Março; Rectif. n.º 28-A/2006, de 26 de Maio; DL n.º 8/2007, de 17 de Janeiro; DL n.º 318/2007, de 26 de Setembro; DL n.º 34/2008, de 26 de Fevereiro; DL n.º 73/2008, de 16 de Abril; DL n.º 116/2008, de 04 de Julho; Rectif. n.º 47/2008, de 25 de Agosto; DL n.º 247-B/2008, de 30 de Dezembro; Lei n.º 19/2009, de 12 de Maio; DL n.º 122/2009, de 21 de Maio; DL n.º 185/2009, de 12 de Agosto; DL n.º 292/2009, de 13 de Outubro; DL n.º 209/2012, de 19 de Setembro; DL n.º 250/2012, de 23 de Novembro; DL n.º 201/2015, de 17 de Setembro; Lei n.º 30/2017, de 30 de Maio; Lei n.º 89/2017, de 21 de Agosto; 54

Registo Comercial ou outros Artigo 7.º Outras entidades O disposto no presente capítulo aplica-se, com as necessárias adaptações, às demais entidades sujeitas ao RCBE, nos termos do respetivo regime jurídico aprovado em anexo à presente lei. 55

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Registo Central de Beneficiários Efetivos Disposições gerais Artigo 1.º Registo Central de Beneficiário Efetivo O Registo Central de Beneficiário Efetivo (RCBE) é constituído por uma base de dados, com informação suficiente, exata e atual sobre a pessoa ou as pessoas singulares que, ainda que de forma indireta ou através de terceiro, detêm a propriedade ou o controlo efetivo das entidades a ele sujeitas. 57

Registo Central de Beneficiários Efetivos Artigo 2.º Entidade gestora A entidade gestora do RCBE é o Instituto dos Registos e do Notariado, I. P. (IRN, I. P.), que designa o serviço ou os serviços que, em cada momento, reúnem as melhores condições para assegurar os procedimentos respeitantes àquele registo. 58

Registo Central de Beneficiários Efetivos âmbito de aplicação Artigo 3.º Âmbito de aplicação 1 Estão sujeitas ao RCBE as seguintes entidades: a) As associações, cooperativas, fundações, sociedades civis e comerciais, bem como quaisquer outros entes coletivos personalizados, sujeitos ao direito português ou ao direito estrangeiro, que exerçam atividade ou pratiquem ato ou negócio jurídico em território nacional que determine a obtenção de um número de identificação fiscal (NIF) em Portugal; b) As representações de pessoas coletivas internacionais ou de direito estrangeiro que exerçam atividade em Portugal; c) Outras entidades que, prosseguindo objetivos próprios e atividades diferenciadas das dos seus associados, não sejam dotadas de personalidade jurídica; d) Os instrumentos de gestão fiduciária registados na Zona Franca da Madeira (trusts); e) As sucursais financeiras exteriores registadas na Zona Franca da Madeira. 59

Registo Central de Beneficiários Efetivos âmbito de aplicação Artigo 3.º Âmbito de aplicação 2 Estão ainda sujeitos ao RCBE, quando não se enquadrem no número anterior, os fundos fiduciários e os outros centros de interesses coletivos sem personalidade jurídica com uma estrutura ou funções similares, sempre que: a) O respetivo administrador fiduciário (trustee), o responsável legal pela respetiva gestão ou a pessoa ou entidade que ocupe posição similar seja uma entidade obrigada na aceção da Lei n.º 83/2017, de 18 de agosto; b) Aos mesmos seja atribuído um NIF pela Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), nos termos previstos no Decreto -Lei n.º 14/2013, de 28 de janeiro; c) Estabeleçam relações de negócio ou realizem transações ocasionais com entidades obrigadas na aceção da Lei n.º 83/2017, de 18 de agosto; ou d) O respetivo administrador fiduciário, o responsável legal pela respetiva gestão ou a pessoa ou entidade que ocupe posição similar, atuando em qualquer dessas qualidades, estabeleçam relações de negócio ou realizem transações ocasionais com entidades obrigadas na aceção da Lei n.º 83/2017, de 18 de agosto. 60

Registo Central de Beneficiários Efetivos Exclusão do âmbito de aplicação Artigo 4.º Exclusão do âmbito de aplicação Excluem -se do âmbito de aplicação do presente regime: a) As missões diplomáticas e consulares, bem como os organismos internacionais de natureza pública reconhecidos ao abrigo de convénio internacional de que o Estado Português seja parte, instituídos ou com acordo sede em Portugal; b) Os serviços e as entidades dos subsetores da administração central, regional ou local do Estado; c) As entidades administrativas independentes, designadamente, as que têm funções de regulação da atividade económica dos setores privado, público e cooperativo, abrangidas pela Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, alterada pela Lei n.º 12/2017, de 2 de maio, bem como as que funcionam junto da Assembleia da República; d) O Banco de Portugal e a Entidade Reguladora para a Comunicação Social; e) As sociedades com ações admitidas à negociação em mercado regulamentado, sujeitas a requisitos de divulgação de informações consentâneos com o direito da União Europeia ou sujeitas a normas internacionais equivalentes, que garantam suficiente transparência das informações relativas à titularidade das ações; f) Os consórcios e os agrupamentos complementares de empresas; g) Os condomínios, quanto a edifícios ou a conjuntos de edifícios que se encontrem constituídos em propriedade horizontal, desde que se verifiquem os seguintes requisitos cumulativos: i) O valor patrimonial global, incluindo as partes comuns e tal como determinado nos termos da normas tributárias aplicáveis, não exceda o montante de 2 000 000; e ii) Não seja detida uma permilagem superior a 50 % por um único titular, por contitulares ou por pessoa ou pessoas singulares que, de acordo com os índices e critérios de controlo previstos na Lei n.º 83/2017, de 18 de agosto, se devam considerar seus beneficiários efetivos. 61

A INFORMAÇÃO RELATIVA AOS BENEFICIÁRIOS EFECTIVOS

BENEFICIÁRIO EFETIVO 63

Lei n.º 83/2017 de 18 de agosto Artigo 2.º Definições 1 - Para os efeitos da presente lei, entende -se por: h) «Beneficiários efetivos», A PESSOA OU PESSOAS SINGULARES que, em última instância, detêm a propriedade ou o controlo do cliente e ou a pessoa ou pessoas singulares por conta de quem é realizada uma operação ou atividade, de acordo com os critérios estabelecidos no artigo 30.º; 64

Declaração do beneficiário efetivo DEVER DE DECLARAR Artigo 5.º Dever de declarar 1 Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, constitui dever das entidades indicadas no artigo 3.º declarar, nos momentos previstos e com a periodicidade fixada no presente regime, informação suficiente, exata e atual sobre os seus beneficiários efetivos, todas as circunstâncias indiciadoras dessa qualidade e a informação sobre o interesse económico nelas detido. 2 Relativamente às entidades referidas na alínea d) do n.º 1 e no n.º 2 do artigo 3.º, o dever previsto no número anterior cabe à pessoa singular ou coletiva que atue na qualidade de administrador fiduciário ou, quando este não exista, ao administrador de direito ou de facto. 3 A parte final do disposto no número anterior é aplicável, com as necessárias adaptações, às demais entidades referidas no n.º 1 do artigo 3.º 65

Declaração do beneficiário efetivo LEGITIMIDADE Artigo 6.º Legitimidade para declarar 1 Têm legitimidade para efetuar a declaração prevista no artigo anterior: a) Os membros dos órgãos de administração das sociedades ou as pessoas que desempenhem funções equivalentes noutras pessoas coletivas; b) As pessoas singulares que atuem nas qualidades referidas nos n.os 2 e 3 do artigo anterior. 2 Sem prejuízo da legitimidade estabelecida na alínea a) do número anterior, a declaração do beneficiário efetivo pode sempre ser efetuada pelos membros fundadores das pessoas coletivas através de procedimentos especiais de constituição imediata ou online. 66

Declaração do beneficiário efetivo REPRESENTAÇÃO Artigo 7.º Representação A declaração pode ainda ser efetuada por: a) Advogados, notários e solicitadores, cujos poderes de representação se presumem; b) Contabilistas certificados, em decorrência da declaração de início de atividade ou quando estiver associada ao cumprimento da obrigação de entrega da Informação Empresarial Simplificada. 67

SUBMISSÃO DE DECLARAÇÃO 68

RCBE 69

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Declaração do beneficiário efetivo https://rcbe.justica.gov. pt/ 72

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Ministério da Justiça Instituto dos Registos e do Notariado, I.P. Registo Central do Beneficiário Efetivo Exmo(s). Sr(s). Foi submetida uma declaração que se encontra pendente por ter sido efetuado um pedido de restrição de acesso. 50000000 - LDA Declaração submetida em 25/02/2019-12:35:40 96

QUANTO CUSTA? O Registo de Beneficiário Efetivo é gratuito nas seguintes situações: A declaração inicial feita dentro dos prazos tem o custo de 0,00 A declaração de atualização feita dentro dos prazos tem o custo de 0,00 O acesso à informação do RCBE, ao abrigo dos artigos 19.º e 21.º é gratuito (acesso público e autoridades judiciárias) 97

QUANTO CUSTA? A declaração inicial ou de atualização feita fora dos prazos, tem o custo de 35,00 A declaração feita com o preenchimento assistido tem o custo de 15,00 Pela emissão de comprovativo de declaração no Registo Central do Beneficiário Efetivo - 20,00 Pela retificação, modificação ou revogação da declaração por erro não imputável aos serviços 50,00 98

QUANTO CUSTA? Pelo acesso eletrónico à informação do Registo Central do Beneficiário Efetivo (assinatura mensal) 50,00 O acesso à informação para fins diversos dos estritamente previstos nos artigos 19.º e 21.º, designadamente para fins históricos, estatísticos, científicos ou de investigação, pode ser disponibilizado nos termos e nas condições a fixar em protocolo com o IRN, I.P., no qual se define o responsável pelo pagamento do custo efetivo do tratamento da informação, caso exista. A disponibilização de informação do RCBE, desde que sem referência às entidades a que respeita e a quaisquer dados pessoais, designadamente para fins históricos, estatitsticos, científicos ou de investigação, fica sujeita ao pagamento de encargos correspondentes ao custo efetivo do serviço. 99

Exemplos práticos dos beneficiários efetivos 100

BENEFICIÁRIO EFETIVO PROPRIEDADE LEGAL PROPRIEDADE ECONOMICA 101

DETENÇÃO DIRETA DO CAPITAL 102

DETENÇÃO INDIRETA DO CAPITAL 103

DETENÇÃO DIRETA E INDIRETA DO CAPITAL 50% 10% 104

DETENÇÃO DIRETA DOS DIREITOS DE VOTO 105

DETENÇÃO INDIRETA DOS DIREITOS DE VOTO 106

O CONTROLO POR OUTROS MEIOS

O GRUPO FAMILIAR Artº 30 nº 2/b) i 108

DESMEMBRAMENTO DA PROPRIEDADE Artº 1467º Código Civil 109

COMPROPRIEDADE DE PARTES INDIVISAS Indivisão tendo por mandatária única: 55% Capital em compropriedade indivisa 110

UM MISTO: DESMEMBRAMENTO DA PROPRIEDADE E DA INDIVISÃO 40% do Capital em nua propriedade 40% do Capital em usufruto 111

DETENÇÃO DAS PARTES SOCIAIS 40% do capital 40% dos Direitos de Voto 40% dos Direitos de Voto 112

O CONTROLO SOBRE UMA SOCIEDADE 90% 90% 113

Os representantes legais são por defeito os beneficiários efetivos Sócio Gerente Gerente 114

E DEPOIS DE 30 DE ABRIL 2019??? TA R E FA S FUTURAS 115

SOCIEDADES COMERCIAIS E DISPOSIÇÕES DIVERSAS SOBRE REGISTOS FACTOS SUJEITOS A REGISTO OBRIGATÓRIO RNPC/RCOM/RCBE

DISPOSIÇÕES DIVERSAS SOBRE REGISTOS FACTOS SUJEITOS A REGISTO OBRIGATÓRIO RCOM/RCBE O Registo Comercial destina-se a dar publicidade à situação jurídica tendo em vista a segurança do comércio jurídico. (entre outros) Constituição; A unificação, divisão e transmissão de quotas; A exoneração e a exclusão de sócios da sociedade; A amortização de quotas; A designação de membros de órgãos estatutários; Alterações ao contrato de sociedade (sede, objecto, nome, aumento e redução de capital); Transformação da sociedade; Dissolução e Liquidação da sociedade; A prestação de contas. O incumprimento da obrigação da declaração de Beneficiário Efectivo. 117

DISPOSIÇÕES DIVERSAS SOBRE REGISTOS FACTOS SUJEITOS A REGISTO OBRIGATÓRIO RCBE O RCBE destina-se a ser uma base de dados com informação suficiente, exata e atual sobre a pessoa ou as pessoas singulares que, ainda que de forma indireta ou através de terceiro, detêm a propriedade ou o controlo efetivo das entidades a ele sujeitas. Registo atualizado dos elementos de identificação: Dos sócios, com discriminação das respetivas participações sociais; Das pessoas singulares que detêm, ainda que de forma indireta ou através de terceiro, a propriedade das participações sociais; De quem, por qualquer forma, detenha o respetivo controlo efetivo. Para este efeito, deve ser recolhida a informação do representante fiscal das pessoas ali mencionadas, quando exista. 118

DISPOSIÇÕES DIVERSAS SOBRE REGISTOS FACTOS SUJEITOS A REGISTO OBRIGATÓRIO RCOM Transcrição Art.º 53º-A, n.º 1 do C. Com. Extração dos elementos que definem a situação jurídica da entidade sujeita a registo. Está sujeita à qualificação do Conservador Recusa: artº 48º CRCOM Prazo: artº 54 10 dias Suprimento de deficiências: artº 52 Depósito Art.º 53º-A, n.º 5 do C. Com Mero arquivamento dos documentos que titulam os atos jurídicos. Não está sujeito a qualquer qualificação por parte do Conservador. É a entidade crucial que fica responsável pelo registo. Rejeição: artº 46º CRCOM Prazo: no próprio dia Regime Especial de Depósito Artº 53º/3 CRCom Prestação de Contas, que atendendo às suas especialidades próprias é considerado um regime especial. 119

DISPOSIÇÕES DIVERSAS SOBRE REGISTOS FACTOS SUJEITOS A REGISTO OBRIGATÓRIO RCBE Legitimidade Art.º 6 RJRCBE Quem pode registar Representação Artº 7º RJRCBE (presume-se os poderes de representação) Gerentes, administradores ou pessoas com funções equivalentes, autenticando-se com cartão do cidadão fundadores das entidades, na sequência de procedimentos especiais de constituição imediata Advogados, notários e solicitadores com poderes de representação, autenticados com certificados digitais profissionais Contabilistas certificados, em decorrência da declaração de inicio de Atividade ou quando estiver associada Ao cumprimento da obrigação de entrega da Informação Empresarial Simplificada. A declaração efetuada por quem não tem legitimidade é considerada não validada, e pode ser cancelada a todo o momento pelos serviços do IRN. 120

CONSTITUIÇÕES DE SOCIEDADES Forma de Constituição das Sociedades Tradicional Empresa na Hora Empresa On-line Documento Particular Escritura Publica Registos Publicações Conservatória (DL n.º 111/2005 de 08/07) Solicitador Advogado Notário DL n.º 125/2006 Reconhecimento de assinatura Registos Publicações 121

CONSTITUIÇÕES DE SOCIEDADES ON-LINE Assinatura do Pacto Reconhecimento presencial de assinatura Declaração Depósito de Capital Pacto Social Adesão Pagamento Registo Conta Bancária Inicio de Atividade AT Segurança Social RCBE Pré aprovado ou elaborado pela parte Possibilidade de escolha de nome Sócios Objeto CAE Publicações Certidão Emissão do cartão de empresa Branqueamento de capitais e Financiamento ao Terrorismo 122

DISPOSIÇÕES DIVERSAS SOBRE REGISTOS FACTOS SUJEITOS A REGISTO OBRIGATÓRIO RCOM RECONHECIMENTO ------------Reconheço a assinatura de F., feita no verso da única folha do documento anexo, que é o Pacto Social da sociedade XXXX UNIPESSOAL, LDA, NIPC. 500 000 000, pelo próprio perante mim, cuja identidade verifiquei pelo Cartão do Cidadão n.º 111111 7 ZY0, emitido pelos Serviços de Identificação Civil da República Portuguesa, válido até 01/02/2020;--------------------------------------------------------------- -------------O mesmo, na qualidade em que subscreve o Pacto Social em anexo, manifestou a sua vontade em constituir a sociedade e que na qualidade de único sócio e gerente, declarou ser o único detentor do controlo efetivo da sociedade, conforme a declaração, que arquivo no meu escritório, indicando como BENEFICIÁRIO EFETIVO DA SOCIEDADE: F., NIF: 123 456 789, casado, portador do Cartão do Cidadão n.º 111111 7 ZY0, emitido pelos Serviços de Identificação Civil da República Portuguesa, válido até 01/02/2020, nascido a 21/01/1970 na freguesia de e concelho de, distrito de, residente na Rua. n.º, freguesia de., concelho de, com o código postal 1111-061, com uma quota no valor de??.000,00, correspondente a 100% do capital social, sendo seu sócio gerente.---------------------------------------------------------- ------------------------------ 123

PREVENÇÃO DO BRANQUEAMENTO DE CAPITAIS RECONHECIMENTO DE ASSINATURA Reconheço a assinatura na folha anexa de, feita na minha presença pelo próprio, pessoa cuja identidade verifiquei pela exibição do Cartão do Cidadão, número., válido até.., emitido pela República Portuguesa. Certifico que o interveniente, supra referido, na qualidade em que subscreve o Pacto Social em anexo, manifestou a sua vontade em constituir a sociedade e que na qualidade de único sócio e gerente, declarou ser o único detentor do controlo efetivo da sociedade. Declarou ainda o interveniente que pretende que se adite os CAE s.;. e. como CAE S secundários, pela ordem de preferência indicada. O(A) Advogado (a) Executado a : 15/01/2018 Registado em : 15/01/2018 Nº de registo: 1234 Pode verificar a validade deste documento acedendo à página de internet http://oa.pt/atos usando o código 1234 124

LISTA DE SÓCIOS E BENEFICIÁRIOS EFECTIVOS.., NIF.., solteiro, maior, natural da freguesia de., concelho de., residente na Rua, número., quarto andar direito, em..-. Odivelas, portador do Cartão do Cidadão número, válido até 29/01/2020, emitido pela República Portuguesa, titular de uma quota no valor nominal de..------------- E -------------------------------------------------------------------------------------------------------- -------------------.., NIF.., solteiro, maior, natural da freguesia de., concelho de., residente na Rua, número., quarto andar direito, em..-. Odivelas, portador do Cartão do Cidadão número, válido até 29/01/2020, emitido pela República Portuguesa, titular de uma quota no valor nominal de..------------------------------------------------------------------------------------- Declaram para os efeitos do n.º 2 do artº 59º do Código de Registo Comercial, alterado pela Lei n.º 89/2017, de 21 de Agosto, que são os únicos sócios e os beneficiários efetivos da sociedade comercial por quotas com a firma., LDA., NIPC.., com sede na Rua., número.., freguesia e concelho de., matriculada na Conservatória de Registo Comercial de, sob o número. com o capital social de.------------------------------------------------------------------- 125

O que esperar da 5ª Diretiva Anti Branqueamento de Capitais? 126

BITCOINS 127

O que esperar da 5ª Diretiva Anti Branqueamento de Capitais? As novas moedas virtuais e eletrónicas, por exemplo, abriram novos desafios no que toca ao rastreamento do dinheiro. Desta forma, parece certo que a nova legislação estenderá as obrigações de compliance aos agentes que trocam, distribuem ou oferecem o acesso este tipo de moeda. 128

CONCLUSÃO 129

O Registo Central do Beneficiário Efetivo tem de ser alimentado Comunicações. Declarações iniciais. Confirmações anuais. Retificações. Comunicação de omissões, inexatidões, desconformidades ou desatualizações. Informação pública. Acesso. 130

VIDEOS https://crlisboa.org/ Conferência do Professor Doutor Alexandre Soveral Martins proferida a 6/12/2018 - CRL/ OA sobre o RCBE no âmbito de uma sessão de Direito Comercial https://crlisboa.org/wp/2019/01/videodireito-comercial-6-de-dezembro-de-2018/ 131

VIDEOS https://crlisboa.org/ https://crlisboa.org/wp/2019/04/3 065/ 132

Por agora já chega... O resto fica para a próxima... Assina: O MONSTRO 133

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