IDENTIDADE E SUBJETIVIDADE CONFIGURAÇÕES CONTEMPORÂNEAS
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Identidade e subjetividade : configurações contemporâneas / Pascoalina Bailon de Oliveira Saleh, Rosana Apolonia Harmuch, (organizadoras). Campinas, SP : Mercado de Letras, 2012. Bibliografia. Vários autores. ISBN 978-85-7591-248-5 1. Análise do discurso 2. Identidade 3. Linguística aplicada 4. Professores Formação 5. Subjetividade I. Saleh, Pascoalina Bailon de Oliveira. II. Harmuch, Rosana Apolonia. 12-14367 CDD-370.71 Índices para catálogo sistemático: 1. Professores : Formação : Identidades e subjetividades : Educação 370.71 capa e gerência editorial: Vande Rotta Gomide preparação dos originais: Editora Mercado de Letras CONSELHO EDITORIAL Prof.ª Dr.ª Pascoalina Bailon de Oliveira Saleh (Coordenadora) Prof.ª Dr.ª Rosana Apolonia Harmuch (Coordenadora) Prof.ª Dr.ª Cloris Porto Torquato Prof.ª Dr.ª Eunice de Morais Prof.ª Dr.ª Djane Antonucci Correa Prof.ª Dr.ª Andréa Paraíso Müller Prof.ª Dr.ª Vera Lúcia da Rocha Maquêa Prof. Dr. Luiz Percival Leme Britto Esta obra contou com os apoios institucionais da UEPG, Fundação Araucária, CIEL e Governo do Estado do Paraná para a sua publicação. DIREITOS RESERVADOS PARA A LÍNGUA PORTUGUESA: MERCADO DE LETRAS EDIÇÕES E LIVRARIA LTDA. Rua João da Cruz e Souza, 53 Telefax: (19) 3241-7514 CEP 13070-116 Campinas SP Brasil www.mercado-de-letras.com.br livros@mercado-de-letras.com.br 1 a edição dezembro/2012 IMPRESSÃO DIGITAL IMPRESSO NO BRASIL Esta obra está protegida pela Lei 9610/98. É proibida sua reprodução parcial ou total sem a autorização prévia do Editor. O infrator estará sujeito às penalidades previstas na Lei.
57/ 4+1 1@B5C5>D1q? ' =_TUb^YTQTUUYTU^dYTQTUc_R \XQbS_^dU]`_bx^U_ 945>D94145C9>CDÂF59C*?C6B17=5>D?C 4?CE:59D?=?45B>?!# 5fQ^Yb@Qf\_c[Y 3e\debQc<Y^WeQWU^cU4YfUbcYTQTU E=13145919=?B1<*455==12?F1BI«41=1415B1;E29DC385; #% >QYbQTU1\]UYTQ>QcSY]U^d_ <9q?456B?>D59B1C*21;8D9>C1>D917? 45<5EJ57E1DD1B921BD85C %' CY\fQ^Q?\YfUYbQ
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#24'5'06#š 1 Os textos que ora se publicam são oriundos de um profícuo encontro que acontece a cada dois anos na Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná: o Ciclo de Estudos em Linguagem CIEL promovido pelo Programa de Mestrado em Linguagem, Identidade e Subjetividade, pelo Departamento de Letras Vernáculas (DELET) e pelo Departamento de Línguas Estrangeiras Modernas (DELIN). Aqui se reúnem aqueles textos que foram objeto de discussão nas mesas-redondas da sexta edição do evento, ocorrida em junho de 2011. Já estabelecido como um evento de relevância nacional, o CIEL sempre buscou se configurar como um espaço de reflexão das questões mais prementes do universo que se constrói a partir dos desafios de formar professores. Por considerar que é dever da universidade pública promover a pluralidade no ensino, na pesquisa e na extensão, o CIEL procura, da maneira mais democrática possível, colocar-se à disposição de diferentes concepções de linguagem na tentativa de manter na pauta as inquietações daqueles que não apenas escolheram o magistério para a ele dedicar suas energias profissio-,'(17,'$'((68%-(7,9,'$'(
nais, como também têm o privilégio (e as responsabilidades) de contribuir substantivamente para a formação de novos professores. Na sexta edição, o tema foi Configurações Contemporâneas da (Des)construção das Subjetividades e das Identidades, com o propósito de refletir sobre as diversas manifestações discursivas (configurações) possibilitadas a partir de um modo contemporâneo de se conceber identidades e subjetividades. Como a natureza liquefeita da modernidade torna os modos de vida e as subjetividades instáveis e suscetíveis a artificialismos, tampouco as identidades constituem-se como elementos fixos de qualquer subjetividade. Em uma contemporaneidade na qual as comunidades virtuais criam uma, por vezes assombrosa, ilusão de intimidade e na qual a privacidade é algo a ser compartilhado nas redes sociais, a tomada de consciência desse estado nos impõe, sobretudo porque professores, a reflexão sobre os diversos discursos que permeiam mesmo nossos devaneios supostamente mais íntimos e que determinam nosso modo de pensar, agir, amar, aprender, ensinar. Assim, profissionais de Letras, mas também das demais áreas do conhecimento foram chamados a contribuir nesse período de intensos debates, que foi bastante além dos textos aqui publicados, pois o evento contou com um significativo número de simpósios, quatro minicursos, mostras de cinema, lançamento de livros e, o que muito nos orgulha, um conjunto de cinco encontros preparados pelos alunos da graduação e da pós-graduação, intitulados Discussões Prévias do VI CIEL. A proposta foi a de preparar a comunidade acadêmica para o evento, com dois meses de antecedência, garantindo, assim, que todos tivessem a oportunidade de chegar ao VI Ciclo de Estudos em Linguagem de posse de informações que os habilitassem a ter uma participação efetiva. Abrindo esta coletânea, Evanir Pavloski discute, a partir do conceito de modernidade, os diversos modos de se entender identidade. Rastreando aspectos históricos, sociológicos e filosóficos, o autor constrói sua argumentação no intuito de colaborar para uma melhor compreensão do estado contemporâneo compreendido por muitos como instável e fluido. (',725$0(5&$'2'(/(75$6
Em Culturas, linguagens e diversidade, a professora Naira de Almeida Nascimento escolheu discutir, a partir do filme O primo Basílio, de 2007, a opção pelo deslocamento temporal e espacial feita pelo diretor Daniel Filho, em relação aos figurados no romance de mesmo nome, de Eça de Queirós. As inquietações em relação ao exercício cotidiano da docência em Teoria Literária fazem com que em Lição de fronteiras: Bakhtin, Santiago, Deleuze, Guattari, Barthes, a professora Silvana Oliveira centre sua atenção na pertinência ou não do conceito de universalidade. Na terceira parte deste volume, Linguagem e ensino: (des) construção de identidade e subjetividade, a contribuição de Claudia Riolfi, de filiação lacaniana, constitui-se de uma reflexão que visa a responder à pergunta que dá título a seu texto: Ainda é possível ser criativo na aula de língua portuguesa?. A motivação para essa tarefa vem da constatação de que, diante do reconhecimento do triunfo da cultura globalizada, os educadores se dividem entre os que são a favor dos efeitos desse triunfo sobre os alunos, por valorizarem o seu potencial criativo, e os que são contra, por acreditarem que a criatividade correlaciona-se à coerção externa. A seguir, o leitor tem no título do texto de Aparecida de Jesus Ferreira Identidades sociais de raça no livro didático de inglês mais vendido no Brasil a definição precisa do foco do capítulo, cujo tema de fundo são as identidades sociais e as práticas sociais. Os referenciais teóricos utilizados para a análise, de natureza documental e de conteúdo, são os teóricos da análise crítica do discurso de linha anglo-saxã (Fairclough 1995; Van Dijk 2008). Rosana do Carmo Novaes Pinto, no texto Linguagem, subjetividade e ensino: reflexões à luz da Neurolinguística Discursiva, para dar conta da temática a que se propõe, antecipada pelo título, assume que o cérebro é um órgão cujo funcionamento constitui-se na interação com o(s) outro(s) e com a cultura e que a linguagem é uma atividade constitutiva do sujeito e do próprio sistema da língua (Franchi 1977).,'(17,'$'((68%-(7,9,'$'(
Em As novas linguagens e os sujeitos nos espaços, Eloiza Aparecida Silva Avila de Matos, nos apresenta o texto Linguagem, tecnologia e processo civilizador, em que parte de um viés sociológico para discutir a relação entre os termos que compõem o título do seu trabalho. Ela assume que o desenvolvimento da tecnologia e o processo civilizador, este entendido como a direção do percurso de aprendizagem involuntária da humanidade, são dois dos muitos fios emaranhados no desenvolvimento humano e que na atualidade a tecnologia se apresenta em múltiplas manifestações de linguagem, entre elas, como uma forma própria de manifestação da linguagem. Talita Moretto, no texto Educação para os meios: a influência da mídia e das novas tecnologias da informação e da comunicação no processo de ensinar e aprender, chama a atenção para a mudança de entendimento da relação entre ensinar e aprender, propiciada pela expansão das novas tecnologias da informação e da comunicação, inclusive na educação formal. Fábio Augusto Steyer discute em Reflexões ao som do sopro inconstante do vento as profícuas dificuldades de se conceituar modernidade e pós-modernidade. Em especial, como os sujeitos e os espaços que ocupam também se tornaram fluidos e instáveis. Na quinta e última parte deste volume, Reflexões sobre nós e o novo, Ismael Caneppele apresenta uma arguta discussão sobre as consequências do nascimento da internet, território em que individualidade e coletividade se misturam e ganham novos significados. Registramos nossos agradecimentos aos profissionais que disponibilizaram seus textos para esta publicação, assim como ao Conselho Editorial que, com esta iniciativa, permite que o debate permaneça aberto. As organizadoras (',725$0(5&$'2'(/(75$6