Instalações para pequenos ruminantes Profª Maiana Visoná de Oliveira
Sistemas de criação Irão influenciar diretamente as instalações; Extensivo Semi - extensivo Intensivo
Aprisco Bem estar Viabilidade econômica Facilidade de manejo Divisão por categoria Segurança?
Aprisco Existe a melhor instalação? Instalações pré-existentes Pocilgas Barracões Galpões
Localização Locais secos e ventilados Sem correntes de vento fortes Próximo à casa do tratador Cabeceiras no sentido norte-sul
Não economizar em: Altura do pé direito Largura dos corredores Área por animal
Tipo Galpão Baia modular
Galpão Instalação com ou sem divisórias que protege o rebanho contra fatores climáticos Pé direito = mínimo 3 m com piso de chão e 3,5 m para piso ripado
Galpão Com divisórias: Individuais Coletivas Maternidade Reprodutores
Baia modular Individual ou coletiva Menor custo Permite ampliação Piso ripado ou de chão batido
Escolha do material Boa qualidade Disponibilidade na região Finalidade da atividade
Telhado Relação custo benefício Conforto ambiental Fácil aquisição local Fácil construção e manutenção
Telha de amianto Pouco eficaz como isolante térmico Pintada de branco por fora Durabilidade média Baixo custo
Telha de amianto Fácil manutenção Deve estar bem fixada Não requer mão de obra especializada para construção e manutenção
Telha de barro Muito eficaz como isolante térmico Alta durabilidade Maior custo Fácil manutenção
Telha de barro Requer mão-de-obra especializada Estrutura de sustentação mais robusta
Cobertura de palha ou sapé Eficaz como isolante térmico Quando disponível viável economicamente Mão de obra especializada
Cobertura de palha ou sapé Pouca durabilidade Pode contrair pragas Risco de incêndio
Telha de zinco Muito barulho nas chuvas Alta absorção e difusão de raios solares para o interior do aprisco
Estrutura Corresponde ao esqueleto de sustentação Deve ser: Resistente Sólida Durável Segura
Estrutura de madeira Durabilidade e manutenção proporcionais à qualidade da madeira Mão-de-obra Disponibilidade na região Possibilita desmontagem
Estrutura de alvenaria Construída com tijolos, concreto e ferragem estrutural Alta durabilidade Pouca manutenção
Estrutura de alvenaria Mão-de-obra especializada Não possibilita desmontagem
Estrutura pré-moldada Construída com pilares e vigas de concreto prémoldado Fácil e rápida construção Alta durabilidade Pouca manutenção
Estrutura pré-moldada Mão-de-obra especializada Não possibilita desmontagem
Estrutura metálica Confeccionada com pilares e vigas metálicas Fácil e rápida construção Alta durabilidade Pouca manutenção
Estrutura metálica Mão-de-obra especializada Possibilita desmontagem Risco de oxidação = sapatas de concreto
Paredes ou fechamento Isolam os ambientes interno e externo e entre as baias Barra passagem de animais, vento e chuvas
Paredes ou fechamento Cabeceiras = Total Laterais = altura mín de 1,2 m e máx de 1,4 m Proteção contra correntes de vento sem impedir ventilação
Com madeira Durabilidade e manutenção proporcionais à qualidade: Da madeira Da mão-de-obra Se devidamente projetada permite desmontagem
Com alvenaria Construído com tijolos Alta durabilidade Pouca manutenção
Com alvenaria Mão-de-obra especializada É permanente Não permite remodelagem
Com bambu Baixo custo quando disponível na região Tempo longo para construção Bambu deve ser colhido na época da seca e secado à sombra Aumentar resistência e durabilidade
Com bambu
Placas pré-moldadas Rápida construção Alta durabilidade Pouca manutenção
Placas pré-moldadas Mão-de-obra especializada É fixado com cimento Não permite desmontagem
Com telas Utilizado nas laterais Permite insolação dos animais Requer utilização de cortinas Pode ser utilizado na divisão das baias
Com telas Não requer mão-de-obra especializada Instalações e manutenções fáceis Baixo custo
Com arames Requer grande número de fios e esticadores O que pode encarecer sua construção Manutenções periódicas Evitar arames farpados
Cortinas Categoria jovem muito sensível às intempéries Colocadas na parte inferior ou superior das instalações Varia de acordo com a necessidade Distantes dos animais
Cortinas
Tipo de piso Fezes sob fermentação = grande produção de gases e umidade Enfermidades no sistema respiratório Deve ser de boa drenagem e fácil limpeza
Ripado Menor contato dos animais com fezes, urina e umidade Custo inicial mais alto Recompensado pelo baixo uso de medicamentos
Ripado Evita gasto com uso de cama e com mão-de-obra para troca periódica Mais utilizado em criações intensivas Para animais de alto valor zootécnico
Ripado Sua funcionalidade depende: Altura do chão até o piso ripado (mínimo 1,5 m) Distância entre as ripas Largura Espessura Sentido Qualidade da madeira
Ripado No caso de instalações pré-existentes deve possibilitar altura adequada do piso ripado Caso contrário escolher outro tipo de piso Deve ser uniforme com medidas corretas Problemas de aprumo, fraturas e retenção de fezes
Ripado Largura = 4 5 cm Espessura = 1 cm Espaçamento = 1,5 cm Sentido = paralelo ao cocho
Ripado Evitar o acesso dos animais ao local abaixo do aprisco A rampa para acesso ao interior não deve ser muito inclinada Cercar a área
Chão batido Bastante utilizado Baixo custo Requer limpezas periódicas Maior contato com fezes, urina e umidade
Cimentado Somente em instalações pré-existentes Alto custo Não possui drenagem Diminui vida útil da cama
Cama de revestimento Colocado sobre o piso de chão batido ou cimentado Proporciona maior conforto térmico e melhor sanidade Sua espessura deve ser suficiente para absorver a umidade e cobrir toda a área do piso Periodicidade da troca = depende!
Cama de revestimento Maravalha de madeira Serragem (não muito fina) Palha de arroz Casca de café Areia Casca de braquiária Palhadas de capim picado
Medidas padrão Ovinos Indicadores Fonte: Gouveia et al. (2007) Piso de chão (m²/animal) Carneiro 4,0 Ovelhas Secas 1,25 Ovelhas com cria ao pé 2,5 Cordeiros com creep 0,5 Cordeiros confinados 0,8 Solário para reprodutor 6,0
Medidas padrão Caprinos Indicadores Fonte: Criar e Plantar (2011) Piso de chão (m²/animal) Bode 3,0 Cabras Secas e em Lactação 2,0 Maternidade 4,0 Cabritos 0,5 Cabritas em recria 1,5 Solário para reprodutor 5,0
Corredor de circulação Destinada à circulação do tratador Passagem com carrinho de mão, carretas ou pequenos tratores Distribuição de alimento ou remoção de esterco Largura indicada = 2 m
Instalação de energia elétrica Possibilita utilização: Máquina de tosquia Ultra som Microscópio Aquecedor Possibilita algum procedimento noturno
Solário Área descoberta junto das baias de livre acesso Pode servir como área de manejo Deve ser cercado 1,2 1,4 m de altura
Solário Ovinos 2 m² por matriz 6 m² por reprodutor 1 m² por cordeiro em recria
Solário Caprinos 6 m² por matriz 5 m² por reprodutor 2 m² por cabrito em recria
SEM VEGETAÇÃO!!!! Solário
Esterqueira Depósito de esterco retirado das instalações Localizada no mínimo a 50 m de distância do aprisco Produção de adubo orgânico Sanidade das instalações
Esterqueira Coberta reduz perdas por lixiviação Período mínimo para fermentação = 60 dias Não permitir acesso dos animais
Instalação dos comedouros Preferencialmente externos às baias: Facilidade do manejo (fornecimento de alimento) Menor contaminação Eimeriose Quando não for possível a instalação externa, adaptar barras de proteção
Eimeriose Infecção é contraída através da ingestão dos oocistos esporulados na água e alimentos contaminados Grande importância econômica para categoria jovem Síndrome da má absorção Animal infectado levará tempo adicional para atingir o peso de um animal não infectado = $
Eimeriose Sinais clínicos: Diarréia (podendo conter muco ou sangue) Desidratação Baixa conversão alimentar Baixo ganho de peso médio diário Emagrecimento progressivo Fraqueza Morte
Instalação dos comedouros Resistentes Fácil limpeza Podem ser de: Madeira Alvenaria Tambor plástico Tubos de PVC Cimento
Espaçamento comedouros Ovinos Categoria cm/animal Carneiro 35 a 40 Ovelhas secas 35 a 40 Ovelhas gestantes 35 a 40 Ovelhas com cordeiro 40 a 50 Cordeiros em creep 15 Cordeiros confinados 20 a 30
Espaçamento comedouros Caprinos Categoria cm/animal 3 6 meses 20-30 6 12 meses 25-35 Cabras Adultas 30-40 Reprodutores 50
Saleiro Suplementação mineral dos animais Dimensões: 30 a 40 cm de altura do piso 20 cm de profundidade 30 cm de largura Comprimento não superior a 1 m Extensivamente devem ser cobertos e distribuídos nos piquetes
Saleiro A mistura mineral deve ser fornecida de forma contínua Consumo médio animal/dia = 10 15 g Produto ESPECÍFICO para pequenos ruminantes
Microelemento Nível recomendado (ppm) Nível tóxico para ovino (ppm) Cobalto 0,1 10 Cobre 10 15 Iodo 0,2 a 0,8 8 Manganês 50 1000 Selênio 0,1 0,5 Zinco 50 250
Creep feeding Pequeno cercado para alimentação exclusiva de animais jovens Pode ser utilizado no aprisco ou no piquete Utilizado sempre que mães e crias permanecem no mesmo espaço
Fenil Pode ser feito de: Ripas de madeira Barras de ferro Tela Fios de nylon ou de algodão Fica sempre elevado
Bebedouros Deve levar em consideração todos os gastos com água da propriedade Limpeza e higiene geral Reservatórios devem ser capazes de suprir necessidades diárias
Bebedouros Água deve estar na temperatura ambiente Limpa Eu beberia esta água?
Bebedouros Sempre acima da cauda do animal Se necessário colocar degrau Recomendação fora das baias (Lembrar da Eimeriose!)
Sala ou plataforma de ordenha Tipos: Ordenha lateral Ordenha por trás Rebanhos menores utilizar a plataforma
Curral ou centro de manejo Inclui várias instalações e centraliza atividades de manejo Exemplos: Vermifugação Vacinação Pesagem Observação do rebanho Tosquia Casqueamento
Curral ou centro de manejo 1 2 m²/animal Curral de espera Seringa Brete
Porteiras De preferência abrir para os dois lados Madeira ou metal Espaçamentos que não permitam passagem dos filhotes 1,1 m de altura
Pedilúvio Tanque construído para desinfecção dos cascos Implantado na entrada do brete ou no próprio brete Profundidade de 10 cm Comprimento de 2 m
Seringa Área no curral que se afunila Facilita a entrada do animais no brete Coberta para permitir o trabalho em dias de chuva e proteger contra o sol
Brete Corredor estreito Possibilitam a contenção dos animais para manejo Deve ser centralizado com fácil acesso aos animais
Brete Mais comum: 8 m de comprimento 0,3 m de largura na base 0,4 m de largura na parte superior 0,9 m de altura Paredes laterais de madeira unidas
Tronco Dispositivo localizado após o brete para contenção mais efetiva
Balança Indispensável para manejo de animais destinados à produção de carne Conferir se o manejo adotado está dentro das perspectivas de produção Obtenção de dados seguros
Balança Saída do brete Abrigada por cobertura Pode ser fixa ou móvel Precisão ideal de 100g
Embarcadouro e Desembarcadouro Evita acidentes Facilita o manejo Corredor estreito com rampa
Embarcadouro e Desembarcadouro Medidas: 0,6 m de largura 1,2 m de altura 4 m de comprimento 1,4 m de altura nas cercas laterais
Currais de apartação Animais vindos do brete Apartação de lotes Animais com diferentes destinos
Banheira sarnicida Muito utilizada em rebanhos produtores de lã Estrutura de alto custo Substituível por pulverização e uso de antiparasitários sistêmicos
Demarcação dos piquetes Divisões da área de pastagem conforme o tamanho do rebanho Deve ser suficiente para dividir o rebanho em categorias Permitir rotação
Altura mínima de 1,2 m Cercas Arame liso ou farpado Tela Estaca de madeira ou bambu Cercas eletrificadas
Cercas com Tela Campestre Vantagens: Estacas usadas de 10 em 10 m Fácil instalação Rápida construção (economia de mão-de-obra) Se bem esticada a contenção é eficiente
Cercas com Tela Campestre Desvantagem: Custo inicial mais alto quando comparada à eletrificada
Cercas com Tela Hexagonal: Muito eficiente Alto custo Altura padrão de 1 m
Cercas com arame Podem ser feitas com arame liso ou farpado
Arame farpado Vantagem: Mão-de-obra fácil de encontrar para a sua construção
Arame farpado Desvantagens: Custo elevado (muitos fios) Grande consumo de madeira (a cada 2 ou 3 m) Danificação do couro dos animais
Arame liso Vantagens: Não fere os animais Maior facilidade de manutenção
Arame liso Desvantagens: Custo elevado (muitos fios) Grande consumo de madeira (a cada 3 ou 4 m) Requer mão-de-obra especializada
Eletrificada Voltagem deve ser alta Caprinos = 3000 volts Ovinos = 5000 volts
Eletrificada Vantagens: Custo inicial mais baixo Não fere os animais Menos madeiras Fácil implantação Alguns modelos móveis
Eletrificada Desvantagens: Mão-de-obra especializada Necessita de energia elétrica São utilizados 4 6 fios sendo 3 ou 4 eletrificados e isolados
Eletrificada Desvantagens: Quedas de tensão podem queimar o aparelho Manutenção constante Ovinos tem pouca sensibilidade ao choque
Cerca viva Formada por vegetação densa Usada na divisão de piquetes ou de propriedades Funcionam como quebra-vento
Instalações anexas Área de isolamento Quarentenário Depósito de ração Silos Depósito de feno Farmácia e escritório Laboratório de biotecnologia da reprodução
Abrigar animais doentes Área de isolamento Paredes com fácil limpeza Deve estar distante do aprisco Bem estar e boas condições de higiene
Quarentenário Local para observação de animais adquiridos 30 a 40 dias Instalação afastada Animais isolados
Depósito de ração Atenção para controle de roedores Local arejado Limpezas periódicas Utilização de pallets e tambores
Silos Visam a conservação da forrageira Isolados dos animais (cercas) Lonas devem estar intactas
Seco e bem ventilado Depósito de feno Normalmente é armazenado no depósito de ração Evitar o contato com as paredes Pallets
Farmácia Medicamentos básicos de uso rotineiro: AIE AINES Analgésicos Antibióticos Sulfas, etc
Escritório Armazenagem de arquivos de registro Escrituração zootécnica
Laboratório de biotecnologia da reprodução Transferência de embriões Inseminações Pisos e paredes de fácil higienização Temperatura e luminosidade controladas
Referências GOUVEIA, A. M. G.; ARAÚJO, E. C.; ULHOA, M. F. P. Instalações para a criação de ovinos tipo corte nas regiões Centro-Oeste e Sudeste do Brasil Brasília (DF):LK Editora e Comunicação, 2007. RIBEIRO, S. D. A. Caprinocultura: Criação Racional de Caprinos São Pauloi: Nobel, 1997.