Astrofísica de Objetos Compactos

Documentos relacionados
Spindown dos Pulsares e seus Índices de Frenagem

Pulsares. Manuel Malheiro Depto. de FísicaF. sica- ITA

MECANISMO DE GERAÇÃO DE ONDAS GRAVITACIONAIS EM ANÃS BRANCAS DE ALTA ROTAÇÃO

Introdução à Astrofísica. Lição 25 A Morte das Estrelas

Evolução Estelar II. Objetos compactos: Anãs brancas Estrelas de nêutrons Buracos negros. Evoluçao Estelar II - Carlos Alexandre Wuensche

Fontes de Ondas Gravitacionais. José Carlos Neves de Araujo (DAS/INPE - Grupo GRÁVITON)

Estrelas de nêutrons como laboratórios para testar a Relatividade Geral

Astronomia para Todos Buracos Negros

Adriana Valio. (Adriana Silva, Adriana Silva-Valio) Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie

CAP4 parte 1 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA E SUA INTERAÇÃO COM A MATÉRIA. Alguns slides de P. Armitage, G. Djorgovski e Elisabete Dal Pino

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Introdução. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I

Evolução Estelar. Profa. Jane Gregorio-Hetem IAG/USP

Astrofísica Geral. Tema 20: Galáxias ativas

Astrofísica Geral. Tema 12: A morte das estrelas

O exótico mundo das estrelas compactas

Gravitação Relativística

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos

Viviane Angélico Pereira Alfradique. Modelos de Estrelas Relativísticas com Campo Magnético Dipolar

O PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESTRUIÇÃO DAS ESTRELAS Instituto de Pesquisas Científicas Jonathan Tejeda Quartuccio

Evolução Final das Estrelas

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

O espaço-tempo curvo na teoria da relatividade geral. Felipe Tovar Falciano

Evolução Estelar: Pós-Seqüência Principal

Nossa Estrela: O Sol. Adriana Válio Roque da Silva. Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica Mackenzie Universidade Presbiteriana Mackenzie

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Divisão de Astrofísica Solar burst analysis using a 3D magnetic loop model

CIAA Divisão de Astrofísica (DAS INPE) José Roberto Cecatto.

Prof. Rodrigo Negreiros UFF XI Escola do CBPF

Tópicos Especiais em Física. Vídeo-aula 5: astrofísica estelar 09/07/2011

Astronomia Galáctica Semestre:

SEL413 Telecomunicações. 1. Notação fasorial

Astronomia Galáctica Semestre:

Estudo do papel evolutivo de aglomerados AXU na origem e evolução da Estrutura em Grande Escala

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

A stro no mia de Raio s. María Victoria del Valle

O Lado Escuro do Universo

A nossa Galáxia parte II

9. Galáxias Espirais (II)

0.1 Colapso de Supernova

Teoria de Cordas. Nelson R. F. Braga. Instituto de Física UFRJ. Tópicos em Física Geral I, 06 de abril de

Introdução à Astrofísica. Lição 21 Fontes de Energia Estelar

CIAA 2007 Flavio D Amico. Divisão de Astrofísica, INPE, Brasil.

Astrofísica Geral. Tema 20: Galáxias de núcleo ativo

Está inaugurada a novíssima era da astronomia de ondas gravitacionais

RÁDIO EMISSÕES MÉTRICAS PRECURSORAS DA FASE IMPULSIVA DE FLARES SOLARES

Telescópios. Paulo Lago IAG/USP

Departamento de Astronomia - Instituto de Física Universidade Federal do Rio Grande do Sul

RADIOFONTES EXTRAGALÁTICAS Tina Andreolla 1

FORMAÇÃO DE ELEMENTOS QUÍMICOS NO UNIVERSO

Observatório Pierre Auger

Descoberta a fonte das misteriosas ondas de rádio no espaço


Um pouco sobre raios cósmicos

Relatividade Geral e Buracos Negros

Catarina Lobo. Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço/Centro de Astrofísica & Departamento de Física e Astronomia da Faculdade de Ciências

Teoria de Cordas. Nelson R. F. Braga. Instituto de Física UFRJ. Tópicos em Física Geral I, 14 de junho de



O Universo Homogêneo II:

A Descoberta de um Exoplaneta com a Massa de Netuno via Microlente Gravitacional. Eder Martioli Divisão de Astrofísica - INPE

Evolução Estelar. Vimos anteriormente que a formação do sistema solar se dá no momento da formação da própria estrela do sistema:

Galáxias

Fundamentos de Astronomia e Astrofísica. Galáxias. Rogério Riffel.

Curso de Extensão Universitária Evolução Estelar. prof. Marcos Diaz

Cosmologia. Gastão B. Lima Neto. Hubble Ultra Deep Field-HST/ACS

Óptica Ondulatória. 1. Introdução Ondas Electromagnéticas

Óptica Ondulatória. 1. Introdução Ondas Electromagnéticas

Trajetórias espaciais

FORD C-MAX + FORD GRAND C-MAX CMAX_Main_Cover_2014_V3.indd /08/ :01:48

Atividades desenvolvidas em

PROE Radiação Aula 4

Fundamentos de Transferência Radiativa. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I

Capítulo 4 RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. FIS FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA 3.a PROVA /1

11 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

Anã branca - Wikipédia, a enciclopédia livre

A Matéria Escura. Samuel Jorge Carvalho Ximenes & Carlos Eduardo Aguiar

GRANDEZAS E UNIDADES FOTOMÉTRICAS

Confrontando Modelos de Energia Escura com a Taxa Cósmica de Formação Estelar, LGRB, e Fundos Estocásticos de Ondas Gravitacionais

Os fundamentos da Física Volume 3 1. Resumo do capítulo

Astronomia Galáctica Semestre:

Galáxias Ativas, Quasares e Buracos Negros Supermassivos

Decima Quarta Aula. Introdução à Astrofísica. Reinaldo R. de Carvalho

Prof. Marcio R. Loos 5/21/2015. O Campo Magnético. Uma carga cria um campo elétrico ao seu redor: Um ímã produz um campo magnético ao seu redor:

Aula-2 O campo elétrico. Curso de Física Geral III

15. A distribuição de galáxias

CURSO DE ASTRONOMIA E ASTROFÍSICA OBSERVATÓRIO ASTRONÓMICO DE LISBOA VIDA E MORTE DAS ESTRELAS MÓDULO: CA VME. Rui Jorge Agostinho.

ANTENAS - TÓPICOS DAS AULAS - 1. Introdução. 2. Dipolo hertziano. 3. Antena dipolo de meia onda. 4. Antena monopolo de quarto de onda.

Nina Sanches Sartorio. Workshop, 2016

Quantidades Básicas da Radiação

6 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

Organização da CEA. Ciências Espaciais e Atmosféricas

Física Moderna II Aula 16

A Via LácteaMassa da Galáxia

Teoria de Cordas. Nelson R. F. Braga. Instituto de Física UFRJ. Tópicos em Física Geral I, 25 de abril de

A aventura da Física de Partículas e Astropartículas

Partículas Elementares

12 as Olimpíadas Nacionais de Astronomia

FSC1057: Introdução à Astrofísica. Estrelas. Rogemar A. Riffel

8/5/2015. Prof. Marcio R. Loos. O Campo Magnético. O Campo Magnético. Uma carga cria um campo elétrico ao seu redor:

Transcrição:

Astrofísica de Objetos Compactos Jaziel G. Coelho Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE FAPESP 2013/15088-0 Temático: Dense Matter in the Universe 2013/26258-4 jaziel.coelho@inpe.br 04 de Abril, 2017

Quadro Geral

Teoria dos Pulsares Modelo de dipolo magnético Período P Idade de um Pulsar t c = P/2Ṗ Energia Ė rot = 4π 2 I Ṗ/P 3 Dipolo m 2 3c 3 Ė dip = 2 Ω 4 sin 2 α 3Ic Campo Magnético B = 3 PṖ 8π 2 R 6 Estrelas de Nêutrons B NS = 3.2 10 19 (PṖ) 1/2 G = 3.9 10 46 Ṗ/P 3 erg/s Ėrot NS

Zoológico de Pulsares Radio Pulsar: 2000 X-ray binary NSs: 1000 X-ray Isolated NSs: 9 RRATs: 70 CCOs: 5 SGRs/AXPs (magnetars): 23 estrelas de quarks??? (com Márcio, Leonardo)

SGRs/AXPs - As magnetares Particular classe de pulsares: Pulsares Pulsares Ordinários SGRs/AXPs P 10 3 s (2 12)s Ṗ 10 15 s/s (10 10 10 13 )s/s L X 10 30 erg/s (10 34 10 36 )erg/s t c > 10 6 yr 10 3 yr

Nossa amostra, P Ṗ 10-9 10 15 G 10-10 10 14 G 10-11 Ṗ (s/s) 10-12 10-13 10-14 10-15 10 13 G B c =4.41 10 13 G CXOU J010043.1-721134 CXOU J171405.7-381031 4U 0142+61 SGR J1745-2900 SGR 0418+5729 SGR 1806-20 SGR 0501+4516 XTE J1810-197 SGR 0526-66 Swift J1822.3-1606 1E 1048.1-5937 Swift J1834.9-0846 1E 1547.0-5408 1E 1841-045 PSR J1622-4950 3XMM J185246.6+003317* SGR 1627-41 SGR 1900+14 CXO J164710.2-455216* 1E 2259+586 1RXS J170849.0-400910 PSR J1846-0258 10-1 10 0 10 1 P (s)

SGRs/AXPs - O que são? Entendidas como: NS lentas - P (2 12)s: Canônicas M = 1.4M R = 10 km I 10 45 g cm 2 Alta Luminosidade - L X >> Ėrot. Bursts e flares típicos dessas fontes são provenientes de seus altos campos magnéticos B. Powered by strong magnetic fields - B > 10 14 G.

Dificuldades do modelo magnetar nenhuma medida direta do alto campo B SGRs de baixo campo emissão rádio (com Ronaldo) SNRs observações de WDs magnéticas, rápidas e massivas 1 (com Claudia, Sarah). 2017 1 modelo alternativo - Malheiro et al. 2012, Coelho & Malheiro 2014, Cáceres et al.

Natureza rotation-power para SGRs and AXPs 2 Canonical NS Source B NS /B c CXOU J010043.1-721134 8.9 4U 0142+61 3.0 SGR 0418+5729 0.1 SGR 0501+4516 4.2 SGR 0526-66 12.6 1E 1048.1-5937 8.7 1E 1547.0-5408 7.2 PSR J1622-4950 6.2 SGR 1627-41 5.0 CXO J164710.2-455216* 2.3 1RXS J170849.0-400910 10.6 CXOU J171405.7-381031 11.3 SGR J1745-2900 5.2 SGR 1806-20 44.3 XTE J1810-197 4.7 Swift J1822.3-1606 0.3 Swift J1834.9-0846 3.2 1E 1841-045 15.9 3XMM J185246.6+003317* 0.8 SGR 1900+14 15.8 1E 2259+586 1.3 PSR J1846-0258 1.1 B dip /B c 2 Jaziel G. Coelho et al. A&A 599, A87 (2017) 10 2 10 1 10 0 10-1 10-2 10-3 CXOU J010043.1-721134 4U 0142+61 SGR 0418+5729 SGR 0501+4516 SGR 0526-66 1E 1048.1-5937 1E 1547.0-5408 PSR J1622-4950 SGR 1627-41 CXO J164710.2-455216* 1RXS J170849.0-400910 CXOU J171405.7-381031 SGR J1745-2900 SGR 1806-20 XTE J1810-197 Swift J1822.3-1606 SGR 1833-0832 Swift J1834.9-0846 1E 1841-045 3XMM J185246.6+003317* SGR 1900+14 1E 2259+586 PSR J1846-0258 GM1 - Local Neutrality 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 M/M

Campo magético CXOU J010043.1-721134 SGR J1745-2900 CXOU J010043.1-721134 SGR J1745-2900 4U 0142+61 SGR 1806-20 4U 0142+61 SGR 1806-20 SGR 0418+5729 XTE J1810-197 SGR 0418+5729 XTE J1810-197 SGR 0501+4516 Swift J1822.3-1606 SGR 0501+4516 Swift J1822.3-1606 SGR 0526-66 SGR 1833-0832 SGR 0526-66 SGR 1833-0832 1E 1048.1-5937 Swift J1834.9-0846 1E 1048.1-5937 Swift J1834.9-0846 1E 1547.0-5408 1E 1841-045 1E 1547.0-5408 1E 1841-045 PSR J1622-4950 3XMM J185246.6+003317* PSR J1622-4950 3XMM J185246.6+003317* SGR 1627-41 SGR 1900+14 SGR 1627-41 SGR 1900+14 CXO J164710.2-455216* 1E 2259+586 CXO J164710.2-455216* 1E 2259+586 1RXS J170849.0-400910 PSR J1846-0258 1RXS J170849.0-400910 PSR J1846-0258 CXOU J171405.7-381031 CXOU J171405.7-381031 B dip /B c 10 2 10 1 10 0 10-1 B GR /B c 10 1 10 0 10-1 10-2 10-2 10-3 GM1 - Local Neutrality 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 10-3 GM1 - Local Neutrality 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5

L X /Ėrot - Eficiência CXOU J010043.1-721134 4U 0142+61 SGR 0418+5729 SGR 0501+4516 SGR 0526-66 1E 1048.1-5937 1E 1547.0-5408 PSR J1622-4950 SGR 1627-41 CXO J164710.2-455216* 1RXS J170849.0-400910 CXOU J171405.7-381031 SGR J1745-2900 SGR 1806-20 XTE J1810-197 Swift J1822.3-1606 SGR 1833-0832 Swift J1834.9-0846 1E 1841-045 3XMM J185246.6+003317* SGR 1900+14 1E 2259+586 PSR J1846-0258 10 4 GM1 - Local Neutrality 10 2 L x /Ėrot 10 0 10 2 10 4 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 2.5 M/M

Ondas Gravitacionais e braking index de pulsares 3 valores medidos para nove pulsares, diferem em alguns casos substancialmente do valor esperado para o mecanismo de dipolo magnético, n=3 desacordo entre a observação e teoria indicando que a perda da energia não é a proveniente da radiação de dipolo em forma pura, sugerindo outras contribuições n = 3.15 sugere que o spindown pode ser uma combinação do freio dipolar magnético com o freio devido à emissão de GWs 3 Eur. Phys. J. C 76, 481 (2016); ApJ 831, 35 (2016); JCAP 07, 23 (2016)

A influência do QVF 4 Acredita-se que os campos magnéticos na superfície dos pulsares poderiam ser tão elevados quanto o campo magnético crítico que vem da (QED) não trivialidade do QVF para a descrição de pulsares. QVF +E d, é possvel explicar de uma forma simples e auto-consistente vários aspectos fenomenológicos de pulsares, sem a necessidade de campos supercríticos ou outros mecanismos de perda de energia. evolução dos campos magnéticos superficiais e da direção do dipolo magnético. 4 ApJ 823, 2, (2016)

A influe ncia do QVF5 5 ApJ 823, 2, (2016)