Análise do cenário político nacional (2012) Wendel Pinheiro



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Transcrição:

Análise do cenário político nacional (2012) Wendel Pinheiro

Atuação nacional do PDT (Eleições 2012) Wendel Pinheiro O desempenho do PDT nas eleições municipais de 2012 aponta algumas características que uma legenda, quase uma década após a ausência de Leonel Brizola, passou a tomar forma, a partir de sua institucionalização e, por conseguinte, interferindo no seu desempenho nas eleições municipais. Como o 5 maior partido em número de candidaturas, é preciso ressaltar que dos 25.585 candidatos a vereador pelo PDT, 3.659 venceram. Dos 848 candidatos a prefeito, 311 foram eleitos. Embora o PDT tenha sido o 7 maior partido em número de prefeitos, entretanto, a legenda trabalhista é o 5º maior partido no contingente da população das cidades que administrará. Neste estudo não nos ateremos apenas ao PDT, mas trataremos de compreender o comportamento dos partidos no cenário político nacional incluindo a interpretação histórica para entender as oscilações dos partidos entre quedas e crescimentos. Como um dos exemplos importantes para ilustrar esta afirmativa, vale comparar a perda de prefeitos pelos partidos em 2012 não apenas como resultado de sua má performance, mas também, dentre outras variantes, pela criação do PSD 1 e a migração de prefeitáveis ou de prefeitos reeleitos para esta nova agremiação além, claro, da mudança da conjuntura política vigente, seja local ou mesmo a interferência da conjuntura nacional e/ou estadual na municipal. Igualmente, dentre as análises, é possível apontar outras variantes como, por exemplo, a real inserção dos partidos nas grandes e médias cidades. Este estudo peca em não ter tido tempo para aprofundar a análise sobre a inserção dos partidos em segmentos como o feminino 2 e o jovem. Comprovamos neste trabalho que nem sempre conquistar uma cifra alta de prefeituras significa, necessariamente, uma inserção qualitativa de um determinado partido no cenário nacional. Ao mesmo tempo, abordaremos sobre o grau de pulverização política no país, no que tange à participação de partidos médios ou pequenos mas com fundo ideológico avançando qualitativamente no domínio de cidades importantes e no aumento de prefeituras. Todavia, também veremos o porquê de uma profunda 1 Em especial, quedas expressivas no DEM, PTB e PR, além de interferir, ainda que simbolicamente, no PMDB, no PP e no PDT. 2 Dentre os diversos estudos instigantes sobre a política e a questão de gênero, alguns deles se destacam pela riqueza de detalhes e de uma análise rigorosa acadêmica. Particularmente destaco alguns como em MIGUEL, Sônia Malheiros. A política de cotas por sexo: um estudo das primeiras experiências no Legislativo brasileiro. Brasília: CFEMEA, 2000, em http://www.maismulheresnopoderbrasil.com.br/pdf/executivo/a_politica_de_cotas_por_sexo.pdf, acessado no dia 14 de novembro de 2012, às 11:31h e em MARTINS, Eneida Valarini. A política de cotas e a representação feminina na Câmara dos Deputados. Monografia (especialização) Centro de Formação, Treinamento e Aperfeiçoamento (Cefor), da Câmara dos Deputados, Curso de Especialização em Instituições e Processos Políticos do Legislativo, 2007, em http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/343/politica_cotas_martins.pdf?sequence=3, acessado no dia 14 de novembro de 2012, às 11:36h. No que tange à análise aprofundada das eleições de 2012, ver em ALVES, José Eustáquio Diniz. O avanço da mulher na eleição e o déficit de gênero, em http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=198600&id_secao=1, acessado no dia 14 de novembro de 2012, às 12:05h Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 2

Reforma Política, a partir da proliferação e do aumento exacerbado dos partidos nanicos em sua grande maioria 3, desprovidos de caráter político-ideológico e afeitos ao pragmatismo (muitos deles, por métodos e articulações em nada ortodoxas). A atualização nos dados das conquistas de prefeituras, anteriores a 2004, se mostra bastante dificultosa seja pelos recursos impetrados pelos partidos nos TRE s/tse, seja também pela discrepância entre os dados de sítios jornalísticos na internet com respeitabilidade (UOL, Folha de São Paulo, G1/Globo), entre os números de prefeituras conquistadas pelos partidos e a soma deles resultando, em alguns momentos, cifras bastante inferiores ou até superiores ao número total de municípios brasileiros naquele período registrados pelo IBGE. Tabela 1 Partidos e prefeitos eleitos (1996-2012) 4 Partidos Prefeitos eleitos (1996) Percentual (1996) Prefeitos eleitos (2000) 5 Percentual (2000) Prefeitos eleitos (2004) Percentual (2004) Prefeitos eleitos (2008) Percentual (2008) Prefeitos eleitos (2012) Percentual (2012) PMDB 1295 24,08% 1257 22,61% 1060 19,06% 1207 21,69% 1024 18,40% PSDB 921 17,12% 990 17,81% 870 15,65% 788 14,16% 702 12,61% PT 110 2,05% 187 3,36% 410 7,37% 558 10,03% 635 11,41% PSD 6 116 2,16% 111 2,00% - - - - 497 8,93% 3 A exceção se trata, na verdade, do PPL e, em menor medida, do PMN. 4 Os dados coletados das prefeituras estão nos informes do TSE (http://www.tse,jus.br, acessado inicialmente no dia 1 de novembro de 2012, às 22:40h), da Folha de SP (ver em http://eleicoes.folha.uol.com.br/2012/2turno/mapa-ranking.shtml, acessado no dia 1 de novembro de 2012 às 23:49h), do G1/O Globo (ver em http://g1.globo.com/eleicoes2008/0,,mul837881-15693,00.html, acessado no dia 02 de novembro de 2012, às 11:30h e em http://oglobo.globo.com/infograficos/eleicoes2012- evolucao-partidos/, acessado no dia 04 de novembro de 2012, às 23:09h) e, principalmente, do Raio-X UOL (ver em http://eleicoes.uol.com.br/2012/raio-x/1-turno/partidos-eprefeitos/numero-de-prefeitos-eleitos/, acessado no dia 1 de novembro de 2012, às 23:01h e em http://eleicoes.uol.com.br/2008/raio-x-da-eleicao/prefeitos-eleitos/, acessado no dia 03 de novembro de 2012). Igualmente, sobre as eleições de 1996, 2000 e de 2004, ver em http://noticias.uol.com.br/ultnot/eleicoes/2004/11/01/ult2287u2144.jhtm, acessado no dia 04 de novembro de 2012, às 22:47h e no artigo de FLEISCHER, David. As eleições municipais no Brasil, uma análise comparativa (1982-2000). Opinião Pública, Campinas, Vol. VIII, n 1, 2002, pp. 80-105, em http://www.scielo.br/pdf/op/v8n1/14875.pdf, acessado no dia 04 de novembro de 2012, às 22:49h. 5 Entretanto, em 2000, o total de municípios no Brasil era de 5560. No que tange à influência dos governadores para o contingente de prefeitos eleitos em seus respectivos partidos, ver mais detalhes em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc2610200317.htm, acessado no dia 04 de novembro de 2012, às 22:58h. A infidelidade partidária definiria, em grande parte, o caráter governista dos prefeitos eleitos em seus respectivos estados majoritariamente pertencentes à base governista ou mesmo ao partido do governador em seu estado. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 3

Partidos Prefeitos eleitos (1996) Percentual (1996) Prefeitos eleitos (2000) Percentual (2000) Prefeitos eleitos (2004) Percentual (2004) Prefeitos eleitos (2008) Percentual (2008) Prefeitos eleitos (2012) Percentual (2012) PPB/PP 625 11,62% 618 11,12% 550 9,89% 556 7 9,99% 469 8,43% PSB 150 2,79% 133 2,39% 174 3,13% 314 5,64% 442 7,94% PDT 8 436 8,11% 288 5,18% 306 5,50% 344 9 6,18% 311 5,59% PTB 382 7,10% 398 7,16% 421 7,57% 415 7,46% 295 5,30% PFL/DEM 934 17,37% 1028 18,49% 794 14,28% 501 9,01% 278 4,99% PL/PR 222 4,13% 234 4,21% 383 6,89% 382 6,87% 275 4,94% PPS 33 0,61% 166 2,99% 309 5,58% 131 2,35% 123 2,21% PV 13 0,24% 13 0,23% 57 1,02% 76 1,37% 96 1,72% PSC 49 0,91% 33 0,59% 25 0,45% 58 1,04% 83 1,49% PRB - - - - - - 54 0,97% 78 1,40% PCdoB 0 0% 1 0,02% 10 0,18% 40 0,72% 56 1,01% PSOL - - - - - - 0 0% 2 0,04% Partidos 92 1,71% 102 1,84% 191 3,43% 140 2,52% 200 3,59% nanicos 10 PSTU/PCB/ 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 6 Fundado em 2011. Entretanto, o registrado nas eleições de 1996 e de 2000 corresponde ao antigo PSD, incorporando-se mais tarde, em 2002, com o PTB. Ver em http://pt.wikipedia.org/wiki/anexo:lista_de_partidos_pol%c3%adticos_brasileiros_extintos e em http://oglobo.globo.com/politica/ptb-entra-com-acao-na-justica-eleitoral-paraimpedir-criacao-do-psd-2718618, ambos acessados no dia 04 de novembro de 2012, às 23:30h. 7 Dos 557 municípios, o PP cairia para 556 com a perda de Londrina para o PDT. 8 Um dos prováveis fatores para a expressiva queda do PDT em 2000 pode ser, a partir de um mapeamento mais apurado dos estados, relacionado provavelmente ao grau de cooptação dos partidos da base governista em determinados nichos eleitorais (PSDB, PFL, PP e PTB). Mais tarde, vale atentar para a saída de Anthony Garotinho para o PSB e, também, de um grupo dissidente do PDT gaúcho para o PT. 9 Incluindo na soma a vitória posterior de Londrina. Quem perderia a cidade paranaense seria o PP. Entretanto, alguns consideram que o PDT chegou a conquistar a marca de 352 municípios, como no caso do Raio-X UOL e também em http://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2012-10-29/pt-e-psdb-tem-destinos-distintos-na-eleicao-municipal.html, acessado no dia 09 de novembro de 2012, às 10:35h. 10 Leia-se como partidos nanicos o PMN, PRP, PTN, PSL, PHS, PTC (anteriormente PRN até a eleição de 2000), PRTB, PTdoB e PSDC. A inclusão do PPL entre os nanicos, mesmo com seu perfil ideológico nacionalista, se daria a partir de sua recente fundação, em 2011. Em 2004, soma-se ao conjunto dos partidos nanicos o PRONA e o PAN. Em 2000, o PST é inserido no conjunto de partidos nanicos. E o PSN, fundado em setembro de 1995, seria o resultado da dissidência de setores do PSC nos idos das eleições de 1989. O PSN participaria das eleições de 1996 e, mais tarde, em janeiro de 2000, se transformaria em PHS. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 4

PCO Total 11 5378 100% 5559 100% 5560 100% 5564 100% 5566 100% Vale atentar, para um maior quadro comparativo, a atuação dos partidos pelos estados, entre 2008 e 2012 inclusive para desmistificar determinados mitos aceitos, inclusive, academicamente, sem uma apurada análise a partir dos dados e a sua devida interpretação da conjuntura política. Logo, para ratificamos ou aprofundarmos o porquê do crescimento de forças emergentes ou mesmo a queda de vários partidos, é preciso verificar, a luz não somente destas duas últimas eleições, mas aprofundarmos, a partir de meados para o fim da década de 1990, as especificidades de cada força política regionalmente e, assim, associarmos ao por que do êxito ou queda de diversos partidos políticos; ou, também, explicarmos determinados comportamentos ou fenômenos político-eleitorais, interferindo no cenário nacional. Tabela 2 Percentuais comparativos de prefeituras (1996-2012) 12 Partidos Percentual comparativo (1996/2000) Percentual comparativo (2000/2004) Percentual comparativo (2004/2008) Percentual comparativo (2008/2012) Percentual comparativo (1996/2012) PMDB - 6,10% - 15,70% 13,80% - 15,17% - 26,59% PSDB 4,03% - 12,13% - 9,52% - 10,95% - 26,34% PT 63,90% 119,34% 27,45% 13,76% 456,58% PSD 13 - - - - - 11 É preciso ressaltar sobre as fortes discrepâncias entre alguns números do G1 em comparação à Folha de SP e o UOL no que tange às eleições de 2000, de 2004 e de 2008 por vezes, a somatória alcança um número aquém do total de municípios existentes no país. Logo, é possível explicar, como uma provável hipótese, que a Folha de SP tenha computado apenas as vitórias no 1 turno, se comparado ao G1 e o UOL, computando o total de prefeituras dos partidos, obtidas nos 1 e 2 turnos. Fiz o cálculo das conquistas dos partidos levando em conta o total do número de municípios no país, com 5560 cidades em 2004 (ver maiores detalhes em http://www12.senado.gov.br/noticias/entenda-o-assunto/municipios-brasileiros, acessado no dia 03 de novembro de 2012), 5564 cidades em 2008 (ver em http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_impressao.php?id_noticia=1286, acessado no dia 03 de novembro de 2012, às 21:52h) e 5566 cidades em 2012 (ver em http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2204&id_pagina=1, acessado no dia 03 de novembro de 2012, às 21:54h). 12 O cálculo dos percentuais de uma eleição para a outra por um determinado partido se dá a partir da relação entre os percentuais obtidos pelos partidos em suas respectivas eleições e não com o número de cidades conquistadas em si, evitando, assim, consideráveis distorções no resultado, logrando desta forma uma maior fidedignidade e justeza nas análises feitas a partir dos dados obtidos uma vez que vale considerar o aumento no número de municípios brasileiros a cada eleição, baseando-se nos dados do IBGE. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 5

Partidos Percentual comparativo (1996/2000) Percentual comparativo (2000/2004) Percentual comparativo (2004/2008) Percentual comparativo (2008/2012) Percentual comparativo (1996/2012) PPB/PP - 4,30% - 11,06% 1,01% - 15,62% - 27,45% PSB - 14,33 30,96% 80,19% 40,78% 184,58% PDT - 36,12% 6,18% 12,36% - 9,55% - 31,07% PTB 0,84% 5,73% - 1,45% - 28,95% - 25,35% PFL/DEM 6,45% - 22, 77% - 36,90% - 44,62% - 71,27% PL/PR 1,94% 63,66% - 0,29% - 28,09% 23,87% PPS 390,16% 86,62% - 57,88% - 5,96% 272,73% PV - 4,17% 343,48% 34,31% 25,55% 616,67% PSC - 35,16% - 23,73% 131,11% 43,27% 63,74% PRB - - - 44,33% - PCdoB 200% 800% 300% 40,28% 10.000% PSOL - - - 400% - Partidos nanicos 7,60% 86,41% - 26,53% 42,46% 109,94% PSTU/PCB/PCO 0% 0% 0% 0% 0% Na tabela acima, podemos atentar para as seguintes considerações: 1) Os constantes percentuais negativos do PMDB desde 1996 resultando como fruto, muitas vezes, da falta de caráter identitário da agremiação peemedebista nos municípios. A agremiação peemedebista perderia espaço nos grandes e médios centros para partidos de centro-direita (PSDB e DEM) e de centro-esquerda (PT, PDT, PSB e até, em certos casos, do PCdoB). Mesmo com a inserção do PMDB em postos estratégicos da máquina estatal, isto não reverteria em acréscimo de votos com exceção do acréscimo da legenda peemedebista de 2004 para 2008, tendo como possível interpretação a inserção do PMDB na base aliada do governo Lula, desfrutando da alta popularidade do prócer petista 14, o que não deixa de ser uma hipótese bastante plausível e coerente. 13 Esta tabela não está contemplando o antigo PSD (fundido com o PTB em 2002), por ele não ter qualquer relação com o novo PSD criado em 2011. 14 Ver mais detalhes da pesquisa do Datafolha em http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u444114.shtml e, principalmente, com o teor completo da pesquisa em http://datafolha.folha.uol.com.br/po/ver_po.php?session=725, acessado no dia 10 de novembro de 2012, às 10:22h. Lula alcançaria a cifra da avaliação entre ótimo + bom na ordem de 64% em setembro de 2008, superando as marcas dos presidentes eleitos pós-redemocratização. Lula superaria a melhor performance de Fernando Henrique Cardoso em dezembro de 1996 (47%), Itamar Franco em dezembro de 1994 (41%) e Fernando Collor em junho de 1990 (36%). Após as eleições de 2008, Lula bateria o seu próprio recorde no início de dezembro de 2008, alcançando a taxa de aprovação de seu governo no patamar histórico de 70% em http://datafolha.folha.uol.com.br/po/ver_po.php?session=787, acessado no dia 10 de novembro de 2012, às 10:31h. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 6

2) Deparamos não apenas com a queda considerável do DEM, perdendo quase que a metade das prefeituras conquistadas na última eleição (recuo de 44,62%), mas com as quedas expressivas do PR e do PTB, na perda de quase 1/3 de suas respectivas prefeituras obtidas em 2008. Vale atentar também para a leve diminuição no número de prefeituras do PDT, do PPS, do PSDB e do PMDB entre 2008 e 2012. 3) No que tange ao DEM (ex-pfl), a queda drástica entre 1996 e 2012 resultaria na cifra negativa de 71,27%. Este dado se torna mais alarmante se compararmos entre 2000 e 2012, onde a queda do DEM resultaria em 73,01% (!). Isto se deve, dentre outras questões, ao avanço dos partidos progressistas no reduto tradicional e histórico do PFL/DEM nas décadas de 1980 e 1990 (Região Nordeste), além da perda de influência do prócer democrata César Maia no Rio de Janeiro e da saída de quadros do DEM, liderados por Gilberto Kassab, para o PSD. 4) Também é possível explicar, como pano de fundo político-ideológico, a rejeição de parcela expressiva da população às concepções liberal-conservadoras do DEM (inclusive, em relação à linha liberal-democrata do PSDB, onde a queda fora bem menor entre 1996 e 2012, com a diminuição de 26,34%), em contraposição à linha reformista/social-democrata do PT e do respectivo avanço de sua base aliada (PDT, PSB e PCdoB) de 2004 a 2012. A mudança do nome da sigla, de PFL para o DEM em 28 de março de 2007 15, longe de reverter as perdas de 2004, apenas agravaria o drama dos liberais, com um cenário político bastante periclitante. Seria neste aspecto que o PPS, ao romper com o 1 Governo Lula e se aliar ao bloco liberal PSDB-DEM, recuaria 57,88% (!) nas eleições municipais de 2008 em comparação a 2004 e ainda recuaria mais 5,96% em 2012, comparando com 2008. 5) Ainda no que tange ao PPS, torna-se ilusório entender o acréscimo de 272,73% sem levar em conta dois fatores: a presença de Ciro Gomes na legenda (de janeiro de 1996 até abril de 2005 16 ), auferindo maior enraizamento nacional do PPS após as eleições presidenciais de 1998 e de 2002 (com a Frente Trabalhista), e a sua participação na metade do 1 Governo Lula fariam com que este partido chegasse a cifra de 309 prefeitos eleitos. Ou seja, comparando a trajetória desde 1996, o PPS chegaria após o 2 turno de 2004 com um aumento real de 814,75% (!). Porém, o rompimento do PPS com o governo Lula em dezembro de 2004 e o seu alinhamento com os partidos de centro-direita (PSDB-PFL/DEM) faria com que este partido perdesse espaço conforme explicado no item anterior, somado à infidelidade partidária, que promoveria a migração de prefeitos do PPS prejudicados pela opção política nacional tomada pela legenda. Mesmo com a Resolução n 22.610/2007 do TSE 17, que reza sobre a fidelidade partidária, a profundidade da escolha de 15 Por ironia do destino, em 28 de março de 1968 (quase quatro décadas antes da fundação do DEM!) morreria o estudante Édson Luís de Lima Souto no Restaurante Calabouço (localizado então no centro do Rio de Janeiro). Isto repercutiria de tal forma que traria uma grande comoção à sociedade civil organizada, a ponto de se fazer, mais tarde, a Passeata dos Cem Mil, em 26 de junho de 1968. Se a tentativa do DEM foi de se reapropriar deste simbolismo e extirpar o caráter elitista do PFL na tentativa de modernização do partido e de aproximação com as classes médias urbanas, ela seria frustrada diante da vocação liberal-burguesa desta legenda e de seus respectivos quadros e dirigentes, além do não reconhecimento popular à tentativa de artificialização da legenda em se evocar como Democratas. 16 Ver em http://www.revistafale.com.br/fale68/cidgomes.html e em http://www.gazetadigital.com.br/conteudo/show/secao/10/materia/69729, ambas acessadas no dia 09 de novembro de 2012, às 18:37h. 17 Sobre o teor desta resolução, feita em 25 de outubro de 2007 e alterada posteriormente com a redação da Resolução 22.733/2008 do TSE, de 11 de março de 2008, ver o teor dela em http://www.tse.jus.br/internet/partidos/fidelidade_partidaria/res22610.pdf, acessado no dia 09 de novembro de 2012, às 17:32h. O senado, ainda se baseando nesta resolução do TSE, aprovaria o PLS 266/2011 em 29 de junho de 2011. Ver em http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/senado-aprova-fidelidade-partidaria/, acessado no dia 09 de novembro de 2012, às 17:46h. Entretanto, a proposição positiva de radicalizar a fidelidade partidária, ao alterar pontos da lei dos partidos políticos (Lei 9096/95) está no PL 7656/2010 (oriundo do PLS 289/2005 do então Senador Aloizio Mercadante PT-SP). Nele, se amplia o prazo de 1 para 3 anos de filiação ao respectivo partido para os que optarem por candidaturas a cargos eletivos, sob pena de perda de mandato para os parlamentares ou quadros políticos eleitos majoritariamente (prefeitos, governadores e presidente) que descumprirem o prazo de desfiliação salvo por criação, fusão ou incorporação de partido ou se o mesmo partido descumprir sua linha programática. Neste momento em que este trabalho está escrito, em 08 de agosto de 2012, este PL foi retirado da pauta da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) por acordo. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 7

tal decisão soaria como uma bomba de efeito retardado, refletindo não em 2006 (ao aumentar dos 15 para 22 deputados federais 18, embora não alcançando o percentual de 5% da cláusula de desempenho 19 ), mas em 2008, caindo das 309 para 131 prefeituras ou seja, uma queda brusca de 57,88%, refletindo, inclusive na queda de sua bancada na Câmara dos Deputados, dos 22 deputados federais eleitos em 2006 para quase a metade em 2010, com apenas 12 deputados federais. 6) A queda expressiva do PDT, se comparada entre 1996 e 2012, se dá, dentre algumas explicações possíveis, no que tange à ação de infidelidade partidária de parte considerável de seus quadros em 2000 cooptados, em sua majoritária parcela, a partir dos rearranjos da base governista na Era FHC (muitos deles, no que concerne à obtenção de recursos financeiros estaduais e/ou federais), gerando uma grave sangria nas eleições de 2000, com a perda na ordem de 36,12%. Também, é preciso atentar para um crescimento lento do PDT após a morte de Leonel Brizola em junho de 2004, em um contínuo e gradual processo de institucionalização da legenda trabalhista. Mesmo com a aparente queda no número de municípios em 2012, ela seria compensada com a conquista e/ou manutenção de cidades pólos, como o que será tratado no decorrer deste trabalho. É preciso afirmar, de forma peremptória, que a volta do PDT à base do governo Lula em 2007 e a ação da legenda trabalhista no Ministério do Trabalho (2007-2011) auxiliaram, de fato, o crescimento da legenda trabalhista. Igualmente, vale enfatizar que tal acréscimo também decorre do caráter identitário e histórico do PDT, assegurando a sua presença no país e superando sempre a marca dos 5% de representação. Porém, a ausência de uma marca que imprimisse com eficácia a ação do PDT no governo Dilma faria com que a legenda trabalhista viesse a perder certo espaço em 2012, com a queda de 9,55%. 7) Como destaque negativo também, o expressivo crescimento dos partidos nanicos de 2008 para 2012, na ordem de 42,46% (!), superando inclusive o crescimento de partidos históricos como o PCdoB (40,28%), PSB (40,78%) e PT (13,76%). Sua confederação de partidos pragmático-fisiológicos resultaria no acréscimo de 109,94%, de 1996 a 2012, superando partidos históricos como o PDT, PMDB, PP e PSDB. Vale ressaltar a coincidência da queda destes partidos (a única, por sinal) entre 2004 e 2008 com o percentual negativo de 26,53%, coincidindo assustadoramente com a queda ou crescimento minguado dos partidos de centro-direita envolvidos no processo do mensalão (PTB, PR e PP). 8) No que tange às polêmicas sobre o episódio popularmente conhecido como o escândalo do mensalão vale atentar para algumas questões importantes: a incrível retração do PP antes mesmo do mensalão, entre 2000 e 2004, na ordem de 11,06%, se comparado a outros partidos com integrantes acusados de participarem do esquema (no caso, o PTB e PR). Embora não tenha sofrido tanto nas eleições de 2008, o PP teria um parco crescimento de 1,01% e, posteriormente, caíra substancialmente em 2012, com o índice de 15,62% em relação a 2008. O aumento do PTB seria bastante modesto (algo bastante eufêmico ao não dizer crescimento irrisório ) para as pretensões nacionais da legenda trabalhista de direita, com parcos 5,73% nas eleições de 2004. Já Mais sobre este projeto, ver em http://www2.camara.leg.br/agencia/noticias/politica/150418-projeto-torna-fidelidade-partidaria-mais-rigorosa.html e em http://www.camara.gov.br/proposicoesweb/fichadetramitacao?idproposicao=483705, acessado no dia 09 de novembro de 2012, às 18:03h. Sobre o teor deste projeto de lei, ver em http://www.camara.gov.br/proposicoesweb/prop_mostrarintegra?codteor=789755&filename=pl+7656/2010, acessado no dia 09 de novembro de 2012, às 18:06h. 18 Ver o gráfico não apenas do PPS, mas das bancadas dos principais partidos na Câmara dos Deputados, no Senado, nos Governos Estaduais e nas Assembléias Legislativas em http://extras.ig.com.br/infograficos/partidospoliticos/, acessado no dia 09 de novembro de 2012, às 17:29h e também em http://veja.abril.com.br/eleicoes/resultadodeputados/conteudo_cms.swf, acessado no dia 10 de novembro de 2012, às 22:41h. 19 Como a tentativa malograda de Roberto Freire em fundir o PPS com o PMN e o PHS na formação do Partido da Mobilização Democrática (PMD). A notícia do UOL, em 07 de novembro de 2006, seria intitulada de forma bastante emblemática: Desempenho do PPS foi insuficiente, diz Freire. Ver mais detalhes desta notícia em http://eleicoes.uol.com.br/2006/ultnot/2006/11/07/ult3749u1269.jhtm, acessado no dia 09 de novembro de 2012, às 17:35h. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 8

o PR, com a presença de parlamentares oriundos de partidos de centro-direita e do aparato e apoio institucional da IURD 20, lograria um salto considerável entre 2000 e 2004, na ordem de 63,66% no número de prefeituras conquistadas. Após as denúncias de corrupção em 2005, a performance do PTB não seria mais a mesma, caindo no índice de prefeituras obtidas até as eleições de 2012. No PR, o destino reservaria o mesmo papel que coube ao PTB com um agravante: a migração de quadros políticos da IURD para a formação e crescimento do PRB que de 2008 para 2012, além de avançar 44,33% no número de prefeituras, disputaria com papel de proeminência as eleições de 2012 na capital paulistana com Celso Russomanno. O consolo do PR estaria, em contrapartida, na presença regional desta legenda no Rio de Janeiro (via Anthony Garotinho) e em Mato Grosso (com Blairo Maggi). 9) Aproveitando, vale destacar o tímido crescimento do PT, com o acréscimo de 12,57% parte disto, diante da manutenção de parcela majoritária das cidades-chaves, acima de 200 mil eleitores, entre médias e grandes cidades. Crescimento expressivo do PSB (40,78%), afirmando-se como uma força política emergente no cenário nacional, além do aumento considerável de legendas como o PCdoB, PSOL, PRB, PSC e PV. 10) Em que pese o crescimento do PSB na ordem de 184,58% entre 1996 e 2012 e, em especial, nos últimos 8 anos, chegando ao patamar dos 153,67% de acréscimo da agremiação socialista entre 2004 a 2012, vale atentar sobre o crescimento artificial do PSB em boa parte, de quadros políticos estranhos a este partido ou mesmo sem o mínimo compromisso político-ideológico com a legenda. Porém, devemos consignar a aposta do PSB em três vetoreschaves: regular ou boa administração dos quadros socialistas nas prefeituras e/ou governos onde o PSB está à frente, cooptação de quadros políticos ao centro ou à centro-direita com viabilidade eleitoral (além de quadros de centro-esquerda como Ciro Gomes) e a aposta no aumento de representação parlamentar deste partido na Câmara dos Deputados. Quanto a este último vetor, é preciso destacar, logo após o 1 governo Lula, o PSB subiria dos 22 deputados federais para os 27 em 2006 e, em 2010, ampliaria a sua bancada para 34 deputados federais. 11) O crescimento do PSOL de 400% (!) em 2012 se deve ao fato desta agremiação não eleger qualquer prefeito nas eleições de 2008. É possível destacar também o papel de maior abertura do PSOL à priorização do debate político-eleitoral (dentro dos marcos da democracia burguesa, isolando os setores à esquerda do PSOL) e sem se privar de sua linha ideológica. Ao mesmo tempo, o PSOL procuraria se esquivar das ações ou práticas sectárias em geral, praticadas por legendas trotskistas como o PSTU e o PCO. 12) Da mesma forma, assim como o PSOL, é necessário relativizarmos o percentual astronômico do PCdoB de 10.000% de crescimento, de 1996 a 2012, até por conta não apenas da inexistência de prefeituras do PCdoB para as atuais 56 em 2012, mas também no crescimento constante, conjugando três fatores: a) organização; b) qualificação constante dos seus dirigentes, formuladores teóricos e militantes com a formação política; c) a inserção nos movimentos sociais em especial, a partir da priorização da legenda comunista no controle histórico do movimento estudantil, na UNE/UBES e entidades afins, gerando novos quadros via União da Juventude Socialista (UJS). Somado a estes fatores, é preciso salvaguardar a conjuntura histórica da aliança PCB-PTB a partir de meados da década de 1950. Embora com leves traços de semelhança, a aliança governista 21 do PCdoB com o PT na esfera nacional 20 IURD: Igreja Universal do Reino de Deus. 21 Há também vários estudos instigantes no que tange às alianças com partidos governistas ou na tática oposicionista, no âmbito de crescimento ou de consolidação do respectivo espaço político como em trabalhos acadêmicos como o artigo de DANTAS, Humberto e PRAÇA, Sérgio. Os pequenos partidos nas coligações eleitorais para prefeituras em 2000. Leviathan, n. 1, p. 181-200, 2004 (ver em http://www.fflch.usp.br/dcp/leviathan/index.php/leviathan/article/view/8/pdf, acessado no dia 11 de novembro de 2012, às 00:22h) e a tese de doutorado de MIZUCA, Humberto Dantas de. Coligações em eleições majoritárias municipais: a lógica do alinhamento dos partidos políticos brasileiros nas disputas de 2000 e 2004. Tese (Doutorado) Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2007 e no clássico trabalho, fruto da tese de SCHMITT, Rogério. Coligações eleitorais e sistema partidário no Brasil. Tese de Doutorado, IUPERJ, 1999. Ver também a análise de cientistas políticos e historiadores no livro de MENEGUELLO, Rachel (org). O legislativo brasileiro: funcionamento, composição e opinião pública. Brasília: Senado Federal, Secretaria Especial de Comunicação Especial, 2012. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 9

contribuiu para a expansão exponencial do PCdoB a partir de 2000, a ponto deste partido pôr a cabo, já em 2012, seu projeto nacional de crescimento político mais ousado. Tal projeto seria implementado, ainda que para isso viesse a sacrificar um pouco de seu caráter programático, ao alçar candidaturas com considerável viabilidade eleitoral mas, simultaneamente, com identificação ideológica alheia ao marxismo-leninismo (embora próximos da concepção de democracia-popular) vide os exemplos de Waguinho em Nova Iguaçu e de Dennis Dauttman em Belford Roxo, ambas no estado do Rio de Janeiro, dentre outros possíveis candidatos com tal perfil, espalhados pelos diversos rincões do país incluindo as candidaturas em potencial para vereador 22. 13) Igualmente, é preciso observar atentamente a opção do PV em sair do guetismo/isolacionismo da agenda verde para colocar em voga, na agenda político-eleitoral, o debate ecológico e de sustentabilidade (mesmo sob a perspectiva liberal/pós-moderna e dentro dos marcos do status qüo vigente), alcançando a incrível marca de crescimento de 616,67% entre 1996 e 2012. E se for levar em conta o crescimento de 2000 a 2012, chega a exatos 647,83% (!). Vale atentar como estratégia eleitoral dos verdes as tentativas de capitalizar as campanhas em 2008 para prefeito no Rio de Janeiro, Natal e Porto Velho além da candidatura presidencial de Marina Silva em 2010, o que faria gerar um recall de votos suficiente para aumentar não apenas os seus espaços políticos nas eleições de 2010 (crescendo de 13 para 15 deputados federais), mas ampliando também o número de prefeituras em 2012. Tabela 3 Partidos e vereadores eleitos (1996-2012) 23 Partidos Vereadores (1996) Percentual (1996) Vereadores (2000) Percentual (2000) Vereadores (2004) Percentual (2004) Vereadores (2008) Percentual (2008) Vereadores (2012) Percentual (2012) PMDB 11.389 23,99% 11.363 18,86% 8.316 16,05% 8.475 16,33% 7.967 13,89% PSDB 6.754 14,22% 8.514 14,13% 6.566 12,67% 5.897 11,36% 5.253 9,15% PT 1.546 3,26% 2.483 4,12% 3.679 7,10% 4.168 8,03% 5.180 9,02% PSD 1.173 2,47% 1.472 2,44% - - - - 4.663 8,13% PPB/PP 6.238 13,14% 7.060 11,71% 5.457 10,53% 5.128 9,88% 4.933 8,60% PSB 956 2,01% 1.721 2,86% 1.834 3,54% 2.956 5,69% 3.557 6,20% 22 Uma avaliação pormenorizada pela Comissão Nacional de Organização do Comitê Central do PCdoB (CNO/CC), de 30 de outubro de 2012, está no link http://www.xn-- portaldaorganizao-nqb9e.org.br/wp-content/uploads/2012/10/bloco-ii-resultados-eleitorais-do-pcdob-em-2012.pdf, acessado no dia 12 de novembro de 2012, às 14:09h. 23 Dados oriundos do TSE (http://www.tse.jus.br), de http://www.jspdt.org/?p=516, do artigo do jornalista RODRIGUES, Fernando. Nenhum partido chega a 5% dos votos em todos os estados, em http://fernandorodrigues.blogosfera.uol.com.br/2012/10/31/nenhum-partido-chega-a-5-dos-votos-em-todos-os-estados/, do artigo de KERBAUY, Maria Teresa Miceli. As Câmaras Municipais brasileiras: perfil de carreira e percepção sobre o processo decisório local. Opinião Pública, vol. 11, n 02, Campinas, out 2005, em http://www.scielo.br/pdf/op/v11n2/26418.pdf e do artigo de BREMAEKER, François de. Perfil dos vereadores do Brasil (2013-2016). ATM/Tec Transparência Municipal (Estudo Ténico n 182): Salvador, outubro de 2012, em http://www.oim.tmunicipal.org.br/abre_documento.cfm?arquivo=_repositorio/_oim/_documentos/304df70d-a49a-be9c- 7F66A262FBF3E0BB11102012060102.pdf&i=2074, ambos acessados no dia 12 de novembro de 2012, às 11:26h. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 10

Partidos Vereadores (1996) Percentual (1996) Vereadores (2000) Percentual (2000) Vereadores (2004) Percentual (2004) Vereadores (2008) Percentual (2008) Vereadores (2012) Percentual (2012) PDT 3.311 6,97% 3.766 6,25% 3.252 6,28% 3.523 6,79% 3.659 6,38% PTB 3.029 6,38% 4.988 8,28% 4.211 8,13% 3.934 7,58% 3.572 6,23% PFL/DEM 8.164 17,19% 9.642 16,00% 6.462 12,47% 4.801 9,25% 3.275 5,71% PL/PR 2.350 4,95% 2.894 4,80% 3.825 7,38% 3.534 6,81% 3.191 5,56% PPS 384 0,81% 2.569 4,26% 2.817 5,43% 2.159 4,16% 1.861 3,24% PV 164 0,35% 315 0,52% 772 1,49% 1.237 2,38% 1.584 2,76% PSC 561 1,18% 734 1,22% 742 1,43% 1.146 2,21% 1.468 2,56% PRB - - - - - - 780 1,50% 1.204 2,10% PCdoB 86 0,18% 149 0,25% 273 0,53% 612 1,18% 976 1,70% PSOL - - - - - - 25 0,05% 49 0,09% Partidos 1.377 2,90% 2.591 4,29% 3.598 6,94% 3.515 6,77% 4.978 8,61% nanicos PSTU/PCB/ 0 0% 4 0,01% 15 0,03% 13 0,03% 7 0,01% PCO 24 Total 47.482 100% 60.265 100% 51.819 100% 51.903 100% 57.377 100% Destes dados podemos tirar algumas constatações algumas delas, de crucial importância e que chegam a coincidir com a evolução ou queda no número de prefeituras ao longo da trajetória. 1) Nem sempre ocupar a máquina do estado reverte necessariamente em votos. O PMDB pôde comprovar na prática atrás da queda sistemática no percentual de vereadores desde 1996 até 2012, representando na prática um decréscimo total de 42,10%. Dentre outros fatores, a perda de vereadores peemedebistas ao longo dos anos pode ser explicada pela ausência identitária do PMDB pós-redemocratização, perdendo a razão de ser e, assim, 24 Os dados de 2004 com os vereadores eleitos pelo PCB, PSTU e PCO foram superdimensionados pela cientista política Maria Teresa Miceli Kerbauy, comprometendo o resultado dos demais partidos incluindo até as eleições de 2000, onde a autora, em seus cálculos, estipulou o número total de vereadores em 55.483, por sinal, 7,93% a menos que os 60.265 vereadores eleitos e oficialmente reconhecidos e diplomados pela Justiça Eleitoral, confirmados em http://epoca.globo.com/edic/20010507/brasil3a.htm e em CARVALHO, Lejeune Mato Grosso Xavier de & AZEVEDO, Carlos Alberto Schimit. Breve história das profissões liberais no Brasil, in Revista das profissões liberais: Brasília, 2003, p. 17, em http://cnpl.org.br/revista/revista_especial.pdf, acessado no dia 13 de novembro de 2012, às 18:07h. Este trabalho teve o mérito, face às dificuldades, em corrigir os dados a partir dos dados do TSE e da notícia sobre os resultados, respaldando as cifras divulgadas pelo TSE, em http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2004-10- 04/resultados-parciais-do-tse-indicam-que-pstu-pco-e-pcb-nao-elegeram-nenhum-prefeito, acessado no dia 12 de novembro de 2012, às 13:44h e principalmente no artigo embasado do cientista político ALVES, José Eustáquio Diniz. As eleições municipais de 2004 e o bipartidarismo de coalizão. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Ciências Estatísticas, 2007, em http://www.ence.ibge.gov.br/c/document_library/get_file?uuid=5cc6adb3-855a-45f9-8d5d-2885c76e920e&groupid=37690208, acessado no dia 08 de novembro de 2012, às 14:08h.. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 11

cedendo espaço para os partidos de centro-direita (na Era FHC, como o PSDB e o PFL/DEM), de centro-esquerda (em especial na Era Lula, com a ascensão do PT, do PSB, do PCdoB e em certa medida, do PDT) e até de partidos nanicos, na lógica da despolitização política entre o voto passional, o voto de protesto e até, em determinados casos, com a abstenção ou o aumento dos votos brancos/nulos. 2) Crescimento vertiginoso do PT na Era Lula, em um crescimento exponencial sem precedentes. A representação de vereadores praticamente dobraria, com o aumento total de 94,90% entre as eleições de 2000 e de 2008. De fato, Lula faria muito bem ao PT, ao reverter o seu prestígio em votos para os vereadores da legenda petista. Entretanto, tal lógica não surtiria efeito no Governo Dilma, onde o PT apenas avançou 12,33% de 2008 para 2012 bem inferior aos 26,38% de avanço entre 1996 e 2000, sem o PT possuir sequer a máquina federal e se constituindo como um dos principais partidos de oposição a FHC, junto com o PDT. 3) Abrupta e radical queda do PFL/DEM após a perda do espaço político para o PT e o conjunto dos partidos progressistas. A opção pela linha liberalconservadora e de oposição ao PT, inclusive nas eleições municipais, reverteria em quedas astronômicas como a comparada entre 2000 (ápice da Era FHC) a 2012, resultando na queda de 64,31% (!), o que aponta incontestavelmente a rejeição da população para a agenda do DEM. Tal percentual ainda seria menor que a queda do mesmo partido na ordem de 73,01% de 2000 a 2012 nas eleições para Prefeito. A diferença de quase 7% a mais para a eleição majoritária às prefeituras se explica pela exposição maior do DEM frente aos demais, obrigando-o a confrontar o seu projeto político com os demais partidos principalmente na comparação entre a Era FHC (neoliberalismo/liberal-conservadorismo) x Lula (social-liberalismo/social-democracia). A queda do DEM seria superior a do PSDB que, no mesmo período (2000-2012), perderia a cifra de 35,24% de vereadores e 29,20% de prefeitos. 4) Entre 2008 e 2012, o descenso do PSDB em número de vereadores (19,45%) seria apenas inferior ao DEM (39,27%) e o PPS (22,11%). Nem mesmo os partidos da base governista perderiam tanto espaço como o PSDB vide os exemplos do PMDB, com a queda de 14,91% de vereadores em 2012, o PR com menos 18,35% de parlamentares em 2012 e o próprio PTB, com a queda de 17,81%. 5) O crescimento tão alardeado pela mídia e de certos setores da intelectualidade sobre o PSB em 2012 não se refletiria de fato nas eleições para vereador. Contrastando o avanço significativo de 40,78% no percentual de prefeitos eleitos entre 2008 e 2012, o avanço no número de vereadores seria bastante tímido, com enxutos 8,96%. Ainda que numericamente a diferença pareça ser bastante expressiva (3.557 vereadores em 2012 x 2.956 vereadores em 2008), vale atentar sobre o crescimento no número de vereadores em todo o país, dos 51.903 vereadores em 2008 para os 57.377 em 2012, significando um aumento real de 10,55% no número de parlamentares eleitos o que explica, de fato, o baixo crescimento do PSB. Logo, nestas eleições, o PSB estaria como a 8ª maior agremiação partidária em número de vereadores (6,20%), atrás de partidos como o PMDB (13,89%), PSDB (9,15%), PT (9,02%), PP (8,60%), PSD (8,13%), PDT (6,38%) e PTB (6,23%). Se incluirmos os partidos nanicos (8,61%), o PSB cairia da 8ª para a 9ª posição. 6) Não só em vida, mas após a morte de Leonel Brizola, vale destacar que, desde o advento da Era FHC até o governo de Dilma Rousseff, o PDT teria o seu ápice no número de vereadores nas eleições de 2008 por coincidência, chegando às portas da crise econômica, onde isto se reverteria favoravelmente ao partido. Ainda que a relação entre as eleições para vereador e a conjuntura política nacional seja bastante diminuta, entretanto é possível ressaltar que tal dado coincidiria também no aumento do número de prefeitos pelo PDT provavelmente como fruto da instrumentalização das ações do Ministério do Trabalho e Emprego (comandado pela legenda trabalhista) junto às comunidades e cidades administradas pelo PDT, nos baixos índices de desemprego e/ou a manutenção em massa dos empregos auferidos antes da crise, mesmo com todo o seu impacto mundial. O percentual de 2008 se aproximaria bastante do de 1996. Neste ano, dentre os partidos de esquerda, o PDT liderava no quantitativo de prefeitos (8,11%) e de vereadores (6,97%). Entretanto, isto não se repetiria com eficácia nas eleições de 2012, sem uma atuação eficaz do Ministério do Trabalho que fosse capaz em trazer reais dividendos à legenda trabalhista. Tal fator se torna inequívoco a partir do descenso, em 2012, de 9,55% nas eleições para prefeito e a queda de 6,04% no número de vereadores, ainda que, em tese, o número de vereadores tenha aumentado timidamente dos 3.523 parlamentares eleitos em 2008 (6,79%) para apenas 3.659 em 2012 (6,38%). Tudo isto, por sinal, em contraponto ao aumento do PDT de 12,36% no número de prefeitos e de Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 12

8,12% no de vereadores entre as eleições de 2004 e as de 2008 resultando, assim, no acerto político da legenda trabalhista em optar pela sua inserção no 2 governo Lula e de efetivar na prática as ações do Ministério do Trabalho e Emprego, capilarizando o crescimento do PDT nas pequenas cidades e nos grandes/médios pólos. 7) O crescimento exponencial de partidos como o PV e o PCdoB, principalmente entre 1996 e 2008. Os verdes chegariam a avançar em 580% e os comunistas em 555,5% no número de vereadores em contraponto ao acréscimo percentual de prefeitos no mesmo período, onde o PV avançaria 470,83% e o PCdoB, a marca de 7200%. É preciso ressaltar que a legenda comunista sequer possuía prefeito em 1996. 8) Se ainda observarmos atentamente as eleições anteriores, o aumento do PV e do PCdoB entre 2008 e 2012 seria menos expressivo, embora ainda significativo, resultando no acréscimo de 15,97% de vereadores do PV e de 44,07% do PCdoB. Tal dado é comparado com o crescimento, no mesmo interregno, de 25,55% dos verdes e de 40,28% dos comunistas no percentual de prefeitos eleitos, o que aponta uma leve tendência do PCdoB a superar a marca no percentual de vereadores em relação aos prefeitos eleitos pela legenda comunista. Todavia, tal lógica seria invertida pelo PV, com uma marca bastante expressiva no percentual de acréscimo de prefeitos eleitos em detrimento do aumento no número de parlamentares entre 2008 e 2012. 9) Em menor medida, é preciso atentar para alguns detalhes como a expansão do PSOL, praticamente dobrando o percentual de vereadores eleitos, e o constante crescimento do PSC, de 1996 a 2012, e do PRB. Ainda assim, é possível atentar que, mesmo com a fundação do PSOL em 2004, a sua representatividade parlamentar aumentaria bastante, com a presença de vereadores em todas as regiões do país 25 nas eleições de 2012 com destaque aos estados do Amapá (4), Minas Gerais (7), Pará (6), Rio de Janeiro (8) e São Paulo (8). Juntos, estes estados representam 67,35% de todos os vereadores eleitos pelo PSOL. Porém, destes mesmos estados, o único que o PSOL não conseguiria eleger sequer um único representante em sua respectiva capital seria em Minas Gerais. Como um detalhe importante, o PSOL elegeria, dentre os seus respectivos vereadores, os dois mais votados em suas respectivas capitais: Pedro Ruas em Porto Alegre e Heloísa Helena em Maceió. 10) A representação dos partidos nanicos, com seus 4.978 vereadores eleitos em 2012, faria com que esta federação não apenas ampliasse seu percentual em relação a 2008 na ordem de 27,18%, mas que se tornasse o 4º maior partido em número de parlamentares eleitos (8,61%), perdendo apenas para o PMDB, PSDB e PT. Mesmo com a queda percentual e numérica de representação em 2008, entre 1996 e 2012 o crescimento dos nanicos chegou ao patamar dos 196,9% para variar, praticamente o dobro (!) do aumento no número de prefeitos nesta mesma fase, com o respectivo acréscimo de 109,94%. O número exorbitante de vereadores eleitos pelos partidos nanicos se deve, em grande parte, ao papel nefasto que tais legendas, sem conteúdo programático e/ou ideológico, exercem no processo político-eleitoral. Neste mesmo processo, tais partidos abrem brechas para as ações de fundo notoriamente antirrepublicano, criando condições para o alastramento de negociatas/práticas de corrupção e da distorção da representatividade política, pondo em risco a participação plena de partidos programáticos e/ou históricos. 11) No bloco PSTU/PCB/PCO vale ressaltar a velha e conhecida lição de que, quanto maior o sectarismo, menor ou mesmo inexistente se torna a capacidade de representação/interlocução com os setores organizados da sociedade a qual determinado partido pretende representá-los. Aliás, como bom exemplo histórico para ilustrar tal afirmativa, que diga o velho PCB entre 1948 e 1954 e o PCdoB em seus primeiros anos, entre 1962-1964, na oposição aberta ao governo Jango e no seu isolamento político como fruto desta deliberação. Isto se reflete na ausência de qualquer vereador do PCO eleito pelo Brasil 25 Ver maiores detalhes na página http://psol50.org.br/blog/2012/10/10/psol-cresce-nas-eleicoes-2012/, acessado no dia 14 de novembro de 2012, às 08:45h. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 13

desde 2008 26, uma vez que a Causa Operária conseguira eleger seu único vereador apenas em 2004 fruto, provavelmente, da insatisfação de setores à esquerda do PT, decepcionados com à guinada ao centro de Lula. Quanto ao PSTU, quanto mais o partido dialogou com os setores sociais e abriu o seu leque de alianças à centro-esquerda (PSOL e PCdoB em Belém e o PSOL em Natal), sem largar os seus princípios ideológicos, ele avançou. Por exemplo, de 2008 para 2012, o PSTU acresceria sua representação de nenhum vereador para dois vereadores (Amanda Gurgel em Natal e Cleber Rabelo em Belém). Vale lembrar que o PSTU, em 2000, elegera 3 vereadores e em 2004 caiu sua representação para 2 vereadores 27. É preciso também destacar a queda brusca do PCB, encolhendo dos 13 vereadores 28 em 2008 para apenas 5 em 2012, fazendo com que este bloco, com 13 vereadores em 2004 e com o mesmo número em 2008, viesse a ficar apenas com 7 vereadores em 2012. 26 Tal sectarismo da Causa Operária se auto-explica com o artigo do PCO: Frente popular em Belém: depois de eleger vereador, PSTU vira crítico depois de receber financiamento dos empresários e se aliar à burguesia para eleger seu candidato, O PSTU vira crítico, em http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=38711, acessado no dia 12 de novembro de 2012, às 12:49h. 27 De forma emblemática, os dois vereadores eleitos pelo PSTU em 2004 seriam índios e eram oriundos de Pernambuco. Ver mais detalhes em http://pib.socioambiental.org/en/noticias?id=13365, acessado em 12 de novembro de 2012, às 13:31h. Já na eleição anterior de 2000, o PSTU elegeria 2 vereadores um deles, em Juazeiro do Norte (CE). Conferir maiores detalhes em http://www.pstu.org.br/jornal_materia.asp?id=1677&ida=19, acessado no dia 12 de novembro de 2012, às 13:33h. 28 Vale lembrar que o PCB em 2004 teria um aumento brusco, passando de apenas 1 para 12 vereadores eleitos. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 14

Tabela 4 Prefeituras 2008 29 Estados PMDB PSDB PT PSD PP PDT PSB DEM PR PTB PPS PV PCdoB PSC PRB PSOL Outros Região Norte Acre 4 1 12 3 1 1 Amapá 3 2 3 2 4 1 1 Amazonas 24 4 6 4 1 2 9 2 3 1 2 4 (2 PMN + 1 PHS + 1 PSDC) Pará 38 13 27 6 9 5 6 16 14 3 1 1 1 3 (2 PRP + 1 PSL) Rondônia 12 2 4 2 2 3 4 7 4 3 8 (5 PTN + 2 PSDC + 1 PRTB) Roraima 1 8 1 1 2 1 1 Tocantins 39 16 12 6 5 4 25 23 6 2 1 Região Centro-Oeste Goiás 57 51 13 47 1 4 15 30 10 3 1 5 2 7 (3 PTN + 2 PTdoB + 1 PRTB + 1 PRP) Mato Grosso do Sul 28 11 10 9 2 4 8 3 2 1 Mato Grosso 21 6 18 21 4 3 23 32 2 8 1 1 (PMN) Região Sudeste 29 Dados dos partidos e dos respectivos estados extraídos do TSE (http://www.tse.jus.br/hotsites/estatistica2008/est_result/resultadoeleicao.htm) e do Raio-X da eleição UOL Eleições 2008 (http://eleicoes.uol.com.br/2008/raio-x-da-eleicao/prefeitos-eleitos/), acessados no dia 18 de outubro de 2012, às 21:30h. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 15

Estados PMDB PSDB PT PSD PP PDT PSB DEM PR PTB PPS PV PCdoB PSC PRB PSOL Outros Espírito Santo 22 13 6 3 3 13 6 2 2 2 1 1 1 3 (2 PMN + 1 PSDC) Minas Gerais 120 160 109 55 51 13 99 74 68 33 14 2 11 9 35 (8 PTC + 8 PMN + 7 PTN + 7 PSL + 3 PSDC + 1 PHS + 1 PRTB) Rio de Janeiro 35 8 10 14 5 3 5 3 2 5 2 2 (1 PTC + 1 PHS) São Paulo 70 201 64 25 28 26 77 26 61 28 23 6 2 6 (3 PMN + 1 PHS + 1 PSL + 1 PRP) Região Nordeste Alagoas 19 13 1 20 3 5 1 2 19 2 6 1 9 (7 PMN + 2 PTdoB) Bahia 114 26 67 38 8 17 44 41 14 4 18 5 1 16 Ceará 33 54 15 8 2 22 2 9 7 2 2 5 1 17 5 (3 PRP + 1 PHS + 1 PSL) Maranhão 16 25 9 11 65 7 17 8 9 4 19 1 2 9 13 Paraíba 60 40 5 11 7 12 39 15 23 1 1 1 2 6 (2 PHS + 2 PRP + 1 PMN + 1 PSL) Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 16

Estados PMDB PSDB PT PSD PP PDT PSB DEM PR PTB PPS PV 30 PCdoB PSC PRB PSOL Outros 31 Pernambuco 10 17 8 4 9 49 19 30 30 1 4 2 1 (PMN) Piauí 35 14 18 9 10 40 8 2 73 7 2 3 3 (2 PMN + 1 PTdoB) Rio Grande do Norte 37 4 4 19 7 44 17 17 7 3 1 7 (6 PMN + 1 PHS) Sergipe 13 2 7 1 11 10 6 6 5 1 2 9 1 1 (PTdoB) Região Sul Paraná 138 40 32 39 36 13 19 20 22 18 4 1 5 8 (3 PMN + 2 PRTB + 2 PSL + 1 PRP) Rio Grande do Sul 144 19 61 147 63 12 13 1 31 4 1 (PHS) Santa Catarina 112 36 34 54 2 1 44 2 3 5 Rápidas observações sobre 2008: 1) Hegemonia do PMDB na Região Sul, além de estados como a Bahia, Mato Grosso do Sul e em grande parte da Região Norte (Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins) e relativa e/ou residual hegemonia na Paraíba, Sergipe, Goiás e Rio de Janeiro. Vale atentar também para a hegemonia café-com-leite do PSDB (SP-MG), além de presença marcante no Ceará/Roraima e considerável representação política nos estados da Paraíba e Goiás. 2) Forte presença do PT em estados com atuação histórica da legenda como Rio Grande do Sul, São Paulo, Bahia, Minas Gerais, Acre e Pará, além de presença relativa em estados como o Piauí (4º maior partido) e o Rio de Janeiro (3 maior partido). 3) Atuação considerável do PDT em cidades importantes do Paraná, Rio de Janeiro e Maranhão, além de forte representação no Amapá e o ineditismo da presença trabalhista no estado de São Paulo, em cidades como Campinas. 30 O único município conquistado pelo PV no Rio Grande do Norte em 2008 seria Natal. Na capital potiguar, o PV envidaria todos os seus esforços na eleição de sua única prefeita eleita nas capitais brasileiras, Micarla de Souza. 31 A 16 prefeituras baianas conquistadas pelos partidos nanicos em 2008 são, a saber: 4 do PHS, 4 do PRP, 3 do PMN, 2 do PTC, 2 do PRTB e 1 do PSL. A mesma hiperrepresentação no Maranhão em 2008 pelos mesmos partidos, se daria a partir da presença deles em 13 prefeituras: 4 do PMN, 4 do PRTB, 2 do PRP, 1 do PTC, 1 do PSL e 1 do PSDC. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 17

4) Mesmo com a fragilização gradual do DEM, vale apontar como seus atuais redutos os estados de Santa Catarina, Tocantins, Mato Grosso e Paraíba. Fragilidade sem precedentes na Bahia outrora seu maior pólo político histórico, onde contou, nas eleições de 2008, com menos de 10% das prefeituras baianas. 5) Presença destacada do PSB na Região Nordeste mais precisamente em estados como Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte, além de forte inserção no Ceará vide influência dos irmãos Gomes (Ciro/Cid). 6) Expressiva representação numérica e/ou proporcional dos partidos nanicos nos estados de Minas Gerais, Bahia, Maranhão e Rondônia. Na Região Sul, presença considerável dos partidos nanicos no Paraná. 7) Dos pequenos partidos com marca ideológica, vale atentar para o destaque do PCdoB em estados da federação como a Bahia e, em menor medida, Ceará e Pernambuco. Vide o PV, na atuação em estados como Maranhão, Minas Gerais e São Paulo. Tabela 5 Prefeituras 2012 Estados PMDB PSDB PT PSD PP PDT PSB DEM PR PTB PPS PV PCdoB PSC PRB PSOL Outros Região Norte Acre 4 6 5 1 1 2 1 2 Amapá 2 3 1 3 1 1 1 1 1 2 (1 PSL + 1 PTdoB) Amazonas 17 1 4 24 1 4 1 1 2 1 1 2 3 (2 PRP + 1 PRTB) Pará 27 33 23 11 5 2 5 5 14 4 6 1 5 3 (1 PMN + 1 PHS + 1 PRP) Rondônia 18 5 6 2 8 2 2 1 5 2 4 (2 PMN + 1 PTN + 1 PRTB) Roraima 2 4 2 2 3 1 1 (PSL) Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 18

Estados PMDB PSDB PT PSD PP PDT PSB DEM PR PTB PPS PV PCdoB PSC PRB PSOL Outros 32 Tocantins 24 20 9 31 5 1 16 5 14 6 2 1 5 (2 PTN + 1 PRTB + 1 PRP + 1 PTdoB) Região Centro-Oeste Goiás 57 52 17 21 17 9 10 17 9 17 2 4 1 12 Mato Grosso do Sul 23 12 12 1 1 6 4 6 7 1 1 1 4 (2 PTdoB + 1 PRP + 1 PMN) Mato Grosso 29 4 10 39 5 7 11 11 14 2 6 1 1 1 (PRP) Região Sudeste Espírito Santo 14 6 6 1 4 8 22 3 3 2 2 1 6 (3 PRP + 3 PMN) Minas Gerais 118 143 114 28 70 42 31 63 59 50 27 18 6 14 15 55 Rio de Janeiro 24 2 11 6 8 6 8 2 7 1 1 3 7 3 1 2 (1 PSDC + 1 PMN) São Paulo 89 174 68 34 27 19 30 45 28 51 26 29 5 5 4 11 Região Nordeste Alagoas 25 19 2 8 15 5 5 2 8 2 1 3 1 6 (3 32 Em Goiás, as 12 prefeituras são, a saber: 4 do PTC, 2 do PRP, 2 do PTdoB, 1 do PHS, 1 do PPL, 1 do PTN e 1 do PRTB. Já em Minas Gerais, a elevada cifra de 55 prefeituras dos partidos nanicos (!) se explicam a partir da contabilização dos respectivos partidos: 15 do PMN (!), 9 do PTC, 8 do PSL, 6 do PHS, 4 do PTdoB, 4 do PRTB, 3 do PSDC, 3 do PPL, 2 do PRP e 1 do PTN. Porém, em São Paulo, embora o número de prefeituras não seja tão expressivo em relação ao número total de municípios, as 11 prefeituras vencidas por tais partidos são, em linhas gerais, os 4 do PSL, 2 do PRP, 1 do PSDC, 1 do PHS, 1 do PPL, 1 do PTN e 1 do PMN. Idem ao da Bahia, mesmo com os 16 municípios conquistados pelos partidos nanicos: 6 do PTN, 4 do PRP, 2 do PSL, 1 do PRTB, 1 do PTC, 1 do PTdoB e 1 do PMN. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 19

PTdoB + 1 PPL + 1 PMN + 1 PRP) Estados PMDB PSDB PT PSD PP PDT PSB DEM PR PTB PPS PV PCdoB PSC PRB PSOL Outros 33 Bahia 44 9 93 70 52 43 28 9 17 5 3 6 13 6 3 16 Ceará 21 9 29 27 5 8 40 2 6 3 1 7 1 16 8 Maranhão 47 8 10 10 6 8 15 11 16 12 6 20 5 1 24 18 Paraíba 58 30 6 16 4 3 35 23 12 12 3 9 2 10 Pernambuco 7 20 13 21 5 10 59 1 17 25 3 1 2 (1 PRTB + 1 PTC) Piauí 25 17 21 21 9 8 53 3 4 41 6 1 6 4 5 (3 PSDC + 1 PTC + 1 PRP) Rio Grande do Norte 51 3 6 21 8 2 19 24 18 2 2 2 1 8 (PMN) Sergipe 7 4 7 12 5 10 6 6 1 1 11 2 3 (1 PSL + 1 PPL + 1 PTdoB) Região Sul Paraná 56 75 41 36 27 36 14 23 18 17 20 9 12 13 Rio Grande do Sul 132 20 72 3 136 70 18 9 28 5 1 1 2 (1 PHS + 1 PPL) Santa Catarina 106 26 45 54 46 7 2 5 1 2 1 De imediato, há de se fazer algumas observações: 33 Da elevada cifra de 17 municípios conquistados pelos partidos nanicos no Maranhão, ver a distribuição destes, a saber: 6 do PTdoB, 4 do PRTB, 3 do PMN, 2 do PHS, 2 do PTC e 1 do PRP. Dos 2 do PTC, um seria eleito pela capital, com o apoio do PDT (no caso, a eleição do Deputado Federal Edivaldo Holanda Jr). No Ceará, dos 8 municípios, 3 seriam do PPL, 2 do PHS, 2 do PSL e 1 do PSDC. Na Paraíba, os 10 municípios conquistados pelos nanicos seriam, a saber: 4 do PTdoB, 2 do PMN, 2 do PSL, 1 do PHS e 1 do PRP. Igualmente, na Região Sul, os 13 municípios do Paraná conquistados pelos mesmos partidos são, em detalhes: 3 do PMN, 2 do PSL, 2 do PHS, 2 do PRTB, 1 do PRP, 1 do PPL, 1 do PTdoB e 1 do PTC. Wendel Pinheiro Membro do Diretório Nacional do PDT 20