Informativo Mensal nº 2. Outubro/2013 OCORÊNCIAS ENVOLVENDO A MILÍCIA FUNDAMENTALISTA AL- SHABAAB

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Transcrição:

Informativo Mensal nº 2 Outubro/2013 ÁFRICA OCORÊNCIAS ENVOLVENDO A MILÍCIA FUNDAMENTALISTA AL- SHABAAB Durante o mês de outubro, a milícia fundamentalista islâmica Al-Shabaab continuou suas atividades na Somália. No dia 13, ao menos 16 pessoas foram mortas e mais de 10 ficaram feridas em um ataque terrorista de um homem-bomba da Al-Shabaab na região central da Somália. O principal motivo invocado pelo grupo para suas ações é a retirada das tropas quenianas das forças de paz na Somália. No dia 5, essas forças atacaram uma base dos extremistas somalis em Barawe, a 180 quilômetros de Mogadíscio. EXTREMISTA DA AL-QAEDA É CAPTURADO POR FORÇAS NORTE- AMERICANAS No dia 06, foi capturado na Líbia um dos principais líderes da rede Al-Qaeda após ser procurado pela conexão com os atentados de 1998 contra as embaixadas norte-americanas no Quênia e na Tanzânia. A captura ocorreu na sequência de uma ofensiva contra extremistas na África que estaria relacionada ao ataque contra um centro comercial em Nairóbi no mês de setembro.

REBELDES LÍBIOS PROTAGONIZAM ATAQUES Na madrugada de 10 de outubro, o Primeiro-Ministro da Líbia foi sequestrado por ex-rebeldes armados em um hotel em Trípoli, sendo libertado horas depois. O ocorrido se deu dias depois da captura de um dos líderes da Al-Qaeda pelos norte-americanos, o que enfureceu grupos rebeldes e partidos políticos. No dia seguinte, em frente ao consulado da Suécia em Bengasi, umas das poucas representações diplomáticas restantes na Líbia, houve a explosão de um carro-bomba que provocou danos na fachada do edifício e em casas dos arredores. Essas ocorrências demonstram a insegurança em que vive o país dois anos após a queda de Muammar Kadhafi. ATAQUES TERRORISTAS DE AUTORIA DO GRUPO ISLAMISTA BOKO HARAM Militantes do grupo extremista Boko Haram continuam realizando ações na Nigéria, bloquearam uma estrada perto da fronteira da Nigéria com Camarões e mataram a tiros e facadas 19 pessoas. Apesar da evidente disseminação da violência e insegurança em algumas regiões, autoridades afirmaram que o grupo tem sofrido diversas derrotas por conta das ações das forças armadas no Estado de Borno, cujas ações foram facilitadas após o governo ter recrutado jovens informantes (os vigilantes) para monitorarem os passos dos integrantes do Boko Haram. A ação dos vigilantes trouxe vários benefícios para a população local, possibilitando o retorno à rotina de antes da dominação do grupo terrorista. No dia 25, por exemplo, o exército nigeriano realizou uma operação contra rebeldes da milícia islamita deixando 74 membros do grupo mortos. MOÇAMBIQUE VOLTA A VIVER MOMENTOS DE GUERRA No dia 23, após um assalto à base de Renamo pelas forças armadas, homens armados atacaram uma coluna militar na região de Muxúnguè provocando a fuga de parte da população ao centro do país. A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa marcou uma reunião para discutir a questão, a União Europeia se mostrou preocupada com o retorno da violência na região e os Estados Unidos pediram a retomada dos diálogos objetivando o fim das hostilidades.

VOLTA DA VIOLÊNCIA AO CONGO Após o fracasso das negociações de paz na República Democrática do Congo, rebeldes atacaram a cidade de Kanyamohoro, no dia 26. Em resposta, o exército congolês bombardeou bases rebeldes. A missão da ONU no país está revendo a situação do governo congolês, que é acusado de provocar ataques dentro do território de Ruanda. A região permanece como uma das mais perigosas do mundo, onde a busca por soluções para acabar com o conflito e reduzir o número de afetados por ele está cada vez mais difícil. REBELDES MATAM 44 PESSOAS EM ATAQUE NO SUDÃO DO SUL No dia 21, rebeldes promoveram um ataque em uma região rica em petróleo do Sudão do Sul que resultou em 44 mortes e mais de 60 feridos. O atentado ocorreu na parte oriental do país e se deu por conta de possível fraude na eleição legislativa em favor do partido que atualmente governa o país. O estado de Jonglei sofre com a violência ligado à disputa de grupos étnicos na região. ÁSIA / LESTE EUROPEU DIPLOMACIA RUSSA No início de mês a embaixada russa em Trípoli, capital da Líbia, foi atacada por dois homens armados que tentaram invadi-la. Não houve feridos e os funcionários foram retirados do local. Posteriormente, a diplomacia da Rússia passou a atuar em diversar áreas. A primeira foi na Síria, ao solicitar que os Estados Unidos tentassem convencer o principal grupo da oposição a participar das negociações de paz em andamento. Porém, outros grupos também se negaram participar do evento alegando que, se o fizessem, seriam considerados traidores. Outra área de atuação foi a nuclear, onde a Rússia renegociou o projeto nuclear iraniano com o novo presidente do Irã, HassamRouhani. Por fim, na área do comércio de armamento, o país teria firmado um acordo de vendas de baterias antiaéreas com o Brasil.

SÉRIE DE ATENTADOS NO PAQUISTÃO E NO IRAQUE MARCA O MÊS DE OUTUBRO Cerca de seis atentados ocorreram no Paquistão no mês de outubro, onde dezenas de pessoas morreram. Dentre esses havia um alvo específico, Arsala Jamal, influente político, que foi morto com a explosão de uma bomba na mesquita de Eidgah, no leste do país. Outros ataques ocorreram como em Orakzai, devido ao enfrentamento de duas facções dos talibãs; em uma delegacia na cidade de Guetta, num restaurante em Lahore e em Dera Ismail Khan, praticados pelo grupo Ansar al Mujahideen, aliado ao Taliban paquistanês. No Iraque, ocorreram dezenas de ataques. Os principais aconteceram nas cidades de Bagdá, Balad, Monsul, Kirkuk e Tarmiya e foram causados principalmente por homens e carros bombas. No total, cerca de cem pessoas morreram, e não foram assumidas as autorias pelos ataques. ORIENTE MÉDIO SÍRIA E A DESTRUIÇÃO DAS ARMAS QUÍMICAS Durante o mês de outubro, uma equipe da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) em conjunto com especialistas da Organização das Nações Unidas, iniciou o difícil trabalho de eliminar o estoque de armamento sírio até meados de 2014. Como vários depósitos estão em zonas de combate devastadas pela guerra civil, o processo de destruição das armas se torna complicado. Dia 7, inspetores da ONU visitaram a Síria para ampliar a investigação e recolher evidências de ataque químico. No dia 24, o governo sírio entregou a OPAQ o plano de destruição de seu arsenal químico. Enquanto isso, ocorreram ataques com bombas em um hospital e uma igreja na cidade de Damasco, resultando em 24 pessoas feridas e pelo menos 8 mortas. Segundo uma fonte policial, os ataques partiram de terroristas, isto é, de oposicionistas do governo de Bashar AL Assad. IRÃ E O PROGRAMA NUCLEAR Depois de sustentar que o Irã nunca construirá bombas atômicas e que o desenvolvimento de energia nuclear tem fins pacíficos, o presidente, Hasan Rowhani apresentou um novo plano sobre

seu programa atômico em Genebra, no dia 15. Já no fim do mês, o Irã e a ONU estabelecem um acordo para que haja inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica em relação ao uso da tecnologia nuclear no país. Como consequência do programa iraniano, o governo da Turquia indicou que o país pode adquirir armas nucleares, caso isso se torne necessário. Essa discreta mobilização da Turquia poderia ser um sinal de uma corrida nuclear na região. EGITO E VIOLÊNCIA Diversas manifestações no Egito resultaram em conflitos entre manifestantes que apóiam ou são contrários ao presidente islâmico deposto em julho, Mohammed Mursi, e o Exército, durante todo o mês de outubro. No dia 6, um confronto com policiais e islamitas resultou em 50 mortos e pelo menos 240 feridos. Dois dias após, esse número subiu para 57 mortos e 391 feridos, o que levou estudantes da Irmandade Muçulmana a protestarem contra a violência praticada pelo Exército. Em razão desses confrontos, vários atentados ocorreram. No dia 11, em Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Sinai, pelo menos nove soldados foram feridos após a detonação de explosivos durante uma operação militar na cidade. Já no fim do mês, a explosão de um carro-bomba em frente à sede dos serviços secretos egípcios deixou nove feridos, sendo três militares e seis civis.