Pacote (Datagrama) IP



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Transcrição:

Roteamento Estático

Roteamento O termo roteamento refere-se ao processo de escolher um caminho sobre o qual pacotes serão enviados. O termo roteador refere-se à máquina que toma tal decisão. Na arquitetura TCP/IP, o roteamento é baseado no endereço IP.

Pacote (Datagrama) IP

Roteamento Direto As máquinas estão na mesma rede física. 200.241.20.10 200.241.20.15 200.241.20.0

Roteamento Indireto Máquinas estão em redes IP diferentes.

Como saber se é direto ou não? Analisar o IP destino juntamente com o IP origem e a máscara origem. Se o netid for o mesmo então roteamento direto; caso contrário, roteamento indireto. Exemplo: IP origem 172.20.2.10/23 IP destino 172.20.2.11 Mesma rede ou redes diferentes?

Exemplo 10101100.00010100.00000010.00001010 IP 11111111.11111111.11111110.00000000 M 10101100.00010100.00000010.00000000 Net Id 1 10101100.00010100.00000010.00001011 IP 11111111.11111111.11111110.00000000 M 10101100.00010100.00000010.00000000 Net Id 2

Roteamento Direto (cont.) Identificado que o roteamento é direto, a máquina inicia o ARP para descobrir o número físico da máquina destino. Encontrado o endereço físico é montado um datagrama IP e um quadro de nível 2 com endereço destino encontrado.

Roteamento Indireto Caso o algoritmo de identificação de netid encontre dois netid diferentes, será feita a opção do roteamento indireto. A partir deste momento a máquina passará a contar com a tabela de rotas para prosseguir com o roteamento.

Tabela de Rotas Tabela existente em todos as máquinas que possuem IP, podendo conter poucas entradas ou muitas dependendo da função da máquina na rede. Para entender de forma correta a máquina a tabela deve ser analisada situando-se na máquina.

Tabela de Rotas

Tabela de rotas colunas

Colunas Endereço de rede Destinado a colocação do netid destino; Máscara Máscara que deve ser aplicada para verificar se o netid é o mesmo; Interface Por qual interface física os datagramas devem sair; Custo Peso para definir escolha quando existir duas entradas que levam ao mesmo destino.

Gateway O GATEWAY é fundamental para que o roteamento venha a funcionar corretamente, pois é através desta máquina que os datagramas passarão até atingir o destino final. Gateway padrão ou default, escape na tabela de rotas.

Roteamento Estático e Dinâmico Neste momento devemos estar pensando, quem vai criar a tabela de rotas. Existem duas possibilidades: montar de forma estática, ficando a cargo do gerente da rede, ou de forma dinâmica, ficando a configuração do roteamento dinâmico a cargo do gerente e a montagem das tabelas a cargo do algoritmo de roteamento.

Roteamento Estático Neste tipo de procedimento é necessário que o gerente da rede tenha pleno conhecimento da topologia da rede para montar corretamente as tabelas e assim garantir a convergência da rede.

Roteamento Estático (cont.) A principal utilização deste tipo de roteamento é em redes com poucos elementos de conexão e onde não existam caminhos redundantes. É relativamente simples de configurar em redes pequenas; porém é difícil a manutenção.

Roteamento Estático (cont.) Permite uso de caminhos alternativos alterando-se o custo do link. Permite distribuição de carga nos links. Maior dificuldade é no trabalho manual de criação e alteração de rotas. Problema em redes grandes: dificuldades de convergência.

Roteamento Estático Administrador da rede é responsável pelo trabalho manual de preenchimento da tabela de rotas (criação e alteração de rotas). Sua principal utilização é em redes com poucos elementos de conexão. É relativamente simples de configurar em redes pequenas; porém, é difícil a sua manutenção em redes médias e grandes.

Roteamento Estático Credita-se ao roteamento estático dificuldade para administrar. Isto é verdade em redes médias e grandes, com muitas rotas alternativas. A maioria das redes, entretanto, são pequenas e simples, cabendo perfeitamente o roteamento estático.

Configurando Rotas Estáticas

Procedimento de Configuração 1. Identificar todos os endereços envolvidos (redes ou sub-redes). 2. Para cada roteador, identificar todos os links de dados não diretamente conectados a ele. 3. Para cada roteador, escrever o comando de configuração de rota para cada link não diretamente conectado a ele. OBS: para links diretamente conectados o passo (3) não é necessário pois os endereços e máscaras configurados nas interfaces do roteador são automaticamente gravados na tabela de rotas.

Passo 1: Identificando as (sub)redes 10.1.0.0/16 10.4.6.0/24 10.4.7.0/24 192.168.1.192/27 192.168.1.64/27 192.168.1.0/27

Passo 2: Links Não Diretamente Conectados 10.4.6.0/24 10.4.7.0/24 192.168.1.64/27 192.168.1.0/27 Referência: roteador Piglet

Passo 3: Comandos de Configuração Piglet(config)# ip route 192.168.1.0 255.255.255.224 192.168.1.193 Piglet(config)# ip route 192.168.1.64 255.255.255.224 192.168.1.193 Piglet(config)# ip route 10.4.6.0 255.255.255.0 192.168.1.193 Piglet(config)# ip route 10.4.7.0 255.255.255.0 192.168.1.193 Obs: os comandos ip classless e ip subnet-zero devem ser previamente usados para aproveitamento deste exemplo em laboratório.

Outro Exemplo (exercício) Internet 172.23.4.0/23 Destino Gateway Máscara Custo 172.23.2.0 Direto 255.255.254.0 1 16 1 Guaçui 172.23.10.0 Direto 255.255.254.0 1 192.168.200.14/30 172.23.2.0/23 Vitória 15 1 1 172.23.10.0/23 5 192.168.200.4/30 192.168.200.8/30 6 9 10 192.168.200.4 Direto 255.255.255.252 1 172.23.8.0 172.23.10.2 255.255.254.0 1 172.23.6.0 192.168.200.6 255.255.254.0 1 172.23.4.0 192.168.200.6 255.255.254.0 1 2 Linhares 0.0.0.0 192.168.200.16 0.0.0.0 1 CBM 172.23.6.0/23 172.23.8.0/23 OBS: 192.168.200.14/30 deveria ser 192.168.200.12/30 (14 invadiria o campo de hostid).

Outro Exemplo (exercício) (cont.) Destino Gateway Máscara Custo 172.23.2.0 Direto 255.255.254.0 1 172.23.10.0 Direto 255.255.254.0 1 192.168.4.0 Direto 255.255.255.252 1 172.23.8.0 172.23.10.2 255.255.254.0 1 172.23.4.0 192.168.200.6 255.255.252.0 1