REGULAMENTO 2017 1
A Bolsa de Mentores do Litoral Alentejano, adiante referida igualmente como Bolsa, foi desenvolvida no âmbito projeto Inovar e Empreender no Litoral Alentejano (IELA), com enquadramento no Sistema de Apoio a Ações Coletivas do Alentejo 2020. Tendo por fim o envolvimento das diversas entidades parceiras, com interesse no desenvolvimento do apoio ao empreendedorismo através de processos de mentoria, no Litoral Alentejano. ARTIGO 1.º Âmbito 1. O presente regulamento aplica-se à Bolsa de Mentores do Litoral Alentejano, tendo como finalidade proporcionar a partilha de conhecimento e experiências, entre profissionais experientes (Mentores) e empreendedores (Mentorandos) e a difusão no campo social e empresarial de uma cultura de empreendedorismo esclarecido, no território do Alentejo Litoral; 2. A Bolsa de Mentores do Litoral Alentejano tem em vista apoiar o desenvolvimento da dinâmica empresarial nos concelhos da sub-região Alentejo Litoral. ARTIGO 2.º Conceitos Para efeitos do presente regulamento, entende-se por: a) Mentor: pessoa que possui experiência profissional adquirida no âmbito de atividade empresarial ou académica, detentor de qualificações ou formação específica, capaz de partilhar a sua experiência e para tal disponível, de forma a prestar aconselhamento empresarial a um mentorando; b) Mentorando: Empreendedor/Promotor de projeto empresarial ou detentor de ideia de negócio, que para reforçar ou complementar as suas competências e capacidades beneficia de mentoria; c) Mentoria: Relação estabelecida entre mentor e mentorando no seio de Bolsa de Mentores, que se traduz na partilha de experiências, aconselhamento ou orientação, que se desenvolve de forma não remunerada e voluntariamente; d) Bolsa de Mentores: Repositório de contactos de profissionais que tenham manifestado a sua disponibilidade para o exercício de mentoria, conjuntamente com a especificação do âmbito da mentoria que desenvolvem e das áreas de competências específicas, cuja participação tenha sido validada; ARTIGO 3.º Objeto 2 O presente regulamento visa definir as responsabilidades da atividade de mentoria inerentes às funções de Mentor, Mentorando e Entidade Gestora, bem como estabelecer os princípios básicos de funcionamento da Bolsa.
ARTIGO 4.º Mentores 1. A participação como Mentores na Bolsa de Mentores do Litoral Alentejano, implica a aceitação do presente Regulamento. 2. Poderão ser Mentores da presente Bolsa as pessoas identificadas nos termos da alínea a) do artigo 2.º que para o efeito se disponibilizem: aceitando o convite da Entidade Gestora para integrar a Bolsa e cumulativamente preencham ficha de inscrição com informações suficientes para caracterizar a sua experiência profissional ou competências, bem como as áreas de competências específicas em que poderão prestar mentoria. 3. A iniciativa de integrar a Bolsa de Mentores poderá igualmente partir do próprio, devendo para tal contactar a Entidade Gestora e preencher a ficha referida no número anterior. 4. A Entidade Gestora poderá não validar a integração de um candidato a Mentor na Bolsa, o que deverá ser fundamentado, mantendo ambas as partes o compromisso de reservar sigilo sobre o processo. 5. O relacionamento entre mentor e mentorando é baseado na confiança, comprometendo-se o mentor a respeitar rigorosa confidencialidade sobre os conhecimentos ou informações a que terá acesso sobre as ideias ou projetos com que terá contacto no âmbito da Bolsa, não podendo aceitar mentorar promotores cujos projetos possam criar conflitos de interesses com os seus negócios. 6. A atividade de mentoria é desenvolvida de forma gratuita, não podendo ser invocado pelo Mentor o direito ao ressarcimento de quaisquer importâncias, seja da Entidade Gestora seja do Mentorando, como consequência do trabalho desenvolvido por si ou com o seu apoio. 7. O Mentor aceita disponibilizar os dados do seu perfil, os quais não incluirão elementos de contacto direto que serão apenas disponibilizados após a aceitação pelo Mentor em colaborar nessa qualidade com um Mentorando. 8. Os Mentores que aceitarem integrar a bolsa deverão conduzir a atividade de mentoria de acordo com quaisquer outros princípios éticos que possam vir a ser definidos pela Entidade Gestora. 9. O Mentor ou a Entidade Gestora poderão determinar o final da relação de mentoria, o que deverá ser efetuado com a antecedência mínima de 30 dias. 3
ARTIGO 5.º Mentorandos 1. Poderão ser Mentorandos (beneficiários) da Bolsa, empreendedores ou empresários que manifestem interesse em desenvolver projeto empresarial e apresentem como zona de investimento ou atividade a sub-região Alentejo Litoral; 2. Para efeitos do disposto no número anterior o Mentorando deverá: a) contactar a Entidade Gestora; b) aceitar e cumprir com o disposto no presente regulamento; c) Desenvolver as fichas de diagnóstico.que lhe forem solicitadas; 3. O Mentorando deverá manter com o respetivo Mentor uma relação séria e transparente, disponibilizando a informação necessária para este desempenhar de forma eficiente o seu papel. ARTIGO 6.º Entidade Gestora 1. A Entidade Gestora da Bolsa de Mentores do Litoral Alentejano é nomeada pela maioria dos presentes, em Conselho Estratégico e assume funções por um ano. 2. Cabe à Entidade Gestora, nomeadamente: a) A gestão da rede de Mentores. b) A criação das condições para o bom funcionamento da Bolsa, incluindo a definição do respetivo regulamento e outras normas aplicáveis e respetivos modelos de trabalho (questionários, ficha de diagnóstico e inscrição, reports, etc.). c) A gestão do interface entre os intervenientes na Bolsa, nomeadamente através de link na web através do qual seja assegurado o funcionamento da Bolsa. d) O convite a pessoas de reconhecida capacidade e competência para integrar a Rede de Mentores, na qualidade de Mentor. e) A avaliação dos pedidos de mentoria e de inscrição de Mentores e a informação das partes sobre a decisão tomada. f) A decisão sobre a cessação de atividades de mentoria por qualquer das partes envolvidas, tendo em conta a sua avaliação da forma como o processo é conduzido. 3. Para se apoiar na gestão da Rede, a Entidade Gestora poderá estabelecer parcerias com outras entidades. 4. Para efeitos do crescimento e desenvolvimento sustentável da bolsa, nomeadamente através da constituição de novas parcerias, será criado um Conselho Estratégico que apoiará a Entidade Gestora, o qual tem por função a avaliação das matérias de interesse relevante para o bom funcionamento da Bolsa. 4
ARTIGO 7.º Conselho Estratégico 1. O Conselho Estratégico é constituído por dois representantes de cada uma das entidades copromotoras do projeto Inovar e Empreender no Litoral Alentejano e pelos representantes das entidades parceiras que venham a associar-se à Bolsa e dinamizem processos de mentoria no Alentejo Litoral; 2. O Conselho Estratégico nomeia a Entidade Gestora, anualmente, pela maioria dos presentes, convocados por endereço eletrónico registado para o efeito. 3. Para efeitos do disposto no número anterior, a validade da nomeação acima referida, depende da rotatividade da mesma, devendo ter carácter rotativo de forma a ser assumida por todos os parceiros. 4. O Conselho Estratégico revê e aprova anualmente: a) O regulamento da Bolsa e respetivas propostas de alteração; b) Princípios éticos que promovam a deontologia a aplicar na atividade de mentoria; c) Atividades de animação económica a desenvolver no âmbito da rede e metodologias de atuação sobre técnicas a promover; d) Portfólio da rede a divulgar; e) Formas de desenvolver conteúdos de plataforma de trabalho e suporte à bolsa de mentores; ARTIGO 8.º Funcionamento da Bolsa 1. Para participar das atividades da Bolsa de Mentores do Litoral Alentejano os candidatos a Mentor ou a Mentorando deverão submeter eletronicamente um pedido de enquadramento, o qual será avaliado pela entidade gestora, sendo o proponente notificado da decisão sobre o enquadramento no prazo máximo de 15 dias. 2. Os Potenciais Mentores convidados pela Entidade Gestora nos termos do número 2 do artigo 4º deverão igualmente preencher a respetiva ficha de inscrição, na qual fornecerão os dados experiência profissional ou competências, bem como as áreas de competências específicas em que poderão fazer mentoria. 3. A identificação de Mentore(s) a associar a cada projeto (matching) é efetuada pela Entidade Gestora tendo em conta as necessidades do projeto empresarial e a sua localização geográfica, a qual apresentará a proposta ao Mentorando. 4. Cabe ao Mentorando a aceitação, ou não, do Mentor recomendado pela Entidade Gestora, podendo ser acordado com a entidade Gestora a seleção de outro Mentor. 5 5. O acesso à mentoria é ajustado à complexidade do projeto empresarial, sendo condicionado pela disponibilidade de mentores e pela aceitação pelas partes da relação de mentoria a estabelecer.
6. Não sendo estabelecido de outra forma entre as partes, o processo de mentoria desenvolver-se-á através do agendamento de 3 reuniões presenciais. 7. Consideram-se atos dentro da relação de mentoria: a) A consulta e disponibilização de informações inerentes ao conhecimento e experiência do mentor; b) A partilha pelo mentorando com o respetivo mentor, a título reservado, de informação sobre o seu projeto ou ideia de negócio; c) A elaboração de um plano de trabalho que especifique o conteúdo, duração e meios pelos quais se desenvolve a Mentoria; d) A realização de reuniões de trabalho entre mentorandos e mentores. e) A elaboração de relatórios simplificados de informação sobre o desenvolvimento dos trabalhos, sejam de natureza intercalar (após três meses de mentoria) ou finais, por parte dos Mentores e dos Mentorandos; f) A eleboração de uma avaliação final do processo por Mentores e Mentorandos; g) O acompanhamento dos trabalhos de mentoria pela Entidade Gestora, mantendo disponibilidade de contacto e promovendo a realização de reuniões de desenvolvimento prático (aconselhamento e parcerias); 8. A entidade gestora fará o registo e arquivo dos atos de mentoria desenvolvidos. 6 Vila Nova de Santo André 8 de setembro de 2017
Anexo