Atividades Curriculares e Extracurriculares de Formação do Engenheiro Cartógrafo e Agrimensor

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Transcrição:

Atividades Curriculares e Extracurriculares de Formação do Engenheiro Cartógrafo e Agrimensor Curso de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura Unesp FCT Prof Dr João Fernando C Silva Departamento de Cartografia

Atividades complementares Durante o processo de aprendizagem, os alunos dos cursos de engenharia de todas as modalidades participam ou realizam atividades curriculares e extracurriculares. Que fique claro por óbvio que as curriculares são as previstas no currículo do curso e as extracurriculares são todas as atividades que têm relação com o tema de formação e em geral são validadas pelo conselho do curso, embora não façam parte do rol de disciplinas.

Atividades curriculares complementares É intuitivo que procuremos primeiro entender o processo de formação do engenheiro pelo estudo e análise das atividades curriculares, como as disciplinas obrigatórias. Contudo, há dois tipos de atividades curriculares que são também obrigatórias e complementam a formação do futuro profissional em ambientes diferentes da habitual sala de aula e do necessário laboratório: o TFC, o já mencionado trabalho final de curso, e o estágio supervisionado.

TFC ou TG O TFC pode receber outras denominações como trabalho de graduação (TG), trabalho de conclusão de curso (TCC), projeto final (PF), ou outra denominação. Geralmente feito em equipe (dupla, trios, quartetos ou quintetos). É definido em norma elaborada e regulamentada pelos conselhos de curso e demais instâncias acadêmicas. Tem caráter interdisciplinar que visa integrar os conhecimentos obtidos no decorrer do curso, complementar a formação acadêmica e preparar o aluno para o desempenho das atribuições profissionais. Os alunos, em equipes, devem exercitar e pôr em ação os seus conhecimentos teórico-práticos, sob a orientação de um ou mais professores, para a execução de projetos e serviços de engenharia cartográfica. Este trabalho passa pelas etapas de elaboração de um anteprojeto com custos aproximados definidos, revisão do material publicado pertinente, definição dos materiais e métodos, redação de um documento técnico-científico, geralmente na forma de um relatório final ou uma monografia. Este documento é submetido à apreciação de uma banca examinadora interna, formada por especialistas no assunto, apresentado oralmente e defendido publicamente pelos seus autores, na fase de arguição da comissão examinadora. Sob todos os aspectos é uma atividade extremamente importante na formação dos alunos, porque todas as fases do TG são definidas e executadas pelos formandos. É a última vez, no curso de graduação, que os alunos atuam sob a orientação direta de um ou mais professores.

Estágio Curricular Obrigatório É uma atividade regulamentada por uma comissão de estágios e aprovada pelos conselhos dos cursos e instâncias superiores das IES. É uma atividade supervisionada, que deve ser entendida como o desenvolvimento de um programa de atividades, que visa à complementação da formação profissional do futuro engenheiro. Pode ser realizado em IES reconhecidas, em instituições de pesquisa, em organizações públicas e privadas produtoras e/ou usuárias de cartografia/agrimensura, mediante o exercício de atividades ligadas à competência do profissional. Esta prática acontece no meio profissional, de modo que desperta o espírito de iniciativa, incita à observação, estimula a comunicação e o relacionamento interpessoal e ainda prepara o formando para o processo de tomada de decisão. Distinto do TG, o aluno não está mais em grupo. Insere-se pessoalmente em outra equipe, fora de suas hostes universitárias. É o primeiro passo individual na profissão que abraçará.

Atividades Extracurriculares São as variadas atividades eletivas que os alunos podem exercitar. O ensino de engenharia (tempo integral) dá aos discentes uma gama de ações fora da sala de aula. Se a maioria das oportunidades for aproveitada a sua formação será sólida, completa e variada. As possibilidades vão do estudo individual ao projeto coletivo, do laboratório ao campo, do seminário aos trabalhos em grupos, do estágio com professores a estágios não supervisionados, do projeto de IC à participação em congresso, da palestra técnica à excursão didática. Enfim, a formação do estudante, futuro engenheiro, cuida de vários aspectos além da sala de aula. O estudante de engenharia deve ter em mente que sempre lhe será requisitado que tenha as qualidades de organização, de dedicação ao estudo, do domínio da língua pátria, se não a fluência pelo menos a capacidade de leitura e compreensão da língua inglesa. Neste ponto, os alunos devem considerar que do primeiro ao último ano terão contato com um corpo docente de trinta a quarenta professores de estilos variados durante os cinco anos. As pessoas precisam de aptidões básicas para viver em sociedade e produzir com normalidade. É preciso que o estudante de engenharia entenda e aceite que terá uma carga de trabalho técnico e científico para a qual ele deve estar bem preparado intelectual, emocional e psicologicamente.

Síntese das Atividades de Formação Atividades curriculares comuns a todos os alunos: aulas expositivas presença obrigatória ministradas pelo professor; aulas práticas presença obrigatória conduzidas pelo professor; exercícios e trabalhos teóricos, teórico-práticos e práticos passados pelo professor e são realizados pelos alunos em ambientes variados, dentro ou fora da sala de aula, laboratórios, mapotecas, campo, e outras organizações extra campus. Atividades curriculares distintas, porém obrigatórias a todos os alunos: estágios obrigatórios (remunerados ou não); trabalho de graduação; apresentações em seminários de disciplinas com temas propostos pelo professor. Atividades extracurriculares não obrigatórias: - discussão ou debate de assuntos relacionados à formação do engenheiro pautados pelo professor da disciplina, por outro professor ou pelo conselho do curso; - participação em projetos de extensão universitária com bolsa ou sem bolsa de extensão; - participação em projetos de IC com ou sem bolsa; - monitoria de disciplinas; - projetos multidisciplinares orientados por professores; - visitas e excursões técnicas a empresas e organizações públicas (podem fazer parte do escopo de uma disciplina, daí podem se tornar obrigatórias); - grupos de estudos e pesquisas interação com estudantes de pós-graduação (mestrado e doutorado); - grupos especiais de treinamento ou aperfeiçoamento; - participação em empresas juniores (iniciação prática ao empreendedorismo); - representação discente em órgãos colegiados; - estágios não obrigatórios (remunerados ou não); - atividades esportivas e culturais; - participação em eventos com ou sem apresentação de trabalhos técnicos ou científicos.