UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA INSTITUTO DE ECONOMIA Índice de Preços ao Consumidor de Uberlândia IPC/Udi - MARÇO-2001 BOLETIM DO IPC Uberlândia - MG, 11 de Abril de 2001
Percentuais 1 BOLETIM DO IPC/UDI Editado pelo Centro de Estudos, Pesquisas e Projetos Econômico-Sociais Divulgação Mensal O Índice de Preços ao Consumidor para a cidade de Uberlândia (IPC/Udi) é elaborado mensalmente desde 1979, com a finalidade de indicar as variações nos preços dos bens e serviços que compõem o orçamento familiar de uma unidade de consumo com renda mensal de um a oito salários mínimos. A partir do IPC/Udi, são também calculados e divulgados, mensalmente, a Cesta Básica, a Ração Essencial e o Salário Mínimo Necessário. IPC/Udi MARÇO 2001 Metodologia O IPC/Udi é um índice ponderado de variações de preços (índice de Laspeyres modificado tipo II), que considera como pesos os gastos médios relativos das famílias em cada item de consumo. Os preços são coletados no decorrer de todo o mês de referência, sendo, a seguir, calculadas as médias para cada produto por meio de um sistema de emparelhamento de marcas e, em relação aos preços praticados no mês anterior, são computadas suas variações. Finalmente, essas variações de preços médios são ponderadas de acordo com a participação relativa média dos gastos das famílias no total de seu orçamento. Para esta pesquisa, foram realizadas coletas em 226 estabelecimentos varejistas na cidade de Uberlândia, com 17.489 tomadas de preços de 244 produtos/serviços (ou 5.918 marcas ou tipo de serviços: 3.857 a cada semana e 2.061 mensais). Índice de Preços ao Consumidor do Município de Uberlândia 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 1,5 1,0 0,5 0,0-0,5-1,0 Variações Simples e Acumulada do IPC/Udi - Abr/2000 a Mar/2001 Abr/00 Mai/00 Jun/00 Jul/00 Ago/00 Set/00 Out/00 Nov/00 Dez/00 Jan/01 Fev/01 Mar/01 IPC/UDI 0,09-0,26-0,45 1,78 1,74 0,13-0,49 0,10-0,07 0,92 0,18 0,05 Acumulado 0,09-0,17-0,62 1,15 2,91 3,04 2,54 2,64 2,57 3,51 3,70 3,75 FONTE: CEPES / IE / UFU O IPC/Udi foi de 0,05% em março O Índice de Preços ao Consumidor para a cidade de Uberlândia, divulgado pelo CEPES, no mês de março/01, apresentou uma variação de 0,05%. A taxa acumulada dos últimos oitenta meses, que corresponde à implantação do Plano Real (ago/94 a mar/01), foi de 71,82%. De janeiro/01 a março/01 a variação acumulada é de 1,15%.
2 Dos quatro grandes grupos, o grupo Alimentação e o grupo dos Produtos Não Alimentares foram os que mais se destacaram com uma elevação nos preços dos seus produtos, apresentando alta de 0,20% e 0,25% respectivamente. O resultado positivo do grupo Alimentação se deve, sobretudo aos produtos In-natura ( 4,36%), que contam com forte influência sazonal nos preços, dos quais destacam-se: feijão (18,15%), batata (17%), vagem (17,8%), chuchu (15,74%) e laranja ( 35,64%). Quanto ao grupo Produtos Não Alimentares, que variou 0,25%, os itens que apresentaram maior alta de preços foram os eletrodomésticos e móveis em geral, que fazem parte do subgrupo Artigos de Residência (1,38%). Neste mês, assim como no mês de fevereiro, o subgrupo Veículo Próprio foi o que apresentou a maior queda de preços, com uma variação negativa de -3,38 %, atribuída à gasolina. No subgrupo dos Serviços Pessoais houve ligeira queda dos preços (-1,61%). Dentre os produtos que mais contribuíram para esta queda destacamos os serviços de cabeleireiro ( -0,58%) e de atelier de costura ( -1,02%). No geral, o comportamento dos preços que formam o Índice de Preços ao Consumidor em Uberlândia (IPC) apresentou, em março/01, uma redução de 0,13 pontos percentuais, se comparado ao mês anterior (0,18%). Este resultado mantém as expectativas, por parte do CEPES, de que a inflação no próximo mês, em Uberlândia, continue baixa. Índice de Preços ao Consumidor do Município de Uberlândia - QUADRO GERAL - Março /2001 GRUPOS Variações Simples Variações Acumuladas Mar/01 Fev/01 Mar/00 2001 12 Meses Plano Real 1 ALIMENTAÇÃO 0,20 0,13-0,97 2,03 3,62 42,37 1.1 - NA RESIDÊNCIA 1,05 0,10-1,40 3,40 4,62 45,50 1.1.1 PROD. INDUSTRIALIZADOS -0,52-0,08-0,34-0,43 2,18 39,95 1.1.2 -- PROD.ELABOR. PRIMÁRIA 0,59-1,10-4,52 1,60 6,31 27,71 1.1.3 PRODUTOS IN-NATURA 4,36 2,19 1,45 12,79 5,32 59,14 1.2 - FORA DA RESIDÊNCIA -2,78 0,21 0,54-2,73 0,02 58,74 2 PRODUTOS NÃO ALIMENTARES 0,25 0,18-1,47-0,20 2,96 44,90 2.1 - ARTIGOS DE RESIDENCIA 1,38 0,11-1,41 1,66 5,21 27,01 2.2 - ARTIGOS DE VESTUÁRIO 0,25 0,37-0,77 0,26-1,01 9,75 2.3 - OUTROS PRODUTOS -0,27-0,16-1,90-1,59 3,16 62,91 2.4 PRODUTOS FARMACÊUTICOS -0,02 3,88 0,63 3,81 5,57 126,05 3 SERV. PÚBLICO E UTILIDADE PÚBLICA 0,00 0,00 0,00 0,08 4,95 221,30 4 OUTROS SERVIÇOS -0,47 0,40 0,23 0,51 3,83 122,80 4.1 SERVIÇOS MÉDICOS 0,00 0,00 0,00 1,69 1,51 55,82 4.2 SERVIÇOS DOMICILIARES 0,18 0,38 1,10 0,56 4,83 218,30 4.3 SERVIÇOS PESSOAIS -1,61 0,00 0,00-1,54 0,34 98,49 4.4 EDUCAÇÃO E DIVERTIMENTO 0,62 4,08-0,80 4,73 9,26 161,16 4.5 - VEÍCULO PRÓPRIO -3,38-2,54 0,19-5,53 3,66 63,02 TOTAIS 0,05 0,18-0,71 1,15 3,75 71,82 Fonte: CEPES/IE/UFU RAÇÃO ESSENCIAL A Ração Essencial é um indicador decorrente do Decreto-Lei nº. 399, de 30/04/38, e estabelece os produtos alimentares (e suas quantidades) que, em tese, um trabalhador que recebe salário mínimo necessita para sobreviver, com uma jornada de trabalho de 220 horas mensais. Neste mês de março/01, o custo da Ração Essencial apresentou um decréscimo de
R$ 809,47 R$ 769,96 R$ 706,91 R$ 715,11 R$ 743,92 R$ 785,66 R$ 774,82 R$ 797,89 R$ 799,57 R$ 812,58 R$ 840,90 R$ 831,12 3-1,17% em relação ao mês anterior, passando de R$100,85, apurados em fevereiro/01, para R$ 99,67. Os produtos que mais contribuíram para essa queda foram: tomate (-10,12%), banana (-16,29%), café (-2,88%), e óleo (-12,28%). O número de horas trabalhadas necessárias à aquisição da Ração, conseqüentemente, passando das 146h 56m, apuradas em fevereiro/01, para atuais 145h 12m. Em relação ao valor de Março/2000 (R$95,72), a Ração Essencial apresentou um aumento de 4,13% ao longo dos últimos doze meses. SALÁRIO MÍNIMO NECESSÁRIO O Salário Mínimo Necessário (SMN) é calculado tomando-se como referência o valor da Ração Essencial ajustado para uma família constituída por 2 adultos e 2 crianças (ou três adultos) e considerando também os gastos com outros itens de despesa (Educação, Saúde, Transporte, Vestuário, etc.), de acordo com procedimento adotado pelo DIEESE. O Salário Mínimo Necessário apurado para este mês de março atingiu R$831,02. O valor do Salário Mínimo vigente (R$ 151,00) corresponde a 18,17% do valor necessário para garantir um nível mínimo de subsistência às famílias. Em relação ao mês de fevereiro /01 (R$ 840,90), variou -1,18%. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% SALÁRIO MÍNIMO NECESSÁRIO - MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA Participação relativa do Salário Mínimo Oficial no S M N - Abr/00 a Mar/2001 Abr/00 Mai/00 Jun/00 Jul/00 Ago/00 Set/00 Out/00 Nov/00 Dez/00 Jan/01 Fev/01 Mar/01 Salário Mínimo Oficial FONTE: CEPES / IE / UFU
4 CESTA BÁSICA A Cesta Básica de Consumo vem sendo calculada desde 1986. Em março/01, os 43 itens componentes da Cesta Básica de Consumo apresentaram o seguinte comportamento em relação a seus preços: 13 sofreram aumentos (30,23%), 18 sofreram diminuições (41,86%), e 12 não apresentaram alterações (27,91%). O custo da Cesta Básica, neste mês de março, foi igual a R$ 319,44, com uma variação positiva de 1,96% em relação aos R$ 313,30 verificados em fevereiro/01. CESTA BÁSICA (43 PRODUTOS) para o Município de Uberlândia - Março / 2001 Variação dos preços em relação ao mês anterior (%) AUMENTARAM SEM VARIAÇÃO DIMINUIRAM Alface 8,47 Açucar Arroz -1,57 Batata doce 1,01 Carne Bovina Banana prata -2,44 Batata inglesa 18,18 Cenoura Banha -1,9 Cebola 3,06 Farinha de trigo Café pó -2,88 Feijão 18,17 Manteiga Farinha de milho -1,01 Frango 0,56 Pão francês Farinha de mandioca -1,3 Laranja 32,86 Refrigerante Carne de porco -1,68 Leite 13,64 Sal Maça -4,84 Massas 3,23 Vinagre Margarina -1,8 Ovos 6,11 Detergente Massa de tomate -4,90 Cera assoalho 6,33 Desodorante Óleo de soja -2,91 Fósforo 2,67 Pasta de dente Tomate -10,12 Vassoura 0,85 Gás -2,24 Lã de aço -1,67 Papel higiênico -3,62 Sabonete -1,45 Sabão barra -1,06 Sabão em pó -1,68 FONTE: CEPES / IE / UFU
5 EXPEDIENTE Prof. Arquimédes Diógenes Cilone Reitor Prof. José Rubens Damas Garlipp Diretor do Instituto de Economia Equipe Técnica do CEPES Luiz Bertolucci Júnior (Economista) Diretor do CEPES - lbertolucci@ufu.br Ana Alice B.P.D. Garlipp (Economista) Gerente de Extensão - Aagarlipp@ufu.br Ester William Ferreira (Economista) Gerente Administrativo -Ewferreira@ufu.br Índice de Preços ao Consumidor da Cidade de Uberlândia Controle Operacional José Wagner Vieira (Economista) jwvieira@ufu.br Outros Cálculos Álvaro Fonseca e Silva Jr.(Economista) alvarojr@ufu.br Digitador Diógenes Rodrigues de Oliveira diogenes@ufu.br Entrevistador de Campo Claudécio Lourenço claudecio@ufu.br Entrevistador de Campo Edivaldo Borges de Souza edivaldo@ufu.br Entrevistador de Campo Gláucio de Castro glaucio@ufu.br Entrevistador de Campo Carlos Manoel Lopes Nogueira Economistas Pesquisadores Durval Perim Marlene M. Camargos Borges Paulo Sérgio Rais de Freitas durval@ufu.br mmborges@ufu.br paulorais@ufu.br Secretária Geral Maria Tereza Gomes Ferreira mariatereza@ufu.br Correspondências para: CEPES - Av. João Naves de Ávila, S/N- Bloco J Campus Santa Mônica CEP 38.400-902 - Uberlândia-MG Fones: (034) 239-4157 ou 4205(fax) Endereço eletrônico: cepes@ufu.br Espaço virtual: www.ie.ufu.br