PROJETO DE LEI Nº., DE DE DE 2013.



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Transcrição:

PROJETO DE LEI Nº., DE DE DE 2013. Dispõe sobre a celebração de convênio entre o Estado de Goiás e associações, visando à implantação de sistema de videomonitoramento e segurança, para vigilância permanente de logradouros e espaços públicos por câmeras de vídeo e dá outras providências. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS, nos termos do art. 10 da Constituição Estadual, decreta e eu sanciono a seguinte lei: Art. 1º Esta lei dispõe sobre a celebração de convênio entre o Estado de Goiás e associações, visando à implantação de sistema de videomonitoramento e segurança, para vigilância permanente de logradouros e espaços públicos por câmeras de vídeo. Art. 2º Fica permitido a associações representativas o direito de promover a viabilização e implantação de sistema de videomonitoramento e segurança de logradouros e espaços públicos por câmaras de vídeo, como finalidade de garantia de segurança pública. Art. 3º O Estado de Goiás poderá firmar convênio com associações representativas que visem o disposto no art. 02º desta lei a fim de possibilitar a operação, supervisão e controle de imagens e a coordenação das comunicações com os agentes de segurança pública. Página 1 de 5

Parágrafo Único - É assegurada na operação do sistema de videomonitoramento a participação das instituições e órgãos municipais, estaduais e federais, com vistas a garantia da ordem e segurança pública. Art. 4º O poder executivo estadual definirá o órgão competente para realizar a instalação da Central de Comando e Controle Integrada de recepção e registro das imagens e demais dados, primando pela facilitação da logística de de pronto-atendimento e resposta. 1º É assegurado o pleno acesso das instituições de segurança pública e defesa civil à Central de Comando e Controle Integrada. 2º A visualização de imagens em tempo real poderá ser disponibilizada às unidades e postos policiais militares e civis, na forma de replicação. Art. 5º O tratamento de dados, informações e imagens produzidos pela Central de Comando e Controle Integrada devem processar-se no estrito respeito à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, bem como aos direitos, liberdades e garantias fundamentais, conforme versa o art. 5º da Constituição Federal Brasileira. Art. 6º É vedada a utilização de câmeras de vídeo quando a captação de imagens atingirem o interior de residência, ambiente de trabalho ou qualquer outra forma de habitação que seja amparada pelos preceitos constitucionais da privacidade. Parágrafo Único - Somente poderão acessar a Central de Comando e Controle Integrada pessoal devidamente habilitado, treinado e credenciado, obedecido o disposto no art. 4º, 1º. Art. 7º Os operadores da Central de Comando e Controle Integrada estão obrigados a comunicar imediatamente e em tempo real ao setor operacional de prevenção e resposta as infrações em andamento ou recentemente consumadas registradas pelo vídeomonitoramento e demais sistemas e órgãos de segurança integrados. Art. 8º As gravações obtidas de acordo com esta Lei serão conservadas pelo prazo mínimo de 30 (trinta) dias contados a partir da captação. Página 2 de 5

Art. 9º As imagens registradas somente serão liberadas a interessados não previstos no art. 4º, 1º desta lei, através de determinação judicial, ou de solicitação fundamentada de autoridade competente. Art. 10º A operação da Central de Comando e Controle Integrada será exercida somente por servidores credenciados, assegurado o exercício do controle externo pelo Ministério Público, Câmaras Municipais e Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Parágrafo Único - O credenciamento de servidores públicos de carreira correlata com os objetivos desta Lei, deverá ser precedido de treinamento de operação técnica do sistema, percepção profissional e legislação sobre salvaguarda de dados, informações, documentos e materiais sigilosos, bem como sobre privacidade e garantias fundamentais. Art. 11º Os servidores credenciados devem tomar as medidas adequadas e necessárias para: I - impedir o acesso de pessoas não autorizadas às instalações utilizadas para o armazenamento e tratamento de imagens, dados e informações produzidas pelo sistema; II - impedir que imagens, dados e informações possam ser visualizados, copiados, alterados ou retirados por pessoas ou instituições não autorizadas; III - garantir que as pessoas autorizadas somente possam ter acesso à imagem, dados e informações especificadas na autorização expedida pela Autoridade Judicial, ou em caso de órgão público, pela central de comando e controle, conforme solicitação fundamentada do requisitante e autorização concedida. Art. 12. O acesso às imagens de vídeo, dados e informações resultantes de vigilância e monitoramento, bem como ao local onde são exibidas, registradas e armazenadas as mesmas, deve ser controlado por sistema informatizado que, obrigatoriamente, deverá registrar, em cada acesso dos operadores, a senha eletrônica individual ou identificação datiloscópica e gravar o horário de ingresso e saída do servidor credenciado. Art. 13. Todas as pessoas que tenham acesso às gravações realizadas nos termos desta Lei, em razão das suas funções, deverão, sobre as imagens e Página 3 de 5

informações, guardar sigilo, sob pena de responsabilidade administrativa, cível e criminal. Art. 14. O Poder Executivo Estadual, poderá estabelecer parceria com entidades públicas ou privadas para a instalação de novas câmeras e ampliação do sistema de videomonitoramento. Art. 15. As associações que firmarem convênio com o Estado de Goiás para os fins disposto no art. 02º desta lei possuem a responsabilidade pela aquisição e instalação dos equipamentos de videomonitoramento, obedecido as exigências técnicas repassadas pelo órgão competente, quanto a modelo de equipamento e tecnologia. 1º Para celebração do convênio as Associações interessadas deverão promover a doação dos equipamentos de videomonitoramento ao Estado de Goiás, os quais deverão apresentar garantia de qualidade técnica não inferior há 01 (um) ano. 2º Promovida a doação, a manutenção e responsabilidade pelo perfeito funcionamento dos sistemas tecnológicos que compõem o sistema de videomonitoramento será do órgão recebedor. Art. 16. O Estado de Goiás possui a responsabilidade das condições adequadas de uso da Central de Comando e Controle Integrada e da indicação e manutenção dos pontos e antenas para captação e transmissão de imagens e sinais digitais. Art. 17. O Poder Executivo, se necessário, regulamentará a presente lei no prazo de 90 (noventa) dias. Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação SALA DAS SESSÕES, em de de 2013. BRUNO PEIXOTO Deputado Estadual Página 4 de 5

JUSTIFICATIVA Coloco à apreciação e deliberação desta augusta Casa de Leis a presente propositura que dispõe sobre a celebração de convênio entre o Estado de Goiás e associações, visando à implantação de sistema de videomonitoramento e segurança, para vigilância permanente de logradouros e espaços públicos por câmeras de vídeo e dá outras providências. A presente propositura se justifica em razão do progresso da tecnologia e com o clamor cada vez maior da sociedade por melhores condições de segurança pública, haja vista, ainda, que o uso de câmeras de vídeo para monitorar as vias públicas tornou-se uma realidade mundial. O art. 144 da Constituição Federal prevê que a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, e é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. De fato, é notório que o Estado de Goiás não tem condições de promover o monitoramento de todos os logradouros e espaços públicos em razão do alto custo para aquisição das câmaras de monitoramento. No entanto, associações representativas podem promover meios para a implantação do sistema de videomonitoramento, repassando ao Estado de Goiás parte da infraestrutura necessária para promover uma vigilância monitorada, podendo este atuar de forma mais eficaz e preventiva no combate à criminalidade. Cumpre ressaltar que além do combate à criminalidade e à violência, o uso de câmeras em espaços públicos objetiva ainda otimizar o controle de tráfego de veículos, oportunizar o zelo urbanístico e ampliar a vigilância patrimonial. A presente proposta disciplina o tratamento de dados, informações e imagens produzidos pelo sistema de videomonitoramento, a fim de que, tal tratamento seja processado no estrito respeito à inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, bem como informado pelos direitos e garantias fundamentais. Desta forma, demonstrada a importância da presente matéria, por ser legal, constitucional e razoável, pedimos o apoio unânime dos nobres Pares desta Casa Legislativa para sua aprovação. BRUNO PEIXOTO Deputado Estadual Página 5 de 5