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Transcrição:

CULTIVARES DE MILHO Elto Eugênio Gomes e Gama Cláudio Lopes de Sousa Jr. Ricerdo Magnavaca 1. INTRODUÇÃO Acréscimos no rendimento e, conseqüentemente na produção, podem ser obtidos com o uso de técnicas já conhecidas, mas pouco adotadas pelos agricultores. Entre elas está a utilização de cultivares mais produtivas e adaptadas às condições de cada região. Trata-se de uma tecnologia simples e essencial para melhorar o rendimento da cultura, principalmente por ser uma medida que não implica em aumento substancial de capital investido. 2. CARACTERIZAÇÃO DE CULTIVARES Atualmente, no Brasil, são utilizados dois tipos de cultivares: as variedades e os híbridos. As variedades melhoradas possibilitam fornecer aos agricultores sementes de custo mais baixo e são mais produtivas que as variedades tradicionais ou locais. As variedades podem apresentar uma maior estabilidade de produção, porém são inferiores aos híbridos em rendimento e uniformidade. São utilizadas com sucesso, principalmente em regiões onde a utilização de híbridos não tem sido possível. Um híbrido é o produto resultante de um cruzamento controlado entre pais geneticamente diferentes. Os híbridos mais comuns são: híbrido de variedades e híbrido de linhagens. Híbrido de variedade (intervarietal) é o cruzamento entre duas variedades. Híbrido de linhagem é mais comumente encontrado no comércio, sendo três os tipos: Híbrido simples - cruzamento entre duas linhagens, Híbrido triplo - 9

cruzamento de um híbrido simples com uma linhagem e Híbrido duplo - cruzamento entre dois híbridos simples. As sementes de híbridos devem ser adquiridas no comércio todo ano. Se o agricultor plantar as sementes colhidas de seu campo de milho híbrido, terá, logo no primeiro ano, uma redução de 20% ou mais no rendimento. Os híbridos são mais utilizados nas regiões de agricultura mais tecnificada e atingem um maior teto de produção que as variedades. 3. CULTIVARES E SUAS APLlCAÇOES Diferentes tipos de cultivares existentes podem ser utilizadas, de acordo com o objetivo de cada exploração: 3.1. es Tardias de Porte Alto São cultivares que se caracterizam por apresentarem altura de plantas variando de 2,80 a 3,50 metros e florescimento masculino dos 75 a 85 dias após a germinação. São indicadas para aquelas regiões onde os pro blemas de acamamento, ocasionados por ventos fortes que ocorrem em determinadas épocas do ano, não são relevantes e a utilização de plantios menos densos é usual (abaixo de 50 mil plantas por hectare). 3.2. es Precoces de Porte Baixo São cultivares que apresentam altura de plantas variando de 2,00 a 2,80 metros e flores cimento masculino dos 60 a 70 dias após a germinação. Devido à grande diversidade ecológica do Brasil, com umagama enorme de regiões distintas, principalmente naquelas em que a distribuição pluviométrica é fator limitante para a cultura, a utilização de cultivares de ciclo mais curto pode ser uma boa alternativa, além de facilitar sucessão com outras culturas. São indicadas também para aquelas regiões onde é intensivo o uso de mecanização ou para plantios mais densos (de 65 a 70 mil plantas por hectare). Oferecem menor risco de acamamento, devido ao seu porte mais reduzido e melhor arquitetura. 3.3. es Tardias Braquíticas (porte baixo) São cultivares que apresentam a altura de plantas variando de 10

2,00 a 2,80 metros, com flores cimento masculino dos 75 a 85 dias após a germinação. Devido ao seu porte reduzido, vigor e grossura dos colmos, são indicadas, principalmente, para regiões com sérios problemas de acamamento, ocasionados por ventos fortes. 4. RECOMENDAÇOES DE CULTIVARES PARA O BRASIL Apesar do menor potencial genético de produção em relação aos híbridos, é importante que existam, disponíveis no mercado, variedades melhoradas de milho que atendam a uma parte dos agricultores, os quais, por tradicionalismo ou outras causas, não usam sementes híbridas. Se este agricultor não dispuser de boas variedades (variedades melhoradas) e plantar variedades "nativas" ou locais, estará contribuindo, certamente, para reduzir a média de produtividade brasileira, além de correr maior risco de sofrer prejuízos. O Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo (CNPMS), da EMBRAPA, coordena os Ensaios Nacionais de Milho, cujo objetivo básico é avaliar as diversas cultivares de milho geradas nas instituições de pesquisa no país. Estes ensaios possibilitam, também, a indicação de cultivares para plantio, principalmente nas regiões onde ainda não existe um ensaio regional próprio. Atualmente, são realizados três tipos de Ensaios Nacionais: Milho Normal, Milho Precoce e Milho Planta Baixa. O Ensaio Nacional de Milho Normal (porte alto e tardio) é conduzido nas seguintes regiões: a) Região Sul - Compreende os Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná (sul do Estado). b) Região Centro - Compreende os Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná (norte), Distrito Federal e Mato Grosso. c) Região Litoral/Leste/N ordeste/n orte - Compreende os Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Alagoas, Paraiba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Amazonas e Pará. A seguir são apresentadas algumas das melhores cultivares comerciais de milho normal, baseando-se na média de produção de grãos (tlha), dos ensaios dos anos agrícolas 1982/83 e 1983/84, em cada região do Brasil. 11

Região Sul- Nesta região, as cultivares que mais se destacaram, nos dois anos agrícolas de realização do ensaio, estão indicadas na Tabela 1. TABELA 1. Relação das melhores cultivares de milho do Ensaio Nacional de Milho Normal na Região Sul e suas respectivas produtividades médias (tlha). 1982/83 e 1983/84. C I (Ilha) u trvar Ag 28 A HD, AD 6,28 Ag 28 A HD, AD 7,13 Ag 35 HD, AD 6,27 Ag 35 HD, AD 6,60 Cargil1408 HD, AD 6.49 Cargill 482 HD,AD 6.70 Contimax 322 HD,AS 7,06 Cargil1483 HD,AD 6,81 Dina 10 HD, LS 6,05 Contimax 322 HD, AS 7,03 Dina 09 HD, LS 6,23 DK 590 HD,AS 6,90 DK 590 HD,AS 6,37 Pioneer 1 L023 HT, AS 6,92 DK 605 HD,AS 6,34 XL-605 HD,AS 6,88 IAC HMD 8214 HD, LS 6,00 XL-670 HD,AS 6,96 Save 401 HD, AD 6,26 XL-678 HD, AS 6,57 HD: Híbrido Duplo; HT: Híbrido Triplo; AS: Amarelo Semidentado; AD: Amarelo Dentado; LS: Laranja Semidentado. Para a Região Centro as cultivares que mais se destacaram, dois anos agrícolas, constam na Tabela 2. nos TABELA 2. Relação das melhores cultivares de milho do Ensaio Nacional de Milho Normal na Região Centro e suas respectivas produtividades médias (tlha). 1982/83 e 1983/84. C I. u nvar (Ilha) Agromen 1008 HIV, AS 6,01 Agromen 1015 HIV, AS 5,80 Agromen 1015 HIV, AS 5,95 Agromen 1022 HIV, AS 5,59 Agromen 1022 HIV, AS 6,33 Cargill 111S HD,AS 5,67 Cargill 317 HD, AD 5,93 Cargill 115 HD, AS 5,79 Contimax 322 HD,AS 6,38 Cargill 135 HD, AS 5,98 Dina 09 HD, LS 6,59 Contimax 233 HD,AS 5.78 Dina 10 HD, LS 6,50 Contimax 322 HD,AS 6.44 Dina 3030 HD, LS 6,35 Dina 10 HD, LS 5,69 U - 610 HD, LS 5,99 Dina 15 HD, LS 5,66 DK-605 HD,AS 5,90 XL 670 HD,AS 5,57 HIV: Híbrido Intervarietal; HD: Hibrido Duplo; AS: Amarelo Semidentado; AD: Amarelo Dentado; LS: Laranja Semidentado. 12

Para a região Litoral/Leste/Nordeste/Norte as cultivares que mais se destacaram, nos dois anos agrícolas, constam na Tabela 3. TABELA 3. Relação das melhores cultivares de milho do Ensaio Nacional de Milho Normal nas regiões litoral/leste/nordeste/norte e suas respectivas produtividades médias. 1982/83 e 1983/84. C I. (Ilha) u nvar Cargill 115 HD,AS 3,34 Ag 163 HD, AO 3.17 Cargill 203 HD,AD 3,32 Cargill 115 HD. AS 3,02 Cargill317 HD.AD 3,26 Contimax 322 HD,AD 3,71 Contimax 322 HD.AS 3,49 Dina 03S HD, ls 3,05 Dina 03S HD, LS 3,32 Dina 10 HD. LS 3,04 Dina 09 HD, LS 3,41 Pioneer XM 032HT. AS 3,03 Dina 10 HD. LS 3,29 PionwXCH39 HD, AS 3,07 Dina 47 HD. LS 3,41 XL 605 HD. AS 3.29 DK-605 HD,AS 3.74 XL-670 HD. AS 3.52 DK-606 HD,AS 3,46 XL-678 HD, AS 3,18 HD: Híbrido Duplo; HT: Híbrido Triplo; AS: Amarelo Semidentado; AO: Amarelo Dentado; LS: Laranja Semidentado. Essas cultivares do Ensaio Nacional de Milho Normal apresentaram médias de produtividade muito superiores à média nacional, sendo todas de natureza híbrida, evidenciando o maior potencial dos híbridos em relação às variedades atuais. Ensaio Nacional de Milho Precoce (porte baixo) - As cultivares comerciais de milho precoce que mais se destacaram nos dois anos de ensaios (1982/83 e 1983/84), estão relacionadas na Tabela 4. Observa-se que todas essas cultivares precoces são híbridas, com níveis de produtividade semelhantes aos do milho normal (Região Centro), portanto bem acima da média nacional. Estes dados evidenciam o potencial dessas cultivares em relação às variedades. O seu plantio oferece uma boa garantia de sucesso, em regiões onde é vantajosa a utilização de milho precoce. Ensaio Nacional de Milho Planta Baixa - As cultivares comerciais de milho de porte baixo que mais se destacaram nos dois anos de ensaios (1982/83 e 1983/84), estão relacionadas na Tabela 5. 13

TABELA 4. Relação das melhores cultivares de milho do Ensaio Nacional de Milho Precoce e suas respectivas produtividades médias. 1982/83 e 1983/84. C I. u nvar Agromen 2005 HIV, LS 5,59 Agromen 2001 HIV, LS 5,64 Agromen 2007 HIV, LS 5,53 Agromen 2003 HIV, LS 5,63 Ag-303 HD, AO 5,95 Agromen 2005 HIV, LS 5,60 Cargil1511 HD,AD 5,63 Agromen 2007 HIV, LS 5,61 Cargill 521 HD, AO 5,61 Ag 303 HD,AD 5,62 Cargill 526 HD,AD 6,36 Cargil1525 HD, LS 5,78 Contimax 422 HD,AS 5,73 Dina 51 HD, LS 5,63 Dina 42 HD, LS 5,87 DK 540 HD,AS 5,86 Dina 46 HD, LS 5,82 DK 590 HD,AS 5,68 DK 580 HD,AS 5,60 XL 580 HD,AS 5,73 HIV: Híbrido Intervarietal; HD: Híbrido Duplo; AS: Amarelo Semidentado; AO: Amarelo Dentado; LS: Laranja Semidentado. TABELA 5. Relação das melhores cultivares de milho do Ensaio Nacional de Milho Planta Baixa e suas respectivas produtividades médias. 1982/83 e 1983/84. C I. u tivar Ag 83 HD, AO 4,74 Ag 83 HD,AD Ag 352 HD, AO 4,90 Ag 352 HD, AO Ag 405 HD, LS 6,01 Ag 354 HD, AO Agromen 1032 HIV, AO 5,23 Ag 405 HD, AO DK 540 HD, AS 5,23 Agromen 1026 SIN, AO DK 570 HD,AS 5,76 Agromen 1032 HIV, AO Piranão HV-IM HIV, AS 4,85 Save 389 HT, AS Piranão HV-21 HIV, AS 4,81 Save 412 HD, AO 5,02 4,69 5,17 5,82 4,83 4,96 5,05 4,94 HD: Híbrido Duplo; HT: Híbrido Triplo; HIV: Híbrido Intervarietal; SIN: Sintético; AO: Amarelo Dentado; AS: Amarelo Semidentado; LS: Laranja Semidentado. Observa-se que essas cultivares de porte baixo (híbridos e variedades) apresentaram bons níveis de produtividade, também acima da média nacional. Esses dados evidenciam o potencial das cultivares de milho de porte baixo, permitindo o seu plantio, principalmente em regiões com sérios problemas de acamamento, com boa margem de segurança e maior garantia de sucesso, 14

Verifica-seque, com exceção da cultivar Agromen-1026, as cultivares relacionadas até aqui são de natureza híbrida. no entanto, é possível encontrar sementes de variedades melhoradas que, além de terem o custo mais baixo, são mais produtivas que as variedades locais e, se bem orientado, o agricultor poderá utilizar as sementes de seu campo para plantio, no ano seguinte. Assim, na Tabela 6 encontra-se uma relação de algumas variedades disponíveis no mercado. TABELA 6. Relação de algumas variedades disponíveis no mercado e suas respectivas caracterizações. Porte Tipo do grão' Campeão PN01 alto AD Campeão PN02 alto AD Campeão CBR 04 alto LS Campeão CBR 51 baixo AD Campeão CBR 52 baixo AD Campeão CBR 53 baixo LS ESALO PB-1 baixo AS IAC Maya alto AD IAC Maya-anão baixo AD IAC-1-Anão baixo AS Piranão VD-2 baixo AD RO 66 baixo AD RO 333 baixo AD BR 126 alto AD BR 105 baixo LS AD: Amarelo Dentado; AS: Amarelo Semidentado; LS: Laranja Semidentado. A Tabela 7 relaciona as firmas ou instituições que produzem as cultivares citadas anteriormente. TABELA 7. Relação das siglas que identificam as cultivares com as respectivas firmas produtoras. Sigla Firma produtora Sigla Firma produtora BR CNPMS-EMBRAPA ESALO ESALO Ag Agroceres IAC IAC Agromen Agromen Pioneer Pioneer Cargill Cargill Piranão ESALO Campeão Campeão RO Reis de Ouro Contimax Contibrasil Save IPAGRO Dina Dinamilho U Planagri DK Braskalb XL Braskalb 15

Para a Região Norte do país, a EMBRAP A, através de suas U nidades de Execução de Pesquisa de Âmbito Estadual e Territorial (UEPAEs e UEPATs), em conjunto com o Centro Nacional depesquisa de Milho e Sorgo, desenvolveu, em 1984, 4 cultivares de milho, descritas na Tabela 8, que têm apresentado excelente comportamento. TABELA 8. es de milho desenvolvidàs pela EMBRAPA para a Região Norte. Porte Produção de qrãos BR 5103 BR 5105 BR 5107 BR 51150 V, LD Médio 5,60 V,AS Baixo 5,00 V,AS Baixo 5,00 HIV, AS Médio 5,70 V: Variedade; HIV: Híbrido Intervarietal; LD: Laranja Duro; AS: Amarelo Sernidentado. Especialmente para a agroindústria, a EMBRAP A, através de trabalho conjunto do Centro Nacional de Pesquisa de Hortaliças (CNPH) e com o Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo (CNPMS), desenvolveu três cultivares (variedades) de milho doce, recomendadas para o enlatamento. Trata-se das cultivares: BR-400 (Super-Doce), BR 401 (Doce de Ouro) e BR 402 (Doce Cristal). Estas cultivares podem ser utilizadas para consumo "in natura" mas não servem para a confecção de bolos, pamonhas, etc. O Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo (CNPMS) da EMBRAP A lançou as seguintes cultivares de milho até o momento: BR 105- Variedade sintética, de porte baixo, com grãos de coloração amarelo-alaranjada, resistente ao míldio e tolerante às outras principais doenças, apresentando certa variabilidade, principalmente para o tipo e cor do grão, mas com boas características para o mercado internacional. Esta variedade vem sendo cultivada na região Centro- -Sul com ótimo desempenho (produtividade média de 5,0 t/ha de grãos). A densidade ideal de plantio está entre 60 e 70 mil plantas por hectare, devendo ser recomendada para os Estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul. BR 108 - Variedade sintética, de porte baixo, de grãos dentados e brancos, tolerante à helminthosporiose e à ferrugem. É adequada para ser misturada à farinha de trigo e usada na indústria alimentícia. Apresentou produtividade média de 5,20 t/ha de grãos, sendo recomen- 16

dada para a região Central do Brasil, particularmente para os Estados de Minas Gerais, São Paulo, Norte do Paraná e Mato Grosso do Sul. BR 126 - Variedade sintética de porte alto, moderadamente resistente ao acamamento e tolerante às principais doenças; possui grãos dentados, de cor amarela e é recomendada tanto para a produção de grãos como para silagem. Apresenta altas produções de massa verde por unidade de área. Em ensaios instalados na Região Centro, esta cultivar apresentou uma produtividade média de 5,00 t/ha de grãos, numa densidade de 50 mil plantas/ha. Em experimentos de forrageiras, produziu até 50 toneladas de massa verde por hectare. Esta variedade é indicada para os Estados de Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Paraná, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. BR 300 - Híbrido Intervarietal, com porte baixo, grãos semidentados, amarelo-laranja, precoce. As espigas são bem empalhadas, as plantas bastante resistentes ao acamamento e apresentando ainda tolerância às principais doenças foliares. As produtividades variam de 5,50 a 6,00 t/ha de grãos com densidade final de 50.000 a 60.000 plantas por hectare. Recomendado para os Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais. BR 301 - Híbrido Intervarietal, com porte baixo, grãos semidentados amarelo-laranja, precoce. As espigas são bem empalhadas, as plantas bastante resistentes ao acamamento, apresentando ainda tolerância às principais doenças foliares. As produtividades variam de 5,50 a 6,00 t/ha de grãos, com densidade final de 50.000 a 60.000 plantas por hectare. Recomendado para os Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais. BR 302 - Híbrido "top cross", com porte intermediário, grãos semidentados amarelo-laranja, e ciclo intermediário. As espigas são bem empalhadas e as plantas resistentes ao acamamento; a cultivar apresenta tolerância às principais doenças foliares. As produtividades variam de 6,00 a 6,50 t/ha de grãos, com densidade final de 50.000 plantas por hectare. Recomenda para os Estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais. 17