Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos Pós-graduação em Meteorologia

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Transcrição:

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos Pós-graduação em Meteorologia Contribuição do Fluxo de Momentum na Distribuição de Precipitação José Davi Oliveira de Moura Profª. Drª. Chou Sin Chan

1. Introdução O fluxo de momentum ou Transporte de Momentum Convectivo (TMC) é definido como o transporte vertical de momentum horizontal causado pelo processo de convecção profunda; A redistribuição de momentum altera a circulação de grande escala; Motivação: Se a circulação de grande escala é alterada, como o TMC afeta a distribuição de precipitação? A convecção é um processo de pequena escala e, as vezes, precisa ser parametrizada.

1. Introdução Esquema de parametrização cúmulos Kain-Fritsch: O esquema Kain-Fritsch considera as contribuições do Fluxo de Momentum, porém de maneira simplificada. Os autores do esquema Kain-Fritsch não consideraram o termo da força do gradiente de pressão na escala da nuvem na equação de tendência de momentum. Os próprios autores reconheceram a importância de incluir este termo:» In particular, It appears that updraft and downdraft parcels can undergo substantial horizontal accelerations in response to local pressure gradient force. A more sophisticated parameterization of convective momentum transport [...] may be appropriate for Kain-Fritsch scheme (Kain e Fritsch, 1993, p. 6). No presente estudo, o termo da Força do Gradiente de Pressão (FGP) na escala da nuvem foi incluído na equação de tendência de momentum do esquema Kain-Fritsch.

1.1 Objetivo O principal objetivo deste trabalho foi aprimorar as simulações de chuva a partir da inserção do TMC proposto e relatar sua contribuição na distribuição de precipitação.

2. Metodologia

2.1. Simulações As simulações foram realizadas pelo modelo Eta. Os dados de reanálise Climate Forecast System Reanalysis (CFSR) foram utilizados como condição inicial e de contorno das simulações. O domínio cobriu o sul e sudeste do Brasil com uma resolução horizontal de 5km e 50 níveis verticais. Foram selecionados 3 estudos de caso de precipitação intensa sobre o sudeste do Brasil. Os períodos são: Caso 1: 26/12/1999 à 05/01/2000; Caso 2: 16/12/2008 à 03/01/2009; Caso 3: 22/12/2009 à 03/01/2010;

2.2. TMC Proposto Equação da tendência de momentum proposta para o esquema Kain-Fritsch: A B C Termo A: Se refere à subsidência induzida pela convecção. Termo B: Expressa o efeito do entranhamento e desentranhamento na nuvem cúmulos. Termo C: Denota a contribuição, na escala convectiva, do efeito da perturbação de pressão horizontal no ambiente.

2.3. Experimentos Foram utilizadas 4 versões do esquema Kain-Fritsch (Tabela 1). Esquema de Convecção KF KFMX Descrição Esquema controle que não possui o TMC Possui o TMC, porém não há o termo da FGP (Kain e Fritsch, 1993) KFMXP055 KFMXP07 Tabela 1. Descrição dos diferentes experimentos realizados com o esquema Kain-Fritsch.

2.5. Materiais e Métodos Dados de precipitação estimada por satélite do CMORPH (CPC MORPHing technique) : Resolução horizontal de 8km. Saídas a cada 30 min. Teste de Sensibilidade: O teste de sensibilidade visou detectar os efeitos causados do fluxo de momentum na distribuição de chuva. Teste KFMX - KF KFMXP055 - KF KFMXP07 - KF Sensibilidade Sensibilidade à introdução do TMC S/ o termo da FGP Sensibilidade à introdução do TMC C/ o termo da FGP Sensibilidade à introdução do TMC C/ o termo da FGP (Intensificando a FGP) Tabela 2. Descrição do teste de sensibilidade realizado entre os experimentos do modelo Eta.

Equitable Threat Score (ETS): 2.5. Materiais e Métodos Mede a fração de eventos que foram previstos corretamente, ajustados pelos acertos que ocorreram aleatoriamente. ETS = 1 indica previsão perfeita do fenômeno. ETS = 0 indica sem destreza na previsão. Sendo H o número de acertos do modelo, CH o número de acertos aleatórios, F o número de eventos previstos, O número de eventos observados e N é o número total da amostra. Tanto o ETS quanto o BIAS foram calculados com a junção de todos os casos e para todo o domínio. BIAS: Mede a frequência de ocorrência em que os eventos são previstos. BIAS>1 O evento é previsto com maior frequência do que é observado; BIAS<1 O evento é previsto com menor frequência do que é observado; BIAS=1 O evento é previsto na mesma frequência que é observado.

3. Resultados

3.1. Teste de Sensibilidade Caso 1: Dia 03/01/2000 às 12h. Simulação com 48h de antecedência. a) KFMX - KF b) KFMXP055 - KF c) KFMXP07 - KF Figura 1. Precipitação acumulada (mm/24h) do esquema KF (Contorno) + Diferença do campo de precipitação acumulada (mm/24h) entre os esquemas com TMC e o esquema KF (hachurado). Iniciado em 01/01/00 às 12h (T+24 48h). a) KFMX KF; b) KFMXP055 KF; c) KFMXP07 KF.

3.1. Teste de Sensibilidade Caso 2: Dia 27/12/2008 às 12h. Simulação com 48h de antecedência. a) KFMX - KF b) KFMXP055 - KF c) KFMXP07 - KF Figura 2. Precipitação acumulada (mm/24h) do esquema KF (Contorno) + Diferença do campo de precipitação acumulada (mm/24h) entre os esquemas com TMC e o esquema KF (hachurado). Iniciado em 25/12/08 às 12h (T+24 48h). a) KFMX KF; b) KFMXP055 KF; c) KFMXP07 KF.

3.1. Teste de Sensibilidade Caso 3: Dia 01/01/2010 às 12h. Simulação com 48h de antecedência. a) KFMX - KF b) KFMXP055 - KF c) KFMXP07 - KF Figura 3. Precipitação acumulada (mm/24h) do esquema KF (Contorno) + Diferença do campo de precipitação acumulada (mm/24h) entre os esquemas com TMC e o esquema KF (hachurado). Iniciado em 30/12/09 às 12h (T+24 48h). a) KFMX KF; b) KFMXP055 KF; c) KFMXP07 KF.

3.2. ETS O termo da FGP é função dos fluxos de massa convectivos da nuvem. Quanto mais intensa é a convecção, maior será o fluxo vertical de massa dentro da nuvem e, consequentemente, maior é a perturbação no campo de pressão. Fazendo com que o termo da FGP se torne importante. KFMX representou melhor as precipitações leves e moderadas. Os esquemas com fluxo de momentum são superiores ao esquema controle KF.

3.3. BIAS Os esquemas com o TMC proposto apresentam ganhos significativos para detectar a frequência de ocorrência de precipitações intensas. KFMX detecta melhor a ocorrência de evento de precipitações moderadas. O esquema controle KF foi inferior aos esquemas com fluxo de momentum.

4. Conclusão O objetivo foi alcançado, pois houve melhoria nas simulações de precipitação com a contribuição do fluxo de momentum proposto. Dentre as versões do esquema de parametrização cúmulos testados, KFMX foi o melhor para representar chuvas leves e moderadas e KFMXP055 foi o melhor para representar chuvas intensas. Novos estudos de casos serão necessários para confirmar estes resultados. Inclusive testando outros esquemas de parametrização de convecção.

Obrigado!