AVALIAÇÃO DE NOVAS LINHAGENS ORIUNDAS DE CAMPOS DE SEMENTES GENÉTICAS DE ALGODÃO EM BARBALHA- CE RESUMO

Documentos relacionados
DESEMPENHO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO ESTADO DO CEARÁ *

ENSAIO REGIONAL DE LINHAGENS E CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO DO NORDESTE

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Algodão Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Algodão Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

VII Congresso Brasileiro do Algodão, Foz do Iguaçu, PR 2009 Página 1550

ENSAIO DE ALGODÃO COLORIDO NO NORDESTE. Aldo Arnaldo de Medeiros¹; José Expedito Pereira Filho²; Marcelo Gurgel Medeiros³

MELHORAMENTO DO ALGODOEIRO NO ESTADO DE GOIÁS ESTÁGIO DO PROGRAMA NA SAFRA 2002/2003 (*)

Ensaio de Valor de Cultivo e Uso (VCU 2005) do programa de melhoramento da Embrapa no Cerrado

ENSAIO DE VALOR DE CULTIVO E USO (VCU 2004) DO PROGRAMA DE MELHORAMENTO DA EMBRAPA NO CERRADO

ENSAIO NACIONAL DE COMPETIÇÃO DE CULTIVARES DE GOIAS SAFRA 2001/2002 *

DESEMPENHO DE LINHAGENS AVANÇADAS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NAS CONDIÇÕES DO CERRADO RESUMO

VII Congresso Brasileiro do Algodão, Foz do Iguaçu, PR 2009 Página 1661

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO CERRADO DO SUDOESTE PIAUIENSE

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO NO SUDOESTE DA BAHIA, REGIÃO DO VALE DO YUYU

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE PARA A REGIÃO DO PONTAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

LINHAGENS DE ALGODOEIRO DE FIBRAS ESPECIAIS NO CERRADO DA BAHIA, SAFRA 2008/09. 1

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO NO CERRADO MATOGROSSENSE *

DESEMPENHO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO HERBÁCEO NO CERRADO DO SUL MARANHENSE

FIABILIDADE E TECNOLOGIA DA FIBRA DE CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO

CAPACIDADE GERAL E ESPECIFICA DE COMBINAÇÃO EM ALGODOEIRO HERBÁCEO

ESTIMATIVA DA HETEROSE EM ALGODOEIRO HERBÁCEO IRRIGADO NO NORDESTE

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES E LINHAGENS ELITES DE ALGODOEIRO NO CERRADO *.

AVALIAÇÃO E SELEÇÃO DE LINHAGENS FINAIS DE ALGODÃO PARA LANÇAMENTO DE CULTIVARES, SAFRA 2008/09. 1 INTRODUÇÃO

ÉPOCAS DE SEMEADURA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA *

LINHAGENS FINAIS DE ALGODÃO DE FIBRAS MÉDIAS E LONGAS NO CERRADO DA BAHIA, SAFRA

CULTIVARES DE ALGODOEIRO HERBÁCEO RECOMENDADAS PARA OS CERRADOS DO MEIO- NORTE DO BRASIL

ENSAIOS REGIONAIS DO CERRADO CONDUZIDOS NO CERRADO DA BAHIA NA SAFRA 2004/05 1

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO NO ESTADO DE SÃO PAULO: ANO AGRÍCOLA 2001/02 1 RESUMO

CULTIVARES DE ALGODOEIRO AVALIADAS EM DIFERENTES LOCAIS NO CERRADO DA BAHIA, SAFRA 2007/08 1. INTRODUÇÃO

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE ALGODÃO NO CERRADO DA BAHIA, SAFRA 2009/10. 1 INTRODUÇÃO

LINHAGENS FINAIS DE ALGODÃO NO VALE DO IUIU, SUDOESTE DA BAHIA, SAFRA 2009/10. 1 INTRODUÇÃO

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODOEIRO EM REGIÕES PRODUTORAS DO ESTADO DE SÃO PAULO 1 RESUMO INTRODUÇÃO

COMPORTAMENTO DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE MAMONEIRA IRRIGADOS POR GOTEJAMENTO EM PETROLINA-PE

ADUBAÇÃO NITROGENADA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO IRRIGADO NO CARIRI CEARENSE

CEVADA IRRIGADA NO CERRADO: DESEMPENHO DE GENÓTIPOS

COMPETIÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONEIRA NO PERÍODO OUTONO-INVERNO EM ITAOCARA, RJ*

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1573

Comunicado Técnico 170

COMPORTAMENTO DE CULTIVARES COMERCIAIS NO CERRADO DO MATO GROSSO SAFRA 2001/2002 *

Avaliações de Valor de Cultivo e Uso (VCU) de 1º e 2º Ano de cevada irrigada no Cerrado em 2007

Pesquisas em Melhoramento Genético do Algodoeiro Irrigado para o Nordeste,...

COMPETIÇÃO DE CULTIVARES DE ALGODOEIRO NO CERRADO DA BAHIA. 1

COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE SEMENTES DE CULTIVARES E LINHAGENS DE ALGODÃO HERBÁCEO.

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE ALGODOEIRO DE FIBRAS LONGAS E LINHAGENS DE FIBRAS COLORIDAS NO VALE DO IUIU, SAFRA 2007/08 1. INTRODUÇÃO

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM NO ESTADO DE GOIÁS

A VALIA CÃO DE LINHAGENS DE SOJA PARA INDICA çãó DE CUL TIVARES NO RIO GRANDE DO SUL

COMPORTAMENTO DE DIFERENTES GENÓTIPOS DE MAMONEIRA IRRIGADOS POR GOTEJAMENTO EM JUAZEIRO-BA

ADENSAMENTO DE MAMONEIRA EM CONDIÇÕES DE SEQUEIRO EM MISSÃO VELHA, CE

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS AVANÇADAS DE FIBRA COLORIDA NOS MUNICÍPIOS DE ANGICAL E WANDERLEY-BA 1

QUALIDADE DA FIBRA DE CULTIVARES DE ALGODOEIRO HERBÁCEO EM DIFERENTES NÍVEIS DE ADUBAÇÃO NITROGENADA NO AGRESTE DO ESTADO DE ALAGOAS

Ensaio Intermediário de Cevada

ESTABILIDADE DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO COMUM NO ESTADO DE GOIÁS PARA PRODUTIVIDADE DE GRÃOS, CICLO 2005/2006 1

Documentos. ISSN Junho, Avaliação de Cultivares de Algodoeiro no Cerrado da Bahia - Safra 2014/2015

Instituto de Ensino Tecnológico, Centec.

INFLUÊNCIA DE DIFERENTES ARRANJOS DE PLANTAS EM CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO NA REGIÃO AGRESTE DO ESTADO DE ALAGOAS

DESEMPENHO VEGETATIVO DE CULTIVARES DE MAMONA EM REGIME DE SEQUEIRO NO MUNICÍPIO DE ANGICAL BA

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Algodão Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

3. Titulo: Testes para avaliação de linhagens de soja resistentes a percevejos.

ADUBAÇÃO NITROGENADA E QUALIDADE DA ÁGUA DE IRRIGAÇÃO E SEUS EFEITOS NA PRODUTIVIDADE E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO *

CULTIVARES DE ALGODÃO PARA O BRASIL

DESEMPENHO DE CULTIVARES DE SOJA REGISTRADAS PARA CULTIVO NO RIO GRANDE DO SUL, NA SAFRA DE 1998/99

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS TECNOLÓGICAS DA FIBRA DA BRS 200 MARROM A NÍVEL DE GRANDES CAMPOS DE PRODUÇÃO DE SEMENTES

EFICIÊNCIA DO ÍNDICE DE SELEÇÃO NO MELHORAMENTO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO.

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS AVANÇADAS DE AMENDOIM PARA CARACTERES RELACIONADOS À PRODUÇÃO E TEOR DE ÓLEO

CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS EM ALGODOEIRO IRRIGADO NO LITORAL DO RIO GRANDE DO NORTE

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE GIRASSOL EM SAFRINHA DE 2005 NO CERRADO NO PLANALTO CENTRAL

MELHORAMENTO DO ALGODOEIRO COLORIDO EM MINAS GERAIS (*)

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 1311

CONTROLE DE DOENÇAS POR MEIO DE VARIEDADES RESISTENTES E MANEJO CULTURAL. Nelson Dias Suassuna EMBRAPA - Algodão

Comunicado Técnico. Engenheiro-agrônomo, M. Sc., pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Teresina, PI. ; 2

AVALIACAO DE GENÓTIPOS DE ALGODOEIRO PARA O CERRADO DE RONDÔNIA

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1751

DESEMPENHO DE NOVOS GENÓTIPOS (LINHAGENS AVANÇADAS) DE ALGODOEIRO DE FIBRA LONGA EM REGIME DE IRRIGAÇÃO EM SOORETAMA, ESPÍRITO SANTO, BRASIL

RESPOSTA ECONÔMICA DA CULTURA DO ALGODOEIRO A DOSES DE FERTILIZANTES *

NOVAS CULTIVARES NOVAS CULTIVARES DE ALGODOEIRO PARA MINAS GERAIS:

Resultados de Pesquisa dos Ensaios de Melhoramento de Soja Safra 2008/09

QUALIDADE DA FIBRA EM FUNÇÃO DE DIFERENTES FORMAS DE PLANTIO DA SEMENTE DE ALGODÃO LINTADA, DESLINTADA E DESLINTADA E TRATADA *

Engenheiro agrônomo, M.Sc., pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Teresina, PI. 2

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO INICIAL DE HÍBRIDOS DE MAMONEIRA COM SEMENTES SUBMETIDAS AO ENVELHECIMENTO ACELERADO

CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS EM CULTIVARES DE ALGODÃO HERBÁCEO SUBMETIDAS A DIFERENTES POPULAÇÕES DE PLANTAS. (*)

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Centro Nacional de Pesquisa de Algodão Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Documentos. ISSN Junho, Comportamento de Linhagens de Algodoeiro no Cerrado Baiano - Safra 2014/2015

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Centro Nacional de Pesquisa de Algodão. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Documentos. ISSN Junho, Comportamento de Linhagens de Algodoeiro no Cerrado Baiano - Safra 2014/2015

Documentos. ISSN Junho, Avaliação de Cultivares de Algodoeiro no Cerrado da Bahia, Safra 2015/2016

AVALIAÇÃO DE GENÓTIPOS DE MAMONA DE PORTE BAIXO PARA O ESTADO DO PARANÁ*

Resultados de Pesquisa do Programa de Melhoramento de Soja: Ensaios de Avaliação Final

Palavras-chave: algodão, Gossypium hirsutum, qualidade tecnológica de fibra INTRODUÇÃO

ENSAIO BRASILEIRO DE CULTIVARES RECOMENDADAS DE AVEIA BRANCA EM ITABERÁ, SP, ARAPOTI, PR, TIBAGI, PR E CASTRO, PR, EM 2012.

Avaliação da performance agronômica do híbrido de milho BRS 1001 no RS

Comportamento de genótipos de canola em Maringá em 2003

Documentos EB A. ISSN Junho, 2015

ARRANJO DE PLANTAS PARA LINHAGENS E CULTIVAR DE ALGODOEIRO NO ESTADO DE GOIÁS

PRODUTIVIDADE E COMPONENTES DE PRODUÇÃO DE ALGODOEIRO EM FUNÇÃO DO CULTIVAR EM CHAPADÃO DO SUL - MS 1. Priscila Maria Silva Francisco

GIRASSOL EM SAFRINHA NO CERRADO DO DISTRITO FEDERAL: DESEMPENHO DE GENÓTIPOS EM

REGULADORES DE CRESCIMENTO E ADUBAÇÃO NITROGENADA EM VARIEDADES DE DIFERENTES PORTES DE ALGODOEIRO HERBÁCEO

AVALIAÇÃO DE CONSTITUINTES FISICOQUÍMICOS DE SEMENTES DE ALGODOEIRO HERBÁCEO DO ENSAIO INTERNACIONAL EM DUAS LOCALIDADES DO NORDESTE DO BRASIL

ALTURA FINAL E PRODUTIVIDADE DO ALGODOEIRO HERBÁCEO SOB DIFERENTES DOSES DE REGULADOR DE CRESCIMENTO.

PERFORMANCE DE GENÓTIPOS DE MAMONA AVALIADOS EM CERRADO DE RORAIMA 2008

Transcrição:

AVALIAÇÃO DE NOVAS LINHAGENS ORIUNDAS DE CAMPOS DE SEMENTES GENÉTICAS DE ALGODÃO EM BARBALHA- CE Francisco das Chagas Vidal Neto 1, Eleusio Curvelo FREIRE 1, Francisco Pereira de Andrade 1, José Welington dos Santos 1, Gildo Pereira de Araujo 2 ( 1 Embrapa Algodão, Caixa Postal 174, 5810-720, Campina Grande-PB ; 2 Embrapa Algodão Barbalha-Ce) * RESUMO A seleção de plantas em campos de grande aumento de sementes com posterior avaliação de progênies deu origem a 29 linhagens, que foram avaliadas em um ensaio irrigado, conduzido na Estação Experimental da Embrapa Algodão, no município de Barbalha-CE. O ensaio foi conduzido sob irrigação por aspersão convencional e teve como tratamentos as 29 linhagens, mais as cultivares CNPA ITA 90 e BRS 201, como testemunhas, dispostas no delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. Os tratamentos foram avaliados em relação às características agronômicas e tecnológicas da fibra. De acordo com os resultados, destacaram-se as CNPA- 2000-3613 e CNPA- 2000-3502, com altos rendimentos de fibra e a CNPA 2000-2246 com as melhores características da fibra. INTRODUÇÃO A prática da re-seleção é um procedimento realizado no melhoramento do algodoeiro, em cultivares ou gerações avançadas de um plano de melhoramento, a fim de obter ou restaurar a sua uniformidade. Segundo Pohelman e Sleper (1995), é sempre desejável algum grau de heterogeneidade e heterozigozidade em uma cultivar de algodão, para promover alguma heterose e manter o máximo potencial produtivo. Deste modo, a estratégia do melhorista é purificar as linhas o suficiente para manter a uniformidade em relação ao tipo de planta, resistência a pragas e doenças e características desejáveis, enquanto explora a heterose para a produção de fibra através da polinização cruzada entre genótipos geneticamente diversos. Por outro lado, esta uniformidade nem sempre é mantida, à medida que se avança nas gerações, ocorrendo alguma segregação. Segundo PENNA, (1.999), cultivares brasileiras como a IAC 13, a EPAMIG 3, IAC 20, Redenção e EPAMIG 5 Precoce 1, foram desenvolvidas através deste método ou uma variante dele. Este ensaio teve como objetivo avaliar o comportamento de linhagens oriundas da seleção de plantas em campos de aumento de sementes do programa de melhoramento genético da Embrapa Algodão conduzido em Barbalha-CE. MATERIAL E MÉTODOS O ensaio foi conduzido no Campo Experimental da Embrapa Algodão, localizado no município de Barbalha, estado do Ceará, em solo aluvial, sob irrigação por aspersão convencional. As 29 linhagens linhagens avaliadas em relação às testemunhas (BRS 201 e CNPA ITA 90) foram oriundas da seleção de plantas em campos de aumento de sementes do programa de melhoramento genético da Embrapa Algodão conduzido em Barbalha-CE, no ano de 2000. Foi usado o delineamento de blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram computadas as seguintes variáveis agronômicas e da qualidade da fibra: peso médio de capulho (g), altura média da planta (cm), porcentagem de fibra, produtividade de algodão em rama (kg/ha), aparecimento da primeira flor (dias), aparecimento do primeiro capulho (dias), índice de fiabilidade, resistência (gf/tex), elongação, comprimento SL 2,5% (mm), uniformidade de comprimento, micronaire (µg/pol), índice de * Pesquisas financiada pelo Fundeci Banco do Nordeste.

fibras curtas. As características da fibra foram determinadas em HVI pertencente ao Laboratório de Fibras da Embrapa Algodão. RESULTADOS E DISCUSSÃO Na Tabela 1 observa-se a ausência de significância estatística apenas para produtividade de algodão em caroço. Todos os materiais apresentaram bons peso de capulho e porte médio. As porcentagens de fibra foram muito boas. A média geral do ensaio foi de 42,3%, com mínima de 37,9% (CNPA 2000-2246) e máxima de 44,1% (CNPA 2000-2150), superior à melhor testemunha em 1,6%. As linhagens CNPA- 2000-3098 (2.151,53kg/ha), CNPA- 2000-3502 (2.387,97kg/ha), CNPA- 2000-3509 (2.180,37kg/ha), CNPA- 2000-3600 (2.273,99kg/ha), CNPA- 2000-3613 (2.379,8kg/ha) e CNPA- 2000-3781 (2.120,78kg/ha), apresentaram rendimento de fibra superior à melhor testemunha CNPA ITA 90. A emissão da primeira flor variou de 45,5 (BRS- 201) a 48,2 (CNPA- 2000-2564 e CNPA-2000-3754) dias após a emergência, entre as linhagens. Quanto à abertura de capulho, a linhagem CNPA- 2000-3100 (92,5 dias) foi a mais precoce e a CNPA-2000-3754 foi a mais tardia (97,5 dias). Exceto a linhagem CNPA 2000-3600 (1.952,5), todos os materiais apresentaram bons índices de fiabilidade, de acordo com Beltrão e Santana (2.002) (Tabela 2). A linhagem CNPA 2000-2246 (2.291) apresentou o maior valor. Os valores de resistência da fibra também foram satisfatórios, com exceção das linhagens CNPA-2000-3781 e CNPA- 2000-2150. Os maiores valores foram apresentados pelas linhagens CNPA- 2000-2246 (32,2gf/tex), CNPA- 2000-2621 (32,4gf/tex) e CNPA- 2000-3104 (31,7gf/tex). A elongação ficou na categoria miuto alta, para todos os tratamentos, de acordo com Santana et al. (1.999) e o maior valor foi apresentado pelo CNPA- 2000-3098 (11,7%). Todos os materiais enquadraram-se no comprimento de fibra média a longa. A linhagem CNPA-2000-3838 (30,3mm) destacaram-se com o maior valor. Todas as linhagens apresentaram uniformidade de comprimento nas categorias uniforme a muito uniforme, sem diferenças significativas entre estas. A finura situou-se nas categoria média a grossa. A penas as linhagens CNPA- 2000-2225 e CNPA- 2000-2246 (41,1µg/pol), CNPA- 2000-2644 (4,0µg/pol) e CNPA- 2000-3070 (4,2µg/pol), situaram-se dentro dos padrões definidos por Beltrão e Santana (2.002). O índice de fibras curtas obtidos pelas linhagens foi classificado na categoria muito baixo, de conformidade com Santana et al. (1999). Todas os tratamentos apresentaram índices de fibras curtas iguais ou próximos de 3,5%, considerado ideal para a indústria têxtil, segundo Beltrão e Santana (2.002). CONCLUSÕES Em termos agronômicos destacaram-se as linhagens CNPA- 2000-3098, CNPA- 2000-3502, CNPA- 2000-3509, CNPA- 2000-3600, CNPA- 2000-3613 e CNPA-2000-3781, com produtividades elevadas e altos rendimentos de fibra. As linhagens CNPA- 2000-2246, CNPA- 2000-2225 e CNPA- 2000-3070 destacaram-se em relação às características de fibra. REFERÊNCIAS bibliográficas BELTRÃO, N.E. de M.; SANTANA, J.C.F. de. Atualidade algodoeira no Brasil e no mundo. Bahia Agric., v.5, n.1, p. 19-21, set. 2002. PENNA, J.C.V. Melhoramento do algodoeiro. In: BORÉM, A. Melhoramento de espécies cultivadas (Ed.), Viçosa: UFV, 1.999. 817p. :il.

POHELMAN, J.M.; SLEPER, D.A. Breeding field crops. Iowa: Iowa State University Press, 4a ed. 1995. 494p. SANTANA, J.C.F. de, et al. Características da fibra e do fio do algodão: análise e interpretação dos resultados. In: BELTRÃO, N.E. de M. (Org.) O agronegócio do algodão no Brasil. Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, 1.999. v.2, p. 857-880. Tabela 1. Valores médios das características agronômicas de linhagens de algodoeiro oriundas dos campos de grande aumento de sementes, irrigadas. Barbalha-CE, 2002. Tratamento Peso do capulho (g) Altura da planta (cm) Porcentagem de fibra Produtividade (kg/ha) Primeira Flor (dias) Primeiro capulho (dias) CNPA ITA-90 5,8 e 89,2 ab 42,5 abcd 4.972,2a 46,7 abc 94,0 bcde BRS- 201 6,1 cde 90,0 ab 40,6 d 4.338,0a 45,5 c 94,2 abcde CNPA- 2000-2150 6,4 abcde 91,2 ab 44,1 a 4.679,5a 47,0 abc 93,5 bcde CNPA- 2000-2225 6,6 abcde 85,2 ab 42,6 abcd 4.244,2a 47,0 abc 93,0 cde CNPA- 2000-2246 7,1 a 101,2 a 37,9 e 4.319,5a 47,5 abc 93,2 bcde CNPA- ITA 90 6,1 cde 89,7 ab 43,1 abc 4.525,0a 46,7 abc 93,5 bcde CNPA- 2000-2324 7,1 ab 88,5 ab 41,9 abcd 4.308,0a 47,0 abc 92,7 de CNPA- 2000-2564 6,8 abcd 84,5 ab 44,0 a 1.608,7b 48,2 a 95,0 abcde CNPA- 2000-2565 6,7 abcd 88,0 ab 43,7 a 4.526,5a 46,0 bc 94,7 abcde CNPA- 2000-2581 6,5 abcde 84,7 ab 41,8 abcd 4.415,5a 46,5 abc 92,7 de CNPA- 2000-2621 6,0 de 73,7 b 41,9 abcd 4.513,7a 46,0 bc 93,0 cde CNPA- 2000-2644 6,4 abcde 87,5 ab 42,6 abcd 4.183,7a 46,7 abc 94,0 bcde CNPA- 2000-3070 7,2 a 84,0 ab 42,3 abcd 4.258,5a 46,0 bc 92,7 de CNPA- 2000-3080 6,0 de 81,7 b 41,7 abcd 4.398,2a 47,5 abc 95,0 abcde CNPA- 2000-3098 6,2 bcde 88,7 ab 42,0 abcd 5.122,7a 47,0 abc 94,5 abcde CNPA- 2000-3100 6,1 cde 82,2 b 40,9 cd 4.439,0a 46,0 bc 92,2 e CNPA- 2000-3104 6,3 abcde 83,7 ab 41,8 abcd 4.160,0a 46,7 abc 92,5 e CNPA- 2000-3502 7,0 abc 83,7 ab 43,2 abc 5.527,7a 47,0abc 96,0 abcd CNPA- 2000-3509 6,1 cde 85,5 ab 43,3 ab 5.035,5a 47,5abc 95,5 abcde CNPA- 2000-3545 6,9 abcd 79,5 b 42,2 abcd 4.661,5a 47,2 abc 95,5 abcde CNPA- 2000-3600 6,5 abcde 79,2 b 43,3 ab 5.251,7a 47,2 abc 95,2 abcde CNPA- 2000-3613 6,6 abcde 81,5 b 42,3 abcd 5.626,0a 47,2 abc 96,2 abc CNPA- 2000-3664 6,4 abcde 86,5 ab 41,2 bcd 4.787,0a 47,5 abc 94,7 abcde CNPA- 2000-3699 6,8 abcd 86,0 ab 42,4 abcd 4.855,7a 46,5 abc 94,2 abcde CNPA- 2000-3727 6,8 abcd 81,5 b 41,9 abcd 4.889,0a 46,7 abc 94,5 abcde CNPA-2000-3748 6,5 abcde 89,2 ab 42,4 abcd 4.974,7a 47,5 abc 96,5 ab CNPA-2000-3754 6,5 abcde 88,0 ab 42,1 abcd 5.285,7a 48,2 a 97,5 a CNPA-2000-3781 7,0 abc 82,2 b 42,7 abcd 4.966,7a 47,7 ab 96,2 abc CNPA-2000-3782 6,6 abcde 90,2 ab 43,6 a 4.594,0a 47,2 abc 95,2 abcde CNPA-2000-3838 6,9 abcd 86,0 ab 42,6 abcd 4.954,7a 47,2 abc 95,0 abcde

CNPA-2000-3852 6,7 abcde 90,2 ab 42,4 abcd 4.830,7a 47,7 ab 96,5ab CV 5,2 7,6 2,0 13,8 1,7 1,3 Valores seguidos da mesma letra, em cada coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Tabela 2. Valores médios das características da fibra, do ensaio e linhagens de algodoeiro oriundas dos campos de grande aumento de sementes, irrigadas. Barbalha-CE, 2002. Tratamento Fiabilidade Resistên cia (gf/tex) Elongação Comprim. SL 2,5% (mm) Uniform.compr. Micronaire (µg/pol) fibras curtas CNPA ITA-90 2146,0 abcd 28,8 abc 10,9 abcd 28,4 abcdef 86,2 a 4,8 bcdefg 3,5 a BRS- 201 2140,7 abcd 26,4 abc 10,1 bcd 29,3 abcd 85,4 a 4,6 hcdefg 4,0 a CNPA- 2000-2150 2123,7 abcd 23,2 c 9,9 bcd 28,7 abcdef 84,7 a 4,6 hcdefg 4,5 a CNPA- 2000-2225 2214,5 abc 29,0 abc 10,3 abcd 28,8 abcdef 84,8 a 4,1 h 4,6 a CNPA- 2000-2246 2291,0 a 32,2 a 9,9 cd 29,7 ab 85,0 a 4,1 h 3,8 a CNPA- ITA - 90 2164,5 abcd 28,7 abc 10,8 abcd 28,1 bcdef 85,6 a 4,7 h bcdefg 3,8 a CNPA- 2000-2324 2030,5 cd 26,7 abc 9,9 d 27,5 bcdef 85,4 a 5,0 abcdef 4,6 a CNPA- 2000-2564 2074,0 bcd 26,8 abc 10,0 bcd 27,5 bcdef 85,4 a 4,9 abcdef 4,4 a CNPA- 2000-2565 2135,7 abcd 28,4 abc 11,2 abcd 28,1 abcdef 86,1 a 4,8 bcdefg 3,8 a CNPA- 2000-2581 2092,2 abcd 26,5 abc 10,0 bcd 27,2 def 85,7 a 4,6 hcdefg 4,6 a CNPA- 2000-2621 2168,0 abc 32,4 a 11,0 abcd 28,2 abcdef 86,0 a 4,6 hcdefg 3,8 a CNPA- 2000-2644 2207,2 abc 28,6 abc 10,9 abcd 28,3 abcdef 84,8 a 4,0 h 4,7 a CNPA- 2000-3070 2263,5 ab 29,6 abc 10,6 abcd 29,5 abc 86,9 a 4,2 h 3,5 a CNPA- 2000-3080 2230,7 abc 28,1 abc 10,3 abcd 29,2 abcde 87,1 a 4,6 hcdefg 3,5 a CNPA- 2000-3098 2211,2 abc 31,1 ab 11,7 a 29,0 abcde 86,8 a 4,5 hdefg 3,5 a CNPA- 2000-3100 2190,2 abc 30,7 ab 10,6 abcd 28,3 abcdef 86,4 a 4,4 hfg 3,5 a CNPA- 2000-3104 2180,2 abc 31,7 a 10,4 abcd 27,8 bcdef 86,7 a 4,4 hefg 3,5 a CNPA- 2000-3502 2127,0 abcd 26,1 abc 10,2 abcd 28,9 abcdef 85,8 a 5,0 abcdef 3,7 a CNPA- 2000-3509 2115,7 abcd 27,6 abc 11,4 abcd 27,8 bcdef 85,7 a 5,2 abcd 3,8 a CNPA- 2000-3545 2021,2 cd 28,4 abc 11,1 abcd 26,8 f 85,7 a 5,4 ab 4,4 a CNPA- 2000-3600 1952,5 d 25,1 bc 10,3 abcd 27,0 ef 85,0 a 5,6 a 5,0 a CNPA- 2000-3613 2129,7 abcd 27,7 abc 10,5 abcd 28,8 abcdef 85,7 a 4,9 bcdefg 4,1 a CNPA- 2000-3664 2146,5 abcd 30,9 ab 11,5 ab 29,0 abcdef 86,2 a 5,0 abcdef 3,6 a CNPA- 2000-3699 2066,5 bcd 28,6 abc 10,1 bcd 27,8 bcdef 85,0 a 5,0 abcdef 4,7 a CNPA- 2000-3727 2156,0 abcd 28,8 abc 10,6 abcd 29,2 abcde 86,1 a 4,9 abcdef 3,5 a CNPA-2000-3748 2108,0 abcd 28,6 abc 10,5 abcd 28,2 abcdef 86,1 a 4,9 abcdef 3,7 a CNPA-2000-3754 2048,7 cd 27,5 abc 11,3 abcd 28,5 abcdef 85,6 a 5,1 abcd 4,1 a CNPA-2000-3781 2041,7 cd 25,9 abc 10,9 abcd 27,7 bcdef 85,1 a 5,2 abc 4,6 a CNPA-2000-3782 2073,0 bcd 28,3 abc 11,1 abcd 27,4 cdef 85,9 a 5,1 abcde 4,4 a CNPA-2000-3838 2226,5 abc 30,4 ab 11,5 abc 30,3 a 86,4 a 4,8 bcdefg 3,5 a

CNPA-2000-3852 2064,0 bcd 26,4 abc 10,8 abcd 28,2 abcdef 85,8 a 5,2 abcd 4,2 a CV 3,5 8,2 5,2 2,8 1,0 5,0 19,7 * Valores seguidos da mesma letra, em cada coluna, não diferem significativamente pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.