REGULAMENTO DE LIQUIDAÇÃO E COBRANÇA DA TAXA PELA EXPLORAÇÃO DE INERTES. Aprovada em Assembleia Municipal a 27/11/2000



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Transcrição:

REGULAMENTO DE LIQUIDAÇÃO E COBRANÇA DA TAXA PELA Aprovada em Assembleia Municipal a 27/11/2000 Publicado em DR, nº 62, (apêndice 33), Série II, de 14/03/2001

Artigo 1º Lei habilitante O presente Regulamento é elaborado ao abrigo e nos termos do disposto na alínea a) do nº 6 do artigo 64º e na alínea a) do nº 2 do artigo 53º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro. Artigo 2º Objecto O presente Regulamento tem por objecto estabelecer as normas por que se regerá a liquidação e cobrança da taxa por ressarcimento dos prejuízos causados ao Município pela exploração de inertes na respectiva área, prevista na alínea n) do artigo 19º da Lei nº 42/98, de 6 de Agosto. Artigo 3º Incidência Fica sujeita a pagamento de taxa, a extracção de inertes na área do Município sempre que o produto da extracção se destine a ser transaccionado directamente ou através de terceiros. Artigo 4º Taxa A taxa devida pela extracção de inertes corresponderá a 250$00 por cada metro cúbico extraído. Artigo 5º Liquidação 1 - A liquidação da taxa a que se refere o artigo 3º far-se-á em face de declaração que os exploradores dos inertes ficam obrigados a apresentar na Secção de Taxas e Licenças da Câmara Municipal, arredondando-se por excesso os valores obtidos, a final, para a dezena de escudos imediatamente superior. 2 - A declaração referida no número anterior será apresentada até ao dia 20 de cada mês e relativamente ao mês anterior, devendo a mesma conter a identificação do declarante, o número total de metros cúbicos extraídos e sua discriminação por tipo de inertes e ser acompanhada de uma relação das facturas emitidas no mês, discriminando o número, data, nome do adquirente, matricula do veículo e metros cúbicos. 1

3 - Na falta da apresentação da declaração referida nos números anteriores, ou quando houver motivo fundamentado para crer que a mesma não corresponde à realidade, a liquidação efectuar-se-á com base na extracção presumível, servindo de elementos indicadores, nomeadamente, o volume médio extraído nos três meses anteriores e a alteração verificada na topografia do local da extracção. 4 - A correcção do valor cobrado será feita logo que obtida a declaração a que se referem os nºs 1 e 2 ou os elementos que permitam a liquidação definitiva da taxa efectivamente devida. 5 - Verificando-se que da liquidação inicial resultou prejuízo para o município, o explorador em falta será notificado, por mandado ou carta registada com aviso de recepção, para, no prazo de 15 dias, pagar a diferença acrescida dos juros de mora, sob pena de, não o fazendo, se proceder à cobrança coerciva através das execuções fiscais. 6 - Não serão de fazer liquidações adicionais de valor inferior a 5 000$00. 7 - Quando haja sido liquidada quantia superior à devida, de valor superior ao estabelecido no número anterior, deverão os serviços municipais competentes promover, oficiosamente e de imediato, a restituição ao interessado da importância indevidamente liquidada ou a mais paga. 8 - A Câmara poderá criar uma comissão destinada a emitir parecer sobre a fixação do montante da taxa a aplicar, nos casos referidos no nº 3. Artigo 6º Livro de registo 1 - Os exploradores de inertes são obrigados a possuir um livro de registo de modelo fornecido pela Câmara, com termo de abertura e encerramento assinado pelo Presidente da Câmara, numerado e rubricado em todas as folhas, no qual serão escriturados cronologicamente os valores sujeitos à taxa, com indicação do adquirente dos inertes, até 8 dias após a emissão das respectivas facturas. 2 - Se os exploradores dos inertes dispuserem de meios informáticos que lhes permitam obter relação com os elementos a escriturar no livro referido no número anterior, poderá o registo no livro fazer-se pelo valor global de cada dia ou semana, ou pela facturação periódica, arquivando-se em pasta anexa ao livro a respectiva relação. 2

Artigo 7º Inicio e termo da actividade 1 - Os exploradores de inertes são obrigados a comunicar à Câmara Municipal o inicio e o termo da actividade da exploração de inertes sujeita ao pagamento da taxa referida no artigo 3º. 2 - A comunicação referida no número anterior será feita no prazo de 15 dias, a contar da data dos factos que a originaram. Artigo 8º Pagamento 1 - O pagamento da taxa pela extracção de inertes será feito na tesouraria municipal no prazo de um mês subsequente ao final do mês da extracção, para o que deverão ser solicitadas guias na Secção de Taxas e Licenças da Câmara Municipal. 2 - O pagamento poderá ainda ser feito, com o acréscimo dos respectivos juros de mora, no mês imediato ao termo do prazo referido no número anterior, após o que se procederá à cobrança coerciva. Artigo 9º Fiscalização 1 - A Fiscalização do cumprimento das disposições do presente Regulamento incumbe aos funcionários municipais para o efeito designados. 2 - Os exploradores de inertes são obrigados a consentir na entrada dos funcionários encarregados da fiscalização nas suas instalações e a facultar-lhes o exame dos documentos de suporte contabilístico relativos à exploração e facturação dos inertes. Artigo 10º Contra - ordenações 1 - A infracção ao presente regulamento mesmo negligente constitui contra-ordenação, punível com as seguintes coimas, arredondadas ao milhar de escudos superior: a) De 10% a 100 % do salário mínimo nacional, a violação do disposto no artigo 7º, ou a incorrecta escrituração do livro ou da declaração referidos, respectivamente, no artigo 6º e no nº 2 do artigo 5º; b) De 20% a 200% do salário mínimo nacional, a não apresentação da declaração referida no nº 2 do artigo 5º ou a inexistência do livro referido no artigo 6º e a violação do disposto no nº 2 do artigo 9º. 3

2 - A competência para a instauração e instrução do processo de contra - ordenação e a aplicação das coimas pertence ao Presidente da Câmara, que a poderá delegar em qualquer Vereador. Artigo 11º Entrada em vigor O presente Regulamento entra em vigor 15 dias após a sua publicação legal. 4