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Transcrição:

Parlamento Europeu 2014-2019 Documento de sessão 28.5.2015 B8-0000/2015 PROJETO DE PROPOSTA DE RESOLUÇÃO apresentada na sequência da pergunta com pedido de resposta oral B8-xxx/xxxx nos termos do artigo 128.º, n.º 5, do Regimento sobre o seguimento da Resolução do Parlamento Europeu, de 12 de março de 2014, sobre o programa de vigilância eletrónica em larga escala dos cidadãos da UE (2015/0000(RSP)) Claude Moraes em nome da Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos RE\1062925.doc PE557.264v02-00 Unida na diversidade

B8-0000/2015 Resolução do Parlamento Europeu sobre o seguimento da Resolução do Parlamento Europeu, de 12 de março de 2014, sobre o programa de vigilância eletrónica em larga escala dos cidadãos da UE (2015/0000(RSP)) O Parlamento Europeu, Tendo em conta a sua Resolução, de 12 de março de 2014, sobre o programa de vigilância da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA), os organismos de vigilância em diversos Estados-Membros e o seu impacto nos direitos fundamentais dos cidadãos da UE e na cooperação transatlântica no domínio da justiça e dos assuntos internos 1 («resolução»), Tendo em conta o Documento de Trabalho sobre o seguimento do inquérito da Comissão LIBE sobre a vigilância eletrónica em larga escala dos cidadãos da UE, de 19 de janeiro de 2015 2, Tendo em conta a Resolução da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, de 21 de abril de 2015, sobre a vigilância em larga escala, A. Considerando que, na sua resolução, instou as autoridades dos EUA e os Estados-Membros da UE a proibirem as atividades de vigilância e o tratamento em larga escala de dados pessoais de pessoas inocentes e denunciou ações comunicadas por serviços de informação que afetaram gravemente a confiança e os direitos fundamentais dos cidadãos da UE; que, na resolução, apontou para a possível existência de outras motivações, incluindo a espionagem política e económica, tendo em conta a capacidade dos programas de vigilância em larga escala de que tomou conhecimento; B. Considerando que, na resolução, lançou um plano intitulado «Habeas Corpus Digital Europeu proteger os direitos fundamentais na era digital», que prevê oito ações específicas, e encarregou a Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos de o acompanhar no prazo de um ano, a fim de avaliar até que ponto foi dado seguimento às recomendações; C. Considerando que o documento de trabalho referido incide, quer na evolução registada desde que a resolução foi aprovada, tendo continuado, desde então, a surgir em catadupa revelações sobre as alegadas atividades de vigilância eletrónica em larga escala, quer na situação da execução do plano proposto intitulado «Habeas Corpus Digital Europeu», frisando que a resposta dada pelas instituições, pelos Estados-Membros e pelas partes instadas a agir foi limitada; D. Considerando que, na resolução, exortou a Comissão e as demais instituições, órgãos, organismos e agências da UE a darem seguimento às recomendações, em conformidade com o disposto no artigo 265.º do TFUE (omissão); 1 Textos Aprovados, P7_TA(2014)0230. 2 PE546.737v01-00. PE557.264v02-00 2/6 RE\1062925.doc

1. Saúda os inquéritos abertos pelo Bundestag, pelo Conselho da Europa, pelas Nações Unidas e pelo Senado brasileiro, bem como os debates realizados em muitos outros parlamentos nacionais e o trabalho desenvolvido por diversos intervenientes da sociedade civil, que contribuíram para promover a consciencialização do público para a vigilância eletrónica em larga escala; 2. Manifesta-se profundamente desiludido, não obstante, com a falta geral de sentido de urgência e de vontade da maioria dos Estados-Membros e das instituições da UE de se debruçarem seriamente sobre as questões levantadas pela resolução e de seguirem as recomendações concretas aí apresentadas, bem como com a falta de transparência e de diálogo com o Parlamento Europeu; 3. Considera que, até à data, a reação da Comissão à resolução tem sido extremamente inadequada, atendendo à gravidade das revelações; insta a Comissão a dar resposta aos apelos feitos na resolução, o mais tardar, até dezembro de 2015; reserva-se o direito de interpor um recurso por omissão ou de criar uma reserva onde manter certos recursos orçamentais destinados à Comissão, até que tenha sido dado o seguimento adequado a todas as recomendações; Pacote relativo à proteção de dados 4. Reitera os seus apelos ao Conselho para que este acelere os trabalhos no âmbito do pacote relativo à proteção de dados, a fim permitir a sua adoção em 2015; exorta, a este respeito, o Conselho a apresentar um roteiro claro para a adoção de uma abordagem geral em relação ao projeto de Diretiva relativa à proteção de dados; 5. Recorda ao Conselho o seu compromisso de respeitar a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia nas alterações que apresentou às propostas da Comissão; reitera, em particular, que o nível de proteção proporcionado não deve ser inferior ao nível já estipulado pela Diretiva 95/46/CE; 6. Salienta que, tanto o Regulamento em matéria de proteção de dados, como a Diretiva relativa a este mesmo assunto, são necessários para proteger os direitos fundamentais dos indivíduos e que, por esse motivo, devem ser tratados como um pacote a adotar em simultâneo, a fim de assegurar que todas as atividades de tratamento de dados na UE garantam um elevado nível de proteção em quaisquer circunstâncias; sublinha que o objetivo de reforçar os direitos e as proteções dos indivíduos no que concerne ao tratamento dos seus dados pessoais tem de ser cumprido quando o pacote for adotado; «Acordo global» UE-EUA 7. Faz notar que, desde que a resolução foi aprovada, decorreram várias rondas de negociações com os EUA, com vista a chegar a um acordo relativamente ao acordo-quadro UE-EUA sobre a proteção dos dados pessoais transferidos e tratados para efeitos de aplicação da lei («acordo global»); 8. Regozija-se com os esforços envidados pelo Governo dos EUA no sentido de restabelecer a confiança, mediante a apresentação do «Judicial Redress Act» (lei sobre o recurso judicial) de 2015 ao Congresso; entende que é de suma importância garantir os mesmos direitos de RE\1062925.doc 3/6 PE557.264v02-00

recurso judicial efetivo aos cidadãos da UE/indivíduos cujos dados pessoais são tratados na UE e transferidos para os EUA, sem que haja qualquer discriminação entre os cidadãos da UE e os cidadãos dos EUA nas mesmas circunstâncias; apela ao Congresso para que aprove a legislação neste domínio; «Porto seguro» 9. Relembra que, na resolução, solicitou a suspensão imediata da Decisão relativa ao «porto seguro», uma vez que não proporciona uma proteção adequada dos dados pessoais dos cidadãos da UE; 10. Recorda que a Comissão dirigiu treze recomendações aos EUA, na sua Comunicação, de 27 de novembro de 2013, sobre o funcionamento do sistema «porto seguro», com vista a assegurar um nível de proteção adequado; 11. Opõe-se ao facto de o Parlamento não ter recebido uma comunicação formal da Comissão sobre a situação do seguimento das treze recomendações, embora a Comissão tenha anunciado que enviaria o documento até ao verão de 2014; aguarda que a Comissão envie o referido documento sem demora; 12. Continua extremamente cético, na ausência de um seguimento apropriado das treze recomendações até à data, relativamente à questão da proteção adequada dos dados pessoais ao abrigo do sistema «porto seguro» e mantém a sua posição de que o sistema «porto seguro» deve ser suspenso devido à falta de adequação do nível de proteção; 13. Observa que a suspensão da Decisão relativa ao «porto seguro» foi apresentada pela Comissão como uma «opção» a ponderar, caso não se encontrasse uma solução satisfatória para os problemas identificados; convida a Comissão a estudar alternativas relativamente ao sistema «porto seguro» e a comunicar as suas conclusões sobre a matéria até ao final de 2015; Controlo democrático 14. Insta os parlamentos nacionais que ainda não tenham instituído um verdadeiro controlo das atividades de informação a fazê-lo e a zelarem por que esses comités/organismos de controlo disponham de recursos, conhecimentos especializados e instrumentos jurídicos suficientes para poderem controlar eficazmente os serviços de informação; 15. Tenciona acompanhar a Conferência sobre o controlo democrático dos serviços de informação na União Europeia, em 28-29 de maio de 2015, e prosseguir os seus esforços no sentido de assegurar o intercâmbio de práticas de excelência no âmbito do controlo dos serviços de informação, em estreita coordenação com os parlamentos nacionais, de modo a velar por que existam mecanismos de controlo eficazes; Restabelecer a confiança 16. Frisa que uma boa relação entre a UE e os EUA continua a ser imprescindível para ambas as partes; assinala que as revelações sobre a vigilância comprometeram o apoio público desta relação e que é imperativo tomar medidas para garantir o restabelecimento da confiança, designadamente à luz da atual necessidade de cooperação no âmbito de um grande número de PE557.264v02-00 4/6 RE\1062925.doc

questões geopolíticas de interesse comum; salienta, neste contexto, que os EUA e a UE no seu conjunto têm de encontrar uma solução negociada, no respeito dos direitos fundamentais; 17. Sublinha que a UE deve contribuir para o desenvolvimento de normas/princípios internacionais, ao nível das Nações Unidas, em consonância com o Pacto Internacional das Nações Unidas sobre os Direitos Civis e Políticos, por forma a criar um quadro em matéria de proteção de dados à escala mundial, incluindo limitações específicas no que se refere à recolha de dados para efeitos de segurança nacional; 18. Está convicto de que só estabelecendo normas credíveis a nível mundial, será possível evitar uma corrida às armas de vigilância; Empresas privadas 19. Congratula-se com as iniciativas das empresas no setor das TI com vista a reforçar os instrumentos que permitem garantir a privacidade dos seus clientes, nomeadamente através do aumento do recurso à encriptação na tecnologia destinada aos consumidores; constata que várias empresas também anunciaram planear recorrer à encriptação integral («end-to-end») em resposta às revelações sobre a vigilância em larga escala; Acordo TFTP 20. Manifesta-se desapontado pelo facto de a Comissão ter ignorado o claro apelo do Parlamento relativamente à suspensão do acordo TFTP, atendendo a que não foram dadas informações claras que permitissem esclarecer se outros organismos do governo dos EUA teriam acedido a dados do sistema SWIFT fora do âmbito do TFTP; pretende ter este aspeto em conta quando, no futuro, lhe for solicitada a sua aprovação para a celebração de acordos internacionais; Outros intercâmbios de dados pessoais com países terceiros 21. Reitera a sua posição de que todos os acordos, mecanismos e decisões em termos de adequação relativamente ao intercâmbio de dados pessoais com países terceiros exigem uma monitorização rigorosa e um acompanhamento imediato da Comissão, na qualidade de guardiã do Tratado; 22. Exorta a Comissão a comunicar ao Parlamento, até ao final de 2015, quais as lacunas identificadas nos diferentes instrumentos utilizados para as transferências internacionais de dados, no que concerne ao acesso pelas autoridades responsáveis pela aplicação da lei e pelos serviços de informação dos países terceiros, e quais os meios para abordar estas questões, a fim de assegurar que os dados pessoais da UE transferidos para países terceiros continuem a beneficiar da tão necessária proteção adequada; Proteção do primado do Direito e dos direitos fundamentais dos cidadãos da UE/Reforço da proteção dos autores de denúncias e dos jornalistas 23. Considera que os direitos fundamentais dos cidadãos da UE continuam a estar em perigo e que pouco tem sido feito para garantir a plena proteção de tais direitos no caso da vigilância eletrónica em larga escala; lamenta os limitados progressos realizados no sentido de assegurar RE\1062925.doc 5/6 PE557.264v02-00

a proteção dos autores de denúncias e dos jornalistas; 24. Deplora que a Comissão não tenha respondido ao pedido do Parlamento relativo à realização de uma análise sobre um programa europeu abrangente para a proteção dos autores de denúncias e insta a Comissão a apresentar, o mais tardar, até ao final de 2016, uma comunicação sobre este assunto; Estratégia europeia para o aumento da independência das TI 25. Manifesta-se dececionado pelo facto de a Comissão não ter tomado medidas com vista a dar seguimento às recomendações pormenorizadas constantes da resolução relativas ao reforço da segurança informática e da privacidade em linha na UE; 26. Reconhece que, até ao momento, já foram adotadas medidas para reforçar a segurança informática do Parlamento; solicita que esses esforços sejam prosseguidos e que seja dado seguimento de forma plena e rápida às recomendações contidas na resolução; apela à apresentação de novas ideias e, se necessário, de uma alteração legislativa no domínio da contratação pública, a fim de reforçar a segurança informática das instituições da UE; 27. Reitera firmemente o seu apelo em prol do desenvolvimento, no âmbito das novas iniciativas, como o mercado único digital, de uma estratégia europeia para o aumento da independência das TI e da privacidade em linha que dinamizará o setor das TI na UE; 28. Tenciona apresentar recomendações suplementares neste domínio na sequência da Conferência intitulada «Protecting on-line privacy by enhancing IT security and EU IT autonomy» (proteger a privacidade em linha através do reforço da segurança informática e da autonomia das TI na UE), agendada para o final de 2015; Governação democrática e neutra da Internet 29. Saúda o objetivo da Comissão de tornar a UE um interveniente de referência no quadro da governação da Internet e a sua visão de um modelo multilateral neste domínio, reiterado durante a reunião multilateral sobre o futuro da governação da Internet (NETmundial), realizada em abril de 2014, no Brasil; aguarda com expetativa os trabalhos em curso neste domínio à escala internacional, designadamente no âmbito do Fórum sobre a Governação da Internet; Seguimento 30. Encarrega a Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos de continuar a acompanhar os desenvolvimentos neste domínio e o seguimento das recomendações formuladas na resolução e de prestar novas informações ao plenário sobre este tema no prazo de um ano; 31. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho, à Comissão, aos governos e parlamentos dos Estados-Membros e ao Conselho da Europa. PE557.264v02-00 6/6 RE\1062925.doc