Ato do INPI pode proteger frases e sinais de propaganda. As reuniões das Comissões de Estudo da ABPI



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Transcrição:

Boletim da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA PROPRIEDADE INTELECTUAL Abril de 2003 - nº 40 Ato do INPI pode proteger frases e sinais de propaganda José Carlos Tinoco Soares, que atua há 60 anos na área da propriedade industrial do País, em sua palestra, durante almoço da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual - ABPI, abordou assunto polêmico ao falar sobre Expressões, Frases e Sinais de Propaganda. Ele propõe o lançamento das bases para a proteção das expressões, frases e sinais na propaganda como marca, dispensando a alteração da Lei. Sua proposta, como ele próprio define, é uma forma suave de apresentar um trabalho que exigirá a boa vontade de todos. É uma forma sadia e boa com exemplos da grande maioria de países que adota. São alternativas, com precedentes. Páginas 4 e 5 Na mesa principal, da esquerda para a direita: Drs. Manoel J. Pereira dos Santos, Gustavo Starling Leonardos, José Carlos Tinoco Soares, o palestrante; José Antonio B. L. Faria Correa, o presidente da ABPI; Luiz Antonio Ricco Nunes, Herlon Monteiro Fontes e Alberto Camelier, presidente da ASPI. Sistema OMC não soluciona questões da ALCA A Comissão de Estudo de Integração Regional analisou a possibilidade de usar o sistema de solução de controvérsia da OMC nas questões decorrentes de acordos regionais e bilaterais, como no caso da ALCA. Página 6 As reuniões das Comissões de Estudo da ABPI A Comissão de Estudo de Integração Regional analisou as propostas existentes da ALCA, visando elaborar sugestões e propostas aos negociadores brasileiros. Já a Comissão de Direito da Concorrência discutiu as questões da LIDC - Ligue Internationale du Droit de la Concurrence para o próximo Seminário a ser realizado em Barcelona (9 a 12 de outubro de 2003). Têm reuniões agendadas as Comissões de Indicações Geográficas para discutir cachaça no dia 24 de abril e a de Biotecnologia, que vai analisar Os primeiros meses das diretrizes para o exame de pedidos de patente nas áreas de biotecnologia e farmácia no dia 29 de abril e, se possível, começará a discutir a soja transgênica. Página 7 Nº 40 Abril de 2003 Boletim da ABPI 1

Editorial Expressões, frases e sinais de propaganda Vivian de Melo Silveira Secretária da Comissão de Estudos de Marcas da ABPI A reunião-almoço da ABPI, realizada neste 20 de março de 2003, no Rio de Janeiro, contou com palestra do Dr. José Carlos Tinoco Soares, cujo tema foi Expressões, Frases e Sinais de Propaganda. O Dr. Tinoco foi muito prestigiado pela audiência, que reconhece suas contribuições marcantes na área da propriedade industrial há mais de 60 anos, com muitos participantes vindos de São Paulo apenas para ouvi-lo. O Dr. Tinoco começou sua palestra com um histórico acerca da proteção às expressões, frases e sinais de propaganda no Brasil, explicando que tal proteção estava prevista em nosso ordenamento jurídico desde o Decreto nº 24.507, de 29/4/1934, que incluiu em seu Título II, art. 26, a proteção aos sinais, tabuletas e emblemas usados em anúncios, reclames ou propaganda. A Lei de Propriedade Industrial (LPI nº 9.279, de 14/5/1996), excluiu de seu âmbito o registro das expressões de propaganda, estabelecendo em seu art. 233 que os pedidos de registro de expressão ou sinal de propaganda serão definitivamente arquivados e os registro em vigor não serão prorrogados. O Dr. Tinoco entende que a disposição do Ato Normativo do INPI nº 137, de 30/4/1997, que, de um lado, proíbe o registro e, de outro, exclui a proteção então vigente às expressões de propaganda, é de excessivo rigor e contraria tratados internacionais e leis de muitos países que a protegem sob a generalidade do termo slogan. A proteção aos sinais de propaganda como marca é recomendada pela AIPPI e também está incluída, de forma generalizada, em acordos internacionais como o TRIPs. O Dr. Tinoco discorreu acerca das legislações de diversos países que prevêem o registro e a proteção às expressões de propaganda, entre outros: Peru, Bolívia, Venezuela, Equador, Colômbia, Paraguai, Argentina, Estados Unidos, Chile, México, Portugal, Uruguai e Honduras. O palestrante entende que a exclusão da proteção às expressões de propaganda da LPI é lamentável e injustificada, contrariando uma tendência mundial. A proposta do palestrante é que não se altere e nem se crie nova lei para proteção de tais sinais, mas que se complementem as Diretrizes de Análise de Marcas do INPI para incluir o conceito de frase, expressão ou sinal de propaganda e estabelecer o que não poderá ser concedido como tal. Além disso, o Ato Normativo 137 deveria ser acrescido das instruções para preenchimento do requerimento para o depósito, como marca, da expressão de propaganda. O Dr. Tinoco encerrou sua palestra comentando o Projeto de Lei do Senado nº 48 de 2002, que altera a LPI para incluir a proteção aos sinais ou expressão de propaganda, bem como a Resolução da ABPI neste mesmo sentido, mas entende que não há a necessidade de modificação legislativa para que seja admitido o registro, como marca, das expressões de propaganda. A audiência manteve debates animados sobre a matéria, controversa em muitos aspectos. O Dr. Denis Borges Barbosa mencionou que estuda a matéria desde 1980, quando elaborou trabalho sobre o assunto a pedido do então Presidente do INPI, Sr. Artur Carlos Bandeira. O Dr. Denis é de opinião contrária à do palestrante, entendendo que a proteção aos sinais e expressões de propaganda já se dá por diferentes formas, como o direito autoral, não sendo necessário o registro no INPI, que daria o monopólio ao seu titular pelo período de proteção de uma marca, quando, atualmente, as propagandas são tão efêmeras. Notas Novos associados O Conselho Diretor aprovou a admissão dos novos associados, em sua reunião do dia 20 de março, em São Paulo: Andre Ferreira de Oliveira (Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira) Daniela Lin Pacífico (Momsen, Leonardos & Cia.) Daniela Soares Pifano Barcia (Momsen, Leonardos & Cia.) Evelyn Uliana Montellano (Momsen, Leonardos & Cia.) Luciana A.B. Barreto (Martinez & Moura Barreto) Maria do Carmo Garcez Ghirardi (Momsen, Leonardos & Cia.) Museu Paraense Emílio Goeldi (Benedita da Silva Barros) Patrícia Helena Barbelli (Pepsico do Brasil Ltda.) Renata Barros Mohriak (Particular) Roberta Arantes Lopes (Momsen, Leonardos & Cia.) Sara Sanchez Sanchez (Cognos Consultoria Empresarial) Vilage Marcas e Patentes S/C Ltda. (Geisler Chbane Bosso) Cartas para a redação do Boletim da ABPI Envie suas mensagens para a redação do Boletim da ABPI pelo e-mail abpi@abpi.org.br Informações, críticas e sugestões serão avaliadas e respondidas, podendo ser publicadas ou não no Boletim após estudo de cada caso. 2 Boletim da ABPI Abril de 2003 Nº 40

Notas MP do RS solicita informações Noslen Azevedo Junior, Adido à PJEC - Promotoria de Justiça Especializada Criminal do Rio Grande do Sul, órgão com atribuição específica para a persecução do crime organizado em todo o território do Estado, através de Força-Tarefa Criminal, enviou correspondência eletrônica, informando que vem realizando investigações no combate à violação da propriedade intelectual e conseqüente preservação dos direitos autorais. Destarte, a coleta e análise de dados, bem como uma interação com as entidades de apoio e representação das classes afetadas pelo ilícito da pirataria, são de suma importância no êxito das atividades de investigação desenvolvidas, argumenta Noslen. Por isso, ele solicita, para fins de estudo, mapeamento e investigação, cópias das informações relevantes à apuração da autoria e materialidade dos delitos em tela, tais como notícias de crime ou denúncias que venham a aportar nessa associação. A Empresa Brasil O Dr. Raul Hey assina artigo intitulado A Empresa Brasil, em que defende a adoção pelo Brasil de uma forma de gestão à semelhança de uma corporação multinacional, onde cada área ministerial seria tratada como a empresa trata seus departamentos. O artigo está disponível no sítio da ABPI: abpi@abpi.org.br INPI responde O Sr. Elmar Tavares atenderá a todos os agentes ou representantes de entidades, interessados em esclarecer alguma dúvida sobre assuntos do INPI, no dia 6 de maio, no 14º andar do Instituto. Legislação Câmara aprova emenda contra pirataria O plenário da Câmara de Deputados aprovou, em sessão do dia 20 de março, a Emenda de Plenário nº 6 Substitutiva Global para o Projeto de Lei nº 2.681/96, que atualiza as penas pela violação de direitos autorais, remete o cálculo das multas para a sistemática geral do Código Penal, e esclarece que a tipificação da violação também alcança os direitos conexos, além de modificar certos dispositivos na parte processual penal. A emenda preparada pelo Subgrupo de Direitos Autorais do Grupo Interministerial sobre Propriedade Intelectual - GIPI deverá ser submetida à apreciação do Senado Federal. A Coordenação de Direito Autoral, do Ministério da Cultura, acredita que o texto aprovado atende ao setor privado e Governo, no combate à pirataria de obras protegidas por direitos autorais. A origem da proposta de alteração dos Artigos 184 e 186 do CP foi elaborada, alguns anos atrás, no Ministério da Cultura e no Ministério da Justiça, com apoio de associações do setor privado. O texto pode ser encontrado no www.camara.gov.br. O texto aprovado é o da emenda substitutiva global, relatada pelo deputado Henrique Fontana (PT-RS), ao substitutivo da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação da Câmara. Pena de dois a quatro anos de prisão A proposta não se restringe à reprodução ilegal de músicas, vídeos, livros, obras de arte ou programas de computador: inclui, ainda, a violação de direitos autorais praticada por meio da Internet. De acordo com o projeto, quem violar direito autoral com reprodução por qualquer meio estará sujeito à pena de dois a quatro anos de reclusão e multa. Na mesma pena incorre quem oferecer ou distribuir ao público a obra sem autorização do autor ou produtor da obra intelectual. Os números da pirataria no Brasil assustam: de cada dez programas de computador instalados no país, seis são pirateados. Já a falsificação de CD causa à indústria fonográfica prejuízos da ordem de R$ 1 bilhão ao ano. Além disso, o setor deixa de arrecadar R$ 300 milhões em impostos. Há seis anos, apenas 3% dos CDs vendidos no Brasil eram falsificados; hoje, a pirataria detém cerca de 53% do mercado. Segundo a Confederação Nacional da Indústria, o Brasil deixa de arrecadar R$ 10 bilhões em impostos por ano e de gerar 1 milhão e meio de empregos por causa da falsificação. Pelo texto, o juiz poderá determinar a destruição do material apreendido e a desapropriação dos equipamentos usados para a sua produção. Esses equipamentos passarão à responsabilidade da Fazenda Nacional, que poderá destruí-los ou doá-los aos Estados, municípios, instituições oficiais de ensino ou pesquisa ou de assistência social. As cópias de bens intelectuais feitas para uso individual, sem finalidade de comercialização, não são classificadas como crime contra o direito autoral. Nº 40 Abril de 2003 Boletim da ABPI 3

Matéria de capa Expressões, frases e sinais de propaganda Ao iniciar sua apresentação sobre Expressões, Frases e Sinais de Propaganda, durante almoço da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual - ABPI, no dia 20 de março, o Dr. José Carlos Tinoco Soares, que atua há 60 anos na área da propriedade industrial no País, definiu slogan como o termo empregado praticamente em todo o mundo correspondente à nossa frase, expressão ou sinal de propaganda e aos lemas comerciais, frases de propaganda ou publicitárias, legendas e avisos comerciais, para os povos de língua castelhana. Ele efetuou pesquisa de toda a legislação, nacional e internacional, desde 1934, que previa a proteção aos sinais e expressões de propaganda; trouxe os comentários e definições de Gama Cerqueira e Pontes de Miranda. Trouxe também o primeiro Código da Propriedade Industrial, através do Decreto-Lei nº 7.903 de 1945, que em seu Capítulo IV trata das expressões ou sinais de propaganda. Destacou o registro de frases de propaganda que se tornaram famosas: Se a marca é CICA bons produtos indica, Só ESSO dá ao seu carro o máximo, Dura lex, sed lex, no cabelo só GUMEX, BOMBRIL, a esponja das mil e uma utilidades ; Molas SUEDEN nunca cedem, O mundo gira e a LUSITANA roda etc. Citou o Decreto-Lei 254/67, revogado pelo Decreto-Lei 1.005/69, que manteve o mesmo princípio. Em 1970, a Lei 5.648 criou o INPI - Instituto Nacional da Propriedade Industrial, sancionando-se no ano seguinte a Lei 5.772/71, último Código da Propriedade Industrial, que excluiu de seu âmbito o registro do título de estabelecimento e da insígnia, visto que pelo anterior já havia sido eliminado o registro do nome comercial. Citou a Lei nº 9.279/96, que regula direitos e obrigações relativos à propriedade industrial, que pura e simplesmente excluiu de seu âmbito o registro das expressões e sinais de propaganda, estabelecendo em seu Artigo 233 que: Os pedidos de registro de expressão ou sinal de propaganda serão definitivamente arquivados e os registros permanecerão em vigor pelo prazo de vigência restante, não podendo ser prorrogados. Tinoco Soares considerou o Ato Normativo 137/97 de excessivo rigor e contrário aos acordos, tratados internacionais e às leis de muitos países que protegem os sinais e expressões de propaganda sob a generalidade do termo slogan, pois de um lado proíbe o registro e, de outro, exclui a proteção então vigente, como já se manifestou a AIPPI - Associação Internacional de Proteção à Propriedade Intelectual. O Congresso de Berlim (1963) estabeleceu os sinais que podem se constituir em marcas válidas: palavras, coleção de palavras, inventadas ou não, letras, números, desenhos, assinaturas, emblemas etc., e, particularmente, os slogans. Isto, feito há longas décadas, motivou e ainda motiva a inclusão das expressões e sinais de propaganda, como registro marca, nos Dr. Tinoco Soares, o palestrante. mais diversos países, afirmou o palestrante. Ele comentou ainda sobre a abordagem do tema em países que protegem a frase de propaganda como marca, como Peru, Colômbia, Venezuela, Equador e Bolívia, pelo Acordo de Cartagena; Paraguai, com sua Lei de Marcas (1979); Argentina, pela sua Lei 22.362/81; o Lanham Act de 1946, com a Revisão de 1988, nos EUA; no Chile, com a Lei 19.039/91; no México, pela Lei de Fomento e Proteção da Propriedade Industrial, de 1991; Portugal, com o Decreto-Lei 16, de l995; Uruguai, com a Lei 17.011/98; e Honduras, com o Decreto Legislativo de 1999. Ressaltou o fato de que a Corte Administrativa da Defesa da Competição da Propriedade Intelectual nos EUA procurou fixar os princípios aplicáveis ao registro dos slogans, palavra, frase ou: 1) simples frases comuns, usadas no anúncio para promover os produtos ou serviços em questão, não são suscetíveis de registro; 2) frases de louvor que, por falta de imaginação, 4 Boletim da ABPI Abril de 2003 Nº 40

Matéria de capa estão limitadas às expressões que não são registráveis; 3) o conceito ou idéia e o conteúdo do slogan destinado aos consumidores não devem ser genéricos ou descritivos em relação aos produtos ou serviços que distinguem. Nestas condições, o registro de um slogan não deve prover a proteção legal para denominações que, em face de seu caráter genérico ou descritivo, sejam irregistráveis como marcas. (Cf. Slogans, in Trademark Reporter, vol. 89, nº 2, pág. 428). No Brasil, em vez de manter um registro, que, segundo Tinoco Soares, sempre foi eficiente para enobrecer e realçar as qualidades de produtos e de serviços, sem qualquer justificativa plausível, por determinação expressa na Lei nº 9.279/96, de forma lamentável, foi abolido o registro das expressões e sinais de propaganda, determinando sumariamente o arquivamento dos processos em andamento e extinguindo os registros pela decorrência do seu prazo legal. Contra esse procedimento de arquivar os pedidos, em indeferir e manter o indeferimento dos pedidos requeridos como marcas e também aqueles outros que deixaram de ser prorrogados, é evidente que os prejudicados terão que recorrer ao Poder Judiciário, comentou Tinoco Soares. Marca tridimensional Considerando outro precedente no que diz respeito à marca tridimensional, cujo lançamento das bases como marca modelo foi apresentado pelo palestrante há mais de trinta anos e, agora, o seu pedido de registro vem sendo requerido de forma indireta, ele julga ser prudente lembrar e melhor focalizar os dispositivos da Lei nº 9.279/96. Ele alerta para o que prescreve o Artigo 122, por cujo texto tem-se que efetivamente a marca tridimensional não poderia ser requerida e concedida como marca, sem o cumprimento de dois requisitos básicos, quais sejam: 1) Ter um elemento verbal, numérico ou um sinal que a identifique. 2) Conter a forma do produto ou o contorno da embalagem frasco, recipiente, vasilhame, garrafa e outros os característicos da novidade, não podendo por via de conseqüência ser constituída de forma necessária, comum ou vulgar. Não havendo na Lei nº 9.279/96 proteção específica para o registro da marca tridimensional, os interessados vão encontrar a sua base legal na generalidade do citado Artigo 122, que permite o seu registro quando o sinal for visualmente perceptível, pondera o palestrante. Essa é a forma indireta de proteção, dentro das Diretrizes de Análises de Marcas, elaborada pelo INPI, sobre a apresentação da marca, fixando os conceitos de marca nominativa, figurativa, mista e marca tridimensional : As marcas tridimensionais são aquelas constituídas pela forma plástica de produto ou de embalagem, cuja forma tenha capacidade distintiva em si mesma e esteja dissociada de qualquer efeito técnico. Destacou que nenhuma modificação foi feita na Lei vigente, sendo que esta, em seu Artigo l24, nº XXI, proíbe taxativamente o registro da forma necessária, comum ou vulgar do produto ou de seu acondicionamento. Os crimes contra as marcas são tratados no Artigo l95. Quando se desejar, numa ação civil, a obtenção das perdas e danos pelos prejuízos causados, o Artigo 209 diz que tal se conseguirá em decorrência dos atos de violação de direitos de propriedade industrial e atos de concorrência desleal, isto é, sem especificação alguma. Basta um ato do presidente do INPI O necessário para regularizar a questão é bastante simples, no entender de Tinoco Soares: bastará o bom senso do Presidente do INPI para mandar completar as Diretrizes de Análise de Marca, dando de um lado o conceito da frase, expressão ou sinal de propaganda e, de outro, estabelecendo o que não poderá ser concedido como tal. E o palestrante sugere até o texto: Entende-se por frase, expressão ou sinal toda aquela que for utilizada como meio de propaganda, recomendando e/ou realçando as qualidades de produto ou serviço e atraindo a atenção dos interessados, salvo as vulgares, comuns ou óbvias em seu conjunto. Sugere também que o Ato Normativo 137/97 estabeleça de que maneira será preenchido o requerimento para o depósito, como marca, da frase, expressão ou sinal de propaganda. Conhecedor do Projeto de Lei do Senado de nº 48 de 2002, que altera a Lei nº 9.279/96 para incluir a proteção às expressões ou sinais de propaganda, e, também, da Recomendação de Resolução da ABPI sobre as expressões de propaganda, Tinoco Soares opina que o que mais se faz, em nosso país, são leis, e alterações, sem efeito prático. Por isso, conclui: Se temos um precedente que nos parece coerente com a realidade, por que não nos aproveitarmos desse precedente e apenas introduzirmos algo nas Diretrizes e no Ato Administrativo, sob a única chancela do Presidente do INPI, para obter, de pronto, e sem mais delongas, essa almejada proteção, em vez de ficarmos à mercê de um Senado Federal para sancionar uma nova lei? (Os debates estão na página 6) Nº 40 Abril de 2003 Boletim da ABPI 5

Matéria de capa Debates Os pontos abordados e as posições explicitadas são polêmicos. Entre as várias manifestações dos presentes, destacaram-se: - Em reunião do presidente do INPI com o procurador geral, foi aventada a hipótese de as frases de propaganda poderem ser registradas como marca. Como o INPI, que não dá conta de registro de marcas, daria conta de registro de expressões de propaganda? - Adeficiência do INPI não pode ser entrave à evolução do sistema. - A falta de base de dados centralizados permite que cada junta comercial faça o que quer com relação aos nomes comerciais no País. - A possibilidade de emendar a Lei sem ir ao Legislativo é a solução. - No último Seminário da ABPI, a Dra. Beta, diretora de marcas do INPI, foi perquirida acerca das expressões utilizadas como meio de propaganda. A Lei não permite registrar à luz do Artigo 127, inciso 7. As expressões levadas a registro seriam registradas e num futuro seriam registradas como marca. - O Dr. Tinoco assumiu verbalmente sua postura, fazendo a exegese da Lei e indicando um ato normativo do INPI para alterar as normas, sem a necessidade de envolver o Legislativo. - O Dr. Lélio relatou o resultado das discussões desse assunto no âmbito da Comissão de Estudo de Marcas: através da concessão do registro haverá proteção a slogans e frases. Na Comissão, se deliberou apoiar o projeto de lei, e está sendo feito um esforço para definir as alterações ao projeto de lei, necessárias para sua aprovação. - Durante as discussões, se questionou a volta ao sistema de registro abolido pela legislação, em vista dos custos financeiros e temporal, apesar de ter ocorrido uma certa simplificação no processo de registro. Ainda não há uma deliberação final. Solução de controvérsia OMC soluciona questões regionais? Atendendo consulta, a Comissão de Integração Regional pesquisou e conclui que não se pode usar o sistema de solução de controvérsia da OMC nas questões decorrentes de acordos regionais e bilaterais, conforme Artigo 3 (2) do Anexo II ( Dispute Settlement Understanding ) do acordo que estabelece a organização: (ver Article 3 General Provisions ). A competência da OMC para dirimir controvérsias entre países membros da ALCA se restringiria aos casos de reprodução literal dos dispositivos de TRIPs no tratado regional (ou por referência), quando Estados membros da própria organização estivessem envolvidos e desde que haja uma cláusula na ALCA remetendo o conflito nestas hipóteses ao sistema da OMC. No entanto, o sistema de solução de controvérsias encontra-se em fase de revisão, sendo possível a submissão de propostas para sua alteração até 31 de maio de 2003, cf. parágrafo 30 da Declaração de Doha: Na hipótese de se optar pela apresentação de uma proposta para permitir que membros da OMC que sejam parte de outros acordos bilaterais ou regionais possam eleger ou determinar a utilização do sistema de solução de controvérsias da OMC para dirimir os conflitos decorrentes desses acordos, talvez fosse interessante fazê-lo por meio de uma cláusula umbrella, de escopo bastante genérico e sem vinculação específica a determinado bloco comercial ou tema. Uma cláusula guarda-chuva neste sentido representaria uma defesa do multilateralismo em um momento em que a Rodada de Doha se encontra enfraquecida e proliferam propostas de acordos bilaterais e regionais com novos mecanismos de solução de disputas. Notas Dia 30 se encerra a primeira fase de inscrições ao XXIII Seminário Nacional da ABPI A primeira fase das inscrições para o XXIII Seminário Nacional de Propriedade Intelectual da ABPI, nos dias 18 e 19 de agosto, em São Paulo, será encerrada no dia 30 de abril. Com todo o seu programa definido e disponível no sítio da ABPI, o evento será precedido de coquetel e jantar comemorativo dos 40 anos da associação, na véspera da abertura. O tema geral do seminário será O Redesenho dos Direitos Intelectuais no Comércio Mundial. Teses, monografias e dissertações para Coleção da Propriedade Intelectual O Dr. Denis Borges Barbosa informa que a Editora Lumen Juris está lançando sua Coleção Propriedade Intelectual, com o objetivo de se constituir como uma das principais fontes bibliográficas nesta área, e convidou-o para editar a coleção. Já se encontra em edição o volume com a tese de doutorado da Dra. Carla Eugênia sobre licenças de dependência. Barbosa acredita que a Coleção vai desenterrar muitos trabalhos que estão nas gavetas, prontos para enriquecer a literatura jurídica pátria, afirma, e pede indicações dos autores, dos orientadores de teses, monografias e dissertações e envio mesmo de trabalhos de tamanho inferior a um livro e que poderiam ser objeto de coletâneas, a serem agrupados sob critério temático. Enviar para denis@nbb.com.br ou avenida Rio Branco 108/26 andar, Rio de Janeiro, CEP 20040-001. 6 Boletim da ABPI Abril de 2003 Nº 40

Comissões de Estudos Comissão de Indicações Geográficas discute cachaça A Comissão de Estudos de Indicações Geográficas tem reunião marcada para as 17:30 horas do dia 24 de abril, para discutir: 1 - Exame da situação atual e das últimas medidas tomadas para a proteção da indicação geográfica cachaça e definição de perspectivas. 2 - Divulgação das listagens de indicações geográficas de diversos países que serão disponibilizadas aos associados da ABPI - Associação Brasileira da Propriedade Intelectual 3 - Análise das possibilidades e conveniência de elaboração de propostas legislativas que visem (a) à disciplina de registro e declaração das indicações geográficas brasileiras e à definição das regiões geográficas produtoras e (b) à disciplina de órgãos de controle técnico das denominações de origem nacionais, sob o ponto de vista da produção e comercialização, na forma de um estatuto-padrão. A reunião terá lugar no auditório do escritório Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira, à avenida Indianópolis, 739, Moema, São Paulo, SP, com transmissão em videoconferência para o auditório Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira de São Paulo, à rua Marquês de Olinda, 70, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ. Confirmação de participação pelo telefone (21) 2532-5655 ou através do e-mail abpi@abpi.org.br, com as Sras. Adriana Rosa ou Carmen Lima. Comissão de Integração Regional analisa propostas da ALCA O principal objetivo da reunião da Comissão de Estudo de Integração Regional, realizada dia 10 de abril, foi analisar as propostas existentes da ALCA, com vistas a estabelecer conclusões e sugestões que possam ser úteis aos negociadores brasileiros. Para enriquecer os debates, os coordenadores haviam recomendado a prévia leitura dos textos FTAA.ngip/w/88 (08/01/2003), FTAA.ngip/w/89 (16/01/2003), FTAA.ngip/w/91 e /92, e FTAA.ngip/w/93 (27/02/2003), que se acham disponibilizados na página da ABPI, no endereço http://www.abpi.org.br, no link Comissões de Estudo, na sessão Textos - subsessão Textos de apoio (acesso restrito). Comissão de Direito da Concorrência discute questões da LIDC As discussões propostas pelos coordenadores da Comissão de Direito da Concorrência, para a reunião realizada dia 16 de abril, foram sobre as questões da LIDC - Ligue Internationale du Droit de la Concurrence para o próximo Seminário a ser realizado em Barcelona (9 a 12 de outubro de 2003): I) Questions Concerning Application of Competition Law to Professional Associations in your Country; II) Preliminary Questions Relating to Unfair Competition; III) Can the Exercise of Copyrights or Related Rights, Especially Copyright Collection Societies Constitute an Abuse of Dominant Position? Os questionários encontram-se no sítio da ABPI, http://www.abpi.org.br, no link Comissões de Estudo, na seção textos de apoio. Comissão debate Biotecnologia, Farmácia e soja transgênica Os primeiros meses das diretrizes para o exame de pedidos de patente nas áreas de biotecnologia e farmácia será o tema da reunião da Comissão de Estudos de Biotecnologia agendada para as 9:30 h, do dia 29 de abril, nos escritórios Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira, à rua Marquês de Olinda, 70, Rio de Janeiro, RJ, com transmissão em videoconferência para o auditório Dannemann, Siemsen, Bigler & Ipanema Moreira de São Paulo, à avenida Indianópolis, 739, Moema, São Paulo, SP. Os participantes deverão levar seus comentários já escritos, para propiciar e agilizar os debates, chegando-se até a uma Resolução, se for o caso. As diretrizes de exame foram publicadas na Revista de Propriedade Industrial, RPI nº 1648, de 6 de agosto de 2002. Se houver tempo, será também debatida a Medida Provisória nº 113, de 26 de março de 2003, sobre as normas de comercialização da produção de soja transgênica. Os interessados devem confirmar presença pelo telefone (21) 2532-5655, ou e-mail abpi@abpi.org.br, com as Sras. Adriana Rosa ou Carmen Lima. Nº 40 Abril de 2003 Boletim da ABPI 7

Notas Publicidade e o Direito de Personalidade Publicidade e o Direito de Personalidade foi o tema que o Dr. Pietro Ariboni desenvolveu em sua palestra durante o almoço mensal da Associação Brasileira da Propriedade Intelectual (ABPI), dia 23 de abril de 2003, em São Paulo, SP. O Dr. Pietro Ariboni, apresentado pelo presidente José Antonio B. L. Faria Correa, além de jurista, como excelente cantor, conseguiu condensar as questões principais que envolvem a Publicidade e o Direito de Personalidade, ilustrando com casos famosos já ocorridos no País, envolvendo grandes empresas e marcas, artistas, arquitetos e outras pessoas de fama notória. A cobertura completa estará na edição do Boletim ABPI nº 41. Respostas à AIPPI e resolução sobre o Artigo 22 do PCT A Comissão de Patentes realizou reunião dia 5 de fevereiro, em sessões simultâneas de videoconferência no Rio de Janeiro e São Paulo, dando continuidade ao estudo da questão 175 da AIPPI, iniciado na reunião anterior (27/11/2002). Foram respondidas as cinco perguntas do questionário. Na segunda parte, debateu-se sobre a não-aplicação imediata do novo prazo do Artigo 22 do PCT no Brasil. A Comissão decidiu elaborar uma proposta de resolução. A ata se encontra disponível no sítio da ABPI: abpi@abpi.org.br Boletim da ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA PROPRIEDADE INTELECTUAL Informativo mensal dirigido aos associados da ABPI. Visite a versão on-line deste Boletim no sítio da Associação. Segredo de Indústria e Comércio no Direito Brasileiro A Editora Forense, a Momsen, Leonardos & Cia. e a autora Dra. Elisabeth Kasznar Fekete lançaram o livro O Regime Jurídico do Segredo de Indústria e Comércio no Direito Brasileiro, no dia 24 de abril, na Saraiva Mega Store, em São Paulo, SP. Segundo a Editora Forense, trata-se de uma obra de Direito Empresarial, que abrange os assuntos fundamentais pertinentes à proteção do sigilo nos negócios, em três partes, trazendo legislação, doutrina e jurisprudência brasileiras e estrangeiras: I) conceitos, elementos e princípios regedores da tutela do segredo industrial e comercial; II) aspectos contratuais; III) as soluções judiciais, nos planos cível e criminal. Seu conteúdo pauta-se pelo interesse da prática profissional nessa área e mostra como o sistema funciona na vida empresarial e judicial. O seu campo de interesse, ligado sobretudo à área da Propriedade Industrial, diz respeito aos operadores do Direito; aos agentes de propriedade industrial; às empresas; aos núcleos de pesquisa e desenvolvimento, nos setores privado e público; aos profissionais ligados à ciência e à tecnologia, nos quadros das universidades, instituições de pesquisa e agências de fomento; e aos inventores e empreendedores. XXIII Seminário Nacional da Propriedade Intelectual O Redesenho dos Direitos Intelectuais no Comércio Mundial será o tema do XXIII Seminário Nacional da Propriedade Intelectual que a Associação Brasileira da Propriedade Intelectual - ABPI realiza em São Paulo, nos dias 17 a 19 de agosto, no Hotel Transamérica, em colaboração com a AIPPI, LES, ASIPI e LIDC, e com o apoio do INPI, ABAPI e ASPI. O programa das palestras e outras atividades técnicas e sociais estão no sítio da ABPI: www.abpi.org.br ABPI - Associação Brasileira da Propriedade Intelectual - Av. Rio Branco, 277-5º andar - Conj. 506 - Centro - Cep 20047-900 - Rio de Janeiro - RJ - Brasil - Tel.: 21 2532-5655 - Fax.: 21 2532-5866 - Web Site: http://www.abpi.org.br - E-mail: abpi@abpi.org.br Comitê Executivo: José Antonio B. L. Faria Correa - Presidente; Gustavo Starling Leonardos - 1º Vice-Presidente; Ricardo P. Vieira de Mello - 2º Vice-Presidente; Sonia Maria D Elboux - 3º Vice-Presidente; Adriana R. Albanez - 4º Vice-Presidente; Lélio Denicoli Schmidt - Diretor Relator; Lilian de Melo Silveira - Diretora Editora; Manoel J. Pereira dos Santos - Diretor Secretário; Herlon Monteiro Fontes - Diretor Tesoureiro. Conselho Editorial: Gabriel F. Leonardos, Ivan B. Ahlert, José Roberto d Affonseca Gusmão, Juliana L. B. Viegas e Manoel J. Pereira dos Santos. Boletim da ABPI: Editora - Lilian de Melo Silveira; Jornalista Responsável - João Yuasa (MTb: 8.492); Produção Gráfica - PW Gráficos e Editores Associados Ltda; Fotos - Wladimir Wong; Revisão - Mauro Feliciano; Impressão e Acabamento - Bureau Bandeirante. ABPI 2003 - Todos os direitos reservados. 8 Boletim da ABPI Abril de 2003 Nº 40