ATUALIDADES ORNITOLÓGICAS N. 120, JULHO/AGOSTO DE 2004, PÁG.10 NOVAS INFORMAÇÕES SOBRE A AVIFAUNA DO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU (PARANÁ) Fernando C.Straube 1,3 Alberto Urben-Filho 1,4 José Flávio Cândido-Jr. 1,2,5 1. Mülleriana: Sociedade Fritz Müller de Ciências Naturais (Curitiba, Paraná); 2. Unioeste: Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Cascavel, Paraná); 3. urutau@terra.com.br; 4. neocre@terra.com.br; 5. deroptyus@brturbo.com. INTRODUÇÃO Embora seja a unidade de conservação mais visitada no Brasil e contando com inúmeras atividades de coleta e pesquisa ornitológica desde o início do Século 20, o Parque Nacional do Iguaçu apresenta escassas informações sobre sua avifauna, em particular no tocante à distribuição das espécies (Straube & Urben-Filho, 2004). De fato, uma série de publicações consta na literatura corrente (Sztolcman, 1926; Naumburg, 1935, 1937, 1940; Scherer-Neto et al., 1991; Mähler-Jr., 1993, 1995; Koch & Bóçon, 1994; Parker & Goerck, 1997; Straube & Scherer-Neto, 2001), entretanto, faltam-lhes as devidas menções aos pontos de registro das espécies ou - quando muito - concentram, muitas vezes implicitamente, as respectivas áreas de estudo nas zonas turísticas das imediações das cataratas do Iguaçu. Esforço muito mais criterioso foi despendido na Província de Misiones, desde mesmo a iniciativa de Partridge (1954, 1961a, 1961b), seguido por vários outros autores contemporâneos (e.g. Seibene et al., 1993; Chebez, 1995; Protomastro, 2001). Recentemente, Krauczuk & Baldo (2004) adicionaram novas informações à avifauna da região, mediante resultados obtidos no Parque Provincial de la Araucaria (Provincia de Misiones, Argentina), um claro indicativo de que a pesquisa ornitológica, ao menos no outro lado da fronteira, permanece em plena atividade. Levando-se em consideração o estado fragmentário das informações disponíveis sobre a avifauna do Parque Nacional do Iguaçu, o presente estudo visa contribuir ao conhecimento da distribuição das aves nessa área protegida, divulgando os resultados colhidos durante uma série de epedições realizadas à região entre os anos de 2001 e 2004. MÉTODOS Entre novembro de 2001 e julho de 2004, foram realizadas atividades de campo para inventário de avifauna no Parque Nacional do Iguaçu, mediante constatações visuais com uso de binóculos, identificação de vocalizações e eventualmente capturas com redes-de-neblina seguidas de anilhamento e soltura. Os trabalhos de campo somaram resultados oriundos de observações isoladas dos autores, além de informações colhidas durante a Epedição Floriano (março de 2004) e do Inquérito Sorológico do Vírus do Nilo Ocidental, Influenza Aviária e Doença de New Castle (julho de 2004; vide Araújo et al., 2004), enfatizando-se áreas até o presente nunca antes investigadas, de acordo com a literatura corrente (Straube & Urben-Filho, 2004).
O esforço amostral somou aproimadamente 400 horas de campo, distribuídas nos seguintes períodos: 27 de novembro a 2 de dezembro de 2001, 3 a 7 de março de 2002, 8 a 12 de abril de 2002, 14 a 17 de setembro de 2002, 17 a 26 de março de 2004, 3 a 9 de abril de 2004 e 29 de junho a 6 de julho de 2004 (Tabela 1). Uma vez que todos os registros de espécies foram obtidos ao longo de estradas, picadas e vias de acesso terrestre e fluvial, as localidades de registro dessas transecções (Figura 1) foram agrupadas em pontos geográficos com coordenadas geográficas de referência, visando uma padronização. As localidades amostradas, seguidas dos municípios às quais pertencem, localização, época visitada e esforço amostral encontram-se apresentadas na Tabela 1. Figura 1. O Parque Nacional do Iguaçu e os pontos amostrados no presente estudo (para mais detalhes geográficos vide Tabela 1).
Tabela 1. Pontos amostrais, localização geográfica, período e esforço amostral das atividades de campo no Parque Nacional do Iguaçu. LOCALIDADE Trilha do Poço Preto Represa do rio São João MUNICÍPIO Foz do Iguaçu Foz do Iguaçu COORDENADAS GEOGRÁFICAS DE REFERÊNCIA 25º36'42''S/54º25'50''W 25º37'27''S/54º28'03''W Cataratas do Iguaçu Foz do Iguaçu 25º41'09''S/54º26'18''W PERÍODO nov-dez/2001; mar/2002; abr/2002; set/2002; jun/2004 nov-dez/2001; mar/2002; abr/2002; set/2002 nov-dez/2001; mar/2002; abr/2002; set/2002 ESFORÇO AMOSTRAL (h) Trilha das Bananeiras Foz do Iguaçu 25º39'23''S/54º25'51''W dez/2001 4 Rio Floriano-P1 Céu Azul 25º19'58''S/53º46'39''W mar/2004 2 Rio Floriano-P2 Céu Azul 25º20'17''S/53º46'54''W mar/2004 2 Rio Floriano-P3 Céu Azul 25º21'06''S/53º47'25''W mar/2004 4 Rio Floriano-P4 Céu Azul 25º21'43''S/53º47'25''W mar/2004 4 Rio Floriano-P5 Céu Azul 25º21'47''S/53º48'28''W mar/2004 4 Rio Floriano-P6 Céu Azul 25º22'16''S/53º48'02''W mar/2004 4 Rio Floriano-P7 Céu Azul 25º23'12''S/53º47'32''W mar/2004 4 Rio Floriano-P8 Céu Azul 25º23'53''S/53º48'55''W mar/2004 4 Rio Floriano-P9 Céu Azul 25º25'04''S/53º48'09''W mar/2004 4 Rio Floriano-P10 Céu Azul 25º26'38''S/53º48'59''W mar/2004 4 Rio Floriano-P11 Céu Azul 25º28'07''S/53º48'24''W mar/2004 4 Rio Floriano-P12 Céu Azul 25º29'23''S/53º48'33''W mar/2004 4 Rio Floriano-P13 Céu Azul 25º29'43''S/53º48'03''W mar/2004 4 Rio Floriano-P14 Céu Azul 25º30'31''S/53º47'14''W mar/2004 2 Rio Floriano-P15 Céu Azul 25º32'14''S/53º48'31''W mar/2004 2 Margem esquerda da foz do rio Gonçalves Dias Capitão Leônidas Marques 25º29'42''/53º40'03''W abr/2004; jun-jul/2004 Capoeirinha (antiga mar/2002; Serranópolis do Iguaçu 25º29'07''S/54º01'22''W 72 Estrada do Colono) jun/2004 Trilha Céu Azul Céu Azul 25º08'38''S/53º48'42''W jun/2004 60 156 24 8 20
Figura 2. Localidade de Capoeirinha, indicando o traçado da antiga Estrada do Colono (Foto: F.C.Straube, junho de 2004). Figuras 3 e 4. Margens da antiga Estrada do Colono, cuja vegetação varia entre floresta em franca recomposição (esq.) e adensamentos de lianas (dir.) (Foto: F.C.Straube, julho de 2004.
Figura 5. O rio Floriano em vista aérea, indicando a vegetação ripária (Foto: A.N.S.Rodrigues, março de 2004) Figura 6 e 7. Aspecto da vegetação nas margens do rio Floriano, indicando agrupamento de arbustos (sarandis) sobre os afloramentos de basalto, emersos em decorrência do período de seca (esq.) e mata mais densa (dir.) (Fotos: A.N.S.Rodrigues, março de 2004)
Figura 7. Foz do rio Gonçalves Dias, afluente do rio Iguaçu (Foto: P.H.C.Marques, junho de 2004) Figura 8 e 9. Rio Gonçalves Dias, próimo à sua foz, indicando o aspecto do leito, que de trechos em trechos forma degraus e pequenas quedas d'água (esq.). Maior parte do percurso deste rio é protegido na margem direita pelo Parque Nacional do Iguaçu, apresentando vegetação fortemente antropizada na margem esquerda (dir.). (Fotos: P.H.C.Marques, junho de 2004) RESULTADOS Com os resultados da presente contribuição, que somaram o registro de 206 espécies, pode-se afirmar que o número de aves registradas no Parque Nacional do Iguaçu, passa a ser de 335 espécies (inclusas as adições obtidas neste estudo: Cathartes burrovianus, Harpyhaliaetus coronatus, Spizaetus ornatus, Cariama cristata,
Caprimulgus sericocaudatus, Phaethornis squalidus, Scytalopus indigoticus, Myrmeciza squamosa, Synallais frontalis, Phyllomyias fasciatus e Haplospiza unicolor), com destaque para os táons abaio mencionados. Podilymbus podiceps: espécie comum em toda a sua distribuição, foi constatada no rio Iguaçu a cerca de 500 metros a montante da foz do rio Gonçalves Dias. Tal registro, portanto, foi obtido eternamente aos limites do Parque Nacional do Iguaçu onde, até o momento, não foi ainda registrada. Tigrisoma fasciatum: um indivíduo foi visualizado em 18 de março de 2004, na margem do rio Floriano quando - afugentado - empoleirou em uma alta árvore ribeirinha, voando para fora do alcance visual em seguida. Trata-se da segunda constatação dessa espécie no Parque Nacional do Iguaçu e um dos raros registros colhidos em toda a sua área de distribuição (Straube et al., 2004) Figura 10. Aspecto do leito e vegetação ripária do rio Floriano, no preciso local onde Tigrisoma fasciatum foi avistada (Foto: A.N.S.Rodrigues, março de 2004) Cathartes burrovianus: vários indivíduos foram observados em agregação, junto a indivíduos de Coragyps atratus, sobrevoando a foz do rio Floriano. Sua presença nesta área foi confirmada também na margem esquerda do rio Iguaçu (município de Capanema), contígua a esse local. Trata-se de importante registro, uma vez que a espécie foi pela primeira vez assinalada no Paraná por Straube & Bornschein (1995) e conta, até o presente, com poucas verificações no sul do Brasil. Pipile jacutinga: um indivíduo solitário foi observado por alguns minutos na margem direita do Rio Floriano, em 17 de março de 2004. Penas atribuíveis à espécie também
foram encontradas em dois acampamentos de caçadores ao longo deste rio. A espécie conta com diversos registros de ocorrência no Parque, mas merece atenção especial por se tratar de um cracídeo ameaçado de etinção cujas populações encontram-se confinadas a poucos remanescentes florestais de grande porte, notadamente na Serra do Mar e planície litorânea paranaense (Straube et al., 2004). Harpyhaliaetus coronatus: em 10 de abril de 2004, um indivíduo imaturo dessa espécie foi visualizado por P.Labiak, P.H.C.Marques e P.R.Pagliosa na foz do Rio Gonçalves Dias, quando pôde ser observado com detalhes durante cerca de 5 minutos, permitindo - mediante descrição da plumagem e dimensões - uma identificação positiva. Essa espécie, mais freqüente nas áreas dos Campos Gerais paranaenses, foi ali constatada em várias ocasiões (Straube et al., 2004), mas até então era desconhecida no Parque Nacional do Iguaçu e adjacências. Figura 11. Proimidades da foz do rio Gonçalves Dias, no local onde foi observado um indivíduo de Harpyhaliaetus coronatus (Foto: P.H.C.Marques, julho de 2004) Spizaetus ornatus: Em 5 de março de 2002, foi observado um jovem dessa espécie, pousado no galho eposto de uma árvore de médio porte à margem da antiga Estrada do Colono. Trata-se de um acipitrídeo muito raro em todo o sul do Brasil, com escassas informações de ocorrências em território paranaense. Spizaetus tyrannus: um eemplar foi observado em vôo, sobrevoando o dossel da floresta marginal ao rio Floriano em 19 de março de 2004. Cariama cristata: um indivíduo foi observado por pelo menos três semanas a partir de 20 de outubro de 2003, ao longo da Rodovia das Cataratas (desde o portão principal até a área das Cataratas) (M.Oliveira e A.R.D'Amico, com.pess.). Essa informação foi
utilizada em Straube et al. (2004), como alusão à indiscutível ocasionalidade de ocorrência naquela região, talvez como conseqüência de espansão distribucional seguindo frentes de desmatamento ao longo do rio Paraná (vide também Straube et al., 1996), atingindo até a Província de Misiones, na Argentina (Chebez, 1996). Caprimulgus sericocaudatus: a vocalização de um indivíduo desta espécie foi ouvida por alguns minutos nas primeiras horas que antecediam o nascer do sol do dia 19 de março de 2004. Durante todo o percurso percorrido ao longo do rio Floriano não foi constatada em nenhuma outra ocasião, permitindo presumir que seja espécie de ocorrência pontual. Essa observação consiste do segundo registro da espécie para o Estado do Paraná (Straube et al., 2004). Phaethornis squalidus: foi assinalada tanto na Trilha de Céu Azul quanto em quatro pontos amostrais ao longo do rio Floriano, consistindo nos primeiros registros da espécie para o Parque Nacional do Iguaçu e adjacências (Straube & Urben-Filho, 2004). Myrmeciza squamosa: espécie peculiar de florestas úmidas e bem preservadas, comum nas zonas de pequena a média altitude da Serra do Mar e planície litorânea paranaense sendo muito rara em florestas do interior. Um único indivíduo foi observado 30 de julho de 2004) em mata densa à beira de um córrego, na Trilha de Céu Azul. Scytalopus indigoticus: foram colhidas várias constatações dessa espécie, até então desconhecida no Parque Nacional do Iguaçu e mesmo em áreas adjacentes na Argentina, onde o esforço de pesquisa avifaunística é considerável (Straube & Urben- Filho, 2004). Foi verificada, visual e auditivamente, na localidade de Capoeirinha (antiga Estrada do Colono) e em dez do quinze pontos amostrados ao longo do rio Floriano, indicando se tratar de espécie localmente comum. Synallais frontalis: espécie comum em grande parte de sua distribuição e que, provavelmente, tem epandido sua área de ocorrência em virtude de substituição de hábitats florestados por ambientes abertos. Foi registrada no Trilha de Céu Azul e na Capoeirinha, invariavelmente em capoeiras e bordas de mata. É o primeiro registro da espécie para a macro-região. Atticora melanoleuca: registrado no Parque Nacional do Iguaçu por Parker & Goerck (1997), parece ser espécie comum na região das Cataratas, ao menos sazonalmente. Essa é a única localidade paranaense onde que esse hirundinídeo é conhecido. Phyllomyias fasciatus: tiranídeo de bordas de mata e vegetação alterada, bastante freqüente em tais ambientes. Foi registrado pela vocalização, na Trilha do Poço Preto. Embora seja conhecido em Misiones (Chebez, 1995) é pela primeira vez mencionado para o Parque Nacional do Iguaçu. Haplospiza unicolor: eemplares de ambos os seos foram capturados na localidade de Capoeirinha, logo nos primeiros quilômetros da desativada Estrada do Colono, em Serranópolis do Iguaçu. É uma espécie comum em todo o Estado do Paraná, característica de ambientes com taquarais.
AGRADECIMENTOS Os autores epressam sua gratidão a diversas pessoas que contribuíram significativamente para a concretização desse trabalho. Primeiramente deve-se destacar toda a equipe técnica do Parque Nacional do Iguaçu, em especial Marcelo Oliveira da Costa, Ana Rafaela D'Amico, Jorge Pegoraro, Apolônio N.S.Rodrigues e Valéria Casale. bem como a todos os policiais militares do destacamento da Polícia Florestal no PNI, pelo incondicional apoio prestado durante esses vários anos de estudos da avifauna do Parque. Agradecimento especial a Maricy "Maguari" Rizzato Vismara pelo empenho na obtenção de dados geográficos. Nosso reconhecimento também a Francisco Anilton Araújo (Funasa/MS), Paulo Guerra (Secretaria de Estado da Saúde), Luiz Eloy Pereira (Instituto Adolfo Lutz) e toda a equipe envolvida no Inquérito Sorológico da Febre do Nilo Ocidental e Influenza Aviária. Vários amigos participaram das atividades de campo, destacadamente David Morimoto, Marcelo Oliveira da Costa, Ana Rafaela D'Amico, Osmar dos S.Ribas e, além deles, também somos gratos a Paulo Labiak, Paulo H.C.Marques e Paulo R.Pagliosa Alves pela cessão e riqueza de detalhes acerca do registro da águia-cinzenta (Harpyhaliaetus coronatus). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Araújo, F.A.A.; Vianna, R. da S. T; Wada, M.Y.; Silva, É.V. da; Doretto, L.; Cavalcante, G. C. e; Azevedo-Júnior, S.M; Magalhães, V.S.; Gomes, J.L.; Queiroz, P.V.S. de; Larrazábal, M.E. de; Martins, L.C.; Rodrigues, S.G. e Vasconcelos, P.F. da C. 2004. Inquérito sorológico em aves migratórias e residentes de Galinhos/RN para detecção do vírus da Febre do Nilo Ocidental e outros vírus. Boletim Eletrônico Epidemiológico 4 (2): 1-12. Publicação online disponível na íntegra http://dtr2001.saude.gov.br/svs/pub/. Acessada em 20 de agosto de 2004. Chebez, J.C. 1996. Fauna misionera: catálogo sistemático y zoogeográfico de los vertebrados de la Provincia de Misiones (Argentina). Buenos Aires, Lola. 318 pp. CBRO. 2003. Lista de aves do Brasil. Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. URL: http://www.ib.usp.br.cbro. Acessado em 30 de abril de 2003. Koch, Z. e Bóçon, R. 1994. Guia ilustrado das aves comuns [do] Parque Nacional do Iguaçu. Curitiba, Zig Fotografias e Produções Culturais. 38 pp. Krauczuk, E.R. & Baldo, J.D. 2004. Contribución al conocimiento de la avifauna de un fragmento de foresta com araucária em Misiones, Argentina. Atualidades Ornitológicas 119:6. Publicação online disponível na íntegra http://www.ao.com.br (seção AO-Online). Acessada em 19 de agosto de 2004. Mähler-Júnior, J. 1995. Histórico avifaunístico del (sic) Parque Nacional do Iguaçu, Paraná, Brasil. V Congresso de Ornitología Neotropical, Resumenes, R.177. Mähler-Júnior., J. 1993. Listagem preliminar das aves do Parque Nacional do Iguaçu, Paraná, Brasil. Primera Reunión de Ornitología de la Cuenca del Plata, Resumenes p. 23. Naumburg, E.M.B. 1935. Gazetteer and maps showing stations visited by Emil Kaempfer in eastern Brazil and Paraguay. Bull.Amer.Mus.Nat.Hist.68: 449-469. Naumburg, E.M.B.1937. Studies of birds from eastern Brazil and Paraguay, based on a collection made by Emil Kaempfer: Conopophagidae, Rhinocryptidae, Formicariidae (part). Bull.Amer.Mus.Nat.Hist. 74(3): 139-205. Naumburg, E.M.B.1940. Studies of birds from eastern Brazil and Paraguay, based on a colletcion made by Emil Kaempfer: Formicariidae (part). Bull.Amer.Mus.Nat.Hist. 76(6):231-276. Parker III, T. A. e J. M. Goerck. 1997. The importance of national parks and biological reserves to bird conservation in the Atlantic Forest Region of Brazil. In: Studies in Neotropical Ornithology honoring Ted Parker. Ornithological Monographs 48:527-541. Partridge, W.H. 1954. Estudio preliminar sobre una coleccion de aves de Misiones. Rev. Mus. Argent. Cienc. Natur. 3(2):87-152. Partridge, W.H. 1961a. Aves de Misiones (conclusión). Neotropica 7(23):58. Partridge, W.H. 1961b. Aves de Misiones nuevas para Argentina. Neotropica 7(22):25-28.
Protomastro, J. 2001. A test for preadaptation to human disturbances in the bird community of the Atlantic Forest. In: J.L.Albuquerque et al. (eds.). Ornitologia e conservação: da ciências às estratégias. Tubarão, Unisul. 179-198. Saibene, C.; Castelino, M.; Rey, N.; Calo, J. & Herrera, J. 1993. Relevamiento de aves del Parque Nacional de Iguazú. Buenos Aires, LOLA. Scherer-Neto, P.; Anjos, L. dos; Straube, F.C.; Bornschein, M.R.; Arruda, S.D.; Seger, C. e Hauer, A.M. 1991. Contribuição ao conhecimento da avifauna do Parque Nacional do Iguaçu - Paraná. I Congresso Brasileiro de Ornitologia, Resumos, R19, p.13-14. Straube, F.C. & Scherer-Neto, P. 2001. História da Ornitologia no Paraná. In: F.C.Straube ed. Ornitologia sem fronteiras, incluindo os Resumos do IX Congresso Brasileiro de Ornitologia (Curitiba, 22-27 de julho de 2001), p. 43-116. Straube, F.C. & Urben-Filho, A. 2001. Análise do conhecimento ornitológico da região noroeste do Paraná e áreas adjacentes. In: J.L.B.Albuquerque et al. eds. Ornitologia e conservação: da ciência às estratégias. Tubarão, Editora Unisul. Straube, F.C. & Urben-Filho, A. 2004. Uma revisão crítica sobre o grau de conhecimento da avifauna do Parque Nacional do Iguaçu (Paraná, Brasil) e áreas adjacentes. Atualidades Ornitológicas 118:6. Publicação online disponível na íntegra em http://www.ao.com.br (seção AO-Online). Acessada em 19 de agosto de 2004. Straube, F.C.; Urben-Filho, A. & Kajiwara, D. 2004. Aves. In: S.B.Mikich & R.S.Bérnils eds. Livro vermelho da fauna ameaçada no Estado do Paraná. Curitiba, Instituto Ambiental do Paraná. p.143-496. Sztolcman, J. 1926. Étude des collections ornithologiques de Paraná. Annales Zoologici Musei Polonici Historiae Naturalis 5:107-196.
ANEXO Lista de espécies de aves registradas no Parque Nacional do Iguaçu durante o presente estudo. Legenda para localidades: PP, Trilha do Poço Preto; RS, Represa do rio São João; CI, Cataratas do Iguaçu; TB, Trilha das Bananeiras; EC, Estrada do Colono; CA, Trilha de Céu Azul; GD, Foz do rio Gonçalves Dias; RF, rio Floriano (com discriminação dos pontos de registro). (Para mais detalhes geográficos vide Tabela 1.) PP RS CI TB EC CA GD RF Ordem Tinamiformes Família Tinamidae Crypturellus obsoletus P1, P2, P3, P4, P5, P11 Crypturellus parvirostris Crypturellus tataupa Ordem Podicipediformes Família Podicipedidae Podilymbus podiceps Ordem Pelecaniformes Família Phalacrocoracidae Phalacrocora brasilianus P15 Família Anhingidae Anhinga anhinga P15 Ordem Ciconiiformes Família Ardeidae Ardea cocoi P4, P5, P7 Ardea alba P15 Egretta thula Bubulcus ibis P15 Butorides striata P1, P2, P3, P7, P9, P11 Nycticora nycticora Tigrisoma fasciatum P5 Tigrisoma lineatum Família Threskiornithidae Mesembrinibis cayennensis P1, P2, P3, P4 Família Cathartidae Coragyps atratus P1, P2, P3, P7, P11, P15 Cathartes aura P4, P5, P10, P11 Cathartes burrovianus P15 Sarcoramphus papa P10 Ordem Falconiformes Família Accipitridae Elanus leucurus Ictinia plumbea Rostrhamus sociabilis P15 Accipiter striatus Buteo brachyurus Rupornis magnirostris Buteogallus urubitinga P3 Harpyhaliaetus coronatus Spizaetus tyrannus P7
Spizaetus ornatus PP RS CI TB EC CA GD RF Família Falconidae Micrastur semitorquatus P8, P9, P10, P11 Micrastur ruficollis P8, P9 Milvago chimachima Caracara plancus Falco femoralis P11 Ordem Anseriformes Família Anatidae Cairina moschata P1, P2, P3, P4, P5, P9, P11 Amazonetta brasiliensis P15 Ordem Galliformes Família Cracidae Penelope obscura P7 Penelope superciliaris Pipile jacutinga P3 Ordem Gruiformes Família Aramidae Aramus guarauna Família Cariamidae Cariama cristata Família Rallidae Pardirallus nigricans Aramides saracura P12, P13 Gallinula chloropus Ordem Charadriiformes Família Jacanidae Jacana jacana Família Charadriidae Vanellus chilensis P15 Ordem Columbiformes Família Columbidae Patagioenas picazuro Zenaida auriculata Columbina talpacoti Columbina picui Leptotila verreaui Geotrygon montana Ordem Psittaciformes Família Psittacidae Aratinga leucophthalma P1, P3 Pyrrhura frontalis P1, P3, P5, P6, P7, P8, P9, P11 Forpus anthopterygius P4, P5 Pionopsitta pileata P4, P5 Pionus maimiliani P1, P2, P3, P6, P7, P8, P9, P11
PP RS CI TB EC CA GD RF Ordem Cuculiformes Família Cuculidae Coccyzus melacoryphus Piaya cayana P1, P2, P3, P4,, P5, P6, P7, P9, P11, P12,, P15 Crotophaga ani P15 Crotophaga major P13 Guira guira Tapera naevia Dromococcy pavoninus Ordem Strigiformes Família Strigidae Otus choliba P6,P7 Glaucidium brasilianum P3, P7, P9, P11 Stri hylophila Ordem Caprimulgiformes Família Nyctibiidae Nyctibius griseus Família Caprimulgidae Lurocalis semitorquatus Caprimulgus sericocaudatus Nyctidromus albicollis P7 Ordem Apodiformes Família Apodidae Cypseloides sene Chaetura meridionalis P3, P6, P7, P9 Família Trochilidae Phaethornis eurynome P3, P4, P5, P10, P11 Phaethornis squalidus P6, P7, P8, P9 Thalurania glaucopis Ordem Trogoniformes Família Trogonidae Trogon surrucura P1, P2, P3, P4, P5, P9, P11 Trogon rufus P1, P2, P3, P6, P7 Ordem Coraciiformes Família Alcedinidae Ceryle torquatus P1,P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P11, P12, P13, P14, P15 Chloroceryle amazona P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P11, P12, P13, P14, P15 Chloroceryle americana P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P11, P12, P13, P14, P15 Família Momotidae Baryphthengus ruficapillus P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P12, P13
PP RS CI TB EC CA GD RF Ordem Piciformes Família Ramphastidae Pteroglossus castanotis P1, P2, P3, P6, P7, P10, P11 Selenidera maculirostris Ramphastos dicolorus P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7 Ramphastos toco Família Picidae Picumnus temminckii P4, P5, P6, P7, P9, P11 Colaptes melanochloros Veniliornis spilogaster P4, P5, P9, P11 Piculus aurulentus Celeus flavescens Dryocopus lineatus Melanerpes flavifrons Melanerpes candidus Campephilus robustus Ordem Passeriformes Família Rhinocryptidae Scytalopus indigoticus P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P11 Família Thamnophilidae Hypoedaleus guttatus P3 Batara cinerea P6, P7 Mackenziaena severa Mackenziaena leachii P4, P5, P11 Thamnophilus caerulescens P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P10, P11 Dysithamnus mentalis P1, P2, P3, P4, P5 Herpsilochmus P4, P5, P6, P7 rufimarginatus Terenura maculata Drymophila rubricollis P6, P7 Drymophila malura P4, P5 Pyriglena leucoptera P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P9, P11 Myrmeciza squamosa Família Formicariidae Chamaeza campanisona P1, P2, P3, P4, P5 Grallaria varia P4, P5, P6, P7, P8, P9, P12, P13 Família Conopophagidae Conopophaga lineata P1, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P12, P13 Família Furnariidae Furnarius rufus Synallais spii Synallais ruficapilla P1, P3, P4, P5, P6, P7, P9 Synallais frontalis Synallais cinerascens P4, P5, P6, P7, P9 Certhiais cinnamomeus Philydor atricapillus Philydor rufum
PP RS CI TB EC CA GD RF Philydor lichtensteini P4, P5, P9 Automolus leucophthalmus P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P11 Xenops minutus P4, P5 Lochmias nematura Família Dendrocolaptidae Dendrocincla turdina Sittasomus griseicapillus P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P10, P11, P13, P14, P15 Xiphocolaptes albicollis P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P10, P11, P12, P13 Dendrocolaptes platyrostris P1, P2, P3, P4, P5, P10, P11 Xiphorhynchus fuscus P9, P11 Família Tyrannidae Phyllomyias fasciatus Camptostoma obsoletum Myiopagis caniceps P4, P5, P6, P7 Myiopagis viridicata P3, P7 Elaenia flavogaster Serpophaga nigricans Mionectes rufiventris Leptopogon amaurocephalus P3, P4, P5 Phylloscartes ventralis Capsiempis flaveola Corythopis delalandi P3 Myiornis auricularis P4, P5 Hemitriccus diops P6, P7 Poecilotriccus plumbeiceps Tolmomyias sulphurescens P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7 Platyrinchus mystaceus P1, P2, P3, P4, P5 Lathrotriccus euleri P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9 Colonia colonus P4, P5 Syristes sibilator P3 Megarynchus pitangua P1, P3, P5, P6, P7, P11 Myiodynastes maculatus P1, P2, P3 Legatus leucophaius Myiozetetes similis P3, P5, P7, P9, P11 Pitangus sulphuratus P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P9, P11, P12, P13, P14, P15 Tyrannus melancholicus Pachyramphus viridis P6, P7 Pachyramphus validus Família Cotingidae Pyroderus scutatus Procnias nudicollis Oyruncus cristatus Família Pipridae Schiffornis virescens P3, P4, P5, P6, P7, P9, P10, P11 Chiroiphia caudata P3, P4, P5, P7, P9, P10, P11 Piprites chloris Manacus manacus Pipra fasciicauda
PP RS CI TB EC CA GD RF Família Hirundinidae Tachycineta albiventer Tachycineta leucorrhoa Notiochelidon cyanoleuca Progne chalybea Stelgidoptery ruficollis Atticora melanoleuca Família Troglodytidae Troglodytes musculus Família Corvidae Cyanocora chrysops P3, P5, P9, P11, P12, P13 Família Muscicapidae Turdus rufiventris P4, P5, P7 Turdus leucomelas P3, P6, P7, P8, P9 Turdus amaurochalinus Turdus albicollis Família Vireonidae Cyclarhis gujanensis Vireo chivi P9 Hylophilus poicilotis Família Emberizidae Parula pitiayumi P3, P6, P7, P9 Geothlypis aequinoctialis Basileuterus culicivorus P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P9, P11 Basileuterus leucoblepharus P1, P2, P3, P4, P5, P7, P9, P10, P11 Phaeothlypis rivularis P1, P2, P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P10, P11, P12, P13, P14, P15 Cissopis leverianus Hemithraupis guira P6, P7 Pyrrhocoma ruficeps Tachyphonus coronatus Trichothraupis melanops Habia rubica P4, P5 Pipraeidea melanonota Thraupis sayaca P3, P6, P7 Euphonia violacea Euphonia chlorotica Euphonia pectoralis P4, P5 Tangara seledon Dacnis cayana Tersina viridis P6, P7 Conirostrum speciosum P6, P7 Zonotrichia capensis Haplospiza unicolor Amaurospiza moesta Sicalis flaveola Embernagra platensis Volatinia jacarina Sporophila caerulescens Coryphospingus cucullatus
PP RS CI TB EC CA GD RF Arremon flavirostris Saltator similis P3 Gnorimopsar chopi Cacicus haemorrhous P1, P2, P3, P8, P9, P10, P11 ATUALIDADES ORNITOLÓGICAS N. 120, JULHO/AGOSTO DE 2004, PÁG.10