LEI Nº 8.906, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1992.



Documentos relacionados
TÍTULO I Do Instituto de Terras do Estado do Tocantins. CAPÍTULO I Definição, Encargos e Finalidades

LEI COMPLEMENTAR Nº 139, DE 25 DE JANEIRO DE Altera a Lei Complementar n.º 129, de 02 de fevereiro de 1995 e dá outras providências.

PUBLICADA NO DIÁRIO OFICIAL Nº DE 24/04/98. LEI Nº 197 DE 08 DE ABRIL DE 1998

LEI N , DE 5 DE MARÇO DE Dispõe sobre as terras públicas do Estado do Acre e dá outras providências. GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE

LEI Nº , DE 27 DE JULHO DE 1992

DA POLITICA URBANA, AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E A REFORMA AGRARIA. Direito Constitucional III Profª Marianne Rios Martins

DIÁRIO OFICIAL Nº de 08/04/2008

Transforma a Companhia de Transportes do Município de Belém - CTBel em Autarquia Especial e dá outras providências. CAPÍTULO I DA ENTIDADE MUNICIPAL

LEI Nº 001 DE 14 DE JANEIRO DE 1987

O PREFEITO MUNICIPAL Faz saber que a Câmara de Vereadores decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar.

PROJETO DE LEI Nº 14/2016 DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICIPAL DE PARTICIPAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA COMUNIDADE NEGRA CAPÍTULO I

LEI COMPLEMENTAR Nº 530. O GOVERNADOR DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Faço saber que a Assembléia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte

DECRETO Nº ,DE 8 DE JANEIRO DE 2013 CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Presidência da República Subchefia para Assuntos Jurídicos

CÂMARA LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL. Texto atualizado apenas para consulta.

MUNICÍPIO DE DOURADOS ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. REVOGADA PELA LEI Nº 3.548, DE

LEI Nº 3.849, DE 18 DE DEZEMBRO DE 1960

ESTADO DA PARAÍBA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA CECÍLIA GABINETE DO PREFEITO

FAÇO SABER que a CÂMARA MUNICIPAL DE aprove e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

LEI COMPLEMENTAR N. 86

COMPENSAÇÃO AMBIENTAL NO PROCESSO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

O GOVERNADOR DO ESTADO DE ALAGOAS. Faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI ORDINÁRIA Nº DE 3 DE DEZEMBRO DE 2008

CONSELHO MUNICIPAL DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO REGIMENTO INTERNO

Circular 641/2014 São Paulo, 12 de Dezembro de 2014.

PROJETO DE LEI Nº., DE DE DE 2013.

Câmara Municipal de Pinheiral

EDUARDO BRAGA Governador do Estado

LEI Nº 540/93 - DE, 19 DE MAIO MÁRCIO CASSIANO DA SILVA, Prefeito Municipal de Jaciara, no uso de suas atribuições legais,

LEI Nº0131/97 ESTABELECE A NOVA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DO LESTE MINAS GERAIS.

DECRETO Nº , DE 16 DE MAIO DE 2007 DODF DE

PREFEITURA MUNICIPAL DE PALMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE GOVERNO

LEI Nº 2.176, DE 17 DE JULHO DE (ATUALIZADA ATÉ A LEI Nº 2.666, DE 20 DE AGOSTO DE 2010)

PREFEITURA MUNICIPAL DE VIANA ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DA PREFEITA

LEI Nº DE 7 DE JULHO DE Cria o Fundo de Fiscalização das Telecomunicações e dá outras providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO ACRE

BIBLIOTECA PAULO LACERDA DE AZEVEDO R E G I M E N T O

Prefeitura Municipal da Estância Climática de Santo Antonio do Pinhal Estado de São Paulo

O Prefeito do Município de João Pessoa, Estado da Paraíba, faço saber que o Poder Legislativo decreta e eu sanciono a seguinte lei:

EMENTÁRIO LEI N.º 946, DE 20 DE JANEIRO DE 2006

L E I N 7.785, DE 9 DE JANEIRO DE 2014

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA Gabinete de Consultoria Legislativa

LEI Parágrafo único - São consideradas atividades do Agente Comunitário

ESTADO DE ALAGOAS GABINETE DO GOVERNADOR

Cria o Conselho Estadual de Recursos Hídricos.

Lei nº 405/05 Rio Quente, 16 de Junho de 2005.

LEI N.º DE 15 DE DEZEMBRO DE 2015

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2015

CAPÍTULO I DA FINALIDADE BÁSICA DO CONSELHO

Ao Ilmo. Presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade-ICMBio Prezado Sr. Rômulo Mello

II - Manter suspensas as concessões de novas cartas patentes para o funcionamento de sociedade de arrendamento mercantil.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

LEI Nº , DE 28 DE AGOSTO DE 2007.

DECRETO Nº DE 19 DE ABRIL DE O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais,

LEI Nº. 179/2007, DE 08/06/2007

O PREFEITO MUNICIPAL DE XINGUARA, Estado do Pará, faz saber que a câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte lei.

PLANOS DE CARGOS E SALÁRIOS DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

JOÃO DOMINGOS RODRIGUES DA SILVA, Prefeito Municipal de Almirante Tamandaré do Sul, Estado do Rio Grande do Sul.

DECRETO Nº 533, DE 02 DE SETEMBRO DE 1991.

LEI FEDERAL DO VALE TRANSPORTE

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2006

RIO GRANDE DO NORTE LEI Nº 9.963, DE 27 DE JULHO DE 2015.

PREFEITURA DE PALMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSUNTOS JURÍDICOS

LEI Nº DE 11 DE OUTUBRO DE 2011.

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 205, DE 2014

LEI Nº. 1085/2005, DE 31 DE AGOSTO 2005.

LEI Nº 008/2003, DE 01 DE JULHO DE A CÂMARA MUNICIPAL DE RESERVA, Estado do Paraná, aprovou, e eu Prefeito Municipal, sanciono a seguinte LEI:

Art. 6 o O SNUC será gerido pelos seguintes órgãos, com as respectivas atribuições:

Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

LEI Nº 6559 DE 16 DE OUTUBRO DE INSTITUI A POLÍTICA ESTADUAL DO IDOSO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Lei nº 8.080, de 04 de maio de 2009.

Regularização Fundiária de Unidades de Conservação Federais

A Câmara Municipal de São José dos Pinhais, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

O PREFEITO DE GOIÂNIA, no uso de suas atribuições legais, e CAPÍTULO I DO FUNDO MUNICIPAL DE ESPORTE E LAZER

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS RESOLUÇÃO N 137, DE 21 DE JANEIRO DE 2010.

RESOLUÇÃO Nº 221/2005-CEPE/UNICENTRO

ESTATUTO CONSTITUTIVO DA FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS

DECRETO CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS

Estado da Paraíba Prefeitura Municipal de Santa Cecília Gabinete do Prefeito

PREFEITURA DE PALMAS SECRETARIA MUNICIPAL DE ASSUNTOS JURÍDICOS

Lei Ordinária Nº de 13/12/2005 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Da Legislação Ambiental. Da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Harmonização da PNRS. Constituição Federal da República Federativa do Brasil

Dispõe sobre a Política Estadual de Agricultura Irrigada e dá outras providências.

Lei nº 6.938, de 31 de agosto de Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu a sanciono a seguinte Lei:

RESUMO. É elaborado pelo Executivo municipal e aprovado pela Câmara municipal por meio de lei.

A CÂMARA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES DECRETA E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI:

LEI Nº DE 25 DE SETEMBRO DE 2013 DISPÕE SOBRE A ADEQUAÇÃO DE PROVAS AOS PORTADORES DE DEFICIÊNCIA VISUAL NAS SITUAÇÕES QUE MENCIONA.

LEI Nº 2.011, DE 18 DE DEZEMBRO DE Publicado no Diário Oficial nº 2.801

LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999

ESTADO DE RONDÔNIA PREFEITURA DO MUNICÍPO DE URUPÁ Palácio Senador Ronaldo Aragão PROCURADORIA JURÍDICA

LEI Nº 3.739, DE 07/11/2013.

Regulamento de Venda de Lotes na Zona Industrial de Almodôvar. Regulamento

REGMENTO INTERNO DO CONSELHO ESTADUAL DO TRABALHO DO ESTADO DE ALAGOAS CAPITULO I DA COMPOSIÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS

PODER EXECUTIVO. Publicado no D.O de DECRETO Nº DE 12 DE FEVEREIRO DE 2010

PORTARIA MPA N 334, DE 03 DE SETEMBRO DE 2014

LEI N 3.818, DE 20 DE MARÇO DE 1967

Lei nº 7653 DE 24/07/2014

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA CONSELHO SUPERIOR RESOLUÇÃO Nº 41/2011

Transcrição:

REVOGADA PELA LEI N 9.412/1994 LEI Nº 8.906, DE 21 DE DEZEMBRO DE 1992. Dispõe sobre as terras de domínio do Estado, sua atuação no processo de reforma agrária e dá outras providências O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Faço saber a todos os habitantes deste Estado que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Capítulo I Das Terras Públicas e Devolutas Art. 1º São do domínio do Estado de Santa Catarina, as terras: I - devolutas transferidas ao seu patrimônio pela Constituição Federal de 24 de fevereiro de 1891 e aquelas não compreendidas entre as da União (CF/88, artigo 26, incise IV); II - do domínio particular abandonadas pelos seus proprietários e as arrecadadas como herança jacente; III - revertidas ao seu patrimônio, em virtude de desapropriação ou que no se encontrarem, por título legítimo sob o domínio de terceiros; IV - nas ilhas oceânicas e costeiras que estiverem em seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, dos Municípios ou de terceiros: V - que constituem as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; VI - que tenham sido a algum título, ou em virtude de lei, incorporadas ao seu patrimônio. Art. 2º São devolutas estaduais as terras: I - transferidas ao domínio do Estado, por força do artigo 64 da Constituição Federal de 1891; II - que não forem. indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei federal; III - que não se incorporarem ao domínio privado, em virtude de alienação, concessão ou reconhecimento pela União ou pelo Estado, por força de legislações federais ou estaduais específicas.

CAPÍTULO II Da Discriminação das Terras Devolutas Art. 3º A discriminação das terras devolutas estaduais será promovida, administrativa ou judicialmente, de acordo com as disposições previstas na legislação federal específica, e objetiva estremar as terras de domínio público das de domínio privado. Art. 4º A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, através da Diretoria de Assuntos Fundiários, em conjunto com a Procuradoria Geral do Estado, promoverá a apuração das terras devolutas do Estado, através do procedimento discriminatório administrativo. 1º As Comissões Especiais serão constituídas de 03 (três) membros, a saber: 01 (um) bacharel em Direito, servidor da administração pública, que exercerá as funções de presidente, com poderes de representação do Estado, para promover o procedimento discriminatório administrativo; 01 (um) técnico da área de agronomia em agrimensura, que exercerá as funções de membros técnico e um servidor administrativo, que exercerá as funções de secretário escrivão. 2º As Comissões Especiais serão criadas e desativada por ato próprio do Titular da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, a quem caberá prover a Sistemática de seu funcionamento e o delineamento de sua estrutura. Art. 5º Poder o Estado recorrer ao processo discriminatório judicial, sempre que verificar ser o procedimento administrativo ineficaz, pela ausência, incapacidade ou oposição da totalidade ou maior número de pessoas encontradas no perímetro discriminado. Parágrafo único. Ainda que tenha sido intentado o procedimento administrativo da discriminatória, poderá o Estado, no curse dos trabalhos, recorrer ao processo judicial, caso se verifique algumas das situações previstas neste artigo. Art. 6º O processo discriminatório judicial reger-se-á pelo disposto na lei federal pertinente e será promovido através da Procuradoria Geral do Estado. Art. 7º O Titular da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, poderá propor ao Chefe do Poder Executivo, sempre que julgar necessário, a celebração de convênios com entidades públicas ou privadas, nacionais ou internacionais, objetivando a suplementação de recursos ou intercâmbios técnicos para os discrimes administrativos das terras devolutas estaduais. Art. 8º Sempre que se apurar a inexistência de domínio privado sabre áreas rurais urbanas, o Estado as arrecadará, mediante ato do Titular da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento do qual constarão a situação do imóvel, suas características, confrontações e eventual denominação.

Parágrafo único. Processo de arrecadação sumária previsto neste artigo, será instruído, no que couber, de conformidade com a legislação federal pertinente. Art. 9º Os bens advindos das ações discriminatórias se destinam prioritariamente a projetos de recuperação ambiental, assentamento de população de baixa renda ou obras e equipamentos sociais definidos no plano diretor ou nas diretrizes gerais de ocupação de território, em se tratando de Municípios com menos de 20.000 (vinte mil) habitantes. CAPITULO III Do Cadastro Técnico Rural Art. 10. A Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, através da Diretoria de Assuntos Fundiários, implantará, em todo território estadual, o sistema de cadastro técnico rural, visando o planejamento e desenvolvimento das políticas agrícolas, agrária, de regularização fundiária, de utilização e preservação dos recursos naturais e de apoio às políticas urbanas municipais. Art. 11. (vetado) CAPÍTULO IV Da Utilização das Terras Públicas Estaduais Art. 12. O Estudo poderá explorar, direta ou indiretamente, qualquer imóvel rural de sua propriedade exclusivamente para fins de pesquisa, experimentação, demonstração em fomento, visando ao desenvolvimento da agropecuária, os programas de assentamento ou fins educativos de assistência técnica. Art. 13. (VETADO). Art. 14. A legitimação de posse prevista nesta Lei, visa a atender aqueles que não sendo proprietário de imóvel rural, ocupe terras públicas até 25 (vinte e cinco) hectares, nelas residindo e tornando-as produtivas com o seu trabalho e o de sua família. Parágrafo único. (VETADO). Art. 15. (VETADO). Art. 16. Ao ocupante de terras públicas que não preencher um dos requisites da legitimação, será outorgado título de concessão de direito real de uso, inegociável pelo prazo de 15 (quinze) anos, até o limite máximo de 25 (vinte e cinco) hectares por família. Art. 17. (VETADO). Art. 18. O Estado somente doará terras do seu domínio:

I - à União, Município ou entidades da administração indireta federal ou estadual, para utilização em seus serviços; II - às entidades educacionais, assistências, sindicais e hospitalares, consideradas de utilidade pública. Parágrafo único. Os imóveis e suas acessões, a que se refere esta lei, reverterão de pleno direito ao patrimônio do Estado, independentemente de notificação ou indenização, se não forem utilizadas na finalidade e dentro do prazo prescrito para a doação. Art. 19. O Estado poderá permutar terras rurais integrantes do seu patrimônio por outros de propriedade pública ou privada, de igual valor, com as garantias pertinentes à transferência de imóveis. 1º (VETADO). 2º A permute deverá seu precedida de avaliação prévia a ser realizada por técnicos da Diretoria de Assuntos Fundiários e Gerência do Núcleo Técnico de Monitoramento do Patrimônio Imobiliário da Secretaria de Estado da Justiça e Administração, obedecida, quando possível, a pauta de valores fixados pelo Estado, acrescido o preço das benfeitorias acaso implantadas no imóvel permutado. CAPÍTULO V Das Terras Reservadas Art. 20. Serão reservados, mediante decreto, e receberão adequada conservação, os locais notabilizados por fatos históricos relevantes, assim como as áreas necessárias; I - à conservação da natureza; II - ao interesse econômico; III - à preservação do meio ambiente. 1º Serão reservadas, por motivo de conservação da natureza, as terras de domínio estadual em que haja recursos naturais que devam ser protegidos por interesses estéticos recreativos, culturais, científicos, sanitários, sociais ou preservação de espécies florestais. 2º Serão reservadas, por motive de interesse econômico, as terras cm que existirem quedas d'água, jazidas ou minas, inclusive as áreas adjacentes ou convenientes ao seu aproveitamento, pesquisa ou lavra. 3º Serão reservadas, para preservação do meio ambiente, as florestas e mates que protejam os mananciais de água, a flora e a fauna, bem como as terras

existentes nas cabeceiras dos rios e ribeirões, nas cristas das serras e no terço superior das montanhas. Art. 21. A transferência de domínio de terras reservadas somente poderá ser feita quando indispensável a fim público relevante. Art. 22. Recaindo a gleba reservada sobre imóvel de particular, o Estado o adquirirá. Art. 23. O Estado poderá Gestionar junta aos órgãos federais competentes, objetivando receber colaboração no que diz respeito a guarda e conservação de áreas reservadas. CAPITULO VI Da Reforma Agrária Art. 24. O Estado colaborará com a União na execução de programas de reforma agrária em seu território, através da Diretoria de Assuntos Fundiários da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento. CAPÍTULO VI Das Disposições Gerais Finais Art. 25. As pessoas físicas ou jurídicas estrangeiras que desejarem adquirir terras de domínio estadual estarão sujeitas, além das exigências previstas nesta Lei, às prescrições da Legislação Federal pertinente. Art. 26. O Estado promoverá a revisão, por ordem de pedido de todos os processes administrativos pendentes, relativos à aquisição de imóveis rurais de seu domínio, aplicando-se à estes as prescrições desta Lei. Art. 27. O beneficiário da legitimação de posse e regularização da ocupação de que trata esta Lei e anteriores, não poderão ser contemplados uma segunda vez à Requisição de terras de domínio estadual. Parágrafo único. É vedado ao cônjuge do beneficiário a que se refere este artigo, reivindicar a aquisição de outro imóvel rural nas mesmas condições. Art. 28. Ficam vedadas quaisquer concessões ou alienações de terras rurais de domínio estadual, destinadas à atividade agrícola, pecuária, extrativa ou agroindustrial em área inferior á fração mínima de parcelamento fixada para o município da situação do imóvel. Art. 29. O ato da arrecadação ou incorporação das terras devolutas expedido pelo Estado através da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, terão para quaisquer efeitos, for de escritura pública.

Art. 30. A medição e demarcação topográfica das terras de domínio do Estado e das particulares, serão efetuadas, quando administrativamente, de acordo com as normas a serem baixadas por ato da Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento, através da Diretoria de Assuntos Fundiários. Art. 31. (VETADO). Art. 32. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Lei nº 5.451, de 26 de junho de 1978 e demais disposições em contrário. Florianópolis, 21 de dezembro de 1992. VILSON PEDRO KLEINÜBING Governador do Estado