f'?2_ JL7ljL'{f2 :C: o.-l- f' l.f}/_. 8.8., _~ 1: _'.:.2::'LC}!..t;J: Estabelece procedimentos administrativos e tecnicos para a edi~ao de decreto declaratorio de interesse social das terras ocupadas por remanescentes das comunidades de quilombos e para a desintrusao de ocupantes nao quilombolas inseridos nos perimetros objeto do decreto, visando it regulariza~ao de territorios quilombolas. o DlRETOR DE ORDENAMENTO DA ESTRUTURA FUNDIA.RIA - DF E 0 DlRETOR DE OBTEN<:Ao DE TERRAS E IMPLANTA<:Ao DE PROJETOS DE ASSENTAMENTO - DT DO INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZA<:Ao E REFORMA AGRARIA - INCRA, no uso das atribuiyoes que the sao conferidas pelo art. 15 e 16 da Estrutura Regimental do lncra aprovada pelo Decreto n 6.812, de 3 de abril de 2009, e pelo art. 68 e 79 do Regimento lnterno da Autarquia, aprovado pela Portaria MDA n 20, de 8 de abril de 2009, tendo em vista 0 disposto no art. 68 do Ato das Disposiyoes Constitucionais Transit6rias e no Decreto n. 4.887, de 20 de novembro de 2003 e considerando 0 que consta do processo administrativo n 54000.002644/2009-16, resolve: CAPITULO I DOS OBJETIVOS E DA FUNDAMENTA<:Ao LEGAL Art. 1 0 Estabelecer, no ambito do lncra, procedimentos administrativos e tecnicos para a ediyao do decreto declarat6rio de interesse social e para a desintrusao de ocupantes nao quilombolas inseridos em perimetros objeto do decreto para fins de regularizayao de territ6rios quilombolas, e tern como fundamento: I - 0 art. 215 e 216 da Constituiyao Federal e 0 art. 68 do Ato das Disposiyoes Constitucionais Transit6rias; II - 0 Decreto-Lei n 3.365, de 21 dejunho de 1941 que dispoe sobre desapropriayao por utilidade publica; III - a Lei n 4.132, de 10 de setembro de 1962, que define os casos de desapropriayao por interesse social e dispoe sobre sua aplicayao; IV - a Lei no4.771, de 15 de setembro de 1965 que institui 0 novo c6digo florestal; e, demais legislayoes e normas relativas it conservayao dos recursos naturais e it preservayao do meio ambiente; V - a Lei n 8.629, de 25 de fevereiro de 1993 que regulamenta os dispositivos constitucionais relativos it reforma agniria, previstos n Capitulo III, Titulo VII, da Constituiyao Federal;
VI - a Lei n 9.784, de 29 de janeiro de 1999, que regula 0 processo administrativo ambito do poder executivo federal; no VII - 0 Decreto no4.887, de 20 de novembro 2003 que regula os procedimentos para identifica9ao, reconhecimento, delimita9ao, demarca9ao e titula9ao das terras ocupadas por remanescentes das comunidades de quilombos, de que trata 0 art.68 do Ato das Disposi90es Constitucionais Transitorias; VIII - a Instru9ao Normativallncra n 36, de 20 de novembro de 2006, que estabelece diretrizes para descentraliza9ao das decisoes, fixa as al9adas decisorias dos orgaos colegiados e o fluxo de procedimentos relativos a desapropria9ao por interesse social para fins de reforma agniria; IX - a Instru9ao Normativa no 48, de 16 de setembro de 2008, que dispoe sobre 0 procedimento administrativo de ratifica9ao das aliena90es e concessoes de terras devolutas feitas pelos Estados na faixa de fronteira; X - a Instru9ao Normativallncra n 57, de 20 de outubro de 2009, que regulamenta 0 procedimento para identifica9ao, reconhecimento, delimita9ao, demarca9ao, desintrusao, titula9ao e registro das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos; XI - a Norma de Execu9ao/IncraiDT no 83, de 26 de maio de 2009, que estabelece procedimentos administrativos e tecnicos nas a90es de obten9ao de terras para assentamento de trabalhadores rurais. Panigrafo Unico. Consideram-se terras ocupadas por remanescentes das comunidades de quilombos todas as terras utilizadas para a garantia da reprodu9ao fisica, social, economic a e cultural dessa popula9ao. DOS PROCEDIMENTOS CAPITULO II RELATIVOS A EDI<;Ao DO DECRETO DECLARATORIO DE INTERESSE SOCIAL Art. 2. Concluidas as fases de contesta9ao, julgamento e analise de sobreposi90es, nos termos da Instru9ao NormativaiIncra n 57/2009, 0 Presidente do Incra editara, no prazo maximo de 30 (trinta) dias, portaria reconhecendo e declarando os limites das terras ocupadas pelos remanescentes de comunidades dos quilombos. 1 0 0 processo administrativo de regulariza9ao permanecera na Superintendencia Regional - SR(OO), encaminhando-se a Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiaria as pe9as que constituem 0 Conjunto Portaria Quilombola que devera conter os seguintes documentos: III - copia do parecer tecnico e juridico de que trata 0 inciso VI do art. 10 da Instru9ao Normativa INCRA N 57/2009; IV - relatorio contendo 0 resumo das alega90es nas co se houver; esta90es e dos indeferimentos,
v - relatorio contendo 0 resume das manifestayoes dos orgaos e entidades e dos encaminhamentos pertinentes; VI - copia da ata de reuniao do Comite de Decisao Regional - CDR que julgou as contestayoes; VII - relatorio contendo 0 resume das alegayoes nos recursos e dos improvimentos, houver; se IX - copia dos oficios enviados aos contestantes e recorrentes comunicando colegiado competente; a decisao do a) relatorio circunstanciado; b) amilise da regularidade das notificayoes; c) fundamentayao legal; d) conclusao. XI - parecer revisor da Divisao de Ordenamento da Estrutura Fundiaria - SR (OO)F,que contera: a) historico da area reconhecida; b) aspectos fundiarios; c) recursos administrativos; d) conclusao. XII - copia da planta e do memorial descritivo do perimetro do territorio, impressos e em meio digital; 2 Apos a publicayao da portaria deverao ser encaminhadas a DF as peyas que constituem 0 Conjunto Decreto Quilombola para instruyao dos procedimentos relativos a ediyao do decreto declaratorio de interesse social, permanecendo na Superintendencia Regional - SR(OO)0 processo administrativo de regularizayao. V - copia da publicayao no Diario Oficial da reconhecimento do territorio quilombola, editada pelo Presiden
VI - c6pia da planta e do memorial descritivo do perimetro do territ6rio, impressos e em meio digital; a) relat6rio circunstanciado; b) fundamentayao legal da desapropriayao; c) conclusao. VIII - parecer revisor da Divisao de Ordenamento da Estrutura Fundiaria - SR(OO)F, sobre a instruyao processual, que contera: a) hist6rico da area reconhecida; b) aspectos fundiarios da desapropriayao; c) conclusao. 4 0 Conjunto Decreto Quilombola sera analisado pela Coordenayao-Geral de Regularizayao de Territ6rios Quilombolas - DFQ, com posterior envio a DT, para elaborayao das minutas dos atos necessarios a ediyao de decreto de interesse social. CAPITULO III DA VISTORIA E AVALIA<;AO DE IMOVEIS RURAIS Se~ao I Do Processo Administrativo Art. 3. Ap6s a ediyao do decreto de interesse social, serao formalizados processos adrninistrativos de vistoria e avaliayao para cada urn dos irn6veis rurais inseridos no perimetro do territ6rio quilornbola. 1 0 processo adrninistrativo sera forrnalizado a requerirnento do Chefe da SR(OO)F, corn a juntada dos seguintes documentos: a) c6pia do decreto declarat6rio de interesse social; b) certidao irnobiliaria atualizada do irn6vel rural ou documento cornprobat6rio de posse; c) espelho da Declarayao para Cadastro de Irn6veis Rurais, constante do Sistema Nacional de Cadastro Rural- SNCR, se houver. r Tratando-se de irn6vel rural omisso no SNCR, proceder-se-a ao cadastramento ex officio corn os dados constantes da certidao dorninial atualizada. 3 Tratando-se de irn6vel rural do rnesrno detentor cornposto por titulo registrado e posse em area continua abrir-se-a apenas urn processo, conternplando-se as duas situayoes. 4 Tratando-se de im6vel rural inserto na faixa de fronteira, submeter-se-a 0 procedimento, primeiramente, ao que esta definido na Instruyao NormativaJlncra n 48/2008, observando se ha processo de ratificayao do irn6vel rural: a) em analise; b) sobrestado; c) concluido, sern 0 titulo levado a registro;
d) caso haja qualquer das situac;oes previstas nas aline as "a", "b", ou "c", devera ser aberto processo de avaliac;ao paralelo, solicitando 0 bloqueio do valor total referente a terra nua depositado em juizo, ate que se conciua 0 processo ratificatorio. 5 Tratando-se de imovel cujo titulo for oriundo de ac;ao discriminatoria administrativa realizada pelo lncra, com regular destaque do patrimonio publico para 0 privado, deve-se observar se houve 0 cumprimento das ciausulas resolutivas, bem como se houve a quitac;ao do titulo. Art. 4. Apos a autuac;ao, 0 processo sera encaminhado ao Chefe da Divisao de Obtenc;ao - SR(OO)T para a elaborac;ao de ordem de servic;o que determinani a realizac;ao da vistoria e avaliac;ao do imovel rural. 1 As vistorias para avaliac;ao de imoveis rurais serao realizadas por Engenheiro Agronomo, subscritor do laudo respectivo, com a devida Anotac;ao de Responsabilidade Tecnica - ART, no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA, cujo comprovante integrara 0 laudo. r Nos imoveis rurais com alto grau de complexidade para a determinac;ao do valor indenizatorio, 0 Chefe da SR(OO)T devera designar Comissao de Vistoria e Avaliac;ao composta por dois ou mais Engenheiros Agronomos e, se necessario, outros profissionais especializados. 3 Para efeito desta norma considera-se alto grau de complexidade para a determinac;ao do valor indenizatorio quando no imovel rural houver: a) instalac;oes de complexo agroindustrial; b) obras de engenharia de grande porte; c) projeto de irrigac;ao com areas sistematizadas, canais, pivos centrais e outros de custos expressivos; d) remanescente de floresta nativa em regiao antropizada, area de reflorestamento ou plano de manejo florestal sustentado, devidamente aprovado pelo orgao federal competente ou orgaos afins; e) outros fatores que ensejem alto grau de complexidade no processo avaliatorio. Se~ao II Do Lando de Vistoria e Avalia~ao - L VA Art. 5. A vistoria e avaliac;ao para a determinac;ao do valor do imovel rural e 0 respectivo laudo obedecerao ao disposto no Modulo III do Manual de Obtenc;ao de Terras e Pericia Judicial. 2 Para efeitos desta norma 0 resumo da avaliac;ao descrito no topico 7 (sete) do Modulo III do Manual, contera: a) valor total do imovel rural e seu respectivo parfunetro unitario; b) valor das benfeitorias indenizaveis.
a) nlimero de familias por im6vel rural; b) custo do im6vel rural por familia. Art. 6. Em respeito aos principios da publicidade e da economicidade, ap6s a aprova<;ao do Grupo Tecnico de Vistoria e Avalia<;ao, 0 extrato simplificado do LV A sera publicado no portal do Incra na rede mundial de computadores e afixados em local visivel ao publico nas instala<;oes das Superintendencias Regionais, por urn periodo de 5 (cinco) dias. Panigrafo Unico. 0 extrato simplificado a que se refere 0 caput devera conter: a) 0 nlimero do laudo correspondente; b) a denominayao do im6vel rural e suas confrontayoes; c) 0 municipio de sua localizayao; d) a area total registrada no Cart6rio de Registro de Im6veis competente; e) a explora<;ao predominante no im6vel rural (agricola, pecuaria, extrativista, etc.); f) 0 valor total do im6vel rural - VTI, 0 valor da terra nua - VTN e 0 valor das benfeitorias - VB. Se~ao III Do Grupo Tecnico de Vistoria e Avalia~ao Art. 7. Ao Grupo Tecnico de Vistoria e Avalia<;ao, instituido na forma do art. 3 da Instruyao Normativa/lncra n 36/2006, compete a analise do LVA, com posterior aprova<;ao ou rejei<;ao. 1 A analise do Grupo Tecnico de Vistoria e Avalia<;ao sera consignada em ata que devera conter: a) data, local de realizayao, nome e identifica<;ao dos participantes, b) identifica<;ao, municipio e microrregiao de localiza<;ao do im6vel rural; c) numero do processo; d) quadro resume da avalia<;ao contendo, no minimo: area avaliada, valor total, valor das benfeitorias, valor da terra nua e custo da recupera<;ao ambiental; e) porcentagem das classes de capacidade de uso e nota agronomica; f) analise comparativa do valor total do im6vel rural e valor da terra nua com a Planilha de Pre<;osReferenciais - PPR; g) outras informa<;oes que 0 grupo julgar necessarias para subsidiar decisao superior. 2 Os elementos de pesquisa relativos aos neg6cios realizados, ofertas e opinioes serao inseridos em banco de dados de pre<;osde terras. Se~ao IV Do Conjunto Avalia~ao Quilombola Art. 8. 0 processo administrativo de avalia<;ao de al<;ada do CDR permanecera na SR(OO), encaminhando-se a DT 0 Conjunto Avalia<;ao Quilombola para instru<;ao dos procedimentos necessarios a descentralizayao de recursos para indeniza<;ao do im6vel rural, constituido das seguintes pe<;as:
v - fichas agronomicas, nas quais as seguintes informac;oes nao necessitam ser preenchidas: custo por familia, capacidade de assentamento e classificac;ao do im6vel rural; digital; VI - planilha de homogeneizac;ao de dados e tratamento estatistico, impressa e em meio VII - parecer fundamentado da SR(OO)PFE/R, que conteni relat6rio circunstanciado, analise da autenticidade, regularidade e legalidade do dominio, fundamentac;ao legal e conclusao; Art. 9. 0 Conjunto Avaliac;ao Quilombola ou 0 processo administrativo sera encaminhado a DF para fins de descentralizac;ao dos recursos correspondentes e autorizac;ao para 0 ajuizamento da respectiva ac;ao de desapropriac;ao. 2 Os valores em dinheiro serlio depositados em juizo objetivando a transferencia do im6vel rural para 0 dominio da Autarquia. CAPiTULO IV AL<;ADAS DECISORIAS DOS ORGAos COLEGIADOS Art. 10. Tratando-se de obtenc;ao e avaliac;ao de im6veis rurais inseridos em perimetros objeto de decreto para fins de regularizac;ao de territ6rios quilombolas deverao ser observados a competencia e os limites de alc;adas fixados no anexo I da Instruc;ao Normativa/lncra no36/2006. 1 Quando a materia for de alc;ada do CD 0 processo administrativo, contendo a ata do CDR aprovando a proposta, sera encaminhado a Coordenac;ao-Geral de Obtenc;ao de Terras - DTO para instruc;ao complementar visando a submeter a proposta ao CD. 2 0 Diretor da DF, mediante solicitac;ao substanciada da DFQ, podera optar pel a descentralizac;ao de recursos mediante estimativa de prec;o de acordo com a PPR, recurso esse que podera ser empenhado em nome do possuidor ou titular do dominio do im6vel rural, observando-se que qualquer pagamento somente ocorrera no ambito judicial da desapropriac;ao. 3 Os processos de vistoria e avaliac;ao cujos recursos foram empenhados nos termos do 2 deste artigo seguirao os mesmos tramites dos demais, no ano seguinte ao empenho estimativo.
CAPITULO V CRITERIOS E PROCEDIMENTOS PARA REALIZA<;AO DE ACORDO Sec;ao I Realizac;ao de Acordo Judicial e Extrajudicial Art. 11. A transayao ou acordo judicial em ayoes de desapropriayao para desintrusao de nao quilombolas em territ6rios quilombolas sera realizado quando atender aos principios constitucionais e legais da administrayao publica. Paragrafo Unico. A transayao ou acordo judicial previsto nesta Norma ocorrera apos ser constatado que: a) existam recursos oryamentarios e financeiros disponiveis; b) nao exista questionamento administrativo ou judicial de valor superestimado para pagamento da indenizayao, salvo quando dirimido; e c) nao haja questionamento da autenticidade, da legalidade e regularidade do titulo de dominio nas esferas judicial ou administrativa. Art. 12. Transayao judicial ou acordo envolvendo imovel rural somente produzira efeito apos a indispensavel manifestayao do Ministerio Publico Federal e a homologayao judicial pelo Juizo competente. Art. 13. A transayao ou 0 acordo judicial contera, obrigatoriamente, clausula assecuratoria de renuncia do expropriado a quaisquer direitos sobre os quais possam se fundar ayoes, recursos ou outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais, nos quais sejam parte 0 Incra ou a Uniao, relativamente ao bem expropriado. Panigrafo Unico. A transayao ou 0 acordo judicial devera ser firmado pessoalmente pelo expropriado ou por seu representante legal, com poderes especiais para transigir e renunciar aos direitos mencionados no caput deste artigo. Art. 14. 0 valor total do acordo sera pago na forma estabelecida no art. 32 do Decreto- Lei n.o3.365, de 21 de junho de 1941. Art. 15. Para a celebrayao da transayao ou acordo devera ser observada a competencia e os limites de alyada fixados no Anexo I da Instruyao NormativaJlncra n 36/2006, Art. 16. Nao sera realizado acordo nos casos em que haja expediyao de oficio requisitorio relativo a pagamento de precatorios judiciarios. Sec;ao II Dos Acordos em Processos Judiciais antes da Sentenc;a de 1 0 Grau de Jurisdic;ao Art. 17. Os Chefes das SR(OO)PFEIR ficam autorizados a firmar transayoes ou acordos judiciais nas ayoes de desapropriayao por interesse social, a fim de se fixar a justa indenizayao devida pel a transferencia de dominio dos imoveis rurais desapropriados, nos processos judiciais em que ainda nao tenham sido proferidas sentenyas de merito na area de jurisdiyao do juiz de primeiro grau, observadas as regras presentes nesta Norma. '
1 Fica vedada a inclusao, nas transayoes ou acordos firmados, de pagamento de juros de mora, juros compensat6rios, parcelas relativas a hononirios de advogado, de assistente tecnico do expropriado e de parcelas indenizat6rias. 2 Nos casos em que 0 LVA do Incra apresente valor superior ao laudo pericial, sera este utilizado como panlmetro para 0 acordo. Art. 18. Havendo concordancia do expropriado quanta ao prevo, a transayao podeni ser homologada por sentenya, nos termos do art. 22 do Decreto-Lei n. D 3.365/1941. 1 Nao havendo concordancia expressa quanta ao prevo, a transayao podeni ser proposta em audiencia a ser designada no curso da ayao da desapropriayao, conforme os arts. 331 do C6digo de Processo Civil e 24 do Decreto-Lei n. D 3.365/1941, submetendo-a a deliberayao das instancias competentes do Incra e a manifestayao do representante do Ministerio Publico Federal que oficie no feito para posterior homologayao judicial. 2 Na audiencia de conciliayao e obrigat6ria a presenya de Engenheiro Agronomo do Incra ou de entidade conveniada, para acompanhar 0 Procurador Federal que atua no feito, no sentido de prestar esclarecimentos no que tange ao laudo de avaliayao do im6vel rural e valores apurados. Art. 19. Formalizada devera, sucessivamente: a proposta de acordo na audiencia de conciliayao, a SR(OO)PFE/R I - instruir 0 processo administrativo de desapropriayao com a proposta de acordo apresentada em audiencia, com manifestayao circunstanciada que aborde os seguintes itens: a) razoes que ensejaram a realizayao do acordo; b) legitimidade da parte proponente; c) inexistencia de onus e gravames sobre 0 objeto da transayao ou de obstaculos de natureza legal ou processual que possam impedi-ia; d) preservayao do interesse de terceiros; e) val ores apresentados pelo proponente, ap6s manifestayao do setor de caiculos judiciais; f) aspectos que onerem substancialmente a indenizayao e que possam ser objeto de negociayao; g) condiyoes legais em que se devera formalizar 0 acordo; h) andamento dos processos judiciais e a juntada de suas peyas no processo administrativo; i) atendimento as alineas "b" e "c" do paragrafo linico do art. 11 desta Norma. II - remeter 0 processo a SR(OO)T, que submetera 0 feito a deliberayao do CDR, manifestando-se, antes, de forma circunstanciada sobre: a) os aspectos tecnico-agronomicos do im6vel rural con stante dos laudos administrativo e pericial, quando houver; b) a razoabilidade dos val ores propostos no acordo, em relayao ao mercado de terras; c) as condiyoes para a realizayao da transayao ou acord.udicial; d) definiyao da alvada de competencia.
Art. 20. Ap6s a aprovac;ao pelo CDR, a proposta de acordo sera encaminhada it DF, para pronunciamento relativo it alinea "a" do paragrafo linico do art. 11 desta Norma e autorizac;ao da descentralizac;ao dos recursos financeiros, com posterior remessa it Diretoria de Gestao Administrativa - DA. Panigrafo Unico. Os valores em dinheiro serao depositados em juizo para homologac;ao do acordo, objetivando a transferencia do im6vel rural para 0 dominio da Autarquia. Se.;ao III Dos Acordos em Processos Judiciais apos a Senten.;a de 1 0 Grau de Jurisdi.;ao Art. 21. A proposta de acordo apresentada na ac;ao de desapropriac;ao, que ja tenha sentenc;a de merito, sera juntada ao processo administrativo de desapropriac;ao respectivo, acompanhada dos seguintes documentos: II - laudo tecnico de avaliac;ao que deu suporte aos val ores constantes da oferta inicial na ac;ao expropriat6ria; IX - decisoes que tenham julgado 0 merito da ac;ao desapropriat6ria em qualsquer instancias; XI - calculo de liquidac;ao de sentenc;a e sentenya homologat6ria houver; dos calculos, quando Panigrafo Unico. Sera admitido acordo ate 0 valor fixado na condenac;ao desde que este nao ultrapasse 0 valor de mercado do im6vel rural, observadas as vedac;oes do 1 0 do art. 17 desta Norma.
Se~ao IV Das Al~adas de Decisao em Pro posta de Acordo Art. 22. Ultrapassada a al«ada atribuida ao CDR, na forma do art. 15 desta Norma, antes da homologa«ao judicial, e ap6s delibera«ao do CDR, devera a SR(OO) submeter a proposta a delibera«ao do CD. 1 0 Para delibera«ao pelo CD, devera 0 processo ser instruido com manifesta«ao sucessiva da: a) Diretoria de Obten«ao de Terras e Implanta«ao de Projetos de Assentamento - DT, na forma do art. 19, inciso II desta Norma e com a verifica«ao da disponibilidade de saldo or«amentario. b) Procuradoria Federal Especializada - PFE nos moldes do inciso I do art. 19 desta Norma. Art. 23. Aprovada a realiza«ao do acordo pelo 6rgao colegiado, a proposta sera encaminhada na forma estabelecida no art. 20 desta Norma. CAPiTULO VI DAS DISPOSI<;OES FINAlS Art. 24. Concluida a fase de avalia«ao do im6vel rural nos termos desta Norma, os tramites de titula«ao e registro seguirao os procedimentos regulamentados na Instru«ao Normativa/lncra no57/2009. Art. 25. As situa«oes nao previstas nesta Norma serao submetidas a aprecia«ao do Incra ap6s analise e manifesta«ao conclusiva conjunta da DF e DT. Art. 26. Revogam-se as disposi«oes em contrario, em especial a Norma de Execu«ao/ConjJm DF e DT N 02, de 29 de mar«o de 2010, publicada no Boletim de Servi«o N 14 de 05 de abri de 2010.