CADASTRO DE ATIVIDADE ECONÔMICA DA PESSOA FÍSICA (CAEPF) Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº de 10 de setembro de 2018

Documentos relacionados
INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1828, DE 03 DE SETEMBRO DE 2018

ANO XXIX ª SEMANA DE SETEMBRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 38/2018

O que é CAEPF (Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física?

Direito Previdenciário

e) o brasileiro civil que trabalha para a União, no exterior, em organismos oficiais brasileiros ou internacionais dos quais o Brasil seja membro

Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.634, de 6 de maio de 2016, que dispõe sobre o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

Art. 1º A prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional será efetuada mediante apresentação de:

PORTARIA CONJUNTA PGFN/RFB Nº 3, DE 02 DE MAIO DE DOU DE 02/05/2007- EDIÇÃO EXTRA

SEGURADO ESPECIAL. Como contribuir para Previdência Social e para o SENAR sobre a Receita da Comercialização Rural

CURSO PREPARATÓRIO Concurso para JUIZ FEDERAL Prova escrita ALEXANDRE ROSSATO DA S. AVILA 2016

ANO XXIX ª SEMANA DE ABRIL DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 17/2018

DECRETO Nº , DE 29 DE JUNHO DE 2010

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1810, DE 13 DE JUNHO DE 2018

Portaria Conjunta RFB/PGFN Nº 1751 DE 02/10/2014

Ministério da Fazenda

PORTARIA RFB Nº 1384, DE 09 DE SETEMBRO DE 2016

Normas - Sistema Gestão da Informação

Instrução Normativa SRF nº 605, de 4 de janeiro de 2006 DOU de

Instrução Normativa SRF nº 605, de 4 de janeiro de 2006

Diário Oficial da União Seção 1-Nº 116, segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dispõe sobre o cronograma de implantação do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (esocial).

VERITAE TRABALHO PREVIDÊNCIA SOCIAL SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO LEX. Regularidade Fiscal Fazenda Nacional Disposições

Prefeitura Municipal de Cocos BA Rua Presidente Juscelino, 115, Centro Cocos BA Cep Fone/Fax (77) CNPJ:

AGENDA DE OBRIGAÇÕES TRABALHISTAS E PREVIDENCIÁRIAS AGOSTO DE /08/2016

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 351, DE 5 DE AGOSTO DE 2003

Agenda Trabalhista - Setembro 2017

CAPÍTULO I Da Obrigatoriedade de Apresentação

CAPÍTULO I DA EMISSÃO DA NOTA

RESOLUÇÃO DO COMITÊ DIRETIVO DO ESOCIAL Nº 2, DE 30 DE AGOSTO DE 2016

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.801, DE

Altera a Instrução Normativa RFB nº 1.420, de 19 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a Escrituração Contábil Digital (ECD).

CAPÍTULO IV - DAS CONDIÇÕES PARA A CONSOLIDAÇÃO CAPÍTULO V - DO DEFERIMENTO DO PEDIDO DE PARCELAMENTO CAPÍTULO VI - DA REVISÃO DA CONSOLIDAÇÃO

PORTARIA N 129/2014-SEFAZ

Cabe ao Instituto Nacional do Seguro Social - INSS receber e processar os requerimentos e habilitar os beneficiários nos termos do regulamento.

SERGIO RIBEIRO SILVA, Prefeito do Município de Carapicuíba, Estado de São Paulo, usando de suas atribuições legais, D E C R E T A:

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL. INSTRUÇÃO NORMATIVA No-1.081, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2010

Rio de Janeiro, 12 de dezembro de Of. Circ. Nº 308/17

LEI Nº , DE 20 DE JUNHO DE 2008

ANO XXVIII ª SEMANA DE OUTUBRO DE 2017 BOLETIM INFORMARE Nº 44/2017

INSTRUÇÃO NORMATIVA N 03/2014/SFM/UFT, de 25 de ju lho de Cadastro Eletrônico de Empresas Não Estabelecidas em Joinville - CENE

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.842, DE

Informativo 05/2013. RAIS ANO BASE 2012 Instruções para declaração das Informações Sociais. Portaria MTE nº 5, de 8 de janeiro de 2013

Ministério da Fazenda SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL. Instrução Normativa nº 632, de 17 de março de 2006

PRPF vs 2019 PRODUTOR RURAL

Construção Civil ADE N 25 da RFB dispõe sobre a Declaração e Informação Sobre Obra - DISO

Joaquim Jackson Gomes de Oliveira

ASPECTOS POLÊMICOS DA APOSENTADORIA RURAL. Bernardo Monteiro Ferraz

PROVA DE REGULARIDADE FISCAL PERANTE A FAZENDA NACIONAL Diário Oficial da União Nº 191, Seção 1 sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Assunto: Alterações no regulamento do Programa Especial de Regularização Tributária (PERT) no âmbito da Receita Federal do Brasil

PORTARIA RFB Nº 6447, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2017

CCA BERNARDON DESTAQUES DA SEMANA: CONTADORES E ADVOGADOS SEMANÁRIO Nº 9/2015 1ª SEMANA MARÇO DE 2015

S Informações do Empregador/Contribuinte/Órgão Público

ANO XXIX ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2018 BOLETIM INFORMARE Nº 47/2018

Assunto: Publicadas regras para consolidação de débitos no Programa de Regularização Tributária (PRT)

CAPÍTULO VIII - DO TRATAMENTO DOS DADOS INFORMADOS NA DCTFWEB

S Informações do Empregador/Contribuinte/Órgão Público

INFORMATIVO 06/2019 FEVEREIRO

DECRETO Nº 3.615, DE 16 DE OUTUBRO DE 2013

OBRIGAÇÕES FISCAIS SOCIAIS DA APM


Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos

DECRETO N.º DE 11 DE MAIO DE 2010.

ESTADO DA BAHIA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTANA CNPJ: /

Brasília - DF, quarta-feira, 20 de agosto de 2014 página 26 MINISTÉRIO DA FAZENDA

ESTADO DA BAHIA PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTANA CNPJ: /

O PREFEITO MUNICIPAL DE GUAPIMIRIM, Estado do Rio de Janeiro, no uso de suas atribuições legais,

RESOLUÇÃO Nº. 03, DE 29 DE NOVEMBRO DE COMITÊ DIRETIVO DO esocial

INFORMATIVO 02/2018 JANEIRO

e-social Agosto 2014 Elaborado por: Valéria de Souza Telles O conteúdo desta apostila é de inteira responsabilidade do autor (a).

Sinóptico esocial. Conceito

Instrução Normativa SRF nº 590, de 22 de dezembro de 2005

OBRIGAÇÕES FISCAIS SOCIAIS DA APM

VISÃO INTEGRADA esocial EFD Reinf DCTF Web

OBRIGAÇÕES FISCAIS SOCIAIS DA APM

Assunto: Instruções Normativas da RFB nº 1713 e 1714 que tratam do parcelamento de débitos devidos pelo MEI e por optantes do Simples Nacional

Câmara Municipal de Lajinha

Instrução Normativa SRF nº 300, de 14 de fevereiro de 2003

ANO XXVII ª SEMANA DE JULHO DE 2016 BOLETIM INFORMARE Nº 28/2016

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1861, DE 27 DE DEZEMBRO DE 2018

Altera a Resolução CGSN nº 94, de 29 de novembro de 2011, que dispõe sobre o Simples Nacional e dá outras providências.

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL PORTARIA Nº 2.384, DE 13 DE JULHO DE DOU de 14/07/2017 (nº 134, Seção 1, pág.

Prefeitura Municipal de Paripiranga publica:

ESOLUÇÃO CFC Nº 1.390, DE 30 DE MARÇO DE 2012 DOU Dispõe sobre o Registro Cadastral das Organizações Contábeis.

PORTARIA 45, DE 28 DE JULHO DE

EFD-Reinf e DCTFWeb. Substituição das Funcionalidades da GFIP. Lincoln Ferrarezi

Débitos-PIS,COFINS-Parcelamento-Lei Disposições-Alterações na Portaria PGFN RFB 08 13

DECRETO Nº , DE 28 DE JUNHO DE 2013.

Breves considerações sobre o conceito legal de segurado especial

PORTARIA N 126, DE 30 DE JULHO DE 1999

PORTARIA Nº 129/2016-SEFAZ

07/05/2019 INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.888, DE 3 DE MAIO DE INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1.888, DE 3 DE MAIO DE DOU - Imprensa Nacional

Regularidade Fiscal Fazenda Nacional

PORTARIA MF Nº 390 DE 28 DE SETEMBRO DE 2016 (DOU 30/09/2016)

AGENDA T R A B A L H I S T A E P R E V I D E N C I Á R I A

a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro

ESTADO DE SERGIPE PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS

Dispõe sobre o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (esocial).

Instrução Normativa SRF nº 660, de 17 de julho de Impressão

Transcrição:

CADASTRO DE ATIVIDADE ECONÔMICA DA PESSOA FÍSICA (CAEPF) Instrução Normativa da Receita Federal do Brasil nº 1.828 de 10 de setembro de 2018 Orientações gerais por perguntas e respostas O SISTEMA OCEPAR, considerando as diversas dúvidas recebidas por meio de suas cooperativas em relação à inscrição no CAEP, de pessoa física que desenvolve atividade econômica, disponibiliza as principais perguntas e respostas, a seguir: 1. O que é o CAEPF? O Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física (CAEPF) é o cadastro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) com informações das atividades econômicas exercidas pela pessoa física, quando dispensadas de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). 2. Quem está obrigado a fazer a inscrição no CAEPF? Estão obrigadas a inscrever-se no CAEPF as pessoas físicas que exercem atividades econômicas como: I. contribuinte individual, observado o disposto na Lei nº 8.212/1991 e na Instrução Normativa RFB nº 971/2009: a) que possua segurado que lhe preste serviço; b) produtor rural cuja atividade constitua fato gerador da contribuição previdenciária; c) titular de cartório, caso em que a matrícula será emitida no nome do titular, ainda que a respectiva serventia seja registrada no CNPJ; e d) pessoa física não produtor rural que adquire produção rural para venda, no varejo, a consumidor pessoa física. II. segurado especial; e III. equiparado à empresa desobrigado da inscrição no CNPJ e que não se enquadre nos incisos I e II. 3. Quem é considerado Contribuinte Individual? Nos termos do art. 12 da lei 8.212/1991, entre outros, considera-se contribuinte individual: a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos. b) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade de extração mineral - garimpo, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a qualquer título, ainda que de forma não contínua. c) quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego. d) a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos ou não. 4. Quem é considerado Segurado Especial? Nos termos do art. 12 da lei 8.212/1991, entre outros, considera-se segurado especial: 2

a) a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição de produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade de agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; b) o seringueiro ou extrativista vegetal, que faça dessas atividades o principal meio de vida; c) o pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida; d) o cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, que comprovadamente trabalhem com o grupo familiar respectivo. 5. Onde e como pode ser efetuada inscrição no CAEPF? A inscrição no CAEPF será efetuada da seguinte forma: I. pela pessoa física: a) no portal do Centro Virtual de Atendimento (e-cac) no seguinte endereço eletrônico: https://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login/index, ou b) nas unidades de atendimento da RFB, independente da jurisdição; e II. de ofício, por decisão administrativa ou por determinação judicial. 6. A partir de que data é obrigatório efetuar a inscrição no CAEPF? Opcional: De 1º de outubro de 2018 a 14 de janeiro de 2019. O Cadastro Específico do INSS (CEI) coexistirá com o CAEPF; Obrigatório: a partir de 15 de janeiro de 2019 ou no prazo de 30 (trinta) dias, contado do início da atividade econômica pelo contribuinte. 7. Qual a finalidade da inscrição no CAEPF? Para coletar, gerir e acessar dados cadastrais e informações relativas as atividades econômicas exercidas pela pessoa física, junto a Receita Federal do Brasil e outros órgãos da administração pública. O CAEPF também será utilizado para informações ao esocial quando a pessoa física possuir empregados. Por exemplo: se o produtor rural optar por recolher a contribuição previdenciária pela folha de salário em janeiro de 2019, já terá que usar o CAEPF para cadastro e informações ao esocial. 8. A pessoa física poderá cadastrar mais de um CNAE no CAEPF? Sim. Ao fazer a inscrição no CAEPF a pessoa física poderá cadastrar mais de um código da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), conforme as atividades econômicas que exerça, em cada propriedade rural. Os códigos do CNAE podem ser consultados no seguinte endereço eletrônico: https://cnae.ibge.gov.br/?view=estrutura&tipo=cnae&versao_classe=7.0.0&versao_subclasse=9. 1.0 3

9. No caso do produtor rural pessoa física, contribuinte individual ou segurado especial, possuir mais de uma propriedade rural, poderá fazer apenas uma inscrição no CAEPF? Não. Cada propriedade rural deve ter pelo menos uma inscrição no CAEPF, mesmo estando todas elas no âmbito do mesmo município. O que define a propriedade rural é a matrícula do Registro de Imóvel (RI). Atenção! O produtor rural Segurado Especial poderá efetuar mais de uma inscrição no CAEPF, desde que a área total dos imóveis rurais inscritos não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais. 10. Se um produtor tiver uma propriedade rural com áreas conjuntas, formada por três matrículas, porém ainda não unificadas, deverá efetuar uma ou três inscrições no CAEPF? Há entendimentos convergentes para, neste exemplo, fazer apenas uma inscrição no CAEPF. Entretanto, não é clara essa informação na IN RFB 1.828/2018. As instituições representativas estão trabalhando para se confirmar o entendimento de que em áreas continuas, mesmo que formadas por mais de uma matrícula do Registro de Imóvel (RI), seja apenas uma inscrição no CAEPF. 11. Se um imóvel rural é explorado em conjunto com outros produtores, quem deve fazer a inscrição no CAEPF? Todas as pessoas físicas que exploram a propriedade rural em conjunto. Deverá ser atribuída uma inscrição para cada contrato com produtor rural, parceiro, meeiro, arrendatário ou comodatário, independente da inscrição do proprietário. Atenção! Para cada inscrição no CAEPF, será admitida a vinculação de apenas um número no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). 12. Como fazer a inscrição no CAEPF quando houver pessoas vinculadas ao titular? Quando se tratar de segurado especial, basta apenas o CAEPF em nome do Titular. As demais pessoas vinculadas ao titular comprovarão o vínculo familiar com documentos, como Certidão de Casamento, Nascimento, etc. No caso de haver percentuais de participação, informados no CAD/PRO, deve-se fazer um CAEPF para cada pessoa. As notas Fiscais serão emitidas com o atual CAD/PRO, em nome do titular do CAD/PRO, seguido da expressão e outros. Caso deseje, pode-se registrar um CAD/PRO para cada pessoa e cada um emitir sua Nota Fiscal de acordo com o percentual estabelecido. 13. A inscrição no CAEPF deve ser realizada todo ano? Não. Somente uma vez para cada propriedade rural. Entretanto a pessoa física obrigada a inscrição no CAEPF deve estar atenta para as seguintes situações: a) Alterações de dados cadastrais; b) Inclusão ou exclusão de atividades econômicas CNAE; c) Suspensão da inscrição por inconsistência cadastral; d) Paralização temporária da inscrição, a pedido da pessoa física; e) Retorno/Reativação da inscrição, a pedido da pessoa física; f) Baixa da inscrição por encerramento da atividade rural, venda da propriedade rural ou por falecimento do responsável; g) Cancelamento da inscrição, se verificada a existência de erros ou de multiplicidade de inscrições; h) Nulidade da inscrição por fraude, declarada pela RFB; i) Se houver sido declarada nula a inscrição da pessoa física no CPF. 4

14. Onde posso acompanhar ou verificar quanto as situações da minha inscrição no CAEPF? Todas as movimentações listadas no item 11 podem ser pelos seguintes canais: I. pela pessoa física: a) no portal do e-cac; b) nas unidades de atendimento da RFB, independente da jurisdição; II. de ofício, por decisão administrativa ou por determinação judicial. 15. Com a obrigatoriedade do CAEFP a partir de 15 de janeiro de 2019, o contribuinte ainda necessita transmitir a GFIP? Sim. A obrigatoriedade do CAEFP não isenta o contribuinte da transmissão da GFIP, que continuará sendo feita com a matrícula CEI. 16. Até quando continuará obrigatória a GFIP e o uso da matrícula CEI? Até que a GFIP seja substituída pela DCTFWeb, quando então o CAEPF será utilizado para as transmissões de DCTFWeb. A fundamentação legal está na IN RFB nº 1.828 de 10/09/2018, publicada no D.O.U. - anexo I Outras informações (apresentação, legislação, tutoriais e perguntas e respostas da RFB) podem ser consultadas no sítio da Receita Federal do Brasil, acessando o link: http://receita.economia.gov.br/orientacao/tributaria/cadastros/cadastro-de-atividades-economicasda-pessoa-fisica-caepf 5

ANEXO I INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1828, DE 10 DE SETEMBRO DE 2018 (Publicado(a) no DOU de 11/09/2018, seção 1, página 819) Dispõe sobre o Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física (CAEPF). O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL, no uso da atribuição que lhe confere o inciso III do art. 327 do Regimento Interno da Secretaria da Receita Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF nº 430, de 9 de outubro de 2017, e tendo em vista o disposto na Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, resolve: Art. 1º O Cadastro de Atividade Econômica da Pessoa Física (CAEPF) será administrado em conformidade com o disposto nesta Instrução Normativa. Art. 2º O CAEPF é o cadastro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) com informações das atividades econômicas exercidas pela pessoa física, quando dispensadas de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). CAPÍTULO I DOS ATOS PRATICADOS NO ÂMBITO DO CAEPF Art. 3º No âmbito do CAEPF são praticados os seguintes atos: I - inscrição; II - alteração de dados cadastrais; III - paralisação; IV - suspensão; V - cancelamento; VI - baixa; VII - declaração de nulidade; e VIII - restabelecimento. Parágrafo único. No âmbito do CAEPF, os atos podem ser praticados pela pessoa física ou de ofício, pela RFB, à exceção dos relacionados nos incisos IV, VII e VIII do caput, que somente serão praticados de ofício. CAPÍTULO II DA INSCRIÇÃO Seção I Da Obrigatoriedade de Inscrição Art. 4º Estão obrigadas a inscrever-se no CAEPF as pessoas físicas que exercem atividade econômica como: I - contribuinte individual, observado o disposto na Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e na Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de novembro de 2009: a) que possua segurado que lhe preste serviço; b) produtor rural cuja atividade constitua fato gerador da contribuição previdenciária; c) titular de cartório, caso em que a matrícula será emitida no nome do titular, ainda que a respectiva serventia seja registrada no CNPJ; e d) pessoa física não produtor rural que adquire produção rural para venda, no varejo, a consumidor pessoa física, nos termos do inciso II do 7º do art. 200 do Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999 - Regulamento da Previdência Social (RPS); II - segurado especial; e III - equiparado à empresa desobrigado da inscrição no CNPJ e que não se enquadre nos incisos I e II. Art. 5º A inscrição no CAEPF será efetuada da seguinte forma: 6

I - pela pessoa física: a) no portal do Centro Virtual de Atendimento (e-cac); ou b) nas unidades de atendimento da RFB, independente da jurisdição; e II - de ofício, por decisão administrativa ou por determinação judicial. 1º A inscrição no CAEPF a que se refere o inciso I deverá ser efetuada no prazo de 30 (trinta) dias, contado do início da atividade econômica exercida pela pessoa física. 2º Na hipótese prevista na alínea a do inciso I do caput, o acesso poderá ser feito por meio do portal do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (esocial). 3º A inscrição realizada conforme disposto no inciso II do caput será comunicada à pessoa física interessada. Seção II Da Inscrição do Produtor Rural Pessoa Física e Segurado Especial Art. 6º Para efeitos do disposto nesta Instrução Normativa, considera-se segurado especial o definido na Lei nº 8.212, de 1990. Art. 7º Deverá ser emitida uma inscrição para cada propriedade rural de um mesmo produtor, ainda que situadas no âmbito do mesmo município. 1º O escritório administrativo de empregador rural pessoa física, que presta serviços somente à propriedade rural do empregador, deverá utilizar a mesma inscrição vinculada à propriedade rural para registrar os empregados. 2º Deverá ser atribuída uma inscrição para cada contrato com produtor rural, parceiro, meeiro, arrendatário ou comodatário, independente da inscrição do proprietário. da RFB. Seção III Da Comprovação da Inscrição e Situação Cadastral Art. 8º A comprovação da inscrição e situação cadastral no CAEPF será feita mediante: I - Comprovante de Inscrição no CAEPF, impresso por meio do portal do e-cac; ou II - Comprovante de Situação Cadastral no CAEPF, impresso por meio do portal do e-cac ou do sítio Parágrafo único. Os comprovantes previstos nos incisos I e II do caput: I - poderão ser emitidos por meio do aplicativo APP Pessoa Física para dispositivos móveis; II - serão emitidos conforme os modelos constantes dos Anexos I e II desta Instrução Normativa; e III - somente produzirão efeitos mediante confirmação de autenticidade no sítio da RFB na Internet. Seção IV Da Quantidade de Inscrições Art. 9º A pessoa física poderá ter mais de uma inscrição no CAEPF. 1º No caso de atividade de natureza rural, a pessoa física obrigada à inscrição no CAEPF deverá gerar uma inscrição para cada imóvel rural em que exerça atividade econômica. 2º No caso de atividade de natureza urbana, a pessoa física obrigada à inscrição no CAEPF deverá gerar uma inscrição para cada estabelecimento em que exerça atividade econômica, desde que mantenha empregado vinculado a cada um deles. 3º A pessoa física, na condição de segurado especial, poderá efetuar mais de uma inscrição no CAEPF, desde que a área total dos imóveis rurais inscritos não seja superior a 4 (quatro) módulos fiscais. Art. 10. Para cada inscrição no CAEPF, será admitida a vinculação de apenas um número no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF). Art. 11. A inscrição no CAEPF pode ter mais de um código da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) vinculado, sem prejuízo do disposto nos 1º e 2º do art. 9º. 7

Parágrafo único. No caso de haver inclusão ou alteração de código na CNAE, a inscrição no CAEPF deve ser alterada. CAPÍTULO III DA ALTERAÇÃO DE DADOS CADASTRAIS Art. 12. A alteração de dados cadastrais no CAEPF será efetuada: I - pela pessoa física: a) no portal do e-cac; ou b) nas unidades de atendimento da RFB, independente da jurisdição; e II - de ofício, por decisão administrativa ou por determinação judicial. 1º Na hipótese prevista na alínea a do inciso I do caput, o acesso poderá ser feito por meio do portal do esocial. 2º A alteração de dados cadastrais realizada conforme o disposto no inciso II do caput será comunicada à pessoa física interessada. 3º Fica dispensada a apresentação de documentos que comprovem a alteração de endereço. CAPÍTULO IV DA SUSPENSÃO DA INSCRIÇÃO Art. 13. A suspensão da inscrição no CAEPF será realizada pela RFB quando houver inconsistência cadastral. Parágrafo único. A informação da suspensão será disponibilizada para a pessoa física por meio da consulta ao: I - Comprovante de Inscrição no CAEPF, acessado por meio do portal do e-cac ou pelo aplicativo APP Pessoa Física para dispositivos móveis; e II - Comprovante de Situação Cadastral no CAEPF, acessado por meio do portal do e-cac ou do sítio da RFB na Internet ou pelo aplicativo APP Pessoa Física para dispositivos móveis. CAPÍTULO V DA PARALISAÇÃO DA INSCRIÇÃO Art. 14. A inscrição no CAEPF será enquadrada na situação paralisada a partir do momento em que a pessoa física informar à RFB que houve a interrupção temporária de sua atividade econômica. Parágrafo único. A inscrição retornará à situação ativa a partir do momento em que a pessoa física informar à RFB que houve o reinício do exercício da atividade econômica. Art. 15. A paralisação da inscrição no CAEPF poderá ser efetuada pela pessoa física: I - no portal do e-cac; ou II - nas unidades de atendimento da RFB, independente da jurisdição. Parágrafo único. Na hipótese prevista no inciso I do caput, o acesso poderá ser feito por meio do portal do esocial. CAPÍTULO VI DA BAIXA DA INSCRIÇÃO Art. 16. A inscrição no CAEPF será baixada: I - a pedido: a) no encerramento da atividade; b) na ocorrência de venda da propriedade rural à qual a inscrição esteja vinculada, observado o disposto no 3º; ou c) por falecimento do responsável, observado o disposto no 4º; e II - de ofício, por decisão administrativa ou por determinação judicial. 1º A baixa da inscrição no CAEPF a que se refere o inciso I do caput poderá ser efetuada: 8

I - no portal do e-cac; ou II - nas unidades de atendimento da RFB, independente da jurisdição. 2º Na hipótese prevista no inciso I do 1º, o acesso poderá ser feito por meio do portal do esocial. 3º Na hipótese prevista na alínea b do inciso I do caput, o adquirente deverá providenciar outra inscrição no CAEPF vinculada à propriedade adquirida, caso exerça atividade econômica. 4º Na hipótese de sucessão por herança, o herdeiro deverá providenciar nova inscrição no CAEPF, caso exerça atividade econômica. 5º A baixa realizada conforme o disposto no inciso II do caput será comunicada à pessoa física interessada. CAPÍTULO VII DO CANCELAMENTO DA INSCRIÇÃO Art. 17. O cancelamento da inscrição ocorrerá: I - quando for verificada a existência de erro; ou II - no caso de multiplicidade de inscrições no CAEPF não prevista no art. 9º. 1º O cancelamento poderá ocorrer: I - a pedido da pessoa física, nas unidades de atendimento da RFB; ou II - de ofício, por decisão administrativa ou por determinação judicial. 2º No caso de cancelamento de CPF vinculado a inscrição no CAEPF, esta será cancelada de ofício. 3º No caso de multiplicidade de inscrições no CAEPF a que se refere o inciso II do caput, a RFB elegerá a inscrição no CAEPF a ser mantida ativa e cancelará as demais. CAPÍTULO VIII DA DECLARAÇÃO DE NULIDADE DA INSCRIÇÃO Art. 18. Será declarada nula, pela RFB, a inscrição no CAEPF quando: I - realizada com fraude; ou II - houver sido declarada nula a inscrição da pessoa física no CPF. 1º A declaração de nulidade da inscrição no CAEPF será realizada pelo titular da unidade da RFB que constatar a fraude, por meio de Ato Declaratório Executivo (ADE), publicado no sítio da RFB na Internet, que indicará o motivo da nulidade. 2º A declaração de nulidade da inscrição no CAEPF produzirá efeitos retroativos à data de inscrição. 3º No caso de multiplicidade de inscrições fraudulentas para a mesma pessoa física, ficarão elas vinculadas à inscrição legítima, desde que comprovado, em processo administrativo em que se assegure o contraditório e a ampla defesa, que a pessoa tinha ciência da fraude e dela se aproveitou. 4º Constatada a fraude ao final do processo administrativo, o fato deverá ser comunicado aos órgãos responsáveis pela persecução penal. CAPÍTULO IX DO RESTABELECIMENTO DA INSCRIÇÃO Art. 19. O restabelecimento da inscrição no CAEPF é o ato praticado pela RFB, para reverter a baixa, o cancelamento ou a nulidade da inscrição por erro, decisão judicial ou administrativa. CAPÍTULO X DA SITUAÇÃO CADASTRAL Art. 20. A inscrição no CAEPF será enquadrada, quanto à situação cadastral, como: I - ativa; II - paralisada; III - suspensa; IV - baixada; 9

V - cancelada; ou VI - nula. Parágrafo único. Será enquadrada na situação cadastral ativa, a inscrição no CAEPF que não se enquadre nas situações previstas nos incisos II a VI do caput. Art. 21. A regularidade da situação cadastral do CAEPF independe da regularidade dos pagamentos dos tributos administrados pela RFB. CAPÍTULO XI DA PESQUISA AO NÚMERO DE INSCRIÇÃO Art. 22. O número de inscrição no CAEPF poderá ser consultado no portal do e-cac. Parágrafo único. A informação sobre o número de inscrição no CAEPF também poderá ser obtida em uma unidade de atendimento da RFB pelo titular da inscrição ou por seu representante legal ou procurador. CAPÍTULO XII DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS Art. 23. No período de 1º de outubro de 2018 a 14 de janeiro de 2019 o Cadastro Específico do INSS (CEI) coexistirá com o CAEPF. Parágrafo único. No período referido no caput, a inscrição no CAEPF será facultativa. CAPÍTULO XIII DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 24. Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União e produz efeitos a partir de 1º de outubro de 2018. JORGE ANTONIO DEHER RACHID Anexo I.pdf ANEXO I - COMPROVANTE DE INSCRIÇÃO NO CAEPF ANEXO II - COMPROVANTE DE SITUAÇÃO CADASTRAL NO CAEPF Anexo II.pdf. 10