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Transcrição:

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2 de 10 E, deixando-os, saiu da cidade para Betânia e ali passou a noite. E, de manhã, voltando para a cidade, teve fome. E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente. E os discípulos, vendo isso, maravilharam-se, dizendo: Como secou imediatamente a figueira? (Mateus, 21: 17 a 20) E, no dia seguinte, quando saíram de Betânia, teve fome. Vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isso. (Marcos, 11: 12 a 14) Muitos estudiosos do Evangelho têm tido dificuldade em interpretar a passagem acima. Alguns, e até mesmo entre os espíritas, têm dito que este fato não pode ter-se dado, que não passa de uma interpolação nos textos do Evangelho, já que estes sofreram ao longo do tempo muitas modificações devido a dificuldade existente em se copiar e multiplicar os manuscritos originais dos apóstolos evangelistas. Tudo isto porque, segundo estes comentaristas, a ação de amaldiçoar a figueira não seria uma atitude normal de um espírito como o de Jesus, o Manso por excelência.

10 de 10 3 de 10 verdade era domingo, e por que não podemos exagerar um pouco na alimentação? Não era tempo de trabalho... Não é proibido ao cristão se alegrar, festejar ou alimentar bem. Mas tudo deve ser feito com equilíbrio, com simplicidade e cautela. Pois o verdadeiro adepto de evangelho deve estar sempre pronto a servir, a dar frutos... E a figueira seca representa exatamente a consequência dolorosa de nossa invigilância com os recursos que possuímos. Na seara do Senhor sempre será tempo de colheita, de frutos saborosos. Não deixam estes de ter uma certa razão, realmente Jesus jamais amaldiçoaria qualquer obra da Criação divina, ainda mais que segundo o evangelista, não era tempo de figos. Porém, pensamos que há mais o que refletir sobre o assunto. Segundo anotação do Espírito Humberto de Campos através da mediunidade do nosso querido Chico Xavier, a partir de um encontro com o Espírito do apóstolo Pedro na espiritualidade, todas as obras a que se referem os evangelistas são profundamente verdadeiras 1. Deste modo, segundo o testemunho do próprio apóstolo, todas as coisas se deram conforme anotação dos evangelistas; assim, se aconteceu e foi relatado, devemos analisar. Pois, se a Doutrina Espírita, segundo anotação do próprio Kardec, é a terceira revelação da Lei de Deus para nós os ocidentais, o advento do Cristo é a segunda; portanto, se é fato que o Espírito de Verdade auxiliou Kardec na codificação, o mesmo se deu na redação dos Evangelhos e se alguma passagem foi preservada é que deveríamos estudá-la buscando através dos ensinamentos nela contidos a nossa edificação e promoção espiritual. Assim, se temos dificuldade de compreender a mensagem que Jesus nos deixou em alguma de suas ações, não devemos dizer que ela não aconteceu ou que a tradução está incorreta, e sim, 1 Crônicas de Além Túmulo, cap. 20

4 de 10 9 de 10 que ainda não conseguimos alcançar o pensamento daquele que é o Mestre maior entre todos os mestres. E isso não é nenhum demérito para nós. Não devemos esquecer que Jesus é, segundo os Espíritos superiores, o construtor e o mentor espiritual de nosso orbe, o que vale dizer que há bilhões de anos quando da formação de nosso planeta, Ele já era o Cristo, quando nós ainda, provavelmente, fazíamos nossa evolução nos reinos inferiores da criação. Jesus tem uma mente que está a anos luz à nossa frente, sua psicologia ainda é para nós inabordável, deste modo, tenhamos humildade, muito ainda temos a aprender com seus atos, e apesar do seu esforço em adequar seus ensinamentos, à medida que vamos evoluindo em espírito e moral mais iremos absorvendo suas significativas lições. Para finalizarmos essas primeiras considerações voltamos à mediunidade de Francisco Cândido Xavier; é Emmanuel quem nos alerta sobre as traduções do Evangelho: [é] (...) razoável estimarmos, em todas as circunstâncias, os esforços sinceros, seja qual for o meio onde se desdobram, apenas consideramos que, em todas as traduções dos ensinamentos do Mestre Divino, se torna imprescindível separar da letra o espírito. ( ) mas importa observar que os Evangelhos são roteiros das almas, e é com a visão espiritual que devem ser lidos; pois, constituindo a cátedra de Jesus, o discípulo que deles se É normal que uma árvore só dê frutos na época de frutos, porém, sendo a figueira a representação do cristão verdadeiro, do adepto sincero de seu Evangelho, em sentido espiritual não existe época de frutos simplesmente porque toda hora é hora do cristão estar sintonizado com o Cristo e pronto para o trabalho de servir em nome Dele. Nada de ser bom somente no templo eleito para a prática de sua fé, nada de ser virtuoso somente nos trabalhos da igreja ou do centro espírita. É no dia a dia, no cumprimento de nosso dever junto à família, na prática de nossa profissão, ou em qualquer ambiente, é que devemos nos comportar com a virtude evangélica. É muito comum reunirmos a família num tradicional almoço de domingo. Ali nos banqueteamos, nos fartamos, e muitas vezes exageramos na comida e na bebida. Imagine como ficará um cristão que, após almoçar bem, beber um bom vinho enquanto banqueteia, for abordado por um necessitado que em sua porta bata a lhe rogar um simples passe para equilíbrio de suas energias. Será conveniente esse adepto aplicar o passe no necessitado após a ingestão de saborosa carne de porco e de boa dose de vinho, por exemplo? Talvez aquele necessitado tenha sido enviado pelo Cristo para saciar a sua fome de boas energias, e aquele cristão seja simplesmente como a figueira que tinha somente folhas, pois em

8 de 10 5 de 10 em nosso estágio atual de evolução. Já temos folhas, já estudamos o evangelho, já nos dizemos espíritas e já até realizamos palestras em favor daqueles que conhecem menos do que nós. Mas em matéria de autoiluminação, será que já estamos capacitados a alimentar a espiritualidade com ações efetivas no bem, e auxiliar o Senhor na implantação do Evangelho no coração das criaturas? Lembremos de sua conversa de Jesus com o apóstolo: E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros. Tornou a dizer-lhe segunda vez: Simão, filho de Jonas, amasme? Disse-lhe: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas. Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disselhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disselhe: Apascenta as minhas ovelhas. 3 Marcos, o evangelista, narra que Jesus não achou na figueira senão folhas, pois não era tempo de figos. É aí que os analistas se complicam. Para Jesus não era o aspecto material que contava, mas o ensinamento espiritual que poderia tirar do evento. aproximar com a intenção sincera de aprender encontra, sob todos os símbolos da letra, a palavra persuasiva e doce, simples e enérgica da inspiração do seu Mestre imortal. 2 **** A figueira é o símbolo da paz desejável para o povo e a terra de Israel. É, junto com a oliveira, a videira e o espinheiro a representação do povo de Israel que segundo eles próprios àquele tempo, era o povo eleito de Deus. Hoje à luz da interpretação espírita dos textos bíblicos sabemos que essa eleição não é realizada no sentido Deus espírito, e sim em sentido inverso, ou seja, espírito Deus. Isto quer dizer que não é Deus que elege, mas o espírito que através do seu ajustamento às Leis de Deus se elege ou se promove à harmonia com o Criador. Deste modo, a figueira representa os espíritos que já aderiram à proposta do Criador de espiritualização. São aqueles que já fazem a sua evolução de forma consciente e sincera. Já nos primeiros capítulos do livro Gênesis, quando da perda do paraíso por parte de Adão e Eva, encontramos essa simbologia que apoia o nosso raciocínio. No versículo 7 do capítulo 3 deste livro encontramos o seguinte apontamento: 3 João, 21: 15 a 17 2 O Consolador questão 321

6 de 10 7 de 10 Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. O fato é que eles sempre estiveram nus, porém só naquele momento isso passou a os incomodar, por quê? Porque a partir da conscientização do erro (pecado) é que vem o chamamento da consciência. Eles tinham rompido o pacto com o Criador (afastamento da Lei), tinham comido da árvore proibida (árvore da ciência do bem e do mal) e assim entraram em pecado, e a consciência do erro os levou a se envergonharem de seu estado. Como foi que procuraram cobrir o pecado? Com folhas de figueira. Como sabemos que só através da ação consciente em harmonia com a Lei é que voltaremos à harmonia original da Criação e assim ao Reino Divino, e se a folha de figueira foi o primeiro objeto utilizado para cobrir o erro, vemos neste símbolo o instrumento necessário à recuperação do espírito para Deus. Portanto, voltando ao raciocínio inicial, a figueira representa aquele que já se conscientizou da necessidade de ajustamento aos desígnios divinos. Para nós ocidentais é o Evangelho do Cristo o melhor Caminho para atingirmos a Verdade e a Vida, deste modo, para nós a figueira representa o Cristão consciente, sincero, e fiel aos ensinamentos de Jesus. Narram ambos os evangelistas que Jesus teve fome. Isso deve ser por nós analisado. Como diz o professor Carlos Torres Pastorino, é bem pouco provável que Jesus tenha tido fome, pois o Mestre tinha passado a noite em Betânia, e quando isso acontecia, era na casa de Lázaro e de suas irmãs Marta e Maria que ele se hospedava. É muito pouco provável que elas tão cuidadosas com o Senhor quanto eram, tenham o deixado sair de manhã sem se alimentar a ponto de na própria manhã ter fome. Deste modo, seguindo a orientação de Emmanuel vamos analisar o fato com olhos espirituais, buscando retirar da letra que mata o espírito que vivifica. Jesus teve fome, e isso nos leva a refletir. Jesus precisava de algo... Quantas vezes nos aproximamos de Jesus ou dos Espíritos amigos somente som o objetivo de algo pedir em nosso favor ou em favor daqueles a quem amamos? Do mesmo modo pensemos: por quantas vezes nos aproximamos destes mesmos Espíritos com o objetivo de algo contribuir, pensando que também podemos ser úteis a eles? Para a primeira pergunta a resposta é: várias; para a segunda, talvez nenhuma, ou no máximo, poucas. Isso é significativo. É que em nossa imaturidade espiritual ainda buscamos mais receber do que dar, mais usufruir do que contribuir. Jesus teve fome e procurou os frutos de uma figueira que tinha folhas, isto é, alguma coisa a oferecer. E esta não tinha frutos para lhe saciar. Esta figueira pode ser comparada a nós