LEI N. 6.358 /2013 (Reformula Lei 2.941 de 1993 que criou o Conselho Municipal de Saúde) A CÂMARA MUNICIPAL DE RIO VERDE-GO APROVA: CAPÍTULO I Dos objetivos Art. 1º - Esta Lei reformula a Lei 2.941 de 22 de junho de 1993, que criou O Conselho Municipal de Saúde CMS, nos termos da legislação federal, estadual e municipal que regem a matéria, órgão colegiado, de composição paritária, caráter permanente, deliberativo, normativo e fiscalizador do Sistema Único de Saúde-SUS, no âmbito municipal. CAPÍTULO II Da finalidade e Competência Art. 2º - O Conselho Municipal de Saúde tem por finalidade atuar na formulação da política global de saúde para o Município de Rio Verde-GO e determinar sua execução, deliberando sobre normas regulamentares, técnicas, padrões e outras medidas de caráter operacional. Art. 3º - Compete ao Conselho Municipal de Saúde CMS: I definir as prioridades da saúde; II estabelecer as diretrizes a serem observadas na elaboração do Plano Municipal de Saúde;
III atuar na formulação de estratégias e no controle da execução e fiscalização da política de saúde; IV propor critérios para a prorrogação e para execução financeira e orçamentária do Fundo Municipal de Saúde, acompanhando a movimentação e o destino dos recursos; V acompanhar, avaliar e fiscalizar os serviços de saúde prestados à população pelos órgãos e entidades públicas e privados integrantes do SUS no município; VI definir critérios de qualidade para o funcionamento dos serviços de saúde públicos e privados, no âmbito do SUS; VII definir critérios e fiscalizar para a celebração de contratos ou convênios entre o setor público e as entidades privadas de saúde, no que tange à prestação de serviços de saúde; VIII apreciar previamente e fiscalizar os contratos e convênios referidos no inciso anterior; IX estabelecer diretrizes quanto à localização e o tipo de unidades prestadoras de serviços de saúde pública e privada, no âmbito do SUS; X outras atribuições estabelecidas em normas complementares. CAPÍTULO II Da estrutura e do funcionamento Art. 3º - O CMS será composto por dezesseis membros titulares, sendo: I cinqüenta por cento de representantes de sindicatos, associações e dos movimentos sociais de usuários do SUS; II cinqüenta por cento de representantes de entidades profissionais de saúde, incluída a comunidade científica da área de saúde, de representantes
do governo, de entidades de prestadores de serviços de saúde, da Secretaria Municipal de Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde. 1º - O percentual de que trata o inciso II do caput deste artigo observará a seguinte composição: I vinte e cinco por cento de representantes de entidades de profissionais de saúde, incluída a comunidade científica da área de saúde, sindicatos e conselhos profissionais; II vinte e cinco por cento distribuídos da seguinte forma: a) um membro representante da Secretaria Municipal de Saúde; b) um membro representante da Secretaria de Estado da Saúde; c) um membro representante dos Prestadores de Serviços da Rede Filantrópica; d) um membro representante das entidades empresariais com atividades na área de saúde. III Os representantes de que tratam as alíneas c e d do inciso II do 1º serão indicados por processo eleitoral específico das entidades, definido no regimento interno a ser aprovado pelo plenário do CMS. 2º - Os membros titulares terão primeiros suplentes, indicados na forma do regimento interno. Art. 4º - A escolha das entidades e dos movimentos sociais de usuários do SUS, das entidades de profissionais de saúde e da comunidade científica da área de saúde, das entidades de prestadores de saúde e das entidades empresariais com atividades na área de saúde que indicarão seus representantes para compor o CMS, será feita por meio de processo eletivo, a ser realizado a cada três anos, contados a partir da primeira eleição.
Parágrafo Único Somente poderão participar do processo seletivo, as entidades de que trata o art. 3º, que tenham, no mínimo, dois anos de comprovada existência. Art. 5º - A Mesa Diretora do CMS, cuja composição será definida em Regimento Interno, será eleita, entre os conselheiros titulares, em escrutínio aberto, na reunião em que tomarem posse os novos membros, votantes somente os membros titulares. Art. 6º - O mandato dos membros do CMS será de três anos, permitida a recondução. Parágrafo Único A recondução de que trata este artigo somente se aplica aos membros das entidades e dos movimentos sociais eleitos cujas entidades tiverem sido reeleitas. Art. 7º - O processo eleitoral que se refere o art. 4º, para a escolha das entidades que indicarão os representantes em substituição aos atuais membros do CMS, será realizado em até trinta dias, contados da publicação desta Lei, em conformidade com o regimento interno a ser aprovado pelo plenário do CMS, homologado pelo Presidente do Conselho Municipal de Saúde e publicado em forma de resolução. 1º - O plenário do conselho tem que tornar públicas suas decisões por meio de documentos, tais como resoluções, recomendações e propostas. As resoluções serão homologadas pelo Secretário Municipal de Saúde ou Prefeito em 30 (trinta) dias e devem ser divulgados oficialmente. Se os 30 dias se passarem e a resolução não for homologada ou o gestor não enviar ao conselho uma justificativa com proposta de mudança ou rejeição da resolução, o conselho de saúde pode buscar sua validação. O conselho pode recorrer, quando, necessário, ao Ministério Público.
2º - Concluída a eleição referida no caput e designados os novos representantes do CMS, caberá ao Presidente do Conselho Municipal de Saúde convocar e presidir a reunião em que tomarão posse os conselheiros e em que se realizará a eleição do Presidente do Conselho. Art. 8º - Fica delegada competência ao Secretário Municipal de Saúde para nomear os representantes da Secretaria Municipal de Saúde, das entidades e dos movimentos sociais eleitos, observadas as indicações de que tratam os do art. 3º e o resultado do processo eleitoral previsto no art. 4º. 1.º - O representante da Secretaria de Estado da Saúde será designado pelo Gerente Regional de Saúde Sudoeste I. 2º - O representante da Secretaria Municipal de Saúde será designado pelo Secretário Municipal de Saúde. Art. 9º - As funções de membro do CMS não serão remuneradas, considerando-se o seu exercício relevante serviço público. Parágrafo Único Para os fins de justificativa junto aos órgãos competentes, o CMS poderá emitir declaração de participação de seus membros durante o período de reuniões, capacitações e ações específicas. Art. 10 A organização e funcionamento do CMS serão disciplinados em regimento interno, a ser aprovado pelo plenário e homologado pelo Presidente do Conselho Municipal de Saúde.
Art. 11 O CMS poderá convidar entidades, autoridades, cientistas e técnicos, para colaborarem em estudos ou participarem de comissões instituídas no âmbito do CMS, sob a coordenação de um de seus membros. 1º - O Conselho poderá constituir comissões com a finalidade de promover estudos com vistas à compatibilização de políticas e programas de interesse para a saúde, cuja execução envolva áreas não compreendidas no âmbito do SUS. Art. 12 Poderão ser criadas comissões de integração entre os serviços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior, com a finalidade de propor prioridades, métodos e estratégias para a formação e a educação permanente de recursos humanos do SUS, bem assim em relação à pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições. Art. 13 O mandato dos atuais integrantes do CMS encerrar-se-á com a posse dos novos conselheiros. Art. 14 o CMS deve ter independência financeira dentro do orçamento do município para manutenção. Art. 15 O Regimento Interno do CMS será aprovado por Decreto, onde estarão discriminadas órgãos, competências e regulamentos de que trata esta lei. Art. 16 - Esta lei entrará em vigor, na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, em especial a Lei n. 5.737 de 14 de dezembro de 2009. SALA DAS SESSÕES DA CÂMARA MUNICIPAL DE RIO VERDE-GO., aos 22 dias do mês de novembro de 2013.
Idelson Mendes Presidente Lucivaldo Tavares Medeiros 1º Secretário