DA EMISSÃO DAS DEBÊNTURES. Artigo com redação dada pela Instrução CVM nº 307, de 7 de maio de 1999



Documentos relacionados
ÂMBITO E FINALIDADE SERVIÇO DE EMPRÉSTIMO DE VALORES MOBILIÁRIOS

CONDIÇÕES DO AUMENTO. I - se o aumento será mediante subscrição pública ou particular;

INSTRUÇÃO CVM Nº 554, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2014, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA INSTRUÇÃO CVM Nº 564/15.

Procedimentos e Controles Internos - Distribuição de Fundos de Investimento Imobiliários. RB Capital DTVM

MANUAL DE NORMAS CERTIFICADO REPRESENTATIVO DE CONTRATO MERCANTIL DE COMPRA E VENDA A TERMO DE ENERGIA ELÉTRICA

INSTRUÇÃO CVM Nº 531, DE 6 DE FEVEREIRO DE 2013

INSTRUÇÃO CVM Nº 243, DE 1º DE MARÇO DE DAS ENTIDADES RESPONSÁVEIS PELO MERCADODE BALCÃO ORGANIZADO

TEXTO INTEGRAL DA INSTRUÇÃO CVM Nº 168, DE 23 DE DEZEMBRO DE 1991, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA INSTRUÇÃO CVM Nº 252/96.

INSTRUÇÃO CVM Nº 51, DE 09 DE JUNHO DE 1986.

INSTRUÇÃO CVM Nº 565, DE 15 DE JUNHO DE 2015

ÂMBITO E FINALIDADE DAS DEFINIÇÕES INICIAIS

TEXTO INTEGRAL DA INSTRUÇÃO CVM Nº 414, DE 30 DE DEZEMBRO DE 2004, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELAS INSTRUÇÕES CVM Nº 443/06, 446/06 E 480/09.

INSTRUÇÃO Nº 376, DE 11 DE SETEMBRO DE 2002

DEFINIÇÕES. IV - Lote-padrão - a quantidade de ações-objeto a que se refere necessariamente cada opção.

ÍNDICE. Definições... 5 Resumo das Características da Oferta INFORMAÇÕES SOBRE OS ADMINISTRADORES, CONSULTORES E AUDITORES

RESOLUÇÃO Nº, DE DE DE 2015.

POLÍTICA DE EXERCÍCIO DE DIREITO DE VOTO EM ASSEMBLEIAS

RESOLUÇÃO Nº 4.263, DE 05 DE SETEMBRO DE 2013 Dispõe sobre as condições de emissão de Certificado de Operações Estruturadas (COE) pelas instituições

POLÍTICA DE DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES E DE NEGOCIAÇÃO DE AÇÕES

INSTRUÇÃO CVM Nº 476, DE 16 DE JANEIRO DE 2009.

Política de Exercício de Direito de Voto em Assembleias Março / 2014

Circular de Supervisão ANBIMA nº 2015/ São Paulo, 10 de fevereiro de 2015.

MANUAL DE NORMAS COTAS DE FUNDO DE INVESTIMENTO

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 2º A aquisição, de modo direto ou indireto, de ações de emissão da companhia, para permanência em tesouraria ou cancelamento, é vedada quando:

RESOLUÇÃO CONCEA NORMATIVA Nº 21, DE 20 DE MARÇO DE 2015

REGULAMENTO DE REGISTRO DE EMISSORES E DE VALORES MOBILIÁRIOS CAPÍTULO I REGISTRO PARA NEGOCIAÇÃO EM BOLSA SEÇÃO I REGISTRO DE COMPANHIAS ABERTAS

RESOLUÇÃO Nº 4.292, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2013

R E S O L U Ç Ã O. Esta resolução entra em vigor nesta data, revogando as disposições contrárias. Bragança Paulista, 12 de dezembro de 2012.

Manual para Registro de FIDC [30/06/2014]

CAPÍTULO I - PROPÓSITO E ABRANGÊNCIA

FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES PROGRESSO. no montante total de até

ANÚNCIO DE INÍCIO DE DISTRIBUIÇÃO DO Fundo de Investimento Imobiliário Votorantim Securities CNPJ/MF: /

MANUAL DE NORMAS CRI - CERTIFICADO DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS

RESOLUÇÃO DO CONSELHO SUPERIOR Nº 52/2011, DE 13 DE SETEMBRO DE 2011

MEMORANDO AOS CLIENTES MERCADO DE CAPITAIS INSTRUÇÃO CVM 535/13

Ranking ANBIMA de Renda Variável - Valor e Número de Operações

REGIMENTO INTERNO DO COMITÊ DE PESSOAS DE LOJAS RENNER S.A. Capítulo I Dos Objetivos

ANÁLISE DO EDITAL DE AUDIÊNCIA PÚBLICA SDM Nº 15/2011 BM&FBOVESPA

CIRCULAR Nº III - exercício de cargos em órgãos estatutários; V - cancelamento da autorização para funcionamento.

RESOLUÇÃO N Documento normativo revogado pela Resolução 3.919, de 25/11/2010.

Política de Exercício de Direito de Voto em Assembléias

DELIBERAÇÃO CVM Nº 734, DE 17 DE MARÇO DE 2015

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO

MANUAL DE NORMAS TERMO DE ÍNDICE DI

CIRCULAR Nº 3.771, DE 4 DE NOVEMBRO DE 2015

CONDIÇÕES GERAIS DO CAP FIADOR I INFORMAÇÕES INICIAIS. SOCIEDADE DE CAPITALIZAÇÃO: Brasilcap Capitalização S.A. CNPJ: / II GLOSSÁRIO

RESOLUÇÃO Nº Dispõe sobre a implementação de estrutura de gerenciamento do risco de crédito.

TOTVS S.A. CNPJ/MF Nº / NIRE ANEXO I À ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 18 DE DEZEMBRO DE 2015

CONDIÇÕES GERAIS DO PU 12 MESES

EDIÇÃO 220, SEÇÃO 1, PÁGINA 62, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2014 DIRETORIA COLEGIADA INSTRUÇÃO Nº 13, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2014

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

RESOLUÇÃO Nº 342, DE 9 DE SETEMBRO DE 2014.

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 83, DE 4 DE MARÇO DE 2015.

CONDIÇÕES GERAIS DO BRADESCO SOLUÇÃO DE ALUGUEL

RESOLUÇÃO N Parágrafo único. Para efeito desta resolução:

Aprovada na Reunião do Conselho de Administração de Sumário

BHG S.A. BRAZIL HOSPITALITY GROUP. Companhia Aberta CNPJ/MF nº / NIRE CVM

RESOLUÇÃO Nº 4.433, DE 23 DE JULHO DE Brasil. CAPÍTULO I DO OBJETO E DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO

Aos Fundos exclusivos ou restritos, que prevejam em seu regulamento cláusula que não obriga a adoção, pela TRIAR, de Política de Voto;

CONDIÇÕES GERAIS DO PÉ QUENTE BRADESCO PESSOA JURÍDICA

RESOLUÇÃO N o 38 de 30/12/ CAS

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 252, DE 28 DE ABRIL DE 2011

RESOLVEU: I - probidade na condução das atividades no melhor interesse de seus clientes e na integridade do mercado;

CONDIÇÕES GERAIS. Pagamento Cota de sorteio % Cota de carregamento % Cota de Capitalização % 1º ao 3º 5,336% 59,464% 35,20%

CONDIÇÕES GERAIS - DIN DIN JUNINA

MANUAL DE NORMAS FORMADOR DE MERCADO

RESOLUÇÃO CFN Nº 510/2012

INSTRUÇÃO CVM Nº 539, DE 13 DE NOVEMBRO DE 2013

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO COMISSÃO TÉCNICA NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA RESOLUÇÃO NORMATIVA Nº 9, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2011

RESOLUÇÃO Nº CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL

Dispõe sobre Certificação do Atuário Responsável Técnico e do Atuário Independente e sobre Eventos de Educação Continuada.

RESOLUÇÃO Nº. INSTRUÇÃO Nº CLASSE 12ª - DISTRITO FEDERAL (Brasília).

Política de Exercício de Direito de Voto

"ESTE ANÚNCIO É DE CARÁTER EXCLUSIVAMENTE INFORMATIVO, NÃO SE TRATANDO DE OFERTA DE VENDA DE CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS IMOBILIÁRIOS"

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA COMISSÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 02/2010/CPG

RESOLUÇÃO Nº INSTRUÇÃO Nº CLASSE 19 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL

MANUAL DE NORMAS CCI CÉDULA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO

CAPÍTULO V FUNDO DE GARANTIA

CONDIÇÕES GERAIS DO PU 15 MESES

POLÍTICA DE VOTO 1.1. INTRODUÇÃO E OBJETIVO

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN n.º xx, de xx de xxxx de 2003.

TOTVS S.A. CNPJ/MF / NIRE ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 28 DE OUTUBRO DE 2014

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

DECRETO N , DE 11 DE AGOSTO DE 2010

CIRCULAR Nº Documento normativo revogado pela Circular 3386, de 16/11/2008.

PORTARIA NORMATIVA Nº 28, 28 DE DEZEMBRO DE 2012.

CIRCULAR Nº Art. 2º O CCS consiste em sistema informatizado, sob a gestão do Banco Central do Brasil, com a capacidade de:

TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO

Parcelamento de débitos do ICMS Resolução SF nº 81, de

CONDIÇÕES GERAIS I. INFORMAÇÕES INICIAIS II. GLOSSÁRIO

AS NOVAS REGRAS DE REGISTRO DE EMISSORES DE VALORES MOBILIÁRIOS NO MERCADO DE CAPITAIS BRASILEIRO

ESTATUTO SOCIAL DO CLUBE DE INVESTIMENTO FIDUS

INSTRUÇÃO CVM Nº. 476, OFERTAS PÚBLICAS DE VALORES MOBILIÁRIOS DISTRIBUÍDAS COM ESFORÇOS RESTRITOS 16 de Janeiro de 2009

EDIÇÃO 222, SEÇÃO 1, PÁGINA 32 E 33, DE 17 DE NOVEMBRO DE 2014 SUPERINTENDÊNCIA NACIONAL DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR

RESOLUÇÃO SMF Nº 2835 DE 05 DE FEVEREIRO DE 2015

Transcrição:

TEXTO INTEGRAL DA INSTRUÇÃO CVM N o 281, DE 4 DE JUNHO DE 1998, COM AS ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS PELA INSTRUÇÃO CVM N os 307/99 E 480/09. Dispõe sobre o registro de distribuição pública de debêntures por companhias securitizadoras de créditos financeiros O PRESIDENTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM torna público que o Colegiado, em reunião realizada nesta data, tendo em vista o disposto nos arts. 19 e 20 da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976 e nos arts. 1º, 1º, II, a e 5º da Resolução CMN nº 2.493, de 7 de maio de 1998, RESOLVEU baixar a seguinte Instrução: DA EMISSÃO DAS DEBÊNTURES Art. 1º A companhia securitizadora de créditos financeiros pode emitir, para distribuição pública, debêntures, nos termos da Resolução CMN nº 2.493/98, observado o disposto nesta Instrução. Art. 1 o A companhia securitizadora de créditos financeiros pode emitir, para distribuição pública, debêntures simples, nos termos da Resolução CMN n o 2.493, de 7 de maio de 1998, observado o disposto nesta Instrução. Artigo com redação dada pela Instrução CVM nº 307, de 7 de maio de 1999 Art. 2º Somente pode ser objeto de distribuição pública debêntures com valor nominal mínimo de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) cada. Artigo revogado pela Instrução CVM nº 480, de 7 de dezembro de 2009 DO REGISTRO DA DISTRIBUIÇÃO Art. 3º A emissora está dispensada do registro de que trata o art. 21 da Lei nº 6.385/76, sendo obrigatório, em qualquer caso, o registro da distribuição para a colocação das debêntures junto ao público. Artigo revogado pela Instrução CVM nº 480, de 7 de dezembro de 2009 Art. 4º O registro da distribuição deve ser requerido à CVM pela emissora, através de instituição integrante do sistema de distribuição de valores mobiliários. Art. 5º O requerimento de registro, observado o disposto no art. 10 desta Instrução, deve ser acompanhado dos seguintes documentos:

2 I - exemplar da publicação da ata de Assembléia Geral de constituição da companhia securitizadora de créditos e exemplar da publicação do Estatuto Social atualizado, ambos devidamente arquivados na Junta Comercial da sede da emissora; II - exemplar da publicação da ata de deliberação da emissão das debêntures; III - cópia da escritura de emissão das debêntures; IV - cópia do contrato de distribuição, dos subcontratos e, se for o caso, do contrato de garantia de colocação; V - relação dos participantes do consórcio de lançamento, se houver, discriminando a quantidade de debêntures atribuída a cada um; VI - minuta do prospecto preliminar da emissão; VII - minuta do anúncio de início da distribuição; VIII fac-símile do certificado da debênture, se não for escritural; IX fac-símile do boletim de subscrição; X cópia do contrato de prestação de serviços, firmado pela emissora e o banco mandatário, se for o caso; XI cópia do contrato firmado com a instituição financeira depositária das debêntures escriturais, se for o caso; XII - cópia do contrato de garantia adicional da debênture, se houver. 1º Para o deferimento do registro da emissão, os documentos a que se referem os incisos II e III deste artigo devem ser encaminhados à CVM após serem, respectivamente, arquivados na Junta Comercial e registrados no Cartório do Registro de Imóveis da sede da emissora. 2º O prospecto definitivo deve ser encaminhado à CVM em três vias. DO PROSPECTO Art. 6º O prospecto é o documento que contém os dados básicos sobre a emissão, dele devendo constar, no mínimo:

3 I - características principais das debêntures emitidas, consoante sua escritura de emissão, tais como quantidade, séries, valor nominal, remuneração, prazo de vencimento e outras; II - informações sobre os créditos vinculados à emissão, destacando: a) natureza, origem e idade dos créditos vinculados à emissão, indicando quais as instituições cedentes, suas áreas de atuação, e espécies de operação das quais se originam os referidos créditos; b) existência ou não de coobrigação; c) avaliação, se houver, atribuída a cada uma das séries de debêntures. III - informação esclarecendo tratar-se de debênture com pagamento condicionado à liquidação dos créditos a ela vinculados. 1º O prospecto pode ser entregue aos investidores por meio eletrônico. 2º É permitida a utilização do prospecto preliminar para recebimento de reservas de subscrição na fase que anteceder o registro da emissão, devendo constar a caracterização Prospecto Preliminar, em sua capa, além de mencionar, expressamente, o seguinte: I - AS INFORMAÇÕES CONTIDAS NESTA PUBLICAÇÃO SERÃO OBJETO DE EXAME POR PARTE DA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS CVM ; II - O PROSPECTO DEFINITIVO ESTARÁ À DISPOSIÇÃO DOS INVESTIDORES, DURANTE O PERÍODO DE DISTRIBUIÇÃO. Art. 7º O prospecto e a publicação do anúncio de início da distribuição podem ser dispensados, a critério da CVM, quando a quantidade de debêntures a ser distribuída for pouco significativa, abrangendo um número restrito de investidores. DOS PRAZOS DE ANÁLISE Art. 8º O registro da distribuição presume-se aprovado se o pedido não for indeferido dentro do prazo de trinta dias corridos após a sua apresentação à CVM, mediante protocolo, e acompanhado da documentação exigida nos termos desta Instrução. Art. 9º O prazo previsto no artigo anterior pode ser interrompido uma única vez, caso a CVM solicite informações adicionais ou condicione a concessão do registro a modificações na documentação pertinente.

4 Art. 10. Para o atendimento das eventuais exigências, é concedido prazo não superior a sessenta dias, a contar da data do recebimento da correspondência expedida pela CVM. DA DIVULGAÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO Art. 11. A distribuição pública de debêntures só pode ser iniciada após: I - a concessão do registro pela CVM; II - a publicação do anúncio de início de distribuição; III disponibilização do prospecto para os investidores, ressalvado o disposto no art. 7º desta Instrução; IV - o término do prazo concedido para o recebimento de reservas de aquisição, se admitidas. Art. 12. O anúncio de início da distribuição deve ser publicado pela emissora em jornal do local de sua sede, no mínimo uma vez, dele constando um resumo das informações existentes no prospecto, além de incluir, de forma destacada, os seguintes dizeres: O REGISTRO DA DISTRIBUIÇÃO NA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS - CVM OBJETIVA SOMENTE GARANTIR O ACESSO ÀS INFORMAÇÕES PRESTADAS, NÃO SIGNIFICANDO, POR PARTE DA CVM, GARANTIA DE VERACIDADE DAS INFORMAÇÕES, NEM JULGAMENTO QUANTO À QUALIDADE DA COMPANHIA EMISSORA OU SOBRE AS DEBÊNTURES, A SEREM DISTRIBUÍDAS. DO MATERIAL PUBLICITÁRIO Art. 13. A utilização de qualquer texto publicitário para oferta, anúncio ou promoção da distribuição da emissão depende de prévio exame e aprovação da CVM. Parágrafo único. A CVM deve manifestar-se sobre o material publicitário no prazo de dois dias úteis, findo o qual o mesmo será considerado aprovado caso não haja manifestação da CVM. DAS INFORMAÇÕES PERIÓDICAS Art. 14. A emissora deve prestar à CVM e ao agente fiduciário, até o 15º dia do mês subseqüente, informações versando sobre a aquisição, a realização e a inadimplência dos créditos vinculados às debêntures.

5 Parágrafo único. A emissora deve, ainda, comunicar à CVM e ao agente fiduciário, ato ou fato relevante, no mesmo dia de sua divulgação pela imprensa. DAS RESPONSABILIDADE PELAS INFORMAÇÕES Art. 15. A emissora e a instituição líder da distribuição são responsáveis pela veracidade e consistência das informações fornecidas ao mercado durante o período de distribuição. Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se ao líder da distribuição durante o prazo de colocação das debêntures. DA SUSPENSÃO DA DISTRIBUIÇÃO Art. 16. A CVM pode suspender a distribuição quando: I - for fraudulenta ou ilegal, ainda que tenha sido obtido o registro; II - a oferta, o lançamento, a promoção ou a divulgação estejam ocorrendo sem o devido registro, ou em condições diversas das previstas nesta Instrução ou no registro, ou com informações falsas, dolosas ou substancialmente imprecisas. Parágrafo único. A suspensão deve ser comunicada pela CVM às entidades participantes da distribuição, bem como deve ser dada ampla divulgação aos demais integrantes do mercado de valores mobiliários. DAS PENALIDADES Art. 17. Considera-se infração grave, para os efeitos do disposto no 3º do art. 11 da Lei nº 6.385/76, a realização de distribuição de debêntures: I - em condições diversas das constantes do registro ou desta Instrução; II - sem o prévio registro na CVM; III - em que as informações sejam falsas, dolosas, ou substancialmente imprecisas. Art. 18. Constitui hipótese de infração de natureza objetiva, passível de apuração mediante processo administrativo de rito sumário, a transgressão ao art. 14 desta Instrução. Art. 19. São responsáveis pelo cumprimento das normas da presente Instrução a emissora e os intermediários que participarem da colocação.

6 DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 20. Esta Instrução entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União. Original assinado por FRANCISCO DA COSTA E SILVA Presidente