Unidade de Arqueologia / CICTEM da Universidade do Minho



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Transcrição:

Unidade de Arqueologia / CICTEM da Universidade do Minho Projeto Paisagens em mudança. Bracara Augusta e o seu território (séculos I VII) (com a referência PTDC/HIS-ARQ/121136/2010) BOLSEIRO DE INVESTIGAÇÃO Fernanda Eugénia Puga de Magalhães (com a referência UMINHO/BI/153/2012) Relatório de atividades do Período de Bolsa de Investigação (01/05/2012 30/084/2013) BRAGA 2013

1. Introdução Na minha qualidade de bolseira de investigação, contratada a partir de 01/05/2012, no âmbito do projeto Paisagens em mudança. Bracara Augusta e o seu território (séculos I VII), com a referência PTDC/HIS-ARQ/121136/2010, tenho vindo a desenvolver um conjunto variado de tarefas definidas na candidatura do referido Projeto e inseridas globalmente no plano de atividades que foi formulado pela responsável do Projeto, Professora Doutora Maria Manuela Martins, para o meu primeiro ano de bolsa, que decorreu entre 01/05/2012 a 30/04/2013, eventualmente prorrogável por dezoito meses. Este relatório dá conta, de forma breve, das actividades que desenvolvi ao longo da bolsa de investigação (UMINHO/BI/153/2012), desde 01 de Maio de 2012 até à presente data. 2. Atividades desenvolvidas O trabalho de investigação que tenho desenvolvido no âmbito do supracitado projeto Paisagens em mudança. Bracara Augusta e o seu território (séculos I VII) tem sido inserido no âmbito das tarefas 1 e 2 propostas na candidatura do projeto e definidas no plano de atividades apresentado para a candidatura à bolsa. 2

2.1 Análise de dados e de materiais provenientes das escavações arqueológicas de Bracara Augusta, tendo em vista a caraterização e a sistematização de contextos e de sequências de ocupação, tanto em termos cronológicos como funcionais Os trabalhos de investigação que se seguem enquadram-se no âmbito da tarefa 1 do projeto supracitado e têm por objectivo principal a organização, avaliação e interpretação do registo arqueológico obtido nas múltiplas escavações realizadas em Braga, ao longo dos últimos 36 anos, o qual representa um precioso manancial de informação para o estudo da ocupação da Braga romana e tardo antiga, essencial neste projeto. Esse registo uma vez interpretado permite a leitura dos espaços construídos, mas também dos eixos viários que lentamente têm vindo a ser identificados a partir da interpretação das escavações, possibilitando a sua posterior integração na trama urbana da cidade alto e baixo imperial. Tal registo fornece igualmente informações relativas às épocas de ocupação seguintes, ou seja, as épocas medieval e moderna. O trabalho realizado inseriu-se no âmbito de tarefas que estão a ser executadas em equipa e em simultâneo por vários investigadores, sendo a mesma coordenada pela Professora Doutora Manuela Martins. Tais tarefas têm por objetivo, organizar registos e informações provenientes de dezenas de escavações realizadas ao longo de anos, pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho e pelo Gabinete de Arqueologia da Câmara Municipal de Braga, com o intuito de se proceder à publicação dos resultados das escavações, pois muitas delas encontram-se inéditas, não tendo sido divulgadas, nem tão pouco valorizadas em termos do seu registo ou contributo para o estudo do urbanismo e arquitectura das fases mais antigas de ocupação da cidade. Neste sentido ocupámos grande parte do tempo da bolsa, realizando a análise e interpretação de algumas das mais significativas intervenções arqueológicas de Braga, designadamente, na área conhecida por Afonso Henriques 36/40 e 42/56, sítio no qual foram descobertos vestígios de natureza 3

habitacional e associados a um balneário público, uma vez que, entre inícios/meados do século II, o espaço desse quarteirão, anteriormente ocupado por uma domus, foi transformado em termas públicas. Um outro local arqueológico ao qual dedicamos a nossa atenção é conhecido pelo nome de Cavalariças, localizando-se nos antigos terrenos do Regimento de Infantaria de Braga, onde foi construído o Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, sítio no qual foram descobertos vestígios que têm que ser tidos em linha de conta neste projeto, os quais permitiram identificar as ruínas de edifícios de natureza habitacional. Trata-se de um local onde foram identificados os mais antigos testemunhos habitacionais romanos até ao momento em Braga. Outra área arqueológica à qual dedicámos a nossa especial atenção, durante o período da referida bolsa é designada de Teatro romano, descoberto na Colina da Cividade, edifício público que vem sendo escavado nos últimos anos. Este edifício descoberto em 1999 é o primeiro teatro identificado numa cidade romana da Galécia, daí a necessidade de se proceder a uma intervenção e estudo aprofundado, de forma a documentar as características da construção, o seu estado de conservação e consequente abandono. Entre os trabalhos por mim desenvolvidos contam-se a definição das etapas construtivas presentes nas áreas arqueológicas que foram tratadas, destacando igualmente o estudo dos materiais arqueológicos, tarefa que consiste na sua classificação tipológica, funcional, cronológica e finalmente na análise tecnológica. A conjugação dos dados fornecidos pelo estudo dos materiais arqueológicos, com os resultados da interpretação de cada arqueossítio estudado, permitiu atribuir uma cronologia a cada unidade estratigráfica sedimentar e construída identificada, bem como definir as várias fases construtivas dos edifícios. Os trabalhos que foram desenvolvidos no decorrer deste período de bolsa implicaram uma complexa e sistemática tarefa de datação e de interpretação arquitetónica dos edifícios, partindo de uma análise detalhada e diacrónica dos materiais de construção e das técnicas construtivas que foram utilizadas. Trata-se de um estudo arquitetónico de carácter morfológico e funcional, mas também de 4

uma valorização da arquitetura pública e privada, tendo por base o uso das matérias-primas e dos materiais bem como das tecnologias utilizadas. Tudo isto possibilita a posterior cartografia dos edifícios por épocas, constituindo-se, assim, sucessivas plantas urbanas da Braga romana e tardo antiga. A avaliação realizada no âmbito das áreas arqueológicas referidas tomou em particular linha de consideração as unidades habitacionais, ruas e espaços, cuja rigorosa localização será posteriormente correlacionada com os dados disponíveis para a cidade medieval, de forma a valorizarmos as alterações físicas operadas no tecido urbano. 2.2 Alimentação do Sistema de Informação de Bracara Augusta (bases de dados alfanuméricos e gráficos) e do SIG a implementar Durante o período a que se refere o presente relatório, foram desenvolvidas diferentes atividades, entre os quais se destaca a gestão informática dos dados arqueológicos recuperados com base na interpretação das escavações supraditas. Essa gestão informática consistiu na alimentação da Base de Dados de Bracara Augusta (2ArchIS), quer com informações estratigráficas, quer com os materiais que estão sendo estudados. Destacamos, ainda, entre as tarefas executadas no decorrer do período de bolseira, o uso regular de ferramentas de desenho assistido como o AutoCAD para tratamento de plantas e cortes, necessários a uma conveniente interpretação de contextos arquitetónicos e urbanísticos da cidade romana. Entre os sítios que foram objeto de tratamento digital destacamos o Teatro, em particular a informação relativa à campanha de 2012 e a zona arqueológica da R. Afonso Henriques 36/40 e 42/56. Relativamente a esta última, cabe referir a digitalização dos cortes, da planta e a produção de plantas interpretadas por diferentes períodos cronológicos, entre o século I e os séculos V-VII, material que para além de informar o relatório final da escavação, em fase de conclusão, serviu de base à apresentação de duas comunicações no Congresso. Relativamente ao 5

teatro, foram digitalizados os cortes e planos da campanha de escavações de 2012, tendo em vista a preparação do relatório da intervenção. Procedemos igualmente ao carregamento da informação disponível sobre os dois sítios arqueológicos referidos na Base de Dados de Bracara Augusta, com destaque para a informação relativa às unidades estratigráficas e aos materiais correspondentes às diferentes UEs. Uma outra tarefa de gestão da informação relaciona-se com a introdução dos dados relativos aos achados diversos procedentes de várias intervenções arqueológicas, aos vidros e às moedas. 2.3. Co-direção da escavação do teatro romano (campanha 2012) No decorrer dos meses de Julho e Agosto, destaco nas tarefas realizadas no primeiro ano de bolsa, a colaboração na realização de escavações no teatro romano e a respectiva interpretação dos dados de forma a preparar o relatório da intervenção. A participação nos trabalhos arqueológicos no teatro romano de Bracara Augusta compreendeu a direcção das escavações em conjunto com Manuela Martins e Jorge Ribeiro. 2.4. Divulgação de resultados da investigação Ao longo do presente ano de bolsa realizámos ainda várias tarefas de divulgação da investigação, através da realização de conferências, da publicação de artigos e da preparação de comunicações para apresentação em Congressos. No âmbito de conferências destaco a participação no encontro Bracara Augusta: Jovens Investigadores e Novos Desafios Temáticos, com a apresentação da comunicação denominada A Arquitectura Doméstica em Bracara Augusta. Em Outubro participei, também, III Colóquio Internacional História da Construção Arquiteturas e Técnicas Construtivas, com a exposição de duas comunicações, uma das quais intitulada A construção do teatro romano de Bracara Augusta, em 6

colaboração com Manuela Martins e Ricardo Mar, e a outra denominava-se O Sistema Hidráulico das Sete Fontes, Braga: engenharia e técnicas de construção. Primeiros contributos, sendo de coautoria com Luís Fontes, Cristina Braga e Maurício Guerreiro. Preparámos ainda para publicação o artigo Arquitetura doméstica em Bracara Augusta que foi aceite para publicação na revista Interconexões, Volume 1, Nº1. No que respeita às comunicações para congressos, importa referir a nossa participação em duas comunicações apresentadas ao II Congresso Internacional da SECAH EX OFFICINA HISPANA, uma intitulada de A sequência tardo antiga e alto medieval da zona arqueológica da Afonso Henriques 36/40 e 42/56: o contributo para o estudo da cerâmica medieval da Braga, a qual foi apresentada em colaboração com Raquel Martínez Peñín, Armandino Cunha e Manuela Martins, sendo que a outra tinha o título de A cerâmica romana do balneário da rua D. Afonso Henriques: estudo preliminar da sequenciação cronológica e ocupacional do edifício, realizada em conjunto com Jorge Ribeiro, Adolfo Fernández Fernández, Armandino Cunha, Manuela Martins e Cristina Braga. Salienta-se, ainda, a participação no Congrés Internacional de Poitiers (Viene), com a comunicação intitulada: El sondeo n.º 8 de As Cavalariças : un contexto Augusteo de Bracara Augusta, da qual foi coautora com Rui Morais e Adolfo Fernández. Encontram-se em preparação as comunicações que serão apresentadas no VIII Congresso Internacional de Arqueologia Clássica, a realizar em Mérida. Uma delas é da nossa exclusiva autoria e intitula-se La arquitectura doméstica de Bracara Augusta y su evolución. Enquanto que a outra comunicação tem por título The Roman theatre of Bracara Augusta, da qual somos coautora, juntamente com Manuela Martins, Ricardo Mar e Jorge Ribeiro. Ainda se encontra em preparação uma outra comunicação em coautoria, que será apresentada em Junho próximo no Internacional Medieval Meeting, que terá lugar em Lérida, na sessão intitulada Braga e o seu território séculos V-XV. 7

A comunicação tem como título Transformações urbanísticas tardo antigas na área envolvente do teatro romano de Bracara Augusta. Braga, 14 de Abril de 2013 Responsável pelo Projeto Professora Doutora Maria Manuela Martins A Bolseira de Investigação Fernanda Eugénia Puga de Magalhães 8