Aposentadoria da Pessoa com Deficiência

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Transcrição:

Continuação... Aposentadoria da Pessoa com Deficiência A deficiência por ser: - Física - Psicológica - Sensorial - Social (Ex.: segurado que recebe o benefício a 20 anos e recebe alta do INSS ou o portador de HIV) Súmula 78 da TNU: Comprovado que o requerente de benefício é portador do vírus HIV, cabe ao julgador verificar as condições pessoais, sociais, econômicas e culturais, de forma a analisar a incapacidade em sentido amplo, em face da elevada estigmatização social da doença. Canais de Requerimento: Internet www.previdencia.gov.br; Central Telefônica 135; Agências da Previdência Social; Entidades Conveniadas (INSS Digital) Requerimento: No ato do protocolo, o segurado já deve receber o comprovante de agendamento médico pericial. Se faltar a perícia, pode remarcar uma vez. Se não fizer a perícia, o benefício será analisado sem a consideração do período laborado como pessoa com deficiência. O médico perito fixa a data provável do início da deficiência (DPID). Ex.: Digamos que o segurado nasceu em 1964 e o médico disse que a deficiência vem desde o seu nascimento, isso significa que durante toda a sua vida laboral, ele foi deficiente. Digamos que seja um homem com deficiência leve, nesse caso, ele tem o redutor de 2 anos, logo pode se aposentar com 33 anos de tempo de contribuição. Ex.: Digamos que o médico fixa que de 1979 a 1980 o tempo era comum, de 1980 até 1990 a deficiência era leve. De 1991 a 2000 a deficiência era moderada e de 2001 a 2019 a deficiente era grave. Nesse caso devemos fazer uma conversão com base na deficiência preponderante (deficiência em que o segurado ficou em maior período).

PERÍCIA MÉDICA Previamente agendada pelo INSS. Segurado deve comparecer de posse dos documentos médicos necessários para comprovar sua deficiência e quando ela começou. Necessário preencher o instrumental O Perito Médico Previdenciário pode solicitar informações do médico assistente. AVALIAÇÃO FUNCIONAL Avaliação funcional (social), aplica a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde CIF, da Organização Mundial da Saúde, mediante a aplicação do Índice de Funcionalidade Brasileiro, aplicado para fins de aposentadoria IFBrA, conforme o Instrumento constante na portaria interministerial nº 1 de 27/01/2014. São 41 quesitos na perícia médica e 41 na perícia social. SIS Solicitação de Informação Social é uma pesquisa social. Nesse caso, a assistente social vai na casa do segurado. O segurado que requer a aposentadoria da pessoa com deficiência passa então por duas perícias: a perícia médica e a perícia funcional. O segurado deve ser deficiente na DER. DEFICIÊNCIA PREPONDERANTE Decreto 8.145/13 do INSS incluiu os artigos 70-E e 70-F, trazendo as tabelas de conversão. Art. 70-E do Decreto 3.048/99. Para o segurado que, após a filiação ao RGPS, tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver seu grau alterado, os parâmetros mencionados nos incisos I, II e III do caput do art. 70-B serão proporcionalmente ajustados e os respectivos períodos serão somados após conversão, conforme as tabelas abaixo, considerando o grau de

deficiência preponderante, observado o disposto no art. 70- A: (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013) 1 o O grau de deficiência preponderante será aquele em que o segurado cumpriu maior tempo de contribuição, antes da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo mínimo necessário para a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência e para a conversão. (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013) 2 o Quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de pessoa sem deficiência e com deficiência, os respectivos períodos poderão ser somados, após aplicação da conversão de que trata o caput. Art. 70-F do Decreto 3.048/99. A redução do tempo de contribuição da pessoa com deficiência não poderá ser acumulada, no mesmo período contributivo, com a redução aplicada aos períodos de contribuição relativos a atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013) 1 o É garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física do segurado, inclusive da pessoa com deficiência, para fins da aposentadoria de que trata o art. 70-B, se resultar mais favorável ao segurado, conforme tabela abaixo: (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013)

2 o É vedada a conversão do tempo de contribuição da pessoa com deficiência para fins de concessão da aposentadoria especial de que trata a Subseção IV da Seção VI do Capítulo II. (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013) 3 o Para fins da aposentadoria por idade da pessoa com deficiência é assegurada a conversão do período de exercício de atividade sujeita a condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física, cumprido na condição de pessoa com deficiência, exclusivamente para efeito de cálculo do valor da renda mensal, vedado o cômputo do tempo convertido para fins de carência. (Incluído pelo Decreto nº 8.145, de 2013) O segurado pode ter 7 tipos de contagem de tempo diferente: TEMPO COMUM; TEMPO DEFICIÊNCIA LEVE; TEMPO DEFICIÊNCIA MODERADA; TEMPO DEFICIÊNCIA GRAVE; TEMPO ESPECIAL 15 ANOS; TEMPO ESPECIAL 20 ANOS; TEMPO ESPECIAL 25 ANOS. Ex.: Segurado tem os seguintes tempos de trabalho: TEMPO COMUM (10 anos); TEMPO DEFICIÊNCIA LEVE (10 anos); TEMPO DEFICIÊNCIA MODERADA (5 anos); O tempo preponderante com deficiência foi no grau leve, laborou nessa condição por 10 anos. Então todos os demais períodos serão convertidos para essa preponderante. Os índices de conversão estão do Decreto 8.145/13 (acima). Os 10 anos de tempo comum, por exemplo, pelo Decreto 8.145/13 será multiplicado por 0,93, logo vai reduzir o tempo.

EX.: Olhando para a tabela do homem. Digamos que o tempo a converter seja o comum (35 anos) para a aposentadoria leve (33 anos), então olhando para a tabela, vou multiplicar os 35 anos por 0,94 APOSENTADORIA DO PROFESSOR Devo analisar o que for mais vantajoso, não pode cumular o benefício de tempo dos dois (Aposentadoria do professor e aposentadoria do deficiente). Mas na aposentadoria do professor tem fator previdenciário, já na aposentadoria da pessoa com deficiência não tem. APOSENTADORIA POR IDADE RURAL A Lei Complementar 142/2013 não contempla redução de idade CTC Certidão de Tempo de Contribuição Digamos que a pessoa com deficiência é servidor público, mas laborou um tempo no regime geral e quer levar esse tempo para o regime próprio com a conversão do tempo de deficiente. Isso é possível? Em parte! Pode levar o tempo, mas ele não será convertido para o tempo com deficiência. Porque no regime próprio não tem norma regulamentando aposentadoria da pessoa com deficiência. Na prática, os deficientes entram com mandado de injunção para ter direito a essa modalidade de aposentadoria no regime próprio. STF Mandado de Injunção nº 3.989 Ministro Luiz Fux Secretaria de Políticas de Previdência Social Instrução Normativa nº 02 de 13/02/2014. Escala Pontuação para o IF-Br (obtida pelo instrumental) (25 Pontos Pontuação mínima por pergunta) Quando o segurado não realiza a atividade ou é totalmente dependente de terceiros para realizá-la; (50 Pontos) Realiza a atividade com o auxílio de terceiros;

(75 Pontos) Realiza a atividade de forma adaptada diferente da habitual ou mais lentamente Não depende de terceiros; (100 Pontos Pontuação máxima por pergunta) - Realiza a atividade de forma independente, sem nenhum tipo de adaptação ou modificação, na velocidade Pontuação Total Modelo de Fuzzy Pontuação total mínima 2050 pontos; (82 questões com 25 pontos no mínimo em cada = mínimo de 2050 pontos) Pontuação total máxima 8200 pontos; Deficiência Grave menor ou igual a 5739 pontos; Deficiência Moderada de 5740 a 6340 pontos; Deficiência Leve de 6355 a 7584 pontos; Pontuação Insuficiente igual ou maior a 7585 pontos. Ou seja, quando menor a pontuação, maior o grau de deficiência. O INSS entende que uma pontuação igual ou superior a 7.585 pontos afasta a existência de deficiência.